Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 24
Capítulo 24 - Guerrilha




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Ação e Reação

 

Capítulo 23 – Guerrilha.

 

  Sakura olhava para o andar abaixo. O seu soco acertara Danzou em cheio, fazendo-o criar uma cratera que o fizera ficar cravado no chão do andar de baixo.

 

  Ela desceu um andar pulando por dentro da cratera, vendo que Danzou não tinha morrido. Ainda se mexia dentro do buraco criado por seu corpo. As vestes dele estavam rasgadas. Seu corpo tinha marcas de pele rasgada pelo impacto e seu rosto tinha vários ossos quebrados, fazendo com que Sakura desse a luta por encerrada.

 

  -Acha que já ganhou garota? – Perguntou o chefe da Anbu Raiz, enquanto se apoiava nas rochas, se levantando. – Sabe que, no momento em que entrei no escritório de Tsunade, liguei um alarme, dando o sinal, não sabe?

 

  Sakura se aproximou do corpo de Danzou. Um corpo de um velho que, depois de todo esse tempo, não conseguia assustar nem uma jovem que se tornara conselheira há pouco tempo.

 

  -Acha que não nos preparamos para o caso de informações vazarem? – Perguntava ele, enquanto tentava ganhar tempo. – Se ficar do lado de Tsunade, morrerá.

 

  -E quem disse que eu me importo? – Sakura precisava estar séria. E não exitou em enfiar outro soco na cara de Danzou.

 

  Naruto estava a cinco minutos de Konoha. Quando sentiu algo invadindo a entrada da vila. Uma luz vermelha piscou em sua cabeça. Guerra. Foi tudo o que conseguiu pensar. E se lembrava da última guerra de Konoha em que estivera envolvido. Fora trancado por Akatsukis e quase tivera um ataque de revolta contra Konoha.

 

  Sentiu que Tsunade estava entre os invasores. E Shikamaru com ela. Além de todos os shinobis que conhecia. Menos um.

 

  O que houve com Sakura, Tsunade-sama? Se o garoto conhecia a Hokage, uma das poucas coisas das quais tinha certeza era o fato dela nunca deixar Sakura partir para o lado inimigo.

 

  Precisava pensar rápido. Estava quase chegando. Certificava-se de que Tsunade estava realmente dentro da vila. Sim. E junto com ela, mais de trezentos shinobis. E, se todos os seus amigos achavam que Tsunade estava certa, ele também achava. E sem discutir.

 

  Estava vendo a entrada de Konoha. A uns vinte metros. Quando sentiu uma rede de chackra se formar por entre as árvores. E era algo que ele já tinha visto.

 

  Naruto parou onde estava. Pulou para o meio da estrada. Um segundo depois e já sabia quem era a pessoa misteriosa.

 

  -Pensei que nunca mais fosse te ver.

 

  Uma borboleta saiu por entre as árvores antes de um vulto encapuzado fazer o mesmo.

 

  -Apesar de não parecerem, as borboletas podem ser muito perigosas, Naruto-kun.

 

  O garoto fechou os olhos, buscando concentração. Quando os abriu, de propósito, fez uma brisa refrescante soprar sobre si, pegando o oponente, conseqüentemente.

 

  -Que pena ter que te rever num lugar e numa situação assim. – Disse Naruto.

 

  A pessoa do outro lado concordou.

 

  -É um prazer revê-lo, Naruto.

 

  O garoto não respondeu. Apenas deixou a brisa soprar um pouco mais forte, fazendo com que o capuz saísse de cima do rosto da pessoa, confirmando sua identidade.

 

  Tsunade comandava uma passeata pelas ruas de Konoha, que ia diretamente à entrada do clã Hyuuga. Sabia que lá era o centro militar deles. E não pretendia ser passiva.

 

  Estava na metade do caminho, quando viu um vulto à sua direita. Imediatamente desviou de cinco kunais que vinham em sua direção. Em seguida, viu um ninja amigo lançar uma kunai para o local onde estava o clã inimigo. Que desviou. No entanto, quem tacou a kunai fora um Anbu No Maki, que tinha enrolado um papel bomba nela.

 

  Em seguida, um corpo saiu da explosão sem seu braço e apenas com metade da perna. Yamato foi até o corpo, ainda vivo, ergueu-o e perguntou:

 

  -Quem está comandando isso? – Sua calma era calculada, deixando o Anbu pressionado.

