Ação e Reação

 

 

 

Capítulo 24 – Ação.

 

  Naruto olhava para as agulhas próximas ao seu rosto. Mas o verdadeiro alvo de seu olhar era a figura de Konan, ao longe. Queria saber se a frase que usara realmente tinha surtido tanto efeito.

 

  -Acho que surpreendi um pouco. – Disse ele.

 

  -O que você acha que é meu medo? – Konan não queria explicar o fato de ter ficado surpresa.

 

  Naruto pensou por alguns segundos. Não queria dar uma má resposta. Mas, não precisou pensar muito. Enquanto falava, percebia que desde quando Konan perguntara sua resposta seria aquela.

 

  -Seu medo é ficar sozinha de novo. – Ele tinha certeza do que falava. – Assim como estava quando conheceu Pain. Por isso se apega a essa teoria de vingança. Para ter alguma companhia. No entanto, quando sua vingança se concretizar, você não terá mais nada. Ficará sozinha. Sua vida se tornará seu medo.

 

  -E como acha que eu vou reagir ao que disse? – Perguntou a garota. – Acha que eu vou deixar como está para que você possa ajudar sua vila?

 

  -Não. – Respondeu ele. – Mas não sei como vai reagir se eu lhe fizer uma proposta.

 

  Konan não disse nada. Apenas fez cara de desentendida. No fundo queria saber o que era.

 

  -E se eu propor – Naruto falava sem pensar. – a você a chance de ser livre novamente?

 

  -E como fará isso? – Perguntou Konan, com sarcasmo.

 

  -Provavelmente a ajuda de Suna não chegará a tempo. – Disse ele. – Portanto, se o reforço da chuva chegar, nós teremos problemas. Se você apenas mandar que eles voltem, Konoha a perdoará.

 

  -E de que adianta? – Perguntou Konan. – Se Konoha deixar de existir, essa condenação não irá valer de nada!

 

  Naruto já tinha traçado um perfil psicológico de Konan, por isso já tinha a resposta.

 

  -Você irá se sentir culpada pelo resto da sua vida se achar que foi a responsável pela destruição de uma vila inteira. Mesmo se essa vila for Konoha.

 

  Konan sentiu que Naruto sabia como ela pensava. E Konan também sentiu que o que o garoto dizia era verdade. No fundo, tudo o que ela queria era ser aceita por Konoha. Era fazer parte da maior de todas as cinco grandes vilas ninjas.

 

  -Você sabe que é verdade. – Disse Naruto. – E também sabe que é quase certeza de que Konoha inteira a perdoe e a aceite depois que nos ajudar. – Ele sentiu o jutsu de Konan enfraquecer. Ela estava cedendo. – Basta você querer, Konan.

 

  A kunoichi abaixou a cabeça ao mesmo tempo em que as agulhas caíam.

 

  -Foi uma ótima escolha. – Disse o garoto se aproximando mais de Konan. – Agora, se quiser, pode ficar aqui esperando seu exército, mas eu tenho que ajudar minha vila.

 

  Konan sorriu levemente. Aquele garoto era a pessoa mais inocente que ela já conhecera.

 

  -Sim, vá para sua vila. – Ela sabia o que ele iria encontrar. – Vá para o abandonado clã Uchiha.

 

  Naruto, que já estava a meio caminho do portão, se virou para Konan e perguntou:

 

  -Por quê?

 

  -Lá você vai encontrar uma das grandes surpresas de sua vida.

 

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  Sakura tremia. Seu corpo não a obedecia. A imagem da pessoa sentada dentro da casa como se fosse o chefe a assustava. A única coisa que conseguia fazer era murmurar, e o seu murmúrio era em relação à pessoa que estava na casa.

 

  -Você? – Seus olhos brilhavam, lembrando dele. As lágrimas de decepção estavam quase descendo pelo seu rosto. – Sasuke, é você?

