I Hate You Then I Love You (mcfly) escrita por Tatiana Mareto


Capítulo 19
Capítulo 18




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O caos sem teorias.

Júlia acordou com o sol entrando pela porta da varanda. Esfregou os olhos para ter certeza que estava mesmo acordada, e que aquele ao seu lado era mesmo quem ela pensava. Seus lábios se abriram em um sorriso quando viu Tom acordado, olhando para ela, dizendo bom dia.

— Não precisa nem pensar em sair daqui agora. – Ele disse, beijando-a na testa. – Hoje a agenda é vazia, eu sei. Show, só amanhã.

— Eu sei que você sabe. Está bem, não pensarei em trabalho. – Júlia recostou-se em Tom. Ele a abraçou, e beijou seus cabelos. Que Júlia não fosse como eu, ele desejou.

No hotel, eu tinha passado uma noite fantástica. Dormi profundamente até acordar, quase no amanhecer. E, quando acordei, Harry estava ali do meu lado. Perto o suficiente para preencher todas as minhas necessidades. A necessidade que eu tinha de sua pele. De seu toque. De sua língua na minha. Para depois adormecer de novo. Bem, ele voltou a dormir. Eu não conseguiria. Harry parecia um anjo ao meu lado, dormindo como um bebê, naquela cama apertada. E eu, plenamente acordada e satisfeita ao seu lado, só conseguia ficar olhando para seu semblante sereno. Eu estava ficando completamente doida. Nós tínhamos acabado de fazer amor e eu não estava cansada de tocá-lo. Mas eu queria deixá-lo dormir. Nós não tínhamos nada para fazer, nada melhor para fazer. Não naquele dia. Em que eu duvidava que Tom fosse devolver Júlia tão cedo.

Nós só nos reencontramos à noite. Todos no ônibus da turnê, porque iríamos para Manchester. Claro que iríamos com o Mcfly. Além de sermos a produção, aquela turnê era parte integrante do pacote. E eu queria estar com Harry quando ele fosse tocar novamente, depois de tanto tempo. E porque eu nunca o tinha visto tocar, antes. Só nas gravações, e eu tinha certeza que a emoção ao vivo era maior.

— Vocês dois, saiam do meio do caminho. - Dougie empurrou Tom, que estava com Júlia, em um sofá. Era um sofá, dentro daquele ônibus. - Vamos jogar.

— Arrumem um quarto. - Danny atirou-se nas almofadas. - Ou façam como Harry e Brenda, beijem-se sem atrapalhar.

— O que vocês vão jogar? - Harry manifestou-se. Estávamos em outra parte do ônibus, entrelaçados entre almofadas e cobertas. Eu não queria me afastar dele um segundo, estava fisicamente inadmissível manter-me longe de Harry.

— Se quiser participar, não vai poder ficar se agarrando aqui. - Dougie protestou.

Harry fez um bico, e eu o empurrei para cima. Eu sabia que ele queria jogar com os amigos, e que aquilo provavelmente fazia parte de uma rotina de viagens. Sem falar nada, indiquei que ele deveria juntar-se aos amigos. E eu atrapalharia o outro casal do ônibus, impedindo que Júlia e Tom continuassem com a beijação entre eles.

Foi divertido ver os rapazes jogar. Harry era ótimo. E a viagem passou em um piscar de olhos. Eu nunca estive tão relaxada. Eu nunca estive tão despreocupada. Até meu telefone me deu uma folga. Meu telefone me possibilitou curtir o momento. E, sem nada melhor para fazer, tudo que eu queria era admirar Harry.

Quando chegamos a Manchester, fomos todos para um hotel. Era noite, e estávamos nada cansados. Mas descansar era bom. Sempre. Havia fãs esperando pela chegada dos rapazes, e eles saíram na frente. Eu segurei Júlia para que ficássemos um pouco atrás. E fôssemos junto do resto da produção, para dentro do hotel.

— Elas não precisam saber quem somos. - Sussurrei para Júlia. Ela sabia que não gostava de aparecer no meio dos artistas com quem trabalhávamos. E, menos ainda, quando estávamos dormindo com eles. Mas, dentro do hotel, foi Harry quem segurou minha mão e me puxou para o lado dele.

— Dougie está infeliz. Não vai dormir comigo hoje. - Ele disse, implicante.

— Você pode dormir com ele, se quiser, e fugir para meu quarto, mais tarde. - Eu sussurrei. Dougie bateu em Harry, e Danny bateu nos dois, para que se comportassem.

— Eu quero ficar com você. - Ele disse.

— Todo mundo vai ver isso. - Rebati.

— Eu não ligo para todo mundo. - Ele sorriu, e beijou minha boca. Senti o sangue gelar. - Eu quero ser indiscreto com você; quero mais é que todo mundo saiba.