 

  -Eu sou um Anbu. – Ele nunca iria dizer um pio sobre os planos de seus comandantes.

 

  Yamato, sabendo disso, deitou o corpo do ninja no chão, sabendo que ele era apenas o primeiro morto que essa guerra traria.

 

  -Para onde vamos agora, Tsunade-sama? – Perguntou ele, pondo sua máscara e esperando ordens.

 

  -Vamos nos separar. – Disse ela. – Shikamaru comandará um grupo que invadirá o clã Hyuuga. Você irá comandar outro pelotão, que ficará de guarda, esperando que a briga venha para as ruas da vila. Aproveite e recrute cinco de seus ninjas para assegurarem que uma mensagem de emergências será enviada à Suna. – Ela tirou um carimbo do bolso. – Mande-os carimbar a mensagem com isso.

 

  -E a senhora? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Eu vou até meu escritório. Ajudar Sakura. Quero que você, - Ela apontou para Shikamaru. – comande cento e cinquenta homens.

 

  -Não. – Disse ele. – Muitas pessoas chamam muita atenção. Para mim, bastam vinte Anbus.

 

  Tsunade não questionou. Quem talvez morresse por ser a minoria, seria Shikamaru.

 

  -Está bem.

 

  -Quero cinco No Makis. – Ele apontou para Anbus normais. – E aqueles que estão ali.

 

  Nos minutos seguintes, organizaram os ninjas que auxiliariam Shikamaru, os duzentos que ficariam espalhados pelas ruas, comandados por Yamato e os que iriam com Tsunade.

 

  -Boa sorte. – Desejou a Hokage, se retirando com cento e vinte e nove shinobis que sobraram. Precisava ver como ficara Sakura.

 

  Sakura observava o que restara do rosto de Danzou. Estava horrível. Os ossos de seu rosto estavam totalmente quebrados e sua face estava deformada.

 

  Ela sabia que Tsunade tinha sentido que seu clone se desfizera e o porquê disso. Agora, precisava esperar que ela chegasse antes dos seus inimigos.

 

  -Sakura? – Perguntou uma voz às suas costas.

 

  -Pensei que demoraria mais. – Disse ela, esperando que Tsunade estivesse atrás de si.

 

  Porém, não era Tsunade. Quando Sakura se virou, viu alguém que não esperava que fosse ver.

 

  -Shizune? – Perguntou a garota atônita, quando viu a cara da ex-assistente de Tsunade.

 

  -Estava me esperando? – Shizune fez-se de desentendida. – Como assim?

 

  Sakura balançou a cabeça, em sinal negativo. Se Shizune não a atacasse, pretendia conversar com ela um pouco.

 

  -Eu esperava aqueles que não traíram Tsunade, Shizune. – Ela falava com um tom de superioridade.

 

  -E o que te faz pensar que eu traí Tsunade? – Perguntava Shizune, fingindo calma e racionalidade.

 

  -Se Tsunade-sama me convenceu, com certeza te convencerá, se você se entregar agora. – Sakura puxou suas luvas, em sinal de nervosismo.

 

  -Vai realmente querer brigar, Sakura? – Perguntou Shizune, armando uma kunai. – Você sabe que não é páreo para mim, não sabe?

 

  Sakura não ficou brava. Na verdade, estava indecisa. Não queria brigar com Shizune. Mesmo sabendo que ela era traidora. Tinha aprendido com Naruto a prezar os amigos ao extremo.

 

  -Por que nos traiu, Shizune? – Sakura estava triste. E mesmo disfarçando, Isso ficava visível. – Não precisava fazer isso.

 

  Shizune continuou calada em posição de combate.

 

  -Por que traiu Konoha? – Sakura parecia autoritária. – Responda!

 

  -Eu não traí por que quis. – Respondeu Shizune, de cabeça baixa. – Fui levada a isso.

 

  -Como? – Sakura continuava sem baixar a guarda, mas a curiosidade ainda era grande.

 

  -Seqüestraram Kakashi. – Respondeu Shizune. – Horas antes de eu informar Tsunade. Eu estava junto com ele.

 

  -Eu já sei que vocês estavam saindo juntos. – Disse Sakura, querendo mais informações.

 

  -Eu fui levada junto. – Disse Shizune. Aparentemente, precisava desabafar. – Torturaram Kakashi na minha frente e ameaçaram mata-lo se eu não fizesse o que eles mandassem.

 

  -E, por causa disso, você pôs em risco a paz de Konoha? – Perguntou Sakura, indignada. – Tenho certeza que Kakashi morreria de bom grado, por uma boa causa como essa.

 

  -EU ESTAVA DESESPERADA! – Gritou Shizune, sabendo que não tinha razão. – O que você faria, se estivesse no meu lugar?!

 

  Sakura não respondeu. Apesar de seu amor por Konoha, não sabia se estaria disposta a entregar Naruto pela vila.

 

  -Você faria o mesmo que eu... – Disse Shizune, se acalmando um pouco.

 

  -Não importa o que eu penso. – Disse Sakura. – Ou o que eu faria se estivesse em seu lugar. Você tem que vir comigo. Ou passa para o nosso lado, ou eu te forço a passar por um interrogatório nada agradável.

 

  -Então terá que me forçar. – Shizune levantou a guarda novamente. Quando percebeu que era tarde demais.

 

  -Eu acho melhor você vir por bem, Shizune. – Tsunade, abrindo a porta com um dedo, estava de cara feia. – Seu debate com Sakura me deixou de mau-humor.

 

  Atrás de Tsunade, estavam tantos ninjas que Shizune não podia contar. Outros estavam no andar de cima, olhando pelo buraco criado pela briga de Sakura com Danzou. Os que sobraram, estavam revistando os outros andares ou do lado de fora, montando guarda.

 

  Quando o capuz saiu da frente do rosto do oponente, Naruto apenas confirmou o que já sabia.

 

  -Faz quanto tempo? – Perguntou ele. – Pouco mais de dois anos?

 

  -Quase isso. – Respondeu a pessoa à frente dele. – Parece bem mais para mim, que passei todo esse tempo trancafiada.

 

  -Pensei que você fosse uma boa pessoa, Konan. – Naruto sabia que, se tinha fugido, era porque ela tinha grande envolvimento com a guerra.

 

  -Pain também era uma boa pessoa. E Konoha nem lhe deu direito a julgamento.

 

  -Pain, pelo que soube, relutou em ser preso. Por isso foi morto em batalha. – Naruto nem se preocupava com ataques. Sabia que Konan esperaria que ele terminasse o diálogo.

 

  -E se eu fizer uma comparação? – Konan ergueu a palma da mão, deixando que pequenos fios de papel, lentamente, começassem a se entrelaçar.

 

  -Faça, vamos ver se me convence.

 

  -Suponhamos que eu, segundo o meu julgamento do que é certo e errado, encurrale alguém com um monte de ninjas, eliminando qualquer possibilidade dessa pessoa sair viva.

 

  -E? – Perguntou Naruto.

 

  -Você concordaria se eu a matasse por que ela resistiu? – Perguntou Konan, deixando Naruto pensar, enquanto um pequeno animal se formava em sua mão, algo com o corpo fino e asas grandes.

 

  -Se a sua visão do que é certo e errado estiver correta, eu concordaria. – Respondeu o garoto, olhando em volta.

 

  Konan percebeu o receio de Naruto, de ser atacado.

 

  -Não se preocupe. Eu vim sozinha. Minha parte nessa guerra já foi feita. Daqui a algum tempo, o exército da vila da chuva chegará. Mas, continuando, quero fazer uma substituição de papéis.

 

  Naruto confiou na palavra de Konan, e aproveitou para baixar um pouco a guarda. Queria economizar chackra.

 

  -Vamos lá. – Disse ele.

 

  -Se a pessoa a ser cercada fosse Sakura, o que você faria? – Perguntou Konan, na intenção de intimidar o garoto.

 

  Naruto olhou firme nos olhos de Konan. Olhos tristes, marcados pela dor. Mas também olhos sedentos de vingança. E o olhar dela lembrava-lhe os olhares de Sasuke e Gaara. Um olhar que o fazia desejar poder ajudar essas pessoas. Mas, se Konan ameaçasse Sakura, ou sequer relasse na garota, não iria mais poder olhar para ninguém. Não viva.

 

  -O que aconteceu com Sakura? – Perguntou ele.

 

  Konan jogou algo para cima. Era uma borboleta. Parecia feita de uma folha de árvore. Ou, até mesmo com um origami colorido.

