The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 34
Abandonando a razão


Notas iniciais do capítulo

Gente,esse capítulo tá muito romântico(talvez um pouquinho até demais),porém eu amei escrevê-lo.Espero que gostem.
Nos vemos lá em baixo!



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Senti minhas pernas fraquejarem e caí em seu peito sem previsão de me soltar dali. As palavras, oh aquelas palavras. Meu coração gritava pra que eu me entregasse a ele, que eu sentia o mesmo, em contrapartida minha cabeça berrava que aquilo era mentira,que aquela profecia me enganava,enganava a nós dois. Minha cabeça venceu.

Apoiei minhas mãos no peito de Dean e o empurrei com toda força correndo em disparada pra fora do hospital pelo lado do estacionamento. Aquilo não poderia ser verdade. Eu não suportaria ser enganada e ter Dean enganado desse jeito ao meu lado. Por que meu coração tinha que me dizer o contrário?

Entrei em casa e fechei a porta caindo ali mesmo, sem rumo, sem sentimentos bons, sem Dean. Era uma verdadeira tortura pensar naquele beijo, em como ele estava ali, tão próximo, tão sem escudos, tão... Meu.

Fiquei o dia todo dentro de casa, no mesmo lugar onde tinha parado quando cheguei e comecei a batalhar com meus próprios sentimentos. Abracei as pernas e fiquei ali imóvel até o céu anunciar que a noite vinha trazendo uma tempestade.

A chuva veio chicoteando portas e janelas; não liguei, não queria ligar. Depois de um tempo comecei a pensar que eu estava delirando quando ouvi a campainha tocar. Não me dei ao trabalho de ver se estava certa ou não.

–Oi, tem alguém aí?Anny, sou eu, abre a porta!

Levantei-me num pulo e abri a porta dando de cara com Dean ensopado da cabeça aos pés.

–Posso entrar?- ele perguntou chacoalhando as botas encharcadas.

Assenti e ele entrou em casa, meu coração palpitava loucamente só com sua presença ali.

–Bela casa você tem aqui- ele disse olhando em volta.

–O que faz aqui?- eu perguntei com a voz trêmula.

Dean tossiu e me encarou arqueando uma sobrancelha. Parecia que ele não tinha entendido a minha pergunta.

–Ah, todos os quartos do hotel já tinham sido ocupados, daí só eu fiquei sem onde dormir, os outros acharam uma pensão de uma velhinha que tinha gostado do Sam e vão dormir lá. Eu perguntei onde você morava e me mandaram pra cá lá no hospital, e aqui estou- ele disse apontando pra si mesmo. -Posso ficar aqui ou vai me fazer sair e dormir no Impala?

–Pode ficar aqui Dean- eu disse me controlando.

–Claro, valeu então. Fico feliz por isso, você por acaso tem alguma coisa pra eu vestir?To molhado até a cueca- ele disse franzindo a testa.

Parei um pouco e me lembrei que um amigo meu passou um dias aqui e deixou seu pijama na secadora e eu acabei guardando. Subi as escadas com Dean atrás de mim, entrei no quarto de hóspedes e peguei uma toalha e o pijama e entreguei a ele.

–O banheiro é na porta a esquerda- eu indiquei saindo.

Senti a mão dele se fechar em meu punho e quando percebi estávamos os dois ensopados com a água da chuva que ele tinha tomado. Nossos corpos quentes somente separados por uma fina camada de tecidos encharcados.

Eu não ouvia minha razão, agia por impulso de meus sentimentos. Puxei Dean num beijo agarrando seus cabelos e ele me içou me fazendo entrelaçar minhas pernas em seu quadril firme, suas mãos nas minhas coxas apertando-as firmes e me mantendo ali arrancando gemidos de mim.

Os olhos, seus olhos verdes pareciam pegar fogo e derretendo toda a minha razão, me fazendo querer ser dele, fazendo meu íntimo pulsar chamando por ele. Eu sentia mais do que literalmente que ele queria o mesmo que eu. Suas mãos puxando meus cabelos em rédeas firmes, me mantendo ali, me fazendo dele; sua língua traçando uma linha de fogo em minha boca e meu pescoço. Naquela hora eu não lembrava nem o meu nome.

Quando dei por mim estávamos os dois nus deitados na cama de casal do quarto de hóspedes. Corpo perfeito de Dean apoiado sob o meu,seus olhos me encarando,desejando meu corpo, suas mãos me marcando por todo o lado, assegurando que naquela noite eu seria dele e de mais ninguém, e que no dia seguinte eu me lembraria disso. Arranhei suas costas e mordi seu pescoço enquanto entrelaçava minhas pernas em seu quadril, sentindo seu membro chamar por mim, pedindo pra que fôssemos um só naquela noite.

