The Descendent escrita por Mary Anne Lerman, isah_carol


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora, mas eu to mudando muitas coisas na história quando eu digito e eu to numa crise de brigas de família muito grande. Então, só uma hora de PC por dia.



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O meu sonho começou na mesma sala do anterior. Mas agora eu sabia quem eram aquelas pessoas. E tinha alguma coisa estranha acontecendo, porque eles estavam quietos. E quando eu digo quietos, quero dizer que não dava para ouvir nem eles respirando. Eles estavam olhando para um ponto fixo no chão, um berço de ouro estava lá, mas nem o bebê fazia barulho.

-Está na hora de levá-la. Hermes...- disse Zeus.

-Por que eu não posso criá-la? Ela nem é uma meio-sangue! - interrompeu meu pai.

-Você sabe as regras irmão. Ela tem que ser criada por seu parente mortal. - Pelo tom de voz de Zeus, ele já havia falado aquilo muitas vezes.

-Mas ela não é mortal.

-Poseidon, nós todos sabemos disso, e você também já nos lembrou pelo menos 200 vezes. E, mesmo não sendo mortal, ela é filha de uma mortal e tem de ser criada por uma mortal.

-Posso, pelo menos, levá-la para Sophie?

Zeus olhou para todos e já que ninguém se manifestou, ele deve ter entendido que não se importavam.

-Não vejo nenhum problema nisso.

-Espere! - disse Afrodite. - acho que deveríamos dar a ela nossas bençãos agora, não é? Pode demorar um tempo para termos essa oportunidade de novo.

-Nunca pensei que fosse dizer isso, mas concordo com Afrodite. - Falou Atena.

Parece que todos concordaram, porque eles se levantaram e ficaram em tamanhos humanos, fizeram um círculo em volta do berço e colocaram as mãos para frente, como se fossem fazer um grito de guerra e se separar para voltar para o campo. Então começaram a sussurrar palavras em grego que eu não consegui entender porque todos estavam falando ao mesmo tempo e diziam coisas diferentes.

Só quando se afastaram eu pude ver o que acontecia, o bebê, que eu ainda não conseguia ver, estava brilhando em dourado, e só quando voltou ao normal, Poseidon a pegou no colo e eu congui vê-la.

Ao contrario do que eu pensava, o bebê não estava dormindo. Parecia que tinha uns 2 meses. Ela era branquinha e tinha cabelo preto, mas tinha cabelos demais, eles batiam nos ombros dela e ela tinha olhos verdes. Foi aí que eu me toquei. O bebê era eu. E eu fui abençoada por todos eles. E a parte que mais me assustava.

Eu era imortal.

-Vamos conhecer sua tia, Helena. - Poseidon sumiu, deixando apenas o cheiro de maresia na sala.

Meu sonho mudou. Agora eu estava na praia. Na praia do acampamento Meio-Sangue. E tinha um homem sentado na areia, olhando para o mar. Ou seja, de costas pra mim. Eu fui até ele e me sentei ao seu lado. Era Poseidon.

-Bom dia Helena.

-Bom dia pai. - Ele sorriu quando eu disse pai, como se esperasse por esse momento a muito tempo.

-Então, como foi saber que tem um irmão?

-Foi legal. Mas pai, ele é muito bagunceiro. - Eu disse parecendo uma criança mimada. Ele riu.

-É, Percy nunca morou muito tempo em casa, sempre em internatos, então nunca teve como fazer bagunça, porque ele sempre teve que dividir o quarto com alguém.

-Mas isso não é desculpa. Que horas são? Eu preciso acordar antes dele, porque se eu não acordá-lo acho que meus planos de por aquele lugar em ordem vão por água abaixo. - Ele riu de novo mas dessa vez concordando comigo.

-Acho que são umas 5 horas.

- Mas pai, você tem alguma coisa urgente pra falar comigo? Porque se for isso acho melhor falar, pode ser importante.

-Bem, já que tocamos nesse assunto. O Olimpo está em crise. Eu não podia estar falando com você, Zeus não anda permitindo que nos comuniquemos com ninguém de fora a quase um mês. Mas ninguém sabe o porque, ele está ficando paranóico!

-Isso é estranho. Mas e quanto a Dionísio? Ele continua no Acampamento.

-Não mais. Ele voltou para o Olimpo ontem a noite e não vai sair até Zeus permitir.

-Tem alguma coisa muito errada no meio dessa história. Está faltando o porque disso tudo.

-Eu concordo. Mas nem Atena sabe. Então acho melhor eu ir antes que ele me veja falando com você.

-Ok. Tchau pai. - Eu disse me levantando junto com ele e o abraçando. Ele pareceu não saber o que fazer no começo mas me abraçou de volta e disse:

-Tchau minha filha.

Eu estava quase chorando no sonho quando ele sumiu e eu acordei.

Eu olhei pela janela e o céu estava igualzinho no meu sonho. Como eu queria ter um relógio agora! Eu olhei para Percy na cama ao lado e resolvi começar a arrumar sozinha e deixar ele dormir mais um pouco. Eu me troquei(no banheiro, é claro) e arrumei minha cama. Peguei meu enfeite de cabelo. Eu não estava afim de usar ele hoje, queria uma tiara. Quando fui colocá-lo de volta no criado-mudo eu me surpreendi. Tinha uma tiara de prata na minha mão, com a mesma flor de antes, mas mesmo assim. A coisa mudou de forma na minha mão e eu não percebi! Muito legal.

Se eu tivesse alguma coisa pra fazer agora. Que tédio! Já sei! Vou acordar o Percy!!

-PERCYYYYYYY!!!!!!! ACORDA VAGABUNDO !!!!!!!!!!!!! - Eu gritei.

-AAAAHHHHH!!!!Cadê a aranha? Eu mato ela!! - Ele pegou até a espada porque achava que tinha uma aranha!!!

Vocês já devem ter adivinhado o que eu fiz, não é? Eu comecei a rir, mas eu ri tanto que eu começei a rolar no chão e só parei quando a minha barriga estava doendo e eu estava com soluço.

-Qual é a graça? - E ele ainda pergunta?

-Vo...irc...cê.

-Por que, exatamente, você me acordou tão cedo?

-Não lembra de ontem cabeça de alga? Eu falei que a gente ia arrumar o chalé.

-Sério? Eu pensei que você tava brincando.

-Mas eu não estou. Arrume a sua cama primeiro.

E passamos duas horas assim. Nós ficamos arrumando a bagunça do Percy até a trombeta do café da manhã tocar.

-Eu vou indo, acho melhor você lavar o rosto, tem uma baba seca bem aqui. - Eu disse apontando pro canto da minha boca. Ele pôs a mão e reclamou:

-Droga! Tem baba seca mesmo!(N/A: Quem já assistiu Drake & Josh levanta a mão!) - E entrou no banheiro. Eu ri e fui até o pavilhão. Mas quando eu entrei lá, todos pararam de conversar e olharam pra mim.

- Gente, qual o problema? Só porque eu sou a descendente de todos os Olimpianos não quer dizer que eu não seja uma meio-sangue como vocês.

Ninguém disse nada, só continuaram me olhando. Eu bufei e fui até a minha mesa. Pelo menos, de lá eu não podia ver ninguém me encarando. Percy chegou uns dez minutos depois, junto com Annabeth.

-Bom dia Annie!

-Bom dia Lena!

Ela deu um beijo no Percy e foi pra mesa dela. Eu lembrei do meu sonho, mas eu não queria contar agora, logo no começo da manhã, ia estragar todo o resto o dia.

- Eu vou treinar um pouco. - Eu disse.

-Tudo bem. Te vejo depois. Tenho aula de arco e flecha com os filhos de Apolo, mas não sei porque eles insistem em tentar me ensinar.

- Tchau. - Eu disse rindo e respondi mentalmente: talvez porque eles gostem de rir quando você erra.

Eu fui em direção a arena com a minha espada em mãos e notei que ela não tinha nome. Acho que a espada do Percy tem nome porque já foi de outra pessoa, eu vou pensar em um nome pra ela depois.

Cheguei na arena e parece que alguém resolveu madrugar treinando porque tinha um garoto lá. Logan, Filho de Hefesto. Eu nunca vi ele antes, mas do jeito que ele estraçalhava aquele boneco, deve estar com muita raiva. Eu cheguei a uns 2 metros atrás dele e disse:

-Não desconte sua raiva no boneco! Eu aposto que ele não fez nada pra você.

Ele se virou pra mim e eu prendi a respiração. Se ele era filho de Hefesto eu era filha da Equidna. Ele era muito lindo!

-Olá Helena.

-Oi - Acho melhor não falar muito. Se a minha voz falhar ele vai achar que eu sou fraca, e se isso acontecer eu vou ter que lutar com ele, e se eu lutar com ele eu vou ter que machucá-lo e ninguém, eu repito, NINGUÉM, deve machucar aquele rosto.

-Então, vai querer descontar sua raiva em um boneco, ou prefere lutar com alguém menos indefeso?

-Se você insiste. - eu não sei porque eu disse isso, mas ele parecia estar me desafiando a lutar melhor do que ele. Como se eu fosse um ser inferior ou coisa parecida.

Ele empunhou a espada e eu peguei a minha tiara, que ficou como uma flor na minha mão. O elemento surpresa é uma coisa que se deve aproveitar.

-Não vai pegar sua espada? - ele perguntou, aparentemente confuso por eu não atacá-lo.

-Eu já peguei. - antes de terminar de falar, minha espada já estava se chocando contra a dele. Ele cambaleou, mas conseguiu manter a espada erguida.

-Se você quer assim. - ele começou a me atacar muito rápido. Quase tão rápido quanto eu fazia. Mas ele não era perigoso o suficiente e ele tinha alguma coisa que me fazia não querer machucá-lo.

Aquilo já estava me irritando. Em um só golpe, eu acertei a ponta da minha espada no punho da dele e espada voou pra fora de sua mão. Ele se assustou com o que eu fiz e começou a recuar. Eu abaixei minha espada e fui atrás dele, mas ele, aparentemente, tropeçou em alguma coisa e caiu. Mas quando eu estendi minha mão para ajudá-lo a levantar, ele ergueu sua espada e cortou meu braço.

Ele era um ator e tanto. Ele não estava recuando porque não tinha arma, ele estava recuando porque estava indo atrás da espada. E quando tropeçou foi só um disfarce para mim não vê-lo se abaixar para pegá-la.

Eu olhei para o corte no meu braço. Tinha muito sangue saindo do corte. Mas o sangue não era vermelho. Era dourado.

-Por que o seu...

-Eu não sei. - Eu o interrompi.

Ele tinha feito um corte bem fundo e aquilo não parava de sangrar!

-Eu preciso de ambrosia. Por favor, peça pra Quíron vir aqui.

-Tudo bem. - Ele disse e saiu correndo

Agora eu entendia o que Poseidon queria dizer no meu sonho, sobre a parte de eu ser imortal. Não queria dizer só que eu não podia morrer, queria dizer que eu era uma deusa.


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