 

  -Você viu... – Disse Naruto, se lembrando de que quando beijara Sakura, havia uma borboleta sobre a portaria.

 

  -Eu deixei um clone meu na prisão quando houve a rebelião. – Disse ela. – Naquela rebelião foi quando eu fugi. Como era conhecida pelo meu bom comportamento, ninguém desconfiou de me ver quieta. Ninguém sabia que a minha vingança finalmente tinha se tornado viável.

 

  -Onde está Sakura? – Perguntou Naruto, tentando se conter.

 

  -Eu não sei. – Disse Konan, balançando os ombros. – Só porque sei que você gosta dela, não quer dizer que a seqüestrei para chantagear você. Não uso golpes tão baixos.

 

  -Então por que está aqui? – Perguntou Naruto. – Por que veio falar comigo?

 

  -Porque você foi a única pessoa que realmente acreditou em mim. – Disse ela. – Não gostaria de ver você morrer.

 

  -Se eu estivesse certo sobre você Konan, - Naruto balançou a cabeça. – você não iria querer ver ninguém em Konoha morrer.

 

  -E por que não? – Perguntou Konan. – Todos os shinobis nessa vila apenas me procuraram para me matar!

 

  -Isso porque você estava deixando que a Akatsuki realizasse seus planos! – Naruto estava, depois de tanto tempo sem se descontrolar, quase gritando.

 

  -EU AMAVA NAGATO! – Konan chorava aos berros. As lágrimas que corriam pelo seu rosto, feriam Naruto como espadas.

 

  Algumas gotas de chuva começaram a cair.

 

  -Por acaso ele amava você? – Perguntou o garoto. – Ou apenas te considerava uma amiga?

 

  -E POR ACASO VOCÊ AMAVA HINATA? – Konan tinha todas as respostas prontas. – OU CONSIDERAVA ELA APENAS UMA AMIGA? E MESMO ASSIM ELA MORREU POR VOCÊ!

 

  Naruto engoliu em seco. A chuva chegava rápido. Naruto pensava se devia continuar ali.

 

  -Konan, eu realmente não sei o que dizer... – Ele ia continuar, mas foi interrompido.

 

  -MAS EU SEI O QUE DIZER! – Ela tentava se acalmar, mas a voz continuava saindo um pouco alta. – Eu preciso me vingar! E A VINGANÇA COMEÇA HOJE!

 

  -Temo que não tenha outro jeito, Konan. – Naruto olhava para o chão de terra, já amolecido pela água. – A sua vingança vai ter que começar por mim, certo?

 

  -Exato. – Konan reprimia tanto seu poder que achava que iria explodir. Quando foi para cima de Naruto, sentiu que poderia desperdiçar todo seu poder naquela luta. Pois Naruto daria um jeito de aguentar.

 

  Shizune agilizou-se. Apontou a palma das mãos para os lados, enquanto se virava. Uma delas apontava para Sakura. A outra para Tsunade.

 

  -Me deixe sair, Tsunade. – Ela sabia como chantagear. – Ou mato você e Sakura.

 

  -Você não faria isso. – Disse Tsunade em resposta.

 

  -Eu já cheguei até aqui por Kakashi. – Ela não parecia exitar. – Acha que não iria um pouco mais longe?

 

  Tsunade andou dois passos para frente, antes de dizer:

 

  -Tente.

 

  Na mesma hora, Shizune flexionou os braços. De dentro de suas mangas, saiu de cada lado, uma agulha envenenada.

 

  Com uma agilidade assustadora, ao mesmo tempo, Sakura e Tsunade desviaram, abaixaram-se e pegaram o braço de Shizune por baixo, virando-o contra as costas.

 

  Logo em seguida, aproveitando a brecha, um Anbu pulou de cima para baixo, pelo buraco da briga de Sakura. Ficou de frente para Shizune e colocou-lhe uma kunai revestida de chackra diretamente no pescoço.

 

  -Parece que vocês finalmente me pegaram... – Disse Shizune. – Pena que eu não sou a sua verdadeira presa.

 

  Tsunade acertou a nuca de Shizune. Na mesma hora, Shizune foi solta. A kunoichi nem tentou se mexer. Sabia que Tsunade tinha confundido seus neurônios. A única coisa que conseguia mexer era a boca.

 

  -Me deixem ir... – Ela praticamente cochichava de si para si, de tão baixo que falava. – Kakashi precisa de mim...

 

  -Quero que a levem conosco. – Disse Tsunade para os shinobis. – Quero que ela vá aonde nós formos.

 

  Como não conseguia mexer as pernas, Shizune foi erguida totalmente sob auxílio.

 

  -Levar ela não será um problema? – Perguntou Iruka, às costas de Tsunade, lamentando ver Shizune naquele estado.

 

  -Ela será a primeira a passar por qualquer lugar dentro do clã Hyuuga. – Disse Tsunade. – Se houver alguma armadilha que não conheçamos, ela será o nosso “alarme”.

 

  Tsunade se virou e começou a sair. Quando ouviu barulhos. Sons de estrondos.

 

  -Já tiraram as pessoas das ruas? – Perguntou ela para qualquer um que estivesse ouvindo e soubesse algo.

 

  -Yamato conseguiu retirar setenta por cento das pessoas de suas casas. Elas já estão em seus abrigos. – Um shinobi estava na janela com a informação.

 

  -Já retirou setenta por cento? – Perguntou Tsunade surpresa.

 

  -Yamato tem um exército à sua disposição, Hokage-sama.

 

  -Está bem. – Tsunade estava um pouco desnorteada. – E esses barulhos?

 

  Quem respondeu foi uma kunoichi de cabelos castanhos, no andar de cima.

 

  -Parece que as lutas se iniciaram nos arredores do clã Inuzuka.

 

  -Nos arredores do clã Inuzuka?! – Perguntou Tsunade surpresa. – Por quê?

 

  -Ao que parece, shinobis do clã Hyuuga se encontraram com shinobis nossos por ali. – A kunoichi estava bem-informada. – O local das lutas é apenas coincidência.

 

  Tsunade olhou à sua volta. Não precisava de tantos ninjas perto de si.

 

  -Quero que apenas dez anbus fiquem aqui. Sakura, Rock Lee, Tenten e Ino podem ficar também. Os outros vão ajudar os que estão de nosso lado. – Quando ela viu que eles estavam esperando outra ordem mais firme, disse: - Vão agora!

 

  Na mesma hora, todos os presentes dispersaram. Enquanto Tsunade saía do local, dois Anbus carregavam Shizune, outros oito a seguiam e Sakura, Rock Lee, Tenten e Ino iam logo atrás de Tsunade, sabendo que ela ia para o terraço.

 

  -O que vamos fazer agora, Tsunade-sama? – Perguntou Sakura.

 

  -Shikamaru já deve estar no terraço me esperando. – Disse ela. – Quero saber o que ele sabe. Depois, dependendo do que ele disser, a missão de vocês quatro vai mudar.

 

  Sakura escutava o que Tsunade dizia apenas superficialmente. O barulho causado pelas inúmeras brigas que estavam sendo travadas nas ruas estava ficando cada vez mais alto. A poeira das brigas entrava por dentro do prédio como se eles já estivessem em ruínas. E a chuva que estava caindo espalhava a sujeira mais rápido ainda.

 

  -Teve notícias de Naruto, Tsunade-sama? – Eles andavam tão rápido que a voz de Sakura estava saindo entrecortada.

 

  Tsunade balançou a cabeça negativamente.

 

  -Era para ele voltar hoje, mas com essa bagunça, eu temo que ele esteja tentando entender a situação.

 

  Sakura viu a escada que levava ao terraço. Com toda a certeza poderia afirmar que tinha um ninja por ali. Talvez mais. Cerca de quinze.

 

  Quando terminou de subir a escada, pode ver dezessete anbus. Cinco com máscaras pretas poderiam ser reconhecidos como No Makis. Os outros eram Anbus normais.

 

  -O que aconteceu? – Perguntou Tsunade, notando a falta de três Anbus.

 

  -Eles ficaram de reforço para dois grupos nossos que encontramos lutando no caminho. – Disse Shikamaru.

 

  -Estamos com pressa. – Disse Tsunade. – Então diga logo quais são as informações que temos.

 

  Shikamaru parecia ter pensado muito. Sua expressão mostrava que já tinha uma alternativa para o problema que nem mencionara.

 

  -E então? – Perguntou Tsunade um pouco impaciente. – O que houve?

 

  -Não encontramos nada. – Disse ele.

 

  -Como assim?! – Perguntou ela, meio nervosa.

 

  Shikamaru, como sempre, continuou calmo. Apesar da cara de Tsunade.

 

  -Não tem nada lá. – Ele soltou um breve suspiro. – O que eu quero dizer é que o clã Hyuuga está vazio.

 

  -Como assim, vazio?! – Perguntou Tsunade surpresa.

 

  -Vazio. – Disse ele. – Quer dizer que não tem nada lá.

 

  A vontade de Tsunade era enfiar a mão na cara de Shikamaru, mas não iria se descontrolar no meio de uma guerra por causa das ironias de um moleque.

 

  -O que acha que significa? – Perguntou ela.

 

  -Que o clã Hyuuga e a Akatsuki Remanescente não são tão burros quanto vocês pensavam, não é? – Perguntava Shizune, ironicamente, às costas de Tsunade.

 

  Tsunade não pensou duas vezes. Virou-se imediatamente para Shizune, a agarrou pelo colarinho e começou a dizer quase gritando na cara dela:

 

  -Onde eles estão?! – Ela mais ordenava do que perguntava.

 

  -Eu não sei. – Shizune parecia realmente não saber. – A última vez que recebi uma ordem deles foi ontem, quando o clã ainda estava cheio. Mas eles já deveriam ter previsto um pouco de inteligência por sua parte, Hokage-sama. Então, devem ter evacuado hoje bem cedo, enquanto a senhora pensava que eles iniciariam um ataque sangrento.

 

  Tsunade não queria bater em Shizune. Mas faltava pouco para ela o fazer.

 

  -Tsunade-sama, eu já pensei nisso. – Disse Shikamaru.

 

  -E a que conclusão chegou? – Perguntou ela.

 

  -Como eles estão escondendo quase um clã inteiro provavelmente num mesmo lugar, por questão de segurança, só poderiam fazer isso em lugares grandes.

 

  -E onde seria o melhor local para isso? – Perguntou ela.

 

  -No abandonado clã Uchiha. – Shikamaru parecia surpreso com a própria resposta. – É o local com o maior espaço disponível abandonado de Konoha.

 

  Tsunade se tocou na hora. Como estava abandonado, o clã Uchiha era pouquíssimas vezes revistado. E, portanto, seria o melhor local para todas as pessoas do clã Hyuuga se esconder em cima da hora. Sem Shikamaru, ela provavelmente demoraria horas para descobrir aquilo.

 

  Ela se virou para Sakura. Ela e seu time improvisado seriam os primeiros a verificar aquilo.

 

  -Quero que você, Tenten, Ino e os cinco Anbus No Makis formem dois times. Um comandado por você e outro comandado por um Anbu. Quero que verifiquem o clã Uchiha. Se acharem alguém lá dentro, voltem imediatamente. Aqui eu lhes darei outras ordens.

 

  -Hai. – Disse Sakura. Quando ela se virou para partir, os que a acompanhariam tomaram a mesma atitude.

 

  -E nós, Tsunade-sama? – Perguntou Rock Lee, depois que Sakura já tinha se retirado.

 

  -Nós esperaremos. – Disse Tsunade.

 

  -Como disse? – Perguntou Lee, se fazendo de desentendido.

 

  -Aqueles que concluírem suas tarefas virão para cá. – Disse ela, explicando. – Quatro desses Anbus serão a junta médica. – Quatro Anbus se reuniram em um grupo. – Eles irão ajudar os representantes. – Outros vinte serão os reforços para as batalhas que possam ser vistas daqui. Você e Shikamaru ficarão comigo. E os três Anbus que sobraram irão com Sakura, assim que ela voltar com as informações.

 

  -Mas por que eu e Shikamaru temos que ficar aqui? – Perguntou Lee, enquanto assimilava tudo o que Tsunade tinha dito.

 

  -Por que provavelmente um desses malucos virá me atacar e vocês são os únicos guarda-costas que eu tenho no momento.

 

  Rock Lee se calou depois disso. Tinha entendido tudo.

 

  -E quanto a ela? – Perguntou Shikamaru, apontando para Shizune.

 

  -Desacordem-na. Não quero que nem ela nos atrapalhe. – Tsunade procurava não pensar. Caso contrário não seria fria o suficiente.

 

  Quando a desacordaram, Tsunade recomeçou a pensar normalmente.

 

  -Se ninguém tem mais nenhuma pergunta, eu quero que sentem e recuperem as energias gastas até aqui. – Ela se sentou enquanto sentia a chuva cair sobre seu rosto. – Vamos esperar notícias.

 

  Ninguém questionou. Ordens eram ordens.

 

 

  Konan fez uma kunai com seu papel enquanto Naruto apenas desviava.

 

  -Não subestime minha kunai, Naruto. – Ela continuava tentando golpeá-lo enquanto falava. – Minhas kunais, apesar de serem feitas de papel são mais afiadas do que kunais comuns. Não se engane pelas aparências.

 

  Naruto não iria matar aquela mulher. Pois não via sentido nas ações dela. Mas precisava parar seus ataques.

 

  Ele pegou sua espada e começou a puxá-la. Porém, precisava de um segundo para sacá-la. Quando notou que não daria tempo de achar um intervalo nos ataques de Konan, decidiu que era hora de obrigá-la a lhe dar um segundo. Ele novamente pôs a espada em seu lugar, enquanto desviava.

 

  Konan, por sua vez, decidiu que estava facilitando demais. Ela recuou alguns passos. Na mesma hora, Naruto mudou de idéia e sacou sua espada. Enquanto olhava para a imagem dela, dividida pela espada, decidiu perguntar.

 

  -O que a faz lutar tanto? – Perguntou Naruto. – Não é apenas Nagato. É algo mais.

 

  Konan fingiu não escutar. Apenas fez vários selos, enquanto murmurava seus respectivos nomes.

 

  -Sua família, talvez. – Disse Naruto. – Mas você nunca a mencionou em seus discursos. – Ele não parecia nem um pouco preocupado com o que a garota iria fazer. – Talvez você nem queira vingança contra Konoha. – Ele sabia o que precisava falar. Só não sabia se deveria. – Talvez tudo o que você queira seja uma vingança contra mim. Ou contra a Kyuubi.

 

  -Se não fosse esse monstro maldito, - Ela parecia ter decidido falar. – o sonho dele nunca existiria. Se não fosse pela Raposa de Nove Caudas, ele teria sido apenas um garoto normal, que não tinha achado um modo de se vingar.

 

  -Acha que seria realmente assim? – Perguntou Naruto. – Acha que não haveria outros modos dele ao menos tentar vingança?

 

  Konan não tinha mais razão. Nunca tivera. Mas não queria admitir que Nagato fora um homem errado. Por que assim perderia a única coisa que lhe restara.

 

  -Não me faça pensar mal dele. – Ela estava ficando fora de si. – Não ouse desonrar a memória dele!

 

  Ela tinha terminado seu jutsu. Uma parede enorme de agulhas tinha sido formada à sua frente. E estavam sendo diretamente apontadas para o rosto de Naruto.

 

  -Então, supostamente, sua vingança se resume a me matar, o Jinchuuriki da Kyuubi, fazendo de tudo o que você disse antes de nada menos do que mentiras? – Ele estava resoluto. Tinha decidido o que fazer. Recolocou sua espada no lugar novamente, enquanto punha as mãos nos bolsos.

 

  -Eu não queria que soubesse disso. Mas você parece pensar muito rápido.

 

  -Se você me matar, o que fará depois? – Perguntou ele.

 

  -Eu não sei. – Ela ordenou que a parede de agulhas avançasse.

 

  Naruto não moveu um músculo. Se precisava morrer por causa de um assunto não resolvido por sua vila, morreria. Mas ele não achava que Konan faria aquilo.

 

  -Sua vida se tornará seu medo. – Disse ele.

 

  As agulhas pararam a dez centímetros do rosto do garoto. Ele ainda poderia esquivar àquela distância se quisesse.

 

 

  Sakura tinha chegado. Já estava dentro dos domínios do clã Hyuuga. Tinha deixado Ino e Tenten do lado de fora, já que não eram tão espertas no quesito “silêncio”, para poderem checar entradas e saídas de shinobis.

 

  Ela deu um sinal, e então os Anbus a seguiram. Sakura seguia para o centro do clã. Era o local mais provável. Era também onde ficava a casa dos líderes dos clãs.

 

  Sakura moveu-se rapidamente, chegando ao destino em menos de um minuto, sendo acompanhada pelos companheiros. Ela sentiu então um distúrbio. Um chackra terrivelmente maligno.

 

  -Conselheira-sama. Devemos partir. – Um Anbu apontava para o fim da rua, de onde se via um Hyuuga patrulhando a área.

 

  -Vão vocês e informem a Hokage. – Ela ia se esconder em uma casa, enquanto dava a ordem. – Eu ficarei mais um pouco.

 

  Como não tinham tempo, os No Makis partiram na hora. Deixariam Sakura para trás.

 

  Sakura se dirigiu ao terraço. Escondia todo seu chackra enquanto pensava em modos de se esconder do Byakugan. Quando chegou lá, olhou para o local onde morava a família principal.

 

  Não conseguiu distinguir de quem era aquele chackra. Só poderia afirmar que já o tinha sentido antes. Porém, deveria ter sido menos intenso.

 

  Ela pulou os prédios, percebendo que a segurança não cobria o ar. Somente a terra. O que era claramente um sinal de que o chefe dispensava proteções. Quando chegou ao telhado da casa ao lado da casa principal, sentiu o chackra maligno mais intensamente.

 

  -Quem é você? – Perguntou ela, surpresa, enquanto vasculhava os cômodos pelas janelas, olhando de longe.

 

  Quando achou a janela certa, procurou uma vista mais privilegiada. Queria memorizar bem o rosto do provável senhor Kenzo.

 

  Mas, quando viu, desejou não ter visto. Não queria ver aquilo. Não queria acreditar.

 

  -Você... – Seu corpo paralisou. Seu rosto ficou branco e ela achou que aquela surpresa superava qualquer uma que já tivera.

 

 

Uzumakilucas: OLA PESSOAL!

 

Leitor da face oculta: IH! Tá animadinho demais pro meu gosto.

 

Uzumakilucas: Eu tenho que demonstrar pelo menos um pouco de otimismo, não tenho?

 

Leitor da face oculta: CLARO! Depois de fazer um capítulo sem nenhuma batalha decente, essa é REALMENTE UMA ÓTIMA IDÉIA!

 

Uzumakilucas: Me desculpa, mas eu não posso resumir tanto a história.

 

Leitor da face oculta: E ainda não diz quem é o maldito KENZO!

 

Kotsuny: Pare de falar besteira.

 

Leitor da face oculta: (Ficando vermelho de vergonha.) Kotsuny-chan! Que prazer vê-la! Sabia que é muito mais bonita ao vivo?

 

Kotsuny: (Dando de ombros.) De qualquer modo, vim avisar que estou me retirando da fic.

 

Uzumakilucas: Por quê?

 

Kotsuny: Porque eu não apareço faz muito tempo.

 

Konan: Quem deveria reclamar disso sou eu. Só fui reaparecer depois de quase vinte capítulos! E ainda como vilã!

 

Kotsuny: Mas eu sou diferente.

 

Konan: Por quê? Porque se acha mais bonita?

 

Leitor da face oculta: Bingo.

 

Konan: Cale a boca! Todos têm direitos iguais.

 

Kotsuny: EU SOU DIFERENTE!

 

Uzumakilucas: CALEM A BOCA! JÁ!

 

Todo mundo fica repentinamente quieto.

 

Uzumakilucas: Esse é o meu espaço para dizer adeus! E não um lugar onde personagens de Naruto usam como tribunal para reivindicar seus direitos!

 

Todos os outros três: Mas...

 

Uzumakilucas: Nada de MAS! Eu mando aqui e ordeno que parem de discutir e me deixem dizer adeus, ou eu paro de escrever essa fic e vocês não aparecem mais!

 

O silêncio reina no estúdio. Como era nos primeiros capítulos.

 

Uzumakilucas: Ah... Que nostalgia... BEM, tudo o que eu tenho a dizer é que espero ter agradado. Aqueles que puderem, por favor, mandem reviews para mim, pois eles estimulam e fazem com que a gente perceba que as pessoas que leram realmente querem mais.

  Àqueles que mandaram, obrigado. Eu espero ter respondido a todos, na seção de reviews. Bem, agora, na maior paz que já tivemos em muito tempo, eu tenho o prazer de dizer adeus.

 

Uzumakilucas.


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Notas finais do capítulo

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Vlw!



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