Fomos para nossos quartos diretamente, e precisávamos dormir. O show seria no dia seguinte, e teria checagem de som, ensaio de reconhecimento, e muito trabalho. Mas eu não sabia se poderia dormir. Minha cabeça estava doendo, e eu não tinha nada para fazer aquilo passar. Harry percebeu meu incômodo, e ofereceu-se para comprar-me alguma droga. E, para me derrubar, precisava ser uma droga potente.

Ele encontrou Tom na farmácia do hotel. Sempre havia uma farmácia em hotéis. Principalmente hotéis que eu frequentava. E meu ex noivo estava comprando nada parecido com drogas, para Júlia. Ele tinha outras intenções, naquela noite.

— Você não traz isso de casa? - Harry implicou, tomando um pacote de camisinhas da mão de Tom.

— Às vezes eu esqueço. Não é sempre que planejo me dar bem. - Tom se ridicularizou. Ele adorava fazer aquilo. - Quer uma? Ou você definitivamente não planeja se dar bem essa noite?

— Eu nem pensei nisso. Quero dizer, às vezes nem ligamos para isso. - E Harry soltou a língua. Justo para Tom, ele precisava confessar que fazíamos aquelas besteiras. Meu ex olhou confuso para o amigo, uma sobrancelha erguida, segurando o pacote vermelho.

— Você quer dizer que faz sexo sem camisinha? Com Brenda? Quero dizer, sexo com Brenda, sem camisinha? É isso?

Harry moveu os ombros, procurando paracetamol 750mg pelas prateleiras.

— Eventualmente. Nem sempre lembramos, se é isso que você quer saber.

Tom colocou-se na frente de Harry. Todos podiam ver a fumaça saindo de suas orelhas. Ainda bem que eu não estava no meio daquela discussão. Não em pessoa.

— Judd, você não pode ser tão irresponsável!! - Tom estava enfurecido. - É de Brenda que estamos falando, você ficou doido?

— Não seja irritante, Tom Fletcher. - Harry tentou afastar-se; continuar a buscar o medicamento. - É exatamente porque é a Brenda que me sinto confortável. Não estou com qualquer garota que achei na rua; é o amor da minha vida. Não vai acontecer nada, e se acontecer, não estamos preocupados, eu acho.

— Não vai acontecer nada. - Tom repetiu Harry, com irritação. - Você diz que não vai acontecer nada!! Brenda não é tão forte quanto você pensa, Judd! Faça o favor de tomar conta dela direito! - E ele abriu o pacote de camisinhas, retirou uma e enfiou no bolso de Harry. - Se for fazer sexo, use essa porcaria.

Eu nem sabia o que tinha acontecido quando Harry chegou de volta ao quarto. Ele parecia tenso. Entregou-me o analgésico, em um saquinho branco de papel. Agradeci com um gesto de cabeça e peguei um copo de água. Ele sentou-se em uma cadeira, as duas mãos segurando os joelhos. Eu estava há muito tempo sem vê-lo. Fiquei muito tempo sem vê-lo. Mas eu poderia saber, ainda, quando ele estava irritado.

— Brenda. - Ele tentou iniciar uma conversação. - Precisamos conversar.

— Hm. Geralmente, essa frase precede algo ruim. O que houve?

— Eu preciso saber. - Ele me olhou nos olhos. - Eu preciso saber o que houve naquela noite que você foi embora.

Franzi a sobrancelha, confusa. De onde Harry tinha tirado aquela informação, e naquele momento?

— Eu não sei se quero falar sobre isso, Harry. - Coloquei-me em modo de defesa. Sentei-me na cama. Abracei minhas pernas e apoiei a cabeça nos joelhos.

— Mas eu preciso saber. - Ele insistiu. - Alguma coisa aconteceu, e eu não aguento mais pensar que todo mundo sabe, menos eu.

— Ninguém sabe. - Confessei parcialmente que havia algo. - Só eu sei o que me aconteceu, e não quero conversar sobre isso. Céus, você desce para me comprar remédios e volta querendo desenterrar defuntos? O que afinal ressuscitou esse assunto?

— Fletcher. - Ele mantinha a expressão rígida. - Ele estava na farmácia, e ele ficou insano quando descobriu que já fizemos sexo sem proteção. - Harry jogou sobre a cama o preservativo que Tom lhe deu.

— Você é estúpido! - Irritei-me. - Que tipo de assunto vocês homens sempre têm, que discutem a vida sexual uns dos outros? Você tinha que contar essas coisas para Tom?

— Não é exatamente esse o problema, Brenda! - Harry levantou-se. - É o fato de ele tratar você como se você fosse quebrar! É ele proteger você tanto a ponto de enlouquecer porque eu possa fazer algo que te machuque – quando eu jamais faria qualquer coisa para te machucar!