 

  Foi quando seu corpo voltou ao normal. O choque parecia ter passado um ouço, depois de ela ter dito o nome dele.

 

  Então ela se tocou de que estava onde não deveria estar. Estava em cima de uma casa em frente à casa do organizador da guerra contra Konoha. Ela se virou e pegou impulso. Foi quando ouviu um grito soar a alguns quarteirões:

 

  -INVASORES! – Foi apenas um grito.

 

  Aparentemente, o dono da voz foi morto em seguida. No entanto, apenas um grito foi suficiente para fazer Sasuke olhar pela janela em direção à rua. Mas, a figura de Sakura ficou no caminho. Mesmo com as mudanças, Sasuke a reconheceu.

 

  -Peguem-na. – Ele apontava para baixo, indicando a garota. Na mesma hora, ela pode sentir o chackra de cerca de três pessoas vindo em sua direção.

 

  No momento seguinte, três shinobis e uma kunoichi saltaram de uma segunda janela do cômodo onde se via Sasuke para o telhado onde Sakura estava. Todos à frente dela. Dois dos homens tinham o byakugan, confirmando sua identidade Hyuuga. A kunoichi e o outro ninja pareciam ser shinobis comuns.

 

  Ele tinha a bandana da vila da grama e a kunoichi não tinha bandana. Parecia ser uma ninja sem vila. Os Hyuuga eram gêmeos, do cabelo preto longo, pele clara e cabelos castanhos, além de usarem mantos escuros. Aparentavam ter cerca de 19 anos. O ninja da grama tinha o cabelo branco, usava uma capa cinza clara. Parecia ter 21 anos. Lábios e nariz finos completavam sua figura. A kunoichi era Kotsuny, com sua aparência de garota de 20. Sakura a reconheceu na hora. A garota não reparou nos olhos deles, estavam em movimento, mesmo que movimentos leves.

 

  -É um prazer revê-la. – Cumprimentou Kotsuny à distância.

 

  -Não seja gentil com o alvo, Kotsuny. – Disse um dos Hyuuga. – Não se esqueça que eles também não são muito agradáveis.

 

  Sakura deu um passo à frente. Pode notar que um dos gêmeos tinha uma cicatriz embaixo do nariz, próxima à boca, sendo que o outro não. Aquela área, pelo menos, estava intacta.

 

  -Vai nos atacar? – Perguntou o ninja da grama. – Deixem-na comigo, gostei do jeito de tomar a iniciativa, dela.

 

  -Por mim, - Disse o Hyuuga sem cicatriz. – não tô a fim de lutar, mesmo.

 

  Percebendo a confirmação dos outros três, o ninja de cabelos cinza, tomou a frente.

 

  -Sakura Haruno. Conselheira de Konoha. – Disse ele. – Pensei que você fosse apenas uma garota frágil, que sabia mais pensar do que lutar.

 

  -Se ainda pensa isso, vou fazê-lo mudar de idéia. – Sakura correu em direção a ele, com a mão direita em posição de ataque.

 

  -Então ela quis ficar lá? – Perguntou Tsunade, com calma. Já esperava isso de Sakura, já que tinha algumas desconfianças.

 

  -Sim, Tsunade-sama. – Confirmou Ino, estranhando o fato de Tsunade não estar gritando com ela, desesperada por sua conselheira ter se jogado de cara no epicentro da guerra.

 

  -Ino. – Chamou Tsunade, percebendo a garota meio distante. – Quero que vá para o clã Uchiha ajudar Sakura. – Quando recebeu a confirmação de Ino com a cabeça, continuou. – Preste  atenção no que faz. Provavelmente, vai se envolver com alguma luta no caminho, então, quero que vá com Tenten e dois Anbus. Ele, – Tsunade apontou para um Anbu com uma máscara cheia de redemoinhos. – será o comandante.

 

  Tsunade olhou para Tenten, que prestava atenção absoluta. Quando viu que todo o time formado a pouco estava pronto, mandou que partissem.

