Capitulo 4:

[BILL]

Eu poderia esperar dela todas as reações do mundo, menos aquela. Aquilo realmente foi inesperado. Completamente inesperado.

Quando ela me beijou foi como se meu mundo parasse... Se eu morresse naquele momento com certeza morreria feliz. Mal podia acreditar que a estava beijando novamente, aqueles lábios quentes e doces em contato com a minha pele fria... De inicio ela apenas encostou seus lábios nos meus e esperou. Não demorou muito para que eu acordasse do transe e correspondesse. Logo, minha língua já havia invadido sua boca angelical que eu tão bem conhecia.

Mas esse beijo foi mil vezes melhor do que qualquer um que eu já tivesse dado em qualquer outra garota, foi lento e ritmado, mas ao mesmo tempo cheio de paixão e saudade. Foi como se nossas bocas tivessem sido moldadas para que se encaixassem perfeitamente.

Quando nos afastamos eu encarei aquele rosto que eu tanto conhecia e meu coração acelerou. Ela continuava mais linda do que nunca

 Ela tinha a expressão de quem pensava seriamente em algo, as sobrancelhas juntas e franzidas e os lábios pressionados. Seus olhos ainda estavam fechados. Depois de dois longos segundos ela os abriu e me olhou como se nada daquilo fosse real.

[/BILL]

Aquele momento estava perfeito, nossas bocas se encaixavam como se fossem feitas uma pra outra e sentir o frio do seu piercing contra minha língua me deixava maluca. Mas um pensamento martelava na minha cabeça: E se nada daquilo fosse real? E se fosse apenas mais um sonho?

Eu não suportaria abrir os olhos e perdê-lo.

Lentamente me afastei com os olhos ainda fortemente fechados. Eu teria que arriscar...

Abri os olhos e ele continuava bem ali na minha frente, me fitando. Pulei em seus braços.

- Bill, por favor, não me deixe. Eu te amo! – Falei, à beira de um ataque de nervos.

- Jamais. Não suportaria te perder de novo. – Ele passava as mãos gentilmente por meus cabelos. Escondi o rosto no vão entre seu ombro e seu pescoço e deixei que as lágrimas escorressem.

Permanecemos assim por volta de três minutos. Ele então, gentilmente ergueu meu rosto com os dedos em meu queixo.

- Há certos... Assuntos entre nós que precisamos esclarecer. – Ele olhou no fundo dos meus olhos e depositou um beijo na minha testa. – Mas antes eu vou te “re-apresentar” para os meus amigos. – Disse ele sorrindo.

Caminhamos até a mesa onde os outros garotos estavam sentados. O garoto de dreads se levantou e já foi logo me abraçando. Ele era tão bonito quanto Bill, e seu corpo era mais definido.

Digamos que ele era... Gostoso.

Mas o Bill tinha algo a mais que me deixava perdidamente apaixonada.

- Cunhadinha! Que saudades! – Disse o garoto me apertando.

- Argh! Tom, você vai acabar assustando a garota!

- Desculpe Sammy. – Disse ele me soltando.

- Como eu iria dizer antes de você ser terrivelmente atacada: Esse é meu irmão, Tom Kaulitz. Nós somos gêmeos idênticos.

- Gêmeos? Em que mundo? Unh... Bom te conhecer de novo Tom. – Disse sorrindo e dando um soquinho em seu braço.

- Essa é a Sammy que eu conheço! – Disse um garoto de cabelos compridos sorrindo e brincando com o Tom.

Bill revirou os olhos como quem dizia: Crianças...

- Esses são os G’s. Esse de óculos que parece uma estatua é o Gustav. Ele é assim quieto mesmo... – Disse Bill tirando sarro de Gustav enquanto eu o cumprimentava.

- E por ultimo, mas não menos importante, esse é o senhor chapinha... – O garoto olhou friamente para Bill. – Uhn... Quer dizer, Georg.

- Sentimos sua falta Sammy. – Me abraçando meio sem jeito, porem, com um sorriso sincero no rosto.

Bill me direcionou um olhar sério, o que significava que precisávamos ir.

- Tom, eu e a Sammy precisamos conversar em um lugar mais fechado, então vamos indo. Te encontro em casa.

Tom apenas assentiu com a cabeça. Eu e Bill nos despedimos de todos e saímos.

Entramos no carro de Bill pois eu estava a pé. Minha mãe só chegaria as 22h em casa, então não precisava me preocupar com o horário, ainda eram 14:37.

- Aonde vamos Billy? – Disse, encostando minha cabeça em seu ombro.

- A um lugar especial. É surpresa. – Disse ele me olhando com um sorriso de que admira algo.

Talvez eu devesse ficar receosa em entrar no carro de um garoto quase desconhecido, que estava me levando para um lugar secreto, mas algo dentro de mim me dizia que eu podia confiar nele.