— Você está com ciúmes do Tom? - Minha expressão era de surpresa.

— Claro que não! - Harry virou-se de costas. As mãos na cabeça, puxando os cabelos. - Eu só preciso saber o que há. Por que ele vê você como uma pessoa frágil e ferida; por que você estava chorando aquela noite no hotel; por que você me deixou aqui e desapareceu; por que você me odeia tanto, Brenda!

Ele disse aquilo tudo em um só fôlego. Eu suspeitei que ele vinha guardando aquilo por muito tempo. Baixei a cabeça. Aquele fantasma jamais iria embora. Eu tinha que enfrentá-lo.

— Naquela noite. - Iniciei um discurso. - Você ia me buscar. Você lembra, que tinha que me pegar na faculdade, não lembra? - Ele assentiu, sem virar-se para mim. - E você não foi. Eu liguei para você um monte de vezes, e você não apareceu. Então, eu decidi ir andando.

— Espere. - Harry virou-se, bruscamente. Seus olhos estavam tensos. - Você não foi para casa com Tom? Não foi ele quem te buscou?

— Eu fui sozinha.

— Você é doida, Brenda. Sair de madrugada andando sozinha, é...

— Eu fiquei zangada com você. - Interrompi. - E fui andando. Mas encontrei-me com uma pessoa, de aparência horrenda. Ele me pediu algumas informações sobre como chegar a algum lugar. Ele estava bêbado, ou drogado, ou os dois. Quando eu vi, ele já tinha me pego pelo braço e me arrastado para algum lugar. Londres nunca esteve tão deserta como naquela noite.

— Brenda, pare. - Harry virou-se de costas para mim novamente. Suas mãos comprimiam a cabeça. Eu podia sentir sua agonia. Ela era palpável. Mas eu não me importava. Ele tinha que saber. Eu precisava fazê-lo enfrentar a mesma dor que eu.

— Não. Agora você vai ouvir, até o fim. Você queria saber, não queria? Ele me arrastou para aquele lugar, e estava muito escuro. Eu não vi muita coisa, porque a primeira coisa que ele fez foi me bater. Ele me bateu na cabeça, e me bateu nos olhos. Eles incharam imediatamente. E ele passou a me bater mais. Jogou-me no chão, estava frio e molhado, e rasgou minha roupa. E ele me estuprou, eu não sei quantas vezes.

Harry pressionava a cabeça com tanta força que pensei que ele poderia se machucar. Levantei-me e coloquei-me à sua frente. Ele virou o olhar. Levantei minha blusa e abri meus jeans. Ele tinha que ver.

— Essas marcas, elas foram feitas pelo cigarro que ele fumava. Você nunca se perguntou como elas surgiram, Harry?

Ele baixou o olhar. Seus dedos se moveram até minha pele. Tocaram a minha carne. Por um breve segundo, depois ele se retraiu novamente.

— Eu nunca tinha percebido essas marcas. - Ele parecia sincero. - Eu não prestei atenção em nenhuma imperfeição sua, Brenda.

— Eu não me lembro de quase nada. Eu sei que já devia estar amanhecendo quando me encontraram. Fui levada para o hospital, e acordei com Tom ao meu lado. Eu estava muito ferida, levei mais de uma semana para receber alta.

— Tom? - Harry encarou-me. Seus olhos não estavam somente tensos; ele estava pegando fogo. Sua pele ardia. Eu podia sentir. - Ele sabe de tudo isso, ele estava com você essa noite?

— Foi ele que me resgatou, e que planejou comigo minha fuga. - Eu torci os lábios. - Você precisa entender, Harry. Ele faria tudo que eu pedisse, e eu queria ir embora. Desaparecer, fingir que nada daquilo aconteceu.

— Eu não acredito. - Ele voltou-se para a porta. Eu senti meu corpo sacudir. Em instantes, eu estava chorando. Meus olhos transbordaram em lágrimas. Reviver aquilo tudo era a coisa mais difícil que eu fazia em anos. Eu não queria reviver aquilo. Mas ele me forçou a voltar ao passado. E o passado estava me afogando em emoções que eu escondia, antes. Meu organismo não resistiu. Quando percebi, estava chorando.

Passei por Harry como se ele não existisse. Arremessei-me no corredor vazio e tateei as portas, tentando encontrar a de Tom. Eu não me importei que ele estaria ocupado. Tom sempre estava disponível para mim. Ele era meu, no final das contas. E eu precisava dele, naquele instante. Bati à porta do seu quarto. Meu corpo convulsionava e as lágrimas escorriam como um rio.

— Brenda? - Tom abriu a porta, assustado. Ele vestia um short mal colocado. Eu estava atrapalhando. - Céus, o que aconteceu?

Ele me segurou com as duas mãos e me puxou para dentro. Afundei o nariz em seu peito. Aproveitei o calor de seus braços me envolvendo.