 

  -Tem certeza de que somente quatro ninjas darão conta, Tsunade-sama? – Perguntou Shikamaru, um pouco preocupado com Ino.

 

  -É tudo o que posso mandar para lá. – Justificou-se ela. – Mais do que isso prejudicaria a missão no clã Hyuuga.

 

  -Ordens, Hokage-sama. – Perguntou um dos Anbus que faziam parte do grupo de Sakura.

 

  -Vão para o clã Hyuuga. – Ela apontou para três Anbus. – Você, você e você. Quero que montem guarda lá. Se acontecer algo de diferente ou aparecerem grupos de ninjas por lá, enfrentem o tanto que aguentarem. Se não conseguirem mais lutar, venham até mim informar a situação para que eu possa subistiuí-los

 

  -Hai. – Respondeu o Anbu. Em seguida, os três se dirigiram para o clã Hyuuga.

 

  -Os outros, - Tsunade falava em seu tom normal, que, mesmo naquela guerra, era audível. – quero que vão para as partes da vila onde estão tendo batalhas. Ajudem em todas que puderem.

 

  -Hai! – Responderam os Anbus, partindo imediatamente.

 

  Shikamaru, percebendo que o terraço do prédio estava vazio, exceto por ele, Rock Lee e Tsunade, perguntou:

 

  -Posso saber qual é a situação?

 

  Tsunade não disse que sim. Estava tão preocupada com o futuro da vila que queria se polpar de mais perguntas. Por isso respondeu de uma vez:

 

  -Todos os shinobis que tínhamos à nossa disposição foram enviados em batalhas. A maioria iniciou suas batalhas em desvantagem. Os reforços que tínhamos foram enviados. Os ninjas médicos à disposição estão trabalhando nesse momento. O hospital ainda está à nossa disposição. Mas está lotado, por isso muitos shinobis estão sendo curados onde são encontrados.

 

  Ela parou um instante para respirar, dando um pequeno tempo para Lee e Shikamaru assimilarem o que tinha sido dito.

 

  -Não temos mais reforços para enviar. Como podem ver, - Ela indicou para a vila à sua frente, que exibia um show de luzes e explosões. – as lutas continuam e, pelo que me parece, finalmente chegamos próximos a um empate, em questão de números. Mas, agora, nossos shinobis estão cansados ou feridos. Logo eles voltarão a ter a vantagem. – Ela soltou um longo suspiro, indicando sua contrariedade com a situação. – Não sabemos ainda onde está Kakashi. E o conselheiro foi encontrado morto.

 

  -Alguma suspeita sobre o por que de terem o matado? – Perguntou Shikamaru.

 

  -Provavelmente foi um problema no acordo que eles devem ter feito. – Quem respondeu foi Tsunade, novamente. – Eu acho que não chegaram a um senso comum e o tal Kenzo o matou.

 

  Shikamaru se calou por um instante. Tsunade provavelmente tinha dito tudo o que sabia. O que indicava que ela não precisava mais de segredos. O que também indicava que, provavelmente, ela não acreditava na vitória.

 

  -Não há um meio de vencer-mos? – Perguntou Shikamaru. – Reforços ou algo do gênero?

 

  Tsunade balançou a cabeça, negando.

 

  -Só podemos contar 100% com o reforço de Suna. E eles não chegarão antes de três dias. – Disse ela. – Mas, como estamos em guerra, provavelmente eles usem medidas especiais e cheguem aqui até amanhã antes do sol se pôr.

 

  -Mas Naruto, sozinho e sem ajuda não consegue fazer isso? – Perguntou Shikamaru, que, antes da guerra, investigara sozinho.

 

  -Não temos nem cinco pessoas no planeta, hoje em dia, que tenham a velocidade de locomoção de Naruto. – Disse Tsunade. – Nem mesmo eu.

 

  -Mas ele não me pareceu tão rápido, quando o vi lutar. – Shikamaru queria provar, ao menos para si, o contrário.

 

  -Então você não viu a velocidade que o clone dele atingiu. – Tsunade já tinha pensado no assunto várias vezes.

 

  -Mas ele não usaria aquele juts...

 

  Tsunade o interrompeu. Queria, ao menos em relação à Naruto, estar certa.

 

  -Ele pode o usar para se mover. Só não pode usar jutsus.

 

  Shikamaru se calou. Realmente, para chegar até Konoha, Suna só necessitaria de velocidade, não de lutas.

 

  -Mas o que me preocupa não é o fato de não termos reforços. – Tsunade não queria ficar calada. – Mas eu realmente vou me preocupar se eles receberem reforços.

 

  -Acha que é possível? – Perguntou Shikamaru, enquanto percebia Tsunade mais atenta.

 

  A Hokage não respondeu. Apenas foi mais para a ponta do prédio e olhou para baixo. Viu, assim como sua sensibilidade lhe alertou, quinze ninjas subirem pelo lado de fora do prédio, concentrando chackra nos pés.

 

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  Naruto já tinha entrado no clã Uchiha. Depois de fugir de inúmeras batalhas, entrara com a cara e a coragem dentro do clã. Tinha estranhado não encontrar alguém por ali. Tinha andado uns quinhentos metros quando ouviu alguém gritando no quarteirão ao lado:

 

  -INVASORES! – Em seguida a voz tentou gritar de novo, mas tudo o que soltou foi um grunhido, feito provavelmente por sua garganta sendo estrangulada.

 

  Naruto rumou imediatamente para o local. Já tinha encontrado o chackra de Ino, Tenten e mais um Anbu com elas. Dois mortos estavam perto das duas. Quando chegou, foi recebido com uma kunai apontada para sua cara, na esquina onde estavam Ino e Tenten. Ele abaixou e deu uma rasteira no oponente, o tal Anbu desconhecido, que pulou. No instante seguinte, Naruto soltou a kunai que deixava amarrada por dentro do sobretudo e já levantou com ela apontada para a cara do Anbu, que sacou sua pequena espada Anbu e estava apontando para a cara de Naruto.

 

  -Parem! – Cochichou Ino, meio irritada. – Ele é nosso amigo! – Ela falava tanto para Naruto, quanto para o Anbu.

 

  -E quanto a esses dois? – Naruto apontou para os ninjas jogados no meio da rua.

 

  -Esse, - Ino apontou para o que tinha uma máscara. – era membro do nosso time. O outro era um Hyuuga do exército desse cara.

 

  -O que tem nesse clã, Ino? – Perguntou Naruto, tentando achar outras fontes de chackra conhecidas por perto.

 

  -Não falou com a Hokage, antes de vir para cá? – Ino perguntou, meio surpresa.

 

  -Não. – Naruto queria informações. E achava que Ino as tinha. – O que está havendo?

 

  -A tal Akatsuki Remanescente atacou de vez. – Ela olhava para os lados, tomando a rota mais segura para o centro. – Fizeram um acordo com os Hyuuga, que queriam a sua cabeça, para poder pegar a família como exército. Também fizeram um acordo com Danzou para poderem ter a Anbu Raiz como aliados. Num golpe de gênio, chantagearam a Shizune e fizeram-na enganar a Hokage, conseguindo também a Anbu normal.

 

  -Ela só tem a minha Anbu? – Perguntou Naruto.

 

  -Não. – Ino respondeu baixo e calmamente, entrando por uma casa e indo sempre para a mesma direção. – Cerca de trinta e cinco por cento da Anbu normal era leal a somente a ou o Hokage. Por isso, temos vários deles conosco.

 

  Naruto achara duas redes de chackra familiares. Reconheceu uma como Sakura, cercada por quatro ninjas, três shinobis e uma kunoichi, sendo que a segunda que reconheceu era Kotsuny.

