Ação e Reação escrita por Lucas Alves Serjento


Capítulo 23
Capítulo 23 - Crítico


Notas iniciais do capítulo

Konoha está começando a exibir a ponta do iceberg de um evento que levará a vila a um confronto imenso. Com Naruto fora, o que será que estará acontecendo?
A Reação dos últimos eventos de Konoha começam a se mostrar mais claramente.



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Ação e Reação

 

 

N/A: Uzumakilucas: Pessoal, antes de começarem a ler esse capítulo, gostaria que todos os leitores pensassem se poderão ler esse capítulo sem me apedrejar depois. Por que:

 

  Primeiro: Eu já admiti algumas vezes que a fic está chegando ao fim. Segundo: Tudo o que foi mostrado até o capítulo 20 vai ser usado aqui, praticamente TUDO MESMO. E terceiro: Quem não leu desde o primeiro capítulo, eu aconselho que leia. Pois agora é que eu, Uzumakilucas dou a minha palavra de que a fic Ação e Reação vai novamente criar bases para o que eu gosto de chamar de “boa fic”.

 

  Mas, aos que já leram até aqui, garanto que não pretendo decepcionar. Apesar de um pouco parado, esse episódio tem informações que vão mudar drasticamente o estilo da fic. E, se o cap. 20 chamava O Início do Fim, esse pode ser apelidado de “Início do Fim-Parte final”.

 

 

Capítulo 22 – Crítico.

 

  Sakura já tinha informado quase todas as pessoas da lista. Tinha recrutado três para ajudá-la. Porém, ainda faltavam duas pessoas: Rock Lee e Tenten.

 

  -Ainda não os achamos? – Perguntou Ino.

 

  Sakura balançou a cabeça.

 

  -Se Shikamaru ou Yamato não os acharam, vamos informar a Godaime.

 

  -Certo. – Disse Ino, enquanto olhava à sua volta, como se Shikamaru fosse magicamente aparecer à sua frente se ela fizesse um pedido.

 

  -Não precisa ficar me procurando. – Disse Shikamaru, aparecendo atrás de Ino, fazendo ela se assustar. Sakura soltou uma risada curtinha, demonstrando seu nervosismo.

 

  -Acha que ocorreu algo grave? – Yamato chegara junto com Shikamaru.

 

  Sakura deu de ombros. Sinceramente não sabia o que estava acontecendo. Tsunade não confiava mais em Neji. Não sabia o que havia com Shizune, porque, sinceramente, nunca vira Tsunade optar por ela ao invéz de sua quase cunhada.

 

  -Vamos ao escritório dela. Talvez ela saiba onde os dois estão.

 

  -Hai. – Ninguém questionou a decisão da conselheira.

 

  -O QUE?! – Tsunade olhava pasma para o garoto à sua frente.

 

  Sakura, Yamato, Shikamaru e Ino já estavam no escritório de Tsunade. Realmente, Rock Lee e Tenten já estavam lá. Porém, traziam outra pessoa. Neji. E era a Neji que Tsunade escutara.

 

  -Peraí. – Tsunade não agüentava mais notícias ruins. – Repete. Eu não entendi.

 

  -A algum tempo, - Começou ele. – quando Uzumaki Naruto foi escolhido como o inimigo de Hiashi-sama, houve um grande alvoroço dentro do clã.

 

  Até aí, Tsunade ainda estava ciente. Mas não sabia o que estava por vir.

 

  -Na mesma semana, foi formulado um plano B, caso Naruto, com poderes que ninguém na vila achasse que ele possuísse, ganhasse de Hiashi, o clã Hyuuga cometeria uma traição...

 

  Tsunade não perguntou. Sabia que Neji continuaria por si só.

 

  -Dois dias antes de Hinata-sama ter sido morta, - Neji, apesar de não gostar muito de mencionar a morte de Hinata, continuou impassível. Afinal, sua dor de cabeça passara, o que não era bom. Ou talvez fosse. Neji estava ficando confuso... – mandaram um convite ao clã. Era a oportunidade de formar uma aliança com uma organização.

 

  -Akatsuki Remanescente... – Cochichou Sakura.

 

  -Foi o nome que eu consegui. – Disse Neji em resposta. – Então o clã fez algumas perguntas. Como eu era o braço direito de Hiashi-sama, fiquei sabendo da maior parte dos planos dele.

