Karma. escrita por Alien


Capítulo 15
Capítulo 15




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O estado de inconsciência, pelo o visto, havia sido curto.

Quando finalmente despertei, me vi sendo carregada no colo pelo o homem-cão. Percorri o lugar com os olhos e fiquei horrorizada com o grau de destruição que os três bruxos haviam deixado o local.

Todas as suítes estavam destruídas. Tentei não pensar no que teria acontecido com as pessoas que lá residiam.

Não havia mais nada o que fazer. Eu me tornaria um receptáculo.

- O que vocês fizeram com o Frank? – questionei, em voz baixa. Pelo o visto, o homem-cão não havia notado que eu despertara, pois quando falei, senti seus braços enrijecerem ao meu redor. Eu o havia assustado.

- Ele virá conosco. – disse ele, me pondo bruscamente de pé.

Não estava totalmente recuperada. Sentia meus joelhos fracos e um barulho terrível se instalava nos meus ouvidos.

- Não o machuquem, por favor. Vocês já têm o que querem.

Ouvi uma risada feminina vinda de trás, mas não me virei para fitar a dona da voz.

- Precisamos de uma garantia. Com ele estando entre nós, você não irá fugir. – explicou ela, rindo em seguida.

“Bando de loucos” pensei.

Ao sairmos do estabelecimento, notei que não havia somente três do grupo conosco.

Outros integrantes surgiram no final da esquina. Todos eles olhavam para mim com satisfação. Senti vontade de vomitar.

- Vejo que conseguiu
cumprir a tarefa, Charlie. – disse um homem, provavelmente o mais velho de todos. Ele me analisou dos pés a cabeça, com um sorriso estranho nos lábios.

 - Eu nunca falho nos meus deveres, Ezequiel.

Tentei me ocultar da
visão de todos que estavam presentes, mas o esforço foi em vão. Olhei para trás pela primeira vez e me deparei com Frank observando tudo tranquilamente. Quando notou que eu o fitava, direcionou seu olhar para mim.

O que vi foi inacreditável. Frank estava furioso comigo! Pude ver no seu rosto, que estava decepcionado. Eu o salvara daqueles fanáticos e ele sequer reconheceu isso.

Suspirei. De qualquer modo, esperava que minha morte fosse rápida e indolor, afinal, tivera sido comportada e cedido à pressão deles.

Seguimos por um beco, até chegarmos a uma entrada estranha, situada no final de um bar.

Parei, recusando-me a mover um músculo sequer.

- Vamos passar a noite aqui. – disse Ezequiel.

O lugar era fedorento e úmido, repleto de caixas, algumas estavam vazias. Talvez fosse um depósito.

Charlie, que durante todo o trajeto havia mantido sua mão presa no meu punho, soltou-me grosseiramente no chão, juntamente com Frank.

Encolhi-me o máximo que pude, afundando o rosto entre os joelhos.

- Experimentem fugir e eu acabo com vocês. – ameaçou Ezequiel.

Engoli em seco, sem me dar o trabalho de erguer os olhos para eles. Todos se retiraram para a outra extremidade do lugar, desaparecendo na escuridão.

Não pretendia de forma alguma pedir desculpas a Frank. Eu havia feito a escolha certa. Ele teria que reconhecer isso mais cedo ou mais tarde.


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Notas finais do capítulo

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