 

  -Sakura está cercada. – Disse ele, parando dentro de um galpão com duas saídas, dentro de um prédio. Os outros três prestaram atenção imediata. – Está no centro do clã, sobre um prédio. – Ele sentiu a rede de chackra dela atacando. – E já está lutando. Vão reto que chegarão lá imediatamente.

 

  -Mas como a viram? – Perguntou Ino. – Nós praticamente os chamamos quando aquele cara conseguiu gritar!

 

  -Ela deve ter sido encontrada antes de vocês. Pensaram que o grito era sobre ela e se descuidaram quando deixaram um time para cuidar dela.

 

  Naruto estava pensando rápido. Precisava de tempo. E Sakura de reforços. Teve então uma idéia.

 

  -Ino. – Chamou ele. – Quero que vocês vão agora. – Quando viu o olhar interrogador de Ino, continuou. – Vão reto. Podem ir sobre os prédios.

 

  -E você? – Perguntou Ino.

 

  -Eu vou ser a isca. – Quando viu Ino exitar, mudou o tom da voz. – Vão agora, Ino. – Era o tom de superioridade que usava com seus Anbus.

 

  Ino não discutiu mais. Apenas se virou e foi pela saída do galpão que seguia em frente. Foi imediatamente seguida por Tenten e o Anbu.

 

  -Como eu vou atrair vocês, - Naruto falava consigo mesmo. – acho que não vamos precisar desse prédio.

 

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  Sakura socou-o na altura do rosto. Na mesma hora, o ninja desviou e atacou-a com um soco na barriga. A velocidade dele estava claramente acima à de Sakura.

 

  -Antes de morrer, eu acho que precisa ao menos saber meu nome. – O ninja Hyuuga olhava Sakura à distância enquanto a garota se erguia. – Me chamo Jin.

 

  -Não tenho tempo para gastar com você. – Sakura percebeu que aquele deveria ser o grupo mais forte dentre os soldados dos Hyuuga que estavam por ali. – Tenho que falar com Sasuke.

 

  -Sasuke? – Perguntou Jin, confuso. – Quem é Sasuke? Algum Namorado?

 

  -Não sabia? – Sakura tentava se recuperar enquanto falava. – O tal Kenzo, que está nesse prédio, - Com a cabeça ela indicou o prédio às costas de Jin. – na verdade é Sasuke Uchiha. Provavelmente, o último Uchiha vivo.

 

  -Como sabe o segredo de Kenzo-sama? – Quem perguntou foi o Hyuuga sem cicatriz, que esperava o fim da luta, às costas de Jin.

 

  -Porque eu fui companheira de time dele. – Sakura tinha se recuperado parcialmente. E já tinha um plano.

 

  Ela seguiu correndo para cima do inimigo, que armou outro soco. Sakura mergulhou num golpe totalmente inocente, dando uma brecha para o inimigo desviar e acerta-la novamente na mesma região do estômago.

 

  -Que ingenuidade... – Quem falou isso foi Sakura.

 

  Antes que o inimigo pudesse recuar, ela segurou o braço dele, prendendo-o para perto de si. Ela então, sem perder tempo, armou um soco e acertou-o no mesmo local em que ele a acertara. No meio do estômago. Ele voou por uns vinte metros, caindo a uns três quarteirões de distância.

 

  -Parece que a Kotsuny é a mais forte... – Ela cochichou de si para si. – então, não vou precisar me preocupar muito com os dois Hyuuga.

 

  -Que olhar é esse? – Perguntou o Hyuuga sem cicatriz.

 

  -É um olhar muito confiante, para quem tem três fortes oponentes à frente. – Continuou o outro.

 

  -Antes de se esforçar, quero que todas as forças estejam equilibradas. E ao que parece, tirando alguns ferimentos seus, estamos empatados. – Começou o Hyuuga sem cicatriz.

 

  -Portanto, vamos começar pelo nome. – Completou novamente o com a cicatriz. – Eu sou Gennou.