 

  -O que eles perguntaram? – Perguntou Tsunade.

 

  -Eu só fiquei sabendo de duas perguntas e de duas respostas.

 

  -Qual? – Perguntou Tsunade, extremamente curiosa.

 

  Neji suspirou. Sabia que, depois de seu depoimento, o nome Hyuuga estaria perdido.

 

  -Perguntaram quais eram os aliados deles. – Neji tentava se lembrar de todos os detalhes. – Eles responderam que eram três: Nós, se aceitássemos, seríamos um, o segundo seria a vila da chuva e o terceiro seria algumas pessoas ao alguém. Não ficou claro.

 

  -Talvez fosse um grupo de pessoas? – Perguntou Tsunade. – Que grupo?

 

  -Não sei. – Disse Neji. – Eles procuraram ocultar, pro caso de alguém como eu virar traidor.

 

  -E quem garantiria a ligação com a vila da chuva? – Perguntou ela. – A filha de Pain morreu.

 

  -Pain tinha uma filha? – Perguntou Neji.

 

  -Sim. – Disse Sakura. – Mas acho que a ligação com a vila da chuva não seria ela, Tsunade-sama, já que, ao que me pareceu, ela não contara a quase ninguém sobre isso antes de morrer.

 

  -Tem razão. – Confirmou Tsunade. – Mas quem seria?

 

  -Essa é a segunda pergunta para a qual tenho a resposta.

 

  Tsunade se voltou para Neji. Apesar de ainda estar um pouco desconfiada dele, ainda achava que ele não mentia.

 

  -Konan. – Disse ele brevemente.

 

  -QUEM?! – Perguntou Tsunade fortemente.

 

  -Pelo que pude ouvir, a ligação dela com Pain era muito forte. Alguns diziam que era como se ele fosse o Deus e ela sua esposa humana, a qual o servia de boa vontade. Tolamente, o povo do país da chuva acredita que o Deus deles apenas se ausentou, procurando por novos reinos a serem desafiados, com exceção das cinco grandes nações shinobis.

 

  Ninguém, naquela sala lotada de shinobis, dizia uma palavra. O silêncio era total. Todos prestavam atenção no que o Hyuuga dizia.

 

  -Implantaram, então, uma nova história no vilarejo da chuva. Agora, eles dizem que, todos os shinobis na vila têm apenas um dever: Seguir todas as ordens da esposa e legítima vice-líder do trono de Hokage da vila da chuva, até que seu deus volte.

 

  -Quem implantou essa história? – Perguntou Ino, involuntariamente.

 

  -É claro que foram os ninjas da Akatsuki Remanescente, Ino. – Disse Shikamaru. O garoto já estava pensando há algum tempo e não gostava que pessoas fizessem perguntas que para ele eram óbvias, nesses momentos.

 

  Tsunade pensou por algum tempo. Sinceramente, era uma boa idéia pedir ajuda ao Shikamaru, mas precisava ver se Neji tinha mais alguma informação.

 

  -Mais alguma coisa, Neji?

 

  -Só mais uma. – Realmente, se tinha outras informações sem ser aquela, Neji tinha se esquecido completamente. – O dia do ataque.

 

  -Ataque?! – Perguntou alto Sakura. – Já estão pensando em ataque?!

 

  -Sim. – Disse Neji calmamente. – E já têm tudo arquitetado. Pelo que sei, o ataque está planejado para ser iniciado daqui a duas semanas, ou mais.

 

  -Duas semanas? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Sim.

 

  Tsunade suspirou. Não sabia o que fazer. Só sabia pensar nisso. Que não sabia o que fazer. E, se sabia, não estava enxergando.

 

  -O que acha Shikamaru? – Perguntou ela. Tinha chegado a um resultado. Mas esperava que Shikamaru tivesse outra resposta.

 

  -Acho que já sabe a resposta, Tsunade-sama. – Desde seus quinze anos, Shikamaru tinha evoluído no quesito cerebral, o que era incrível. Mas útil. – Nós temos que evacuar.

 

  -Que? – Sakura acreditava que tinha escutado errado.

 

  Shikamaru se virou levemente para Sakura. Não achava ruim o fato de ter que repetir de novo.

 

  -Nossa única escolha urgente é evacuar e disfarçar.

 

  -Como? – Agora era Tsunade quem não estava entendendo.

