The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 37
motivos pra voltar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,o capítulo estava pronto mais não pude postar na sexta,então estou postando hoje mesmo.Espero que gostem.



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Dean voltou a guiar sorrindo abertamente. Em minha mente eu divagava pensando em qual carro compraria até que um belo Camaro preto passou ao nosso lado e me chamou a atenção.

-Não!Nem pense nisso- Dean rosnou.

Olhei pra ele e ele apertava o volante como se quisesse se controlar. Fechei o cenho, confusa; por aquela reação sem sentido.

-Não vou deixar você comprar um carro; e você não vai dirigir por um bom tempo mocinha. Está de castigo- ele anunciou.

-Há! Essa é muito boa mesmo. E como você pensa que vou trabalhar Einstein?De ônibus?- eu rebati sarcástica.

-Você tem sempre que me desafiar desse jeito?Está de castigo. Sem direção e carro até segunda ordem bebê, estamos entendidos?

Eu estava a ponto de rebater mais uma vez quando aqueles olhos pousaram em mim. Tão autoritários e tão dominantes como nunca. Senti-me uma garotinha que tentava contrariar seu pai.

-Perguntei se estamos entendidos?- ele disse sério.

-Não, nós não estamos. Eu não sou uma criança Dean, eu sou sua noiva e nada mais. Você não pode mandar em mim- eu respondi irritada.

Dean engoliu em seco e passou nervosamente a mão pelo rosto e cabelo. Seus olhos me transmitiam dor.

-Tem noção do quanto dói em mim?Do quanto eu vou me sentir perturbado a cada vez que você pegar o volante mais uma vez?Eu fiquei por um mês ao seu lado Annice, um mês inteirinho até você acordar. Sempre me torturando e me sentindo culpado pelo que tinha acontecido, e, a cada vez que eu olhava pra trás e me lembrava do que você tinha me dito, do que tínhamos feito juntos, aquilo era a própria morte pra mim. Então, se eu digo que por enquanto não quero você dirigindo nada você não vai dirigir nada, então essa é a última vez que te pergunto: estamos entendidos?

Seus olhos me queimavam. E eu nem tinha percebido que tínhamos parado. Quando dei por mim eu chorava quieta sentindo a culpa me queimar naquele banco de carro.

-Você está certo.

Aquilo foi à única coisa que fui capaz de murmurar. Dean me puxou em seus braços e me aninhou em seu peito.

-Isso é pro seu bem. Depois de um tempo você vai dirigir de novo, mais não sem mim e nem pra longe de mim- ele sussurrou em meu cabelo. -agora pare de chorar.

Limpei as lágrimas e ele esperou até que eu me controlasse. Olhei pra cima e aquele sorriso torto estava instalado em seu rosto.

-Você deve estar cansada não é?Vou te levar pra sua casa e depois voltamos aqui- ele disse voltando a me sentar no banco do carona.

Olhei pra frente e estávamos em frente a uma pequena casa de pensão. Engoli em seco segurando meus tremores quando entendi que todos eles estavam ali.

-Não preciso, eu estou bem. Entre e fique com eles, eu tenho algumas coisas pra resolver. Moro daqui a quatro quarteirões- eu disse abrindo a porta.

Não sei o que havia em minha expressão, mais Dean ficou mais irritado do que já estava e saiu do carro. Quando deu a volta ele me puxou pelo pulso e começou a me arrastar.

-Dean, para com isso!O que pensa que está fazendo?- eu disse tentando me soltar.

-Se eu te pegar no colo vai ser pior. Agora entre ali e faça o que eu mando- ele sibilou.

Firmei o pé e puxei forte meu pulso até me sentar.

-Escute e escute bem. Eu não sou sua propriedade, então não tente me obrigar a fazer o que não quero. Então, se eu digo que vou ir pra minha casa pra por a vida em dia é isso o que vou fazer. Aprenda a lidar comigo ou me deixe em paz- eu disse dando passos até ficar a uma distância segura dele.

-Estou lidando com você do jeito certo. Você esta fazendo birra como uma criança, então vou te tratar como uma – ele disse firme.

Senti meu estômago embrulhar e tudo a minha volta girou. Eu sabia que ainda estava relativamente fraca por causa do acidente. Fechei os olhos e apertei as têmporas firmando as pernas no lugar. Se desse um passo eu cairia no chão.

-Venha Anny, vamos entrar- Dean sussurrou mais paciente.

-Eu n... Não me sinto bem- eu murmurei pra mim mesma.

-Precisa descansar, agora venha, eu te ajudo- ele disse pegando minha mão.

-N... Não posso me leve pra casa Dean, por favor, me leve pra casa- eu murmurei com a voz embargada.

Dean bufou e me levou sustentando meu peso em seus braços até o carro.

-O que está sentindo?- ele perguntou dando partida.

-Nada demais, só me leve pra casa que lá eu melhoro- eu sussurrei sem abrir os olhos.

Chegamos a minha casa e descemos do Impala. Peguei a chave escondida no vão do batente e abri a porta.

Dean segurou minha cintura e entramos na casa. Comecei a tremer quando vi quem estava ali.

-Bem vinda de volta minha irmã.

Engoli em seco quando vi Jennifer e todos eles na minha sala. Meu estômago embrulhou de novo, mais dessa vez me controlei melhor.

-O que fazem aqui?- eu perguntei mais firme do que julguei possível.

-Ué, isso é uma festa de boas vindas pra você- Jô disse saindo de trás de Bobby.

Me soltei de Dean e parei pra encarar seus olhos culpados.

-Sabia disso?- eu murmurei apertando as têmporas.

-Eles acharam que seria legal ter alguém aqui pra te receber- ele disse tímido.

-Sabia disso, me levou até onde eles estavam mesmo sabendo que eu não estava bem?Mentiu pra mim tão descaradamente a esse ponto?

Dei um passo pra trás até chegar à porta. Olhei pra trás e senti o gosto da bile subindo.

-Não entendo você, nunca vou entender.

Saí e fui em direção ao quintal dos fundos vendo os carros deles estacionados ali. Subi na pequena casa da árvore construída pelos antigos donos e me encolhi como uma bola pra não acabar me desfazendo em pedaços ali.

O tempo passou e eu adormeci pesadamente ali. Quando despertei me senti mais alerta e muito, muito mais irritada.

Entrei na casa ignorando todos ali e fui até a cozinha abrindo a geladeira. Era fato que estava vazia. Subi e entrei em cada cômodo, só encontrando meu quarto arrumado como sempre. Dean estava atrás de mim.

-Quanto tempo?Por quanto tempo vocês estão aqui?- eu perguntei sem olhá-lo.

-Faz duas semanas. Achamos melhor ficar aqui depois que caçamos- ele disse dando um passo.

-Certo tudo bem. Vocês entram na minha casa, mexem nas minhas coisas em todos os cômodos só por que acharam que era melhor depois da caçada?E agora Dean, o que vão fazer?Pelo visto já caçaram a criatura a que vieram caçar. - eu disse seca.

-Nós vamos pro Oregon pra caçar vampiros. Você vai gostar da viagem- ele disse.

Virei finalmente pra ele quando entendi o que ele dizia.

-O que quer dizer com vou gostar da viagem?Não posso abandonar minha vida- eu disse como se fosse óbvio.

-A cada vez que você some, e a cada vez que te encontro você diz a mesma coisa. Que vida você tem aqui? Você trabalha só isso, mais fica aqui sozinha sem amigos ou ninguém pra conviver e chorar quando precisa. Isso não é vida e você sabe disso. Aposto que se te perguntar por que você foge não sabe me responder- ele disse vindo pra perto.

-Não posso fazer isso. Minha vida não é como a de vocês, e eu não sou útil pra caçar. Eu seria um peso morto. Aqui pelo menos trabalho em prol de alguém. Que sentindo teria se eu fosse com vocês?- eu perguntei a centímetros de seu rosto.

Dean tinha seus olhos marejados e visivelmente ele estava cansado de tudo aquilo enquanto dava um passo longo pra trás e saía ela porta.

-Se você ficasse comigo me daria motivos pra voltar vivo- ele murmurou saindo.

Não medi minhas ações. Corri até Dean e puxei seu braço fazendo que ele me encarasse diretamente. Aqueles olhos verdes queimavam em contato com os meus.

Passei a mão por sua nunca e o beijei enquanto seus braços me içavam e minhas pernas se prendiam em sua cintura.

-Me dê uma semana pra por tudo no lugar- eu sussurrei em seu pescoço.

Dean sorriu e mordeu minha orelha arrancando um gemido fraco de mim. O abracei forte e ficamos ali por eternos segundos. O que raios eu estava fazendo?Isso já não importava.


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Notas finais do capítulo

E aí gente,o que acharam?Sexta eu vou fazer o máximo pra conseguir postar a tarde o próximo capítulo.
O/



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