— Eu contei a ele. - Falei, entre soluços. - Contei a Harry a verdade, sobre o estupro.

— Toda a verdade? - Tom estava apreensivo. Eu podia sentir a tensão de seus músculos.

— Contei que fui estuprada. Precisava falar mais alguma coisa?

— Não, claro que não. Venha cá, vou colocar você na cama.

— Não. - Um arrobo de consciência me acometeu. Dormir ali era demais. - Eu vou voltar para o quarto e...

— Brenda. - Ele puxou meu queixo para cima. - Vou colocar você com Júlia, e eu durmo com o Judd. Fique calma, ela cuida de você. Certo?

— Claro, Brenda. - Júlia tinha a voz tensa. - Tom, se você quiser, cabemos todos aqui.

— Eu sei. Mas eu preciso falar com Harry primeiro. - Ele me arrastou até a cama e me fez deitar.

— Não faça nenhuma estupidez. - Júlia repreendeu.

— Eu não sei se posso garantir isso.

Tom vestiu uma camiseta por cima dos shorts e saiu do quarto. Eu ouvi a porta batendo, mas não me importei. Encolhi-me naquela cama, enquanto ele caminhava até o meu quarto. Encontrou Harry no corredor. Ele procurava por mim. Tom bateu em seu peito, as duas mãos espalmadas. Harry cambaleou para trás.

— Você é um canalha. - Meu ex esbravejou. - Como você pode fazê-la chorar desse jeito? Aliás, como você pode sequer interrogá-la sobre esse assunto, Judd?

— Ei! - Harry o enfrentou. - Você não tem moral alguma para falar comigo desse jeito. Você a ajudou a mentir para mim; você escondeu essa história por cinco anos! Eu precisava saber; você não acha que seria bom me contar que Brenda foi estuprada?

— Que diferença isso faria, Harry? Você a amaria menos; você a ama menos por causa disso?

— Claro que não! Mas, céus! - Ele colocou as mãos na cabeça de novo, irritado. Nervoso, ansioso, estressado com tudo aquilo. O barulho atraiu a atenção de Danny e Dougie. Eles apareceram para apartar a briga.

— O que está acontecendo aqui? - Dougie se meteu no meio deles.

— Vamos entrar. - Danny empurrou Tom para dentro do quarto deles. Por sorte, estavam bem à porta. - Vocês podem me explicar o que está havendo?

— Eu acabo de descobrir que Tom conspirou com Brenda quando ela foi embora de Londres. E, o motivo, ela foi estuprada.

As caras foram de surpresa. Claro, ninguém esperava por aquilo. Mesmo que fosse óbvio que eu tinha que ter um grave motivo para sumir.

— Ela foi estuprada? - Dougie estava assustado.

— Como você descobriu? Quando foi isso? - Danny mostrou-se curioso.

— Há cinco anos. Por todo esse tempo, eles mantiveram segredinhos. E eu pensando que ela me odiava simplesmente; eu nunca soube que tinha um motivo! Eu passei anos me torturando e agora finalmente eu sei.

— Você nunca cuidou dela direito! - Tom esbravejou. - Você deixou que a machucassem, e eu queria matar você. Se não fosse por causa dela...

— Cala a boca, Tom! - Harry avançou para cima dele. - Cala a boca, você não sabe o quanto eu sofri. Eu estou sofrendo; você acha que estou me divertindo agora? Saber que ela... saber... o que isso te importa, eu não consigo entender essa sua obsessão!

— Eu não sou obcecado! Eu amo a Brenda. - Tom disse. E eu posso garantir que ele nem mesmo se arrependeu de ter dito. - O que foi, vocês até parecem que não sabem! Isso não é óbvio o suficiente? Eu a amo, eu estive com ela sempre que ela precisou, e vou estar com ela para sempre. Claro que nunca fomos um casal normal; nunca seremos um. Somos um time, dois irmãos. Mas isso nunca importou.

Tom baixou o olhar. Os ombros relaxaram ao lado do corpo. O quarto estava em silêncio.

— Eu não sabia que era assim. - Danny disse, aproximando-se.

— Amá-la não te dá o direito de afastar-me dela, Tom. - Harry ainda estava magoado.

— Eu fiz o que foi preciso para mantê-la feliz e segura. Se ela queria ficar longe de você, então ela ficaria longe de você.

— Onde ela está?

— No meu quarto, com Júlia. Deixe-a, Harry. Você sabe como ela é; ela precisa de um tempo para digerir o fato de que agora você sabe a verdade. Amanhã vocês se falam, e resolvem isso. Vamos dormir.

— Danny, fique aqui com Tom. - Dougie decidiu. Eles já tinham ouvido demais. - Eu vou ficar aqui, com Harry. Assim tomamos conta dos dois.


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