 

  -Temos que deixar apenas a godaime. – Disse ele em resposta. – Enquanto fingimos que os outros estão em missões.

 

  -Explique direito. – Sakura estava mostrando que, agora, era conselheira. Shikamaru, em sinal de respeito, nem a questionou.

 

  -Como não sabemos o plano deles, devemos deixar tudo ocorrer normalmente, enquanto fingimos que os outros, ou seja, todos aqueles que não forem Tsunade, fora da vila. Teremos que esperar até daqui a duas semanas quando forem iniciar o ataque. – Ele olhou disfarçadamente para Tsunade. – Claro, devemos ter um bônus que apenas eu, Tsunade e a conselheira devemos ter conhecimento por enquanto.

 

  -E onde acha que nós poderíamos nos esconder sem ser encontrados?! – Perguntou Sakura, incrédula.

 

  -Na fronteira da vila com o centro do país do fogo. – Respondeu o garoto. – Não é longe. Demoraríamos dois minutos seguindo pela estrada para chegar de lá até aqui. Com o bônus, poderemos saber quando e onde ocorrerá o primeiro ataque. Na pior das hipóteses, o primeiro ataque será aqui, em seu escritório.

 

  Tsunade teve então um mau pressentimento. Foi correndo até sua janela e olhou para perto da entrada. Shizune estava no caminho do portão.

 

  -Saiam... – Cochichou ela. – Shizune voltou. Shikamaru, - O garoto imediatamente tomou posição de quem está recebendo ordens. – guie todos até a fronteira. Use alguém do elemento terra para criar uma caverna. Mas que seja apenas uma grande com a frente pequena. E depois volte para receber mais ordens.

 

  Todos imediatamente se retiraram dali. Do lado de fora da sala, o corredor estava lotado de shinobis. Imediatamente, todas as pessoas do corredor foram recebendo a ordem para seguir Shikamaru. Uma onda de shinobis foi saindo do escritório.

 

  Quando viu que Sakura tinha ficado, Tsunade se virou para arrumar suas coisas sobre sua mesa.

 

  -O que quer Sakura? – Ela foi até sua cadeira, ainda segurando papéis.

 

  -O que eu devo fazer? – Perguntou a kunoichi.

 

  -Quero que fique na vila. Se houver uma emergência, vou precisar de você.

 

  -Hai. – Disse a garota.

 

  -Recebendo missões, Sakura? – Era Shizune, que tinha acabado de chegar.

 

 

  Naruto se concentrava. Separar as células para reconstituí-las em seguida. Incrível, mas ele estava treinando enquanto ia para a vila da areia. Tinha perdido o sono. Agora, só dormiria, ou quando completasse o jutsu, ou quando desmaiasse sem forças.

 

  “O chackra acabou.”. Pensou ele. Mas isso não era problema para o Uzumaki. Ele imediatamente pegou todo o poder que uma cauda da Kyuubi poderia lhe fornecer.

 

  Foi então que Naruto sentiu. Cinco. Dez. Vinte ninjas. Talvez algumas mulheres. Mas estava nervoso demais para prestar atenção no número. Estava cercado. Encurralado como um rato. Não que isso fosse problema. A não ser que fossem todos Anbus. Estava com um sobretudo diferente, com uma touca por cima dos cabelos e usava sua máscara, garantindo que sua face ficasse oculta.

 

  -Quem são vocês? – Perguntou o garoto calmamente.

 

  Teve então que se mexer. Um Anbu da areia chegou por trás dele numa velocidade arrepiante. Naruto pegou um pequeno impulso e pulou às costas do oponente. Sacou uma kunai rapidamente e a pôs colada à coluna do Anbu.

 

  -Eu sou aliado. – Disse ele mantendo a calma e se perguntando: Por que logo VINTE ANBUS?! – Sou de Konoha.

 

  -PAREM! – Disse um shinobi que estava escondido. – Ele realmente é de Konoha. É nosso aliado.

 

  -Kankuro... – Disse ele enquanto constatava de quem era a voz e a rede chackra. Logo depois, pode confirmar vendo a face do colega.

 

  -Com essa máscara, presumo que seja de Konoha mesmo. – Disse ele. – O recado é de que porte?