–Vai ter que pedir o que quer Annice, peça!- ele mandou invertendo nossas posições.

A visão que Zacharias tinha posto em minha mente naquele dia passava como um filme. Sorri pra elas, pra como agora sinto o quanto eram boas, o quanto eu lutei contra meu desejo de torná-la realidade.

–Quero você Dean, e quero agora!- eu sussurrei ofegante.

E aconteceu. Naquela noite nenhum de nós pensou em nada, aquilo foi só amor, puro instinto, puro pecado em palavras e posições que há uns anos atrás eu coraria se pensasse. Ele era simplesmente meu e eu era simplesmente dele, sem pensar no dia seguinte.

Dormimos juntos comigo nos braços de Dean, o sol batia em meus olhos anunciando que eu tinha dormido demais. Olhei pro relógio que marcava que já tínhamos passado da hora do almoço deitados ali. Tudo o que fizemos e dissemos correndo livre por minha mente, num misto de culpa e amor. Lembranças doces e quentes que estariam comigo até o fim.

Fiquei ali parada sentindo o peito de Dean ir e vir em minhas costas lentamente. O maldito celular tocou estridente fazendo com que minha paz fosse perturbada.

Dean acordou e sorriu pra mim enquanto pegava o telefone. Seus braços me puxaram em seu colo enquanto ele atendia.

–Pode falar, estou bem sim Hellen, muito bem na verdade- ele disse beijando meu pescoço- Olha, nós temos tempo pra resolver isso, e preciso descobrir mais algumas coisas, então vou ficar fora do ar por enquanto, só me liguem se precisarem de verdade.

Dean desligou o telefone e jogou-o nos pés da cama voltando a se deitar comigo presa por entre seus braços.

–Essa noite foi... Uau!- ele disse me abraçando.

–Foi sim Dean, foi ótima.

Virei meu corpo e me livrei de sues braços sentando-me na outra ponta da cama.

–Estava mentindo não é?Estão todos em algum lugar que você poderia estar junto- eu murmurei encarando o teto.

–Mais ou menos por aí, mais eles estão na pensão mesmo, mais eu não queria ficar lá, não sem você- ele disse colocando as mãos em meus ombros.

–O que acham disso?O que acham de... Nós?- eu perguntei encarando seus olhos.

–Eles sabem que eu gosto de você com ou sem a merda da profecia, eles não ligam com tanto que eu te faça feliz, e é o que eu mais quero,quero você, quero você comigo, quero pra sempre.

Dean me virou me colocando sentada em seu colo e puxou sua jaqueta de couro pra mim.

–Olhe no bolso- ele disse fechando os olhos e jogando a cabeça pra trás.

Mexi no bolso encontrando uma arma ali. Entreguei a ele sem entender nada.

–Bolso errado, guarda isso- ele disse voltando a posição em que estava.

Suas mãos indicaram o bolso menor, escondido dentro da jaqueta. De lá eu tirei uma pequena caixinha preta dentro de um saquinho azul aveludado.

Abri a caixinha e tirei de lá um par de alianças prateadas. A menor era toda trançada com pequenos diamantes formando minúsculos galhos e raminhos que se intrincavam formando a aliança. A maior era comum, somente com três pequenos diamantes em cima.

Dean agora segurava minha mão ficando ajoelhado na cama; parecendo tenso enquanto começava a falar.

–Sei que é piegas, mais quero fazer isso do jeito certo. Annice, eu te amo, e nenhum de nós dois consegue desmentir isso, e sei que você sente alguma coisa por mim também. Acho que nós dois juntos vai funcionar muito bem. Quer namorar comigo?

Seus olhos brilhavam em expectativa, seu rosto estava corado de vergonha, e suas mãos tremiam e suavam enquanto seguravam as minhas.

–Sim!Oh Dean, sim!- eu gritava sem parar beijando-o.

Como eu já disse, abandonei meu lado racional de vez. Acho que minha felicidade começa assim.



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Notas finais do capítulo

E ai meus leitores,o que acharam do capítulo,não sejam leitores fantasmas,comentem suas opiniões,qualquer que sejam pra que eu possa aperfeiçoar a fic se for necessário,ou só pra ficar feliz mesmo.
Vejo vocês no próximo capítulo,que prometo que sai ainda essa semana tá bom?
O/



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