The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 38
I'm broken


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,desculpem-me pela demora,mais aqui está o capítulo.Enjoy It!



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Soltei-me de Dean me sentindo confusa e enjoada. Dei um passo pra trás apoiando-me no batente. No andar de baixo a campainha tocava.

Desci as escadas e abri a porta. Tyler, um colega de trabalho estava ali com um buquê de rosas vermelhas nas mãos.

-Oi- ele disse sorrindo de lado.

Tyler. Olhos castanhos que arrancam suspiros de garotas desavisadas com aquele sorriso, aquela voz e sem falar naquele corpo esculpido por anjos. Felizmente ele não passava de um grande colega pra mim, um amigo até. Sorri pra ele e saí na varanda.

-Como vai Tyler?- eu perguntei me sentando na escada.

-Como você está?- ele perguntou se sentando ao meu lado.

-Viva só isso. – eu respondi sem pensar.

-Bem, pelo menos você está aqui. Fui te visitar hoje mais você não estava mais lá, então vim pra sua casa. Tem gente aí?- ele perguntou apontando pra porta.

Olhei pra porta e me levantei desconfortável. Cruzei os braços e encarei aqueles olhos de chocolate.

-Minha família está aqui- eu sussurrei absorvendo as palavras.

Tyler ficou surpreso quando eu disse aquelas palavras. Eu nunca tinha mencionado nada sobre eles até agora.

-E agora, o que vai fazer?- ele perguntou encarando as rosas.

-Eu vou embora daqui, talvez um dia eu volte mais em uma semana eu vou embora- eu expliquei.

-Vou sentir falta de ter uma amiga por aqui- ele sussurrou com a voz embargada.

Passei a mão por seu rosto suavemente, gravando os traços de meu amigo. Sorri pra ele e passei a mão no buquê de rosas vermelhas que ele tinha nas mãos.

-Quero que me ligue sempre que puder, e eu farei o mesmo- eu disse abraçando-o.

-Claro, vamos nos falar sempre. Isso é pra você- ele disse me entregando o buquê.

Sorri e beijei seu rosto. Fiquei ali parada enquanto ele ligava o carro e ia embora. Não pude deixar de derramar uma lágrima enquanto ele desaparecia no horizonte. Eu sabia que estava entrando num jogo sem regras e sem parada, e pela primeira vez em anos eu senti medo de ser tão livre assim.

Entrei de volta na casa e Dean me encarava sério enquanto chegava perto de mim. Dei um passo pra trás abraçando o buquê.

-Agora não Dean, por favor- eu sussurrei.

Subi até meu quarto e Jennifer estava ali segurando nervosamente as mãos de Emmet. Minha guarda se fechou.

-O que vocês fazem aqui?- eu perguntei séria.

-Anny, nós precisamos conversar sobre tudo o que tem acontecido, sobre o que vai acontecer- Emmet disse se levantando.

-Eu passei esse tempo todo tentando apagar de mim todas as suas mentiras, todas as mentiras de todos vocês, e não faço isso por mim, eu faço por Dean. Mais agora eu realmente não tenho forças pra ouvir uma palavra de vocês- eu disse olhando pro espelho.

Eu estava perfeita por fora, sem um único arranhão externo. Pra onde eu olhava em mim não havia nada que me provasse que aquilo foi real, mais eu sabia que por dentro eu estava realmente ferida, assustada e despreparada pra tudo aquilo.

-Saiam daqui, por favor- eu sussurrei.

-Anny, mana, por favor, me escuta eu...

-Cala a boca!Já mandei saírem daqui- eu gritei apontando pra porta.

Emmet puxou Jennifer e ela se levantou como se tivesse tomado um choque. Quando finalmente eles saíram dali eu corri e tranquei a porta e me deixei cair ali mesmo abraçando as pernas.

O vento bateu pela anela aberta e me trouxe um cheiro que há anos eu não sentia fora de meus sonhos. O cheiro de Nate estava no quarto todo. Olhei pra cima e apertei a pulseira que há tanto tempo ele tinha me dado e chorei ainda mais.

-Estou com medo Nate- eu sussurrei olhando pro céu azul.

Mais uma rajada suava de vento trouxe seu cheiro pra perto de mim. Fechei os olhos e senti como se ele me abraçasse, me embalasse em seus braços e beijasse meu cabelo como ele fazia.

Finalmente eu me levantei e fui até o banheiro. Lá eu entrei debaixo do chuveiro e a água quente relaxava meus músculos. O sábado estava começando a terminar.

O sabonete me limpava e o cheiro de lavanda me deixava mais tranqüila. Lavei o cabelo e saí do banheiro sem nenhuma roupa. O quarto estava tão silencioso, a casa estava tão silenciosa que se não fosse pelas energias lá embaixo eu pensaria que tinham me deixado sozinha.

