The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 13
Capítulo 13




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Fiz força na respiração até o ponto de quase hiperventilar, mas não me importei; aquilo me fazia sentir bem, viva!

Abri meus olhos quando me senti cuspir aquilo da minha boca com a maior força que podia, não queria, mais sabia que depois disso quem teria de ser impedido eram eles e por mais que estivesse magoada não queria machucá-los.

Sorri tranqüila quando vi Dean respirar aliviado, mais eu ainda tinha que sair dali, então me fingir por enquanto seria a saída. Sam se aproximou e pegou em meu pulso medindo minha pulsação que agora estava a mil mais reduzindo periodicamente. Ele pegou meu rosto e eu sorri o mais debilmente possível com aquilo, olhei devagar pro lado e pude ver Jennifer vinda em minha direção com um copo de água. O que ela faria, tentaria me afogar com aquilo?

Parei de respirar por um segundo parta evitar que a água entrasse nos meus pulmões, mas o gesto que veio em seguida me surpreendeu totalmente, ela me pegou pelo rosto, abriu minha boca e me deu água lentamente, mas a água veio rápida de mais me afogando no processo. Sam me levantou como se eu fosse uma criança me embalando em seus braços. Nisso Hellen, Jô, Bob, Nataniel e Emmet entraram no quarto. Bem, sair agora não daria.

-O que aconteceu aqui?-Hellen perguntou.

-Ela se afogou com a água que eu dei – Jennifer respondeu olhando pra mim com o que parecia ser pena.

-Certo, mais me dêem licença aqui, eu preciso aplicar outra dose só por precaução- Emmet disse pegando a seringa- desde que a vi pela primeira vez quando Castiel me mandou pra cá eu soube que ela era especial, capaz de fazer de tudo.

Aquilo me destruiu, eu simplesmente suspirei e senti uma lágrima traidora escorrer quando ele aplicou aquilo no meu braço. Agora eu sabia da verdade, ele nunca me amou, somente tinha uma missão a cumprir, a raiva agora não me dava ação, só uma maldita impotência que me dilacerava.

Fechei meus olhos devagar olhando pra cada um deles decepcionada com todos eles, mas isso não me importava, eu queria Vy ali comigo, e bem. Comecei a ter aquela dor de novo, e, enquanto gritava eu vi aquele homem dilacerado com as mãos em Violet que jazia desacordada no chão, ele sorria cruel enquanto a arrastava. Eu tinha que arrumar um jeito de sair dali e rápido, na minha mente a imagem da minha bereta me veio como sendo a resposta, e aquilo de procurar no passado se acendeu na minha mente como um fogo que me levava ao movimento. Inexplicavelmente o gosto do pentatol veio a minha garganta, quando vi eu estava em pé encarando cada um deles.

-A... A. Annice!- ouvi Nate gritar e sorri em resposta.

-Acho melhor todos vocês saírem da minha frente, não quero machucar ninguém, mas se for preciso... - ameacei.

-V... Você não vai a lugar nenhum- Jennifer disse entrando na frente da porta.

-Oh! Olha quem vai me impedir? você pequena bastarda traidora?- perguntei maldosa.

Vi todos eles se aproximando de mim lentamente, como se me cercando, me senti acuada, mas olhei pra janela e vi nela uma saída, corri pelo quarto e me joguei estilhaçando o vidro em mil pedaços cortantes; olhei pros lados e vi que eu estava a uns seis quilômetros do centro, mais ou menos a sete da biblioteca de dados históricos da cidade. Olhei pra trás e corri o mais rápido que agüentava, sempre me forçando e virando pra garantir que tudo ali estaria bem, que eles não me seguiam. Desci as ruas correndo sem parada até ver a biblioteca onde entrei quase voando.

Procurei por onde começar a procurar,desde registro até que Bum!A resposta estava na minha cara o tempo todo!Minha casa era histórica e ele estava lá, então fui até a ala de registros e achei pouca coisa, mais o que falava dali era que o primeiro dono era Eleazar Crownd, um velho que morreu de uma doença rara, mas fincou pé na casa alegando que ali ela ficaria para sempre e ninguém mais moraria ali.

Certo então, ele assombrava minha casa, quem disse que ele podia fazer isso?Ela é minha poxa!Passei pra parte estranha, procurando na internet por alguma coisa relacionada à poltergeists e a como destruí-los, não tinha muita coisa crível, mais o que era fato em todas elas é que eles tinham assuntos mal resolvidos e só partiriam se seus ossos fossem carbonizados com fogo e sal. O que isso significava?Que eu teria que violar um túmulo, é isso?

Vi também que eles protegiam o lugar onde estavam até o fim, seus túmulos eram protegidos por eles mesmos ou espíritos escravizados. Bem, se fosse preciso... Lembrei que o túmulo do cara era na própria casa, num lugar isolado da propriedade onde minha mãe tinha me proibido de ir quando mais nova mais eu ia direto imaginando histórias assustadoras.

Saí da biblioteca e fui direto pro mercado, lá comprei álcool, sal e fósforos. Até onde sabia isso era o que eu precisava. Saí de lá me preparando pra correr quando aquela maldita dor quase me derrubou dessa vez, mas fui mais forte que ela, levantei rápido e corri por trás da rua de minha casa, onde eu sabia que o túmulo ficava. Olhei na frente e vi tudo o que era da casa pra fora, no quintal tirado e jogado bruscamente ali. Na janela eu vi uma sombra, quase como a de um homem, mas parecia menos substancial, é, era dele.

Ouvi conversas e uma porta sendo estourada, a voz era de todos, Dean, Sam, Jô, Hellen, Jennifer, Nataniel e Emmet, só não ouvi a de Bob ali. Mas segundos depois eu não ouvi mais nada, um silêncio horrível tomava conta do lugar.

Senti algo no meu estômago, quase como... Como uma faca perfurando ali, só que menos doloroso, como se não fosse comigo, e não era. Era com Jennifer. É,quando estávamos perto uma podia sentir o que a outra sentia,era útil mais um saco de vez em quando, nós não conseguíamos manter segredos entre nós.

Ouvi um rito horrível, dilacerante e sabia que vinha de minha irmã. Agora eu só não teria que salvar Violet, toda minha família estava ali e eu tinha que salvá-los.

-Não pensa que vai salvar sua família só com isso né?

Dei um pulo quando vi que Bob estava estacionado ao meu lado com sua cadeira sorrindo, mas ao mesmo tempo preocupado.

-Certo bebê, quer ouvir as instruções ou quer entrar lá pra morrer hein?- ele perguntou travesso.

-Primeiro; não sou um bebê, e segundo, eu quero sim- disse eu sorrindo.

-Certo bebê, você vai ter que entrar lá, tirar seus irmãos e amigos de dentro, queimar os ossos e a casa. - ele explicou.

-O que?!- eu perguntei atônita.

-É isso ou morrer, você que escolhe bebê, agora toma isso e dá orgulho pro tio Bob tá bom?- ele disse animado.

-Sorri amarelo e peguei o pacote, nele estavam minha bereta, setas de ferro com pontas de sal, uma faca e um bastão enferrujado.

-Tudo bem, mas não me chame de bebê!- disse eu saindo de perto de Bob.

Pensei comigo nos fatos, ele pegou todos de uma vez, o que uma médica ia fazer ali?Eu só podia ter um instinto suicida que estava aflorando.


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