 

  -E eu sou Tenma. – Completou ele sem esperar. – Vamos começar?

 

  Sakura fez um sinal afirmativo com a cabeça, esperando que eles viessem para cima.

 

  -Acho melhor não contar com a vitória. – Disse Gennou, indo pela frente dela.

 

  A garota desviou do chute dele e ia acertá-lo, mas o irmão dele lançou uma kunai por entre as pernas de Gennou, obrigando Sakura a recuar, fazendo com que mesmo assim a kunai pegasse de raspão no ombro dela. No entanto, quando Sakura olhou novamente para o rosto de Gennou, notou círculos, iniciando pequenos e que iam aumentando proporcionalmente em seus olhos. Era novamente o Rinnegan.

 

  -Pensei que tinha sido extinto... – Sakura estava surpresa. Pensava que o Rinnegan tinha morrido definitivamente com a morte de Myozuke.

 

  -Não devia se distrair... – Começou Gennou, vindo novamente para cima de Sakura.

 

  -Nem você. – Disse a garota, acertando-o diretamente no rosto.

 

  -Eu não estava alertando sobre mim. – Gennou gemeu enquanto seu rosto se distorcia, quando em seguida o impacto o fez chocar-se com o prédio em que estava Sasuke.

 

  Sakura se virou imediatamente. No mesmo instante, viu Tenma passar por trás de si, vindo pelas suas costas. Na mesma hora, Kotsuny se moveu levemente para o lado oposto ao prédio onde estava Sasuke, ou seja, um local às costas de Sakura.

 

  A garota percebeu então que não tinha sido atacada. Quando se virou, deu com Tenma recuado, à frente de Kotsuny.

 

  -Se não tivesse recuado, eu teria te matado. – Quando Sakura olhou para o outro lado, deu com Tenten e Ino. Aparentemente, Tenten tentara atingir o Hyuuga pelas costas enquanto ele atacava Sakura.

 

  -No entanto, nem mesmo eu estou morto. – Gennou pulou para cima, meio cambaleando.

 

  -Você parece horrível, cara. – Comentou Tenma.

 

  -Deve ser porque eu acabei de levar um soco na cara da aprendiz de Tsunade. – Quando ele se virou para Sakura, ela pode ver que o rosto dele estava totalmente deformado, com os ossos quebrados. Alguns, como os do nariz, estavam tão fraturados que furavam a pele e deixavam suas pontas para fora.

 

  Ino, a pessoa dali que mais se importava com a aparência externa, chegou a dar um passo para trás, meio assustada.

 

  -Deixe que eu vou lutar com aquela. – Gennou sorria. Um sorriso que mal podia ser visto. Parecia contente com a idéia de que assustava Ino apenas com sua aparência.

 

  Ele concentrou uma bola de energia na palma da mão e mirou uma corrente elétrica em Ino, que estava a uns três metros de Sakura. Quando ele soltou, a corrente passou em linha reta até Ino, que desviou. Quando Sakura tinha se distraído um pouco, percebeu que, no meio da corrente, houve um distúrbio. Logo em seguida, uma segunda corrente se originou da primeira, vindo direto até Sakura.

 

  A garota desviou, vendo Tenten ir em direção à Tenma. O shinobi pulou enquanto lançava duas kunais. Uma em direção à Sakura e outra em direção a Tenten.

 

  Sakura pegou uma kunai sua e rapidamente rebateu a de Tenma. Tenten, vendo Sakura, correu imediatamente até a garota, enquanto a conselheira se concentrava em rebater a kunai.

 

  -Cuidado Sakura! – Alertou Tenten, enquanto sacava um pergaminho.

 

  Tenten abriu o pergaminho enquanto corria. Mordeu o dedo e então Sakura conseguiu se virar. Cinco correntes elétricas vinham em sua direção. Todas por lados diferentes. Ela não iria conseguir manobrar no ar.

 

  -INO! – Tenten estava procurando a colega, enquanto pegava sua arma.

 

  Não deu tempo de Tenten usá-la. Seu caminho foi obstruído por Tenma.

 

  Sakura viu quatro das cinco correntes vindo para si. Somente uma, que estava vindo por suas costas, ela não podia ver. Foi então que, estranhamente, elas mudaram de rumo. Abriram um caminho e Sakura passou por ele até o telhado novamente.

 

  -Se não sou eu, testuda. – Sakura olhou para o lado de onde viera o jutsu. E não foi Ino, a quem ela pode ver. Era Gennou.

 

  -Você tem que dar um jeito de não precisar usar o corpo dos outros, Ino. – Sakura sorria.

 

  -Meu pai sabe fazer isso, mas não parece ter a mesma graça. – Ino se fazia de sabichona.

 

  -AH!

 

  Quando Sakura e Ino se tocaram, viram o corpo de Tenten voando, graças a uma descarga elétrica utilizada por Tenma. A corrente dele era usada como uma cobra. Ele a fez enrolar-se no corpo de Tenten, depois a ergueu seis metros e disse:

 

  -Saia já do corpo do meu irmão ou eu mato sua amiga. – A ameaça era para Ino.

 

  -Se é o que quer... – Ino sorria com o rosto deformado de Gennou.

 

  Ela saiu do corpo dele, fazendo com que o corpo dele caísse e ela voltasse mais rápido do que o normal, saindo do corpo dele e levantando no seu próprio em menos de dois segundos.

 

  -Tola... – Disse Tenma, largando Tenten.

 

  Sakura agilizou e, enquanto Tenma largava Tenten, ela lançava quinze kunais na direção dele, enquanto ia ao encontro de Tenten. Gennou pareceu ter visto, porque nem percebeu Ino vindo por trás de si enquanto corria para socorrer o irmão.

 

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  Naruto estava cercado por cerca de trinta ninjas. Era, segundo sua sensibilidade a chackra, toda a reserva shinobi de Kenzo, já que as únicas fontes de chackra restantes no clã, eram a de quem estava bem no meio dele. Mas ele não tinha tempo para ficar pensando, no momento.

 

  Dois Hyuugas vieram pelas suas costas. Naruto realizou um jutsu de substituição. Enquanto todos procuravam por ele, o garoto se esgueirou pelas costas de cinco deles e os matou sem que o percebessem.

 

  Quando um deles rebateu seu golpe de espada, Naruto fez um selo. Seu braço direito se transformou em uma grande espada. Ele guardou sua espada e esperou que viessem atacá-lo. Com o braço daquele jeito, ele poderia garantir que ficassem longe de si. Quando um Hyuuga avançou, Naruto atingiu a kunai dele. Na mesma hora, seu braço se remodelou, tornando-se numa garra, que pegou a kunai e desarmou o ninja inimigo.

 

  No instante seguinte, ele ativou o sharingan. O inimigo tinha se substituído, pois previra o ataque de Naruto. Ele olhou para trás e viu todos os vinte e cinco Hyuugas restantes alinhados na rua. Ele desceu e ficou de frente para eles.

 

  Notou então que eles estavam realizando selos diferentes. Tinham feito uma barreira e, pelo que parecia, estavam fazendo um jutsu poderoso. Naruto tentou achar algo familiar, mas aparentemente tinha sido inventado recentemente.

 

  Ele sentiu o chão tremer. As paredes dos prédios próximos a si estavam rachando. Casas mais fracas estavam caindo. Ele tentou achar a origem, mas esta parecia invisível. Enquanto esperava por algum sinal de ataque, viu todos os Hyuuga abrirem os olhos juntos. Nesses olhos, um dragão pode ser visto.