Coloquei um vestido delicado cheio de babados até o começo das coxas e joguei uma pequena echarpe por cima dos ombros e pus uma sapatilha de cetim nos pés. Tomei coragem a abri a porta e desci as escadas.

Todos ali estavam em completo silêncio, e aquilo chegava a ser desconfortável pra nós. Nenhum olhar se encontrava, nenhum sentimento saía dos escudos. Fui até a sala e Sam estava sentado ao lado do telefone, contornei-o e disquei os números que precisava.

-Ah, olá, boa tarde John, quero pedir o de sempre, só que preciso de mais sete porções, então serão oito porções. Espero pela entrega então, adeus.

Fiz o pedido e Sam me olhava parecendo confuso. Sorri de lado pra ele e toquei seu cabelo.

-Vocês estão na minha casa, não vi nada na geladeira, então pedi alguma coisa pra comermos- eu expliquei.

-Isso é bom, obrigado então – ele disse sem graça.

-Você não mudou em nada Sam, continua o mesmo garoto de sempre - eu disse saindo.

Saí no quintal e Dean estava deitado no Impala olhando pro céu que escurecia. Cheguei perto e ele me olhou sério.

-Ainda está de castigo mocinha- ele murmurou abrindo os braços.

-Isso quer dizer que não posso chegar perto de você só porque está em cima do capô do carro?- eu perguntei confusa.

-Vem aqui- ele disse me chamando com os braços.

Aninhei-me em seus braços e beije seu peito. Suspirei pesadamente e encarei seus olhos.

-Estou quebrada Dean, me ajuda- eu pedi com a voz embargada.

Dean mais rápido do que pude prever inverteu nossas posições. Seus braços prendiam meus pulsos enquanto seus olhos me prendiam como correntes de aço. Sua perna prendeu as minhas e ele finalmente me beijou tirando todos os meus pensamentos, seu cheiro me inebriava e seu gosto me tirava o chão. Arfei quando sua boca chegou ao meu pescoço, e depois até meu decote. Gemi em sua boca quando suas mãos prendiam minhas pernas em sua cintura e seus braços mantinham minha coluna que parecia ter sido derretida no lugar.

Passei a mão por seu rosto e ele a tirou dali. Olhei-o confusa enquanto ele sorria.

-Não pense em nada, não se mova. Não tente fazer nada, não tente me agradar, só sinta, e nada mais – ele sussurrou em meus cabelos.

Assenti e ele voltou a sorrir pra mim enquanto ele voltava a me fazer esquecer. Como ele conseguia fazer aquilo comigo?Sem resistir enquanto nós nos beijávamos eu coloquei as mãos por dentro de sua camisa e arranhei suas costas recebendo em minha boca um grunhido de satisfação.

Uma luz me incomodou e eu quebrei nosso beijo. O entregador vinha com nossa comida.

Paguei e peguei oito porções de comida entregando-as a Dean. Puxei-o pelo braço e entramos de volta na casa. O silêncio voltou enquanto nos olhavam.

-Estão com fome?- eu perguntei corando.

Bobby sorriu de lado e Dean foi até a mesa e colocou os pacotes em cima. Fui até ele e o abracei apertado.

-Obrigado- eu sussurrei em seu peito.

-Disponha de mim gatinha, é um prazer te ajudar com o que você precisar- ele sussurrou me abraçando.

Todos vieram e pegaram a comida e sentaram-se a mesa. Não pude deixar de sorrir quando os vi assim.

Nós comemos em um silêncio mais confortável, mais eu começava a me sentir culpada por ter agido daquele jeito com todos eles, te ter agido daquele jeito com minha irmã.

-Agora só preciso de uma coisa doce, tipo uma torta- Dean disse alisando a barriga lisa.

-Bem, perto daqui tem uma doceria muito boa, quer ir lá?- eu perguntei.

-É alguma coisa doce seria boa – Bobby disse olhando pra todos.

-Vamos então- Hellen disse levantando-se.

Saímos todos pela entrada e eles iam até os carros. Pigarreei e todos me encararam.

-A doceria fica a três quadras daqui e vocês vão de carro?- eu perguntei.

Dean sorriu de lado e segurou minha mão. Sam enfiou a mão no bolso mais eu a puxei e a segurei firme. Seus olhos acinzentados me encararam confusos.

-Você vem junto mocinho; vamos- eu disse puxando-o.

Ouvi um risinho e olhei pra trás. Jennifer me olhou surpresa quando eu sorri pra ela e voltei a caminhar.

O lugar era perfeito, pequeno e aconchegante. Liza, a dona sorriu pra mim e Dan, o filho mais velho mostrou as mesas com Francis ao lado, que nos deu os cardápios.

Todos fizeram seus pedidos e pó fim eu acabei por me levantar e ir até a bancada de sorvetes e confeitos.

Peguei uma bola de sorvete de creme e uma de morango e cobri com todas as caldas e confeitos possíveis. Voltei à mesa e Dean me olhou parecendo surpreso. Dei de ombros e ataquei meu sorvete melequento.

Depois de todos terem se fartado Dean me olhava rindo alegremente.

-O que foi?- e perguntei olhando pra conferir se não tinha sujado meu vestido.

-O sorvete estava bom?- ele perguntou se aproximando.

-Estava sim, por que a pergunta?

-Você parecia uma criança comendo, então devia estar mesmo, mais quero provar- ele disse me fitando.

Olhei pro potinho e vi que o sorvete tinha acabado; Dean sorriu mais ainda e puxou meu queixo pra ele.

-Daqui é mais gostoso.

E ele me beijou. Nunca pensei que ele faria isso em público, pelo menos não com a família por perto, por que até onde nós convivemos eu ainda era a irmã dele. Corei como um tomate; e ele sorriu mais ainda.

-Eles já sabem de tudo- ele disse.

Olhei pra eles e Jennifer sorria sem graça ao lado de Emmet e todos. Baixei o olhar e finalmente falei.

-Me desculpem todos por ter sido tão grossa, mais bem, não tenho como justificar o que fiz e nem por que fiz, e, talvez nunca eu possa, mais ainda tenho medo de tudo isso por que eu não vivo nesse mundo de vocês, mais eu peço que tenham um pouquinho de paciência comigo.

O silêncio se instaurou pesado novamente. Engoli em seco olhando pra Dean e depois eu senti que alguém me abraçava pelas costas, olhei e Jennifer estava ali.

-Nós vamos te ajudar com isso maninha, fica tranqüila- ela sussurrou beijando meu rosto.

Pagamos e saímos de volta pra casa. Pulei nas costas de Dean me sentindo cansada.

-Consegue me carregar?- eu sussurrei e ele assentiu.

-Ah, o que é isso?Saí daí Anny, vamos gastar essas calorias!

Jennifer me olhava se agachando em posição de corrida. Desci das costas de Dean e me posicionei ao lado dela.

Bobby sorriu e tirou um lenço vermelho do bolso e começou:

-Preparar, apontar... Vai!

Corremos como o vento, mais eu sempre fui mais rápida. Por alguns segundos eu fiquei ao seu lado e depois disparei até chegar à entrada.

-Como você pode correr desse jeito?- ela disse ofegante.

-Você precisa de exercícios- eu murmurei destrancando a porta.

-Eu preciso de você.

Olhei pra trás e Jennifer chorava copiosamente ajoelhada na porta. Fui até ela e a puxei até que ficasse em pé e a puxei num abraço.

-Agora faço parte de seu mundo Jeh, a única coisa que te peço é que não minta pra mim- eu sussurrei.

E, como sempre ela me beijou e nós fizemos nossos laços reviverem. Meu peito estava tão leve, mais eu me sentia estranha, meio... Tonta.

Minhas pernas fraquejaram e eu me agarrei a Jennifer. Ela gritou por ajuda enquanto tentava me firmar.

Emmet e Dean correram até nós e me levaram até o sofá da sala. Emmet mediu meu pulso enquanto Dean voltava a ter aquela carranca preocupada de sempre.

-Você acabou de sair do hospital, quer voltar pra lá?Não pode fazer tanto esforço assim!- Emmet esbravejou.

Um choro magoado veio, mais não saiu de mim. Jennifer chorava enquanto vinha pra perto e tirava minha franja de meu rosto.

-Me desculpe!Eu não sabia que isso ia te fazer mal, eu fui uma burra!- ela dizia entre soluços.

-Hey, vamos parar com isso, não tem nada de errado aqui!Eu só me cansei um pouco e só isso, não precisa chorar por isso, eu não sou de porcelana- eu esbravejei me sentando.

-Não é de porcelana mais vai dormir agora pra melhorar.

Quando dei por mim eu estava no colo de Dean e nós subíamos as escadas. No meu quarto Dean tirou as roupas e ficou só de cueca enquanto eu colocava uma camisola.

Dentei na cama e me cobri enquanto Dean se deitava do outro lado e me puxava pra si. Virei-me e abracei-o enquanto deixava o cansaço me tomar.

E, depois que um novo dia chegasse, eu sabia que minha vida toda ia mudar.


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Notas finais do capítulo

E aí gente,o que acharam?
Beijos e até o próximo capítulo! O/



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