The Third Winchester escrita por Eleanor Blake


Capítulo 12
A medicine


Notas iniciais do capítulo

e ai gente,estão gostando?



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Guiei até minha casa rápido, querendo sair dali o mais rápido possível. Mais espera um minuto aí, essa é a minha casa não é?Minha cidade, onde eu tenho a minha vida não é?Onde quero ficar não é?Não é?!

Abri a porta e Violet estava me esperando sentada ali, quase como se me esperasse pra sair dali. Não entendi; mais ela me empurrava porta afora quase com desespero.

-Cama Vy, o que foi?-eu perguntei tentando acalmá-la.

Ela parou um pouco depois que eu conversei com ela, mas a cena que vi não me agradou em nada. Quando olhei escada acima vi um velho senhor com o rosto desfigurado, como se sofresse. Ele quando percebeu que eu estava encarando-o fez o mesmo e sorriu, ele apontou pra mim e eu senti algo estranho, quase como se... Se ele me marcasse, mas isso ainda não foi o que me fez disparar. Eu tinha estacado ali enquanto ele se aproximava, mais um vulto o interrompeu. Era minha mãe igualmente desfigurada que o segurava e apontava pra fora.

Gritei agudamente e disparei rua afora com Violet ao meu lado igualmente assustada, corri desesperadamente até sentir um baque forte e braços me imobilizando ali.

-Anny, Annyce o que foi?- Sam perguntava assustado.

Olhei pros seus olhos e fiquei mais desesperada ainda, isso não tinha acontecido quando eu fiquei sozinha lá, e não era normal. Fingi que tinha parado e quando ele afrouxou o aperto eu pisei em seu pé com a maior força que podia e corri de novo, Estava desesperada pra sair dali e a imagem de minha mãe ainda me perturbava e muito.

Senti alguém me seguir e impulsionei meus pés ainda mais, mais força me era cobrada, mas ao menos eu me senti mais segura quando ouvi o ritmo diminuir. Isso não durou muito, comecei a ouvir passos mais e mais fortes, quase me alcançando, aquilo estava perto, perto demais pro meu gosto.

- Eu corro bem, mais seguir o seu ritmo eu não consigo não Annice, reduz o ritmo vai- Jennifer pediu.

Senti-me novamente ameaçada, como se estivesse desprotegida. Olhei pro lado e notei que Vy não estava comigo, que não estava ao meu lado desde que comecei a correr.

Voltei e comecei a correr pro lado contrário, não queria voltar pra lá, mais não deixaria Violet com sei lá o que estava com ela em casa.

Corri o caminho todo de volta, cheguei a minha casa respirando forte e pedindo aos céus que nada tivesse acontecido com minha Vy.

-Vy!-gritei- Violet cadê você?!

-Morta eu suponho.

Olhei pro lado e vi uma mulher de branco ali, parada como se esperasse alguma coisa acontecer.

-Não entraria ali se fosse você- ela me disse.

-Quem é você?-perguntei.

-Três dias, três dias é o que você tem pra procurar no passado e resgatá-la possivelmente viva dali, agora vá!

A mulher gritou e eu fiquei ali sem ação, não iria esperar três dias pra ter Violet comigo. Olhei pro lado de novo e vi o mesmo velho sorrir e vir em minha direção devagar e assustadoramente. Eu sabia que se não agisse eu morreria ali mesmo. Tentei correr mais não sentia minhas pernas e só sentia o velho se aproximar mais e mais. Fechei meus olhos na esperança de acordar daquele pesadelo.

-Fique longe dela!- ouvi alguém gritar.

Não sei que aconteceu depois mais uma dor aguda me abateu e segundos depois eu desmaiei com a imagem de Nataniel correndo ao meu encontro enquanto eu me senti cair.

Imagens estranhas percorriam minha mente, e a frase daquela mulher rodeava minha cabeça que latejava insuportavelmente. Violet me veio à mente, e, se aquilo fosse real como penso que foi ela estaria não sei nem como agora.

-Violet!- acordei com um grito desesperado que percebi como sendo o meu.

Minha cabeça ainda doía muito e tentei segurá-la na esperança de que aquilo passasse. Mas Violet era minha prioridade e tentei levantar sem muito sucesso das primeiras três ou quatro vezes, mas quando consegui decidi descobrir o que estava acontecendo e resgatar minha raposa logo. Senti-me cair devagar, mas não me senti atingir o chão, quando olhei pro lado vi Nataniel me segurar pela cintura. Recompus-me e gritei indo em direção a porta.

-Anny, calma que tá tudo bem agora, relaxa- ele dizia enquanto se aproximava.

- Fica longe, eu vou sair daqui e vou fazer isso agora!-eu gritei.

-É, e vai pra casa com um poltegeist lá?

Olhei pra trás e vi Jennifer sorrir triunfante perante o meu susto.

-E o que você vai fazer?Manter-me aqui?- perguntei irônica.

-Se isso te manter por perto enquanto cuidamos disso?Acho que sim. - Ela respondeu.

-Não mesmo- respondi saindo.

Quando eu abri a porta eu comecei a imaginar onde e como Vy estaria e já sabia a resposta por mais que não a quisesse. Ela estava em casa com sei lá o que.

Aquela dor de cabeça voltou insuportável e me fez segurar na porta pra não cair, a dor aumentou tanto que eu segurava minha cabeça o mais forte que podia pra tentar evitar que ela explodisse. Gritei com toda a força até poder ao menos abrir os olhos, minha mente projetava imagens de Violet sendo torturada e precisando de mim. Eu tinha que ir até ