Vidas Contraditórias escrita por Ane


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Gente.. dedico o cap pra Traumer483 ♥ amigonaa ... mto especial.. Kuss



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Ariih

Hoje vou confessar que acordei sonhando, isso acontece raras vezes, por isso espero que hoje ninguém estrague meu dia. Nesses dias eu normalmente não paro, tenho uma disposição genial. Não que nos outros dias eu não tenha, mas de fato esses dias são mais.

- Ave – gritei descendo as escadas correndo. Fazia tempo que eu não fazia isso sempre andava de salto. - Quer que eu faça alguma coisa?- Essa é uma das frases que eu quase nunca digo.

- Você está bem? – ela estava comendo tipo uma espuma branca e mexendo do notebook dela.

- Sim, estou perfeitamente bem – credo, às vezes até eu me espanto com o que eu digo. – O que é isto? – apontei para o pote em seu colo.

- Merengue. – passei o dedo na travessa.

-Isso é bom... –falei pegando mais um pouco.

-Eu preciso que você vá até o mercado e compre isso. – Me trouxe uma lista de compras.

- Está bem – e fui saindo estava perto da porta quando ouço ela me dizer alguma coisa. – Falou comigo?

-Você vai assim? – [Ariih= http://www.polyvore.com/cgi/set?id=30624154&.locale=pt-br ]

-Sim, hoje não quero colocar salto. – peguei as chaves do carro e os óculos e sai.

O caminho até o supermercado não era muito longe. Então cheguei bem rapidamente.

- Vamos lá – até falando sozinha eu já estou. Entrei no supermercado e peguei a lista. – Merda - por que tem que estar tão alto? Pra que a Ave quer passas? Eu não gosto de passas, ninguém em si consciência gosta de passas.

- Falando sozinha – chegou um cara alto, magro e gostoso. O que é isso Ariane aterrissa. – Essa? – apontou para a passa.

- É... Sim. - pegou-a e me alcançou. - Valeu. – agradeci e virei pro cara. Ele estava de óculos também, mas eu conhecia aquele piercing e aquele jeito. – Tom?

- Já vi que você me conhece boneca. – que história é essa de boneca.

- Tom deixa de ser idiota – falei com cara de tédio – você não está me reconhecendo?

-AA... Não? – tonto – Eu já saí com você?

- Sim Tom você já saiu comigo – isso está ficando ridículo. – É a Ariih! – tirei os óculos e fiz uma pose como aquelas que os mágicos fazem no fim dos espetáculos.

-Ariih? – ele falou tirando os óculos. Se eu tinha dúvidas, não tenho mais. É o Tom.

- Finalmente eu eiin. – ele me abraçou.

- Como você está? Faz muito tempo eiin – ele continua lento.

- Eu estou bem, faz muito tempo mesmo. – lembre daquele tempo – E você como anda?

- Eu estou bem – falou me acompanhando lentamente. – O Ge comentou que você e a Ave estavam aqui na cidade.

- É estamos aqui faz cinco meses já. – lembrei da mudança, nossa foi um sarro. A Ave ficou desesperada quando chegou a hora de arrumar tudo.

- Precisava mesmo falar com você.

- Fala ai... – falei

- Eu queria te pedir desculpa, por ter falado aquelas merdas todas no colegial sobre o seu amigo. – Parei imediatamente. Por essa eu não esperava – Eu me arrependi, só era muito orgulhoso pra reconhecer.

- Relaxa Tom. – falei segurando a cintura dele – Eu sabia só de olhar nos seus olhos que você estava arrependido.

- A é verdade, esqueci que você lê a mente das pessoas – falou soltando um risinho, ainda continua debochado.

- Com certeza, eu posso ler a mente das pessoas e também fazer a mente das pessoas – fiz cara de mau.

- Me deu medo agora – franziu a testa e mordeu o lábio inferior.

- Isso é bom... Pra mim. – ele me olhou com uma cara de “WTF?” – Esquece.

-Então quer dizer que você não está brava comigo?

- Não, não imagina... Mas mudando de assunto, o que você anda fazendo?

-Como assim?

- Você está muito gostoso cara – eu e minha cara de pau.

- Eu sei que eu sou – convencido – mas falando sério, eu não faço nada, só toco guitarra e pratico uma coisa que aqui não é um bom lugar para comentar.

- Eu já posso saber o que é. – falei olhando pra baixo, dando uma risadinha maliciosa.- Também pratico. – só vi que ele me olhou com uma cara de safado. Normal.

- Mas você está muito linda também – me olhou de cima a baixo.

- Valeu, eu estou indo direto na academia. – expliquei. –foi lá que eu encontrei o Ge e o Gust.

- É o Ge falou.

- Como está o Bill? – fazia o maior tempão que não o via também.

-Ele está bem, acho que agora ele está em casa – novidade – ele não tem saído muito esses últimos dias, ele tem se fechado mais, o Ge acha que precisa de alguém, apesar de já ter a mim como irmão. – que fofo isso.

- Sim eu entendo. Mas às vezes ele pode não querer ter alguém como irmão, mas como algo mais, sabe a Ave também anda esses últimos dias bem pra baixo, mas eu nem pergunto o que é por que a resposta já é bem previsível.

- Eu sei bem como é isso. – Falou. – Vamos pra fila? – apontou para o caixa.

- Sim, sim... – ele me acompanhou até a fila do caixa. – Você está ocupado agora? – perguntei.

- Não, me deixa ver – pegou a agenda no celular – Não por quê?

- Quer me acompanhar num sorvete?

- Com o maior prazer. – ele pensou por um estante – mas só se for o do parque, como o dos velhos tempos.

-Com certeza. – falei. Depois de passarmos no caixa nos dirigirmos até a garagem. – Nos vemos lá. –pisquei com um olho e entrei no carro.

Eu já sabia que a Ave iria me ligar a qualquer momento, então resolvi ligar antes.

- Hi, Hi, Hi – que porra é essa.

- Ave que merda é essa? Você parece uma criança.

- Às vezes bem que gostaria de ser. – isso é tediante. – O que você quer?

-Eu só liguei pra avisar que eu vou demorar pra voltar pra casa.

-Posso saber por quê? – curiosa.

-Em casa eu te conto. Estou dirigindo.

-Então por que me ligou quando está dirigindo?

-Pra te avisar.

- Se você morrer eu te mato.

-Mas ai eu já vou estar morta. – me fiz de desentendida

-A esquece. Ta beijo tchau.

-Tchau.

Quando eu cheguei ao parque ele ainda não havia chegado. Sentei entre as raízes de uma árvore e fiquei vendo o início do por do sol, enquanto Tom não chegava. Eu estava lá já fazia uns dez minutos e nada, eu iria me levantas e ir embora.

- Onde você pensa que vai? – perguntou Tom chegando com dois sorvetes de baunilha. – Desculpa a demora.

- Você está atrasado. – falei

-No colegial você não se importava quando eu me atrasava. – disse ele sentando-se ao meu lado.

-Tom, naquele tempo eu aceitava quase tudo.

-Quase tudo? Como assim?- perguntou

- Por exemplo eu sabia que você me traía mas não falava nada – ele arregalou os olhos. – E também sei que aqueles compromissos que você dizia que tinha, era mentira. – Ele ficou paralisado – Mas as coisas mudam, as pessoas mudam.

- É... Eu...eu. Eu não Sab... – o interrompi.

-Relaxa Tom, não te julgava antes, não é agora que vou te julgar. – eu sou o tipo de pessoa que é... A primeira a entender e a última a ser entendida... Mais ou menos isso. – e também tenho que te confessar uma coisa. – olhei pra ele, que estava vermelho. Coitado. – Eu não terminei com você só por que você falou mal do Yu, é que eu tinha que arranjar uma desculpa. Eu poderia muito bem ter usado as suas traições ou as suas mentiras contra você, mas não. Eu quis fazer você ficar com peso na consciência por me trair e por mentir.

- E funcionou. – Falou derrotado.

-É eu sei –soltei um risinho.- Vamos mudar de assunto, isso está me deixando deprimida.

- Concordo.

- O Ge falou do jantar que eu falei pra gente fazer?

- Comigo não falou nada.

- É que eu estava pensando em nós fazermos um jantar pra comemorar os velhos tempos, lá em casa depois que o Yu e o Strify voltarem pra Berlim. O que você acha?

- Acho que vai ser legal, eu topo. – falou terminando o seu sorvete. – O Ge falou que você fez tatuagens? É verdade?

- Sim, sim.

-Quero ver. –curioso.

-Tem essa – mostrei o ponto de interrogação (?) no pulso. – Esta – ergui o cabelo, que estava solto, apesar de curto ainda tapava um porco a frase. – e esta – levantei de pé de costas pra ele e ergui um pouco o casaco. No momento em que eu iria sentar novamente, duas mão fortes me pressionaram a cintura me puxando para seu colo. – Eii?

- Desculpa tah? sei que já passou muito tempo, mas mesmo assim desculpa por tudo o que eu te fiz, se eu te magoei ou te fiz sofrer, desculpa. O abracei, jamais esperaria isto do Tom. Eu diria que ele estava chorando mas não, quem estava chorando era o céu, com leves e delicadas gotas de chuva em pleno por do sol.

- Tudo bem, apesar de tudo, seremos amigos sempre. – dei um sorriso confortador.


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Notas finais do capítulo

reviwes?



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