 

  -Por enquanto, é de Rank A. – Ele fez uma pequena pausa para que Kankuro raciocinasse. – Mas, daqui a alguns dias pode passar a ser de Rank S.

 

  Kankuro arregalou os olhos. Esperou alguns segundos, como se quisesse que Naruto desse o recado para ele. Naruto, sob a máscara e ainda não reconhecido por Kankuro, disse apenas:

 

  -Minhas ordens são de passar o recado apenas e diretamente para o Kazekage.

 

  Kankuro encarou o garoto por alguns segundos. Sem argumentação, chamou-o.

 

  -Venha. – Se virou para os Anbus que tinham rodeado Naruto. – Continuem de guarda.

 

  -HAI! – Disseram eles em resposta.

 

  Em seguida, Kankuro saiu e Naruto foi seguindo-o.

 

  -A propósito, - Disse Kankuro. – parabéns. Nunca vi ninguém conseguir desviar com tanta facilidade do golpe inicial daquele Anbu. Até mesmo eu tenho alguma dificuldade.

 

  -Não foi problema para mim. – Naruto respondeu calmamente. Estava atento a qualquer sinal de ninjas por perto.

 

  Kankuro notou a atenção do “Anbu” ao seu lado.

 

  -Vamos mais rápido. E não precisa se preocupar com ataques. Prezamos Konoha.

 

  -Não foi o que me pareceu lá atrás.

 

  Kankuro se irritou um pouco.

 

  -Para um Anbu, você fala muito, sabia?

 

  -Sou novo. – Naruto respondeu calmamente. Não ligava para ofensas. Somente para as que questionavam sua força. – Ainda tenho alguns traços humanos.

 

  Kankuro apenas deu um impulso com as pernas em resposta. Pegou força e foi rapidamente para o escritório de Gaara. Surpreendeu-se com a velocidade do companheiro. Mas Tsunade era tão cuidadosa ao escolher Anbus, que ele não se surpreenderia se aquele fosse o ninja mais rápido de Konoha.

 

  Em cinquenta segundos chegaram ao escritório de Gaara.

 

  -O que foi Kankuro? – Perguntou o Kazekage, preocupado.

 

  -Esse Anbu de Konoha tem uma informação que provisoriamente foi nomeada de Rank A. Talvez passe a ser de Rank S, daqui a alguns dias.

 

  Quando se voltou para o Anbu, Gaara notou alguma coisa de familiar naquela máscara. Parecia que, mesmo sendo de Konoha, aquele shinobi não era normal.

 

  -Deixe-nos à sós, Kankuro. Pelo que vi, a mensagem é confidencial. – Gaara virou-se minimamente para Naruto, que confirmou com a cabeça.

 

  -Hai. – Kankuro se virou e saiu.

 

  Naruto, percebendo que a vila parecia alerta, decidiu se revelar para poder fazer algumas perguntas.

 

  -Não sabe quem eu sou? – Perguntou Naruto.

 

  -Não. – Gaara balançou a cabeça. – Não é da Anbu tradicional, é?

 

  -Não. Sou um No Maki. Para ser sincero, sou o chefe deles.

 

  Gaara franziu a sombrancelha. Sabia quem era o chefe e quem eram os No Makis. Tsunade o tinha informado.

 

  -Naruto? – Perguntou ele em dúvida.

 

  Naruto não respondeu. Apenas tirou a máscara e o capuz.

 

  Gaara, vendo o rosto dele, sorriu. Mas não esperou sorriso em resposta. Naruto o tinha visitado antes de voltar para Konoha e não tinha dado um sorriso naquela época.

 

  -Qual é a informação, Naruto? – Perguntou ele, enquanto continuava sorrindo.

 

  -Tsunade está com desconfianças. – Ele já esperava a cara de dúvida que Gaara fez. – Ela pensa que, talvez, algo esteja acontecendo em Konoha que ela não esteja sabendo.

 

  -E isso não pode ser apenas simples desconfianças? – Perguntava Temari, enquanto entrava sem permissão.

 

  Ela entrou com Kankuro. Ela parecia contente em ver Naruto. Já Kankuro parecia um pouco descontente em perceber que tinha sido enganado.

 

  Naruto decidiu pular Kankuro e ir direto à resposta da pergunta de Temari.

 

  -Não são, quando se trata do fato de Tsunade se arriscar ao ponto de pedir ao chefe da Anbu No Maki para vir aqui, - Ele respondia calmamente, mas Gaara percebeu certa irritação, quando ouviu a dúvida sobre a opinião da Hokage. – dar um alerta e pedir para que a Vila da Areia, por favor, deixar seus shinobis que ajudariam Konoha em uma guerra em alerta, para o caso de precisarmos. – Ele fez uma pequena pausa para Temari raciocinar antes de ele continuar. – Não Temari. Eu não acho que sejam apenas desconfianças de Tsunade-sama.

 

  -Então precisam de ajuda, ou é apenas precaução? – Perguntou Gaara.

 

  -No momento, é apenas precaução. – Respondeu o Uzumaki. – Senão, eu pediria que eles viessem comigo.

 

  -E presumo que já precise partir? – Gaara perguntava com ironia, achando que a resposta não fosse aquela.

 

  -Sim. Eu já preciso partir. – Naruto respondeu olhando por cima do ombro de Gaara, vislumbrando a vila da areia. – Preciso resolver algo no caminho.

 

  Gaara abaixou a cabeça. Não queria que um amigo fosse embora tão rápido.

 

  -Eu vou deixar oitenta por cento de meus shinobis de guarda.

 

  -Obrigado, Gaara-sama. – Naruto virou-se e se despediu de Temari e Kankuro apenas com um aceno de cabeça.

 

  Naruto saiu, deixando para trás o escritório de Gaara e pensando se o amigo também tivesse alguma coisa para dizer.

 

_____Doze dias depois_____

 

  Tsunade andava pela estrada de Konoha. Já tinha corrido uns vinte segundos. Saiu por uma trilha estreita de terra por entre as árvores, virando a esquerda. Aquele era o atalho para chegar mais rápido até a fronteira.

 

  Ela vestia suas roupas normais por baixo de um manto que usava. Esse manto tinha um capuz, que lhe cobria a face. Não tinha sua roupa de Hokage. Precisava correr. Apesar de já estar perto.

 

  -Shikamaru? – Chamou ela, enquanto parava levemente. Esperava por um guarda por ali. Sentiu uma kunai passar raspando pela sua cabeça e levando o capuz para trás.

 

  -Desculpe, Tsunade-sama. – Respondeu a voz feminina de Tenten. – Eu estou no lugar dele hoje.

 

  -Está bem. - Disse Tsunade. - Eu estava preparada mesmo.

 

  O bunshin que ela usara se desfez, deixando caminho para a verdadeira Tsunade pular das árvores e cair exatamente onde estivera o clone dela.

 

  -Olá, Tenten. – Ela saiu correndo na frente, enquanto Tenten ia atrás.

 

  Depois de dez segundos, chegaram a uma região cheia de montanhas. Enquanto Tenten ficava de guarda, Tsunade deu meia volta e procurou a área mais plana dali. Quando encontrou, fez quinze selos e estendeu a palma da mão sobre a terra. Pode-se ver, segundos depois, uma porta secreta que estava debaixo da terra, se revelar.

 

  -Vamos. – Tsunade chamou Tenten.

 

  -Tenho que ficar aqui. – Disse ela. – Sakura-sama recomendou que ficasse um ninja ao menos vigiando cada possível entrada para cá.

 

  -Ótimo. – Disse Tsunade. – Boa sorte então.

 

  -Obrigado. – Agradeceu Tenten, indo para seu posto rapidamente.

 

  Tsunade ergueu a tampa e entrou. Quando chegou ao fim, se viu dentro de um túnel com um número extremo de bifurcações. Como sabia o caminho, foi andando na direção certa. Já estava perto quando pisou num piso que desmoronou. Sem se enganar, Tsunade continuou andando. Por fim, saiu num túnel sem saída.

 

  -Kai! – Disse ela, enquanto tocava um vão na parede ao mesmo tempo em que fazia sete movimentos com a outra mão.

 

  A pedra que tampava a entrada começou a subir, revelando uma saída secreta. Uma caverna secreta, dentro da montanha. Cuja única entrada era a que Tsunade usara.

 

  -Já começaram? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Já. – Disse Tsunade. – Por isso pedi para Sakura que tomasse meu lugar no escritório por algum tempo.

 

  Shikamaru ficava ao lado da entrada que Tsunade usara, de guarda. Seu jutsu de sombra sempre armado para prender o primeiro que passasse. Mal capturara Tsunade, já soltara. A frente dele se via uma imensa caverna, construída por Yamato. Tinha várias colunas de madeira para sustentar o teto. Todos os trezentos e cinquenta shinobis que Tsunade convocara ao longo daqueles dias tinham espaço suficiente dentro daquela fortaleza.

 

  -Acha que eles já começaram a desconfiar? – Perguntou o garoto.

 

  -Mais do que isso. – Tsunade olhava para as colunas, vendo que não ofereciam perigo. – Acho que já planejam me matar.

 

  -Quando? – Perguntou Shikamaru calmamente.

 

  Tsunade suspirou e disse:

 

  -Minutos antes de iniciarem o ataque. – Ela se virou para a saída. – Voltarei amanhã para prepararmos o trunfo. – Ela olhou para Shikamaru esperando confirmação.

 

  -Hai. –Respondeu o garoto. Ultimamente estava pensando tanto que se sentia cheio. Pela primeira vez, poderia jurar que não estava sendo preguiçoso.

 

  -Estou indo. – Falou Tsunade. Ela se virou e retirou-se. Precisava ir.

 

  Naruto conseguia enxergar Konoha. Bem pequenina ao longe. Quente, acolhedora. Um paraíso no qual ele crescera e fora expulso sem escolha.

 

  -Dois dias... – Cochichou ele, em cima de uma árvore, próximo a um lago, onde decidira treinar. Já estava ali há dois dias. Quatro antes do que Tsunade ordenara. Precisava ocupar seu tempo com o treinamento, já que não tinha nada mais importante para fazer. Já tinha ido ao país da Pedra. Saíra ileso, mas sem uma certeza de ajuda.

 

  Tinham lhe dito que, depois de avaliar o caráter de Konoha, os ajudariam.

 

  -Que jutsu sem graça... – Disseram os bunshins de Naruto, adquirindo conhecimento para ele, se equilibrando em galhos finíssimos de árvores enquanto realizavam a técnica. – Tem certeza de que esse é um jutsu rank S?

 

  -Não. – Naruto achava que o homem poderia ter mentido. – Pratiquem. Vou praticar o outro jutsu com outros. Continuem.

 

  -HAI! – Responderam os outros, gritando pela adrenalina do cansaço.

 

  Naruto se afastou uns dez metros.

 

  -Bunshin no jutsu. – Disse ele. Cinco bunshins apareceram à sua volta.

 

  -O que houve? – Perguntaram eles.

 

  -Pratiquem comigo. – Naruto respondeu friamente. Não precisava ser gentil consigo mesmo.

 

  Os bunshins não responderam. Apenas começaram a praticar.

 

  O Naruto verdadeiro sentou-se no chão. Encostou-se numa árvore e fechou os olhos. Fez dois ins. E uma folha apareceu em sua mão. Ele concentrou chackra naquela folha e abriu os olhos. Uma árvore estava a três metros. Era o seu alcance máximo por enquanto. Isso se alcançasse tanto.

 

  Ele concentrou mais chackra. Dessa vez na mão e na folha. Com a palma das mãos fechadas sobre a folha, deixando apenas a ponta para fora, ele visualizou a árvore e a folha. Dois segundos depois, as via como um só.

 

  -Kyuubi no Yoko... – Cochichou ele. – Minha maior fonte de chackra... Dê-me seu poder. Direcionado para essa folha. Desintegre célula por célula. Eu, Naruto Uzumaki, imploro por isso. – Ele se odiava por dizer aquilo. Mas era necessário. Não conseguia realizar o jutsu sem implorar por um chackra maligno. Que, nele, estava na raposa. – Como um servo pede a um superior.

 

  Naruto sentiu o rugir da raposa dentro de si. A força que sentiu percorrer todo seu corpo em direção à folha era imensa. Invejável. Era o poder de todas as nove caudas.

 

  Mas a dor também era grande. Sentia suas entranhas gritarem de dor. Seus sentidos irem embora. Estava desmaiando...

 

__________________________________________

 

  -Naruto! – Chamava um dos clones. – Acorde.

 

  -Já estou acordado. – Naruto acordou na floresta. Exatamente onde tinha caído.

 

  -Nós não conseguimos mais uma vez. – Disseram os clones.

 

  -Odeio depender dessa maldita... Da próxima vez ela me mata.

 

  -Não mata não. – Respondeu um clone. – Nós viveremos por você, esqueceu?

 

  -Eu não aprovo esse jutsu. – Naruto parecia um pouco envergonhado. – É estranha a idéia.

 

  -Mas já funcionou, não é? – Perguntou um clone.

 

  Naruto nem pensou. Estava cansado demais.

 

  -Já, mas é trapacear. – Ele olhou em volta. – Cadê a árvore que eu estava usando para treinar?

 

  Os clones tentaram anima-lo, soltando um breve sorriso.

 

  -Ela foi desintegrada. – Eles apontaram para as mãos de Naruto. – Assim como a folha.

 

  Naruto fechou os olhos. Finalmente estava certo.

 

  -Só falta descobrir como vamos conseguir fazer isso sem o chackra da Kyuubi.

 

  Um dos clones foi até onde a árvore estivera há alguns minutos. Pegou um pouco da “poeira” de árvore que sobrara e colocara na mão do verdadeiro.

 

  -Não precisa se preocupar com isso. – Ele parecia ser a consciência de Naruto. – É só se assegurar de que vai acertar a pessoa certa. Afinal, só pode usá-lo uma vez por batalha.

 

  Naruto ainda não gostava da idéia. Resolveu dispensar os ajudantes.

 

  -Estou exausto. Podem se desfazer.

 

  -Hai! – Eles fizeram uma reverência e se desfizeram em seguida. Depois, Naruto já sabia noventa por cento do jutsu médico. Ou seja, do jutsu que recumpunha células. Foi quando sentiu a poeira da árvore na mão.

 

  -Tomara que tudo dê certo, Tsunade-sama. Porque senão, talvez teremos que enterrar cinzas.

 

_____Dois dias depois_____

 

  Naruto saiu de onde estava ao meio-dia. Demoraria uns vinte minutos para chegar ao escritório da Hokage. Fez cinco bunshins e mandou apagarem os rastros.

 

  -Por quê? – Perguntaram eles.

 

  -Porque estou com um mau pressentimento. – Respondeu ele.

 

  Dez minutos depois, os clones voltaram.

 

  -Limpamos a área no perímetro de dois kilômetros, está bem?

 

  -Claro. – Respondeu Naruto. – Agora desfaçam os que eu deixar. Parem doze metros antes da entrada da vila.

 

  -Hai. – Responderam eles, ficando a postos.

 

  -Vamos disse ele. Hokage-sama me espera.

 

  E saiu correndo por dentro da floresta numa velocidade impressionante.

 

  Tsunade estava em seu escritório. Shizune tinha saído um pouco para “tomar um ar”. O trunfo estava preparado. E com extra.

 

  Os papéis estavam acabando. Shizune sabia disso. Mas não chegara com mais. Eram onze e cinquenta e dois quando bateram á porta. Tsunade preenchia o último formulário.

 

  -Entre. – Disse ela.

 

  Quando a porta foi aberta, o rosto de Danzou era apenas um esboço do que era antes. Ele estava feliz. Mais feliz do que Tsunade esperava.

 

  -Posso perguntar por que está tão feliz, Danzou? – Perguntou ela.

 

  Danzou apontou sua muleta para a Hokage.

 

  -Finalmente, Princesa Tsunade. Finalmente.

 

  Tsunade, em alerta, se levantou e ficou de frente para Danzou, que ainda apontava a muleta para a cabeça dela.

 

  -Finalmente a era de meu irmão irá acabar.

 

  -Irmão? – Perguntou ela.

 

  -Sim, Tsunade. – Respondeu ele. – Sou mais velho do que aparento. Bem mais.

 

  -O que você esta dizendo, SEU VELHO DECRÉPITO? – Perguntou Tsunade, não gostando do tom de Danzou.

 

  -Seu avô, Tsunade. – Disse ele. – O primeiro Hokage era meu irmão.

 

  Ele começou a bater o pé, demonstrando nervosismo.

 

  -Durante todos esses anos eu procurei apoio para conseguir derrubar esse esquema de governo ultrapassado e fraco. – Ele abriu ainda mais o sorriso doentio. – E finalmente consegui. Vou provar que a paz não leva a nada. E, finalmente, todas as nações shinobis vão agir como eu sempre sonhei.

 

  Tsunade estava em estado de choque. Não conseguia se mexer. Nem quando Danzou voltou a apontar a muleta para sua cabeça.

 

  -E, infelizmente, o primeiro passo para conseguir realizar esse sonho, é matando você.

 

  No instante seguinte, uma lâmina de chackra perfurou a cabeça de Tsunade, saindo diretamente da ponta da muleta. Danzou escutou um ruído e olhou para cima. Sakura então pulou de um esconderijo no teto com um soco armado. Iria matar aquele homem.

 

  -HAAAAAAAA!!!! – Gritou ela antes de acertá-lo diretamente na cara.

 

  Próximo ao esconderijo, o exército de shinobis esperava que a kunoichi à sua frente abrisse os olhos.

 

  -E então? – Perguntou Shikamaru.

 

  Ela abriu-os lentamente.

 

  -Fui atacada. Quem atacou foi Danzou.

 

  Shikamaru se virou imediatamente para os shinobis às suas costas.

 

  -VAMOS! SIGAM O PLANO!

 

  -HAI! – Ele pode escutar a voz de todos eles.

 

  -Você também vai? – Perguntou ele.

 

  -Mas é claro. Eu nunca perderia uma guerra. Ainda mais uma como essa.

 

  Shikamaru sorriu. Quando viu Tsunade se levantar, depois de ficar o dia anterior e o de hoje inteiro escondida deixando um clone tomar seu lugar, até mesmo ele sentiu que poderia se divertir um pouco no início da nova era da história interna de Konoha.

 

_____Fim do capítulo 22_____

 

 

Deidara: A NOVA LOIRA DO T...

 

Uzumakilucas: CALA A BOCA! EU TÔ ESCREVENDO!

 

Leitor da face oculta: É! CALA A BOCA!

 

Uzumakilucas: EI! Olha a educação!

 

Leitor da face oculta: Desculpa...

 

Uzumakilucas: O que você quer, Deidara?

 

Deidara: ...

 

Uzumakilucas: Não me diga que veio só me encher.

 

Deidara: NÃO! VIM TE CONTAR UMA ÓTIMA PIADA!

 

Uzumakilucas: ¬¬ É piada de loira?

 

Deidara: É LÓGICO QUE NÃO!

 

Uzumakilucas: Então não tô interessado... (Não que eu tenha algo contra loiras... ¬¬).

 

Leitor da face oculta: Eu também não. Eu tô interessado é nos planos pra fic...

 

Uzumakilucas: Você não os achou. Porque eu os escondi depois que Konan os atacou.

 

Leitor da face oculta: Mas ela imprimiu antes de contar e me deu uma cópia!

 

Deidara: EI! EU QUERO UMA!

 

Leitor da face oculta: (Tira um bolo de impressões da mesma folha do bolso.) MAS É CLARO!

 

Uzumakilucas: AH! O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?

 

Deidara: EI! O QUE É ISSO? (Põe um óculos, lendo cuidadosamente.) Aqui diz que Naruto vai encontrar com...

 

Uzumakilucas: CHEGA! (Balançando os braços.) EU NÃO AGUENTO MAIS! (Pega uma serra elétrica) EU ASSISTI O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA QUANDO TINHA CINCO ANOS!

 

Deidara: Sério?

 

Uzumakilucas: NÃO! MAS ISSO NÃO INTERESSA!

 

Leitor da face oculta: Ei, tá novinha, hein?

 

Uzumakilucas: Que bom que gostou. Comprei ontem, sabia?

 

Leitor da face oculta: Se percebe.

 

Uzumakilucas: (Lembrando de Deidara) ISSO NÃO INTERESSA!

 

Deidara: Só sabe falar isso?

 

Uzumakilucas: AHA! TE ACHEI! VOU ARRANCAR SEUS BRAÇOS, MAIS BONITO DO QUE GAARA E KAKASHI JUNTOS!

(Sai correndo atrás de Deidara, que dá gritos de dor sem nem se machucar)

 

Leitor da face oculta: Pois é... Esse final foi grande. Como sou o único normal por aqui hoje, posso pedir para deixarem reviews com o que quiserem. Por favor. E aqueles que já mandam, por favor, continuem. Pois nós gostamos muito. Tchau!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da história?
Quem tiver a fim, dá uma passada no twitter e me segue!
O username é Uzumakilucas, mesmo.
Vlw!