 

  No momento seguinte, os corpos dos Hyuugas começaram a se unir, tornando-se massas disformes. As roupas deles começaram a grudar com as peles, se tornando escamas. Aos poucos, aquela massa foi tomando forma e Naruto se surpreendeu quando viu um dragão de quase quinze metros de altura, vermelho e com olhos de Byakugan surgir à sua frente.

 

  Aquela batalha estava começando a ficar difícil.

 

__________Fim do capítulo 24__________

 

Uzumakilucas: E aí, Leitor da face oculta? O que achou do capítulo?

 

Leitor da face oculta: Bem, como crítico tão exigente que sou, tenho que admitir que até eu consegui ver um bom lado nessa fic.

 

Uzumakilucas: Quer dizer que a fic tá boa? *.*

 

Leitor da face oculta: Não. Ainda mais depois que você fez a Tsunade forçar o Rock Lee e o Shikamaru a se tornarem assassinos em série.

 

Uzumakilucas: (Ainda esperançoso) Então, qual foi o bom lado da fic? Criatividade? Dinâmica? O QUÊ (Entrando em desespero com a calma do Leitor da face Oculta)???????!!!!!!!

 

Leitor da face oculta: O lado bom é que não tem como a situação da história ficar pior.

 

Uzumakilucas: (Calado, se controlando para não entrar em colapso.) Vou fazer uma pausa.

 

Tobi: (Depois que Uzumakilucas se retirou) Eba! Uzumakilucas sai, Akatsuki entra!

 

Sasori: Que tal você parar de ser tão chato?

 

Tobi: Que?! Tobi is a gooooood boy! Além do que, você já tá morto!

 

Sasori sai chorando, sendo abraçado e acompanhado por Deidara.

 

Konan: Puxa, tô aqui de novo!

 

Pain: Pois é, infelizmente um deus tem que acompanhar seus súditos.

 

Kakuzu: Eu já disse que você não é um deus.

 

Hidan: E se fosse, com certeza seria meu sacrifício.

 

Kakuzu: Sacrifício?! Se Pain fosse um deus, eu poderia vendê-lo por quinhentos mil Yenes!

Hidan: Blasfêmia! (Vai para cima de Kakuzu e saem de cena)

 

Konan: Pain...

 

Pain: O que é?

 

Konan: Eu tô grávida.

 

Leitor da face oculta: BEM NO MEIO DA FIC?!

 

Tobi: VIXXXIIII!!! Tobi vai exit pra se livrar desse rolo.

 

Pain: Um deus não tem tempo pra cuidar dos filhos. Faz um aborto.

 

Konan: O QUÊ!?

 

Pain disfarça e tenta ir embora.

 

Konan: Volta aqui! Eu te mato!

 

Sai correndo atrás de Pain.

 

Uzumakilucas chega depois, vendo o estúdio quieto.

 

Uzumakilucas: Nossa! Quem veio aqui, pra isso estar tão quieto?!

 

Leitor da face oculta: Pain, Konan, Tobi, Deidara, Hidan, Kakuzu e Sasori.

 

Uzumakilucas: E isso ficou tão quieto?!

 

Leitor da face oculta: Vai ver é por que faltou o Itachi, o Zetsu e o Kisame.

 

Uzumakilucas: (Ainda surpreso) Puxa! Depois dessa, pode até dar o adeus por mim, porque eu tô atônito.

 

Leitor da face oculta: Tudo bem. Pelo Uzumakilucas, eu quero pedir àqueles que leram, que mandem reviews, dizendo se gostaram ou não da história. E àqueles que não gostam da minha aparição, que, por favor, agüentem. Não é possível que essa fic não esteja acabando ainda...

 

Uzumakilucas: (Interrompendo) EI!

 

Leitor da face oculta: (Disfarçando) Continuando, por favor, mandem reviews com o que acharem melhor. Afinal o que não nos mata, nos fortalece.

 

Uzumakilucas: Puxa, que profundo!

 

Leitor da face oculta: Pois é, inventei agora! Aos leitores, ADEUS!