Meu Querido Cunhado escrita por Janine Moraes


Capítulo 22
Capítulo 22 - Coagida


Notas iniciais do capítulo

Volteeei. ^^



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Ao chegarmos na mesa, para minha surpresa e deleite de Ceci, os dois conversavam de modo mais pacífico, agora rindo cúmplices. Sentei no meu lugar, olhando curiosa para Alexandre, que sorriu para mim.

– Pensei que vocês tinham morrido.

– Ou fugido. – Igor se meteu;

– Ou que você tivesse matado Ceci e fugido. – Alexandre riu, acompanhado de Igor. Essa recente camaradagem deles me assustou.

– Porque eu tenho que ser a assassina? – disse, fingindo estar ofendida. – Pensando bem, não respondam.

– Então... Já que todo mundo terminou de comer porque não vamos embora?

– Tanto faz pra mim... – respondi, sem desviar os olhos de Alexandre. Que fazia caretas, tentando me fazer sorrir, falhando miseravelmente a propósito.

– Ou podíamos ir numa boate aqui perto. – Ceci sugeriu, se animando. – Toca todo tipo de música. Acho que ia ser super legal.

– Apoiada. – Alexandre disse. Olhei para ele, indignada.

– Adorei a ideia. – Igor disse, sorrindo. Me lembrei subitamente das vezes que fugi para não ter que dançar com ele. Ou com qualquer pessoa.

– Ei... Eu não sei dançar.

– Claro que sabe. – Alexandre disse. Igor riu baixinho, fiz careta para ele. Bufei:

– Eu prefiro ir pra casa. – Estava me sentindo ansiosa e pressionada com essa situação.

– Ah qual é, Malu! Por favor...

– Sem forçar as coisas, Ceci... – A lembrei.

– Mas é uma votação. Todo mundo quer ir.

– Eu quero ir, Malu. Mas não vou se você não for. – Alexandre disse, fazendo cara de desolado e jogando muito, muito sujo.

– Eu realmente odeio vocês. – bufei, irritada. – Vocês sabem disso, não é?

– Perfeito! – Alexandre pediu a conta e acabamos dividindo ela. Ele me puxou pela mão, enquanto saímos pela rua. Havia bastante gente nas ruas até. O tempo estava abafado, o céu já estava escuro e a brisa era refrescante. Um ambiente bem romântico. Não que eu estivesse satisfeita com isso. Ainda tinha dificuldades em olhar pra Ceci e ele... Tão... Próximos. Mas Alexandre tinha razão, eu tinha que me acostumar. Não tinha muita escolha.

Ceci andava grudada no braço de Igor e Alexandre segurando minha mão. Uma mania dele. Olhei para os pés de Ceci, e porque ela parecia tão mais alta. Eram saltos. Uma bela plataforma, gigante. Imaginei como seus pés deveriam doer.

– Não dói? – perguntei, quebrando o silêncio.

– O que?

– Esses saltos! Toda vez que eu vejo você está com um maior do que o outro. Sinceramente... Você devia parar de usar tanto salto alto.

– Eu posso fazer coisa qualquer de salto alto. – Ela sorriu, convencida.

– Não pode não. Com certeza você não pode.

– Posso sim.

– Ah é? Duvido você fazer isso de salto alto. – Me soltei de Alexandre. E caminhei para o meio da rua. Então... Fiz uma estrelinha. Me ajeitei, sentindo meus cabelos bagunçados, e me sentindo livre também. Sorri desafiante para Ceci. – Faça!

– Isso aí já é apelação. – ri junto com Alexandre e Igor. Esse último não me olhava, mas sim me encarava. Percebi que meu rabo de cavalo havia soltado. Passei as mãos nos cabelos ondulados. Levantei os olhos, ele ainda me encarava. Ceci havia largado seu braço e saíra andando na frente com Alexandre. Olhei para o chão, procurando meu prendedor. Estavam bem aos seus pés. Ele simplesmente se abaixou e os pegou. Se aproximando de mim e o balançando na frente do meu rosto.

– É seu? – engoli em seco e respirei fundo. O perfume masculino me tomando. As mãos tremendo e tentando manter a compostura peguei o prendedor.

– Obrigada. – Amaldiçoei minha instável. Fora do meu tom irônico normal.

– Ei, vocês! – virei para onde vinha a voz de Ceci. Ela estava próxima a Alexandre e sorria. – Andem logo!


Não olhei para Igor antes de voltar a andar, apenas apressei o passo, querendo alcançá-los. Parei do outro lado de Alexandre, que me olhava preocupado.

– Você está bem?

– Sim. – Não exatamente, mas não faria muita diferença dizer isso a Alexandre agora.

– Chegamos! – Ceci anunciou. Paramos em frente a um portão grande e vermelho, dava pra ouvir o som muito alto lá dentro. Oh, meu pesadelo. Ceci correu, agora puxando Igor, para comprar as entradas. Alexandre parou ao meu lado. Olhei para a direção contrária.

– Malu... O que foi?

– Porque me convenceu a vir pra cá? – Porque agiu como um traidor? Era isso que eu devia ter perguntado.

– Você precisa dançar. Faz séculos que você não dança.

– Aff.

– Ele já te viu dançar? – Tecnicamente, eu gostava de dançar, mas morria de vergonha.

– Não.

– Então mostre o que ele perdeu.

– Eu não quero isso, Alexandre. – fiz bico. – Quero esquecer.

– Então volte a fazer as coisas que você fazia. Sei lá... Se joga, amigã. – Ele disse, fazendo pose e me fazendo rir de leve. Depois pegou meu rosto, me fazendo olhando. – Sem brincar agora... Muda. Se diverte. Não fique pensando muito nele nem... nela. Nem nos dois juntos. É difícil, mas tenta.

– Eu estou tentando.

– Tenta mais. Hum. Que tal? – ri baixo, meio desanimada, de sua cara animada, passando a mão nos cabelos. Revirando os olhos.

– Ai ai, Alê, só você mesmo...

– Prontinhos? – Ceci apareceu. Ridiculamente animada. Suspirei, vencida. Ela riu, me puxando pela mão. Entramos na boate razoavelmente cheia. A música fazia meu corpo estremecer e semicerrei os olhos por causa das luzes. Ela me soltou, correndo para pista. Alexandre logo atrás dela. E os dois começaram a dançar. Totalmente animados e a vontade. Parei, cruzando os braços. Abismada. Algumas pessoas começavam a olhar aquelas duas criaturas dançando na pista.

– Você conhece aquelas pessoas? – A voz de Igor pairou acima de mim.

– Nunca vi na vida. – sacudi a cabeça e ouvi sua risada. Saindo de perto dele, me misturei entre as pessoas. Indo parar a um pequeno bar. – Um refrigerante, por favor.


– Saindo. – O garçom foi buscar e eu me sentei mais a vontade no banco. Vi alguém se sentar ao meu lado. Igor, obviamente. Ele me analisava, a expressão contida. Mas aquele mesmo jeito de olhar insolente. Senti as faces corarem. Sua boca entreabriu-se, e mesmo sem querer, senti o coração bater mais forte só de imaginar sua voz, então quando a ouvi, meu coração foi a mil:

– Se importa se eu sentar aqui contigo?



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Notas finais do capítulo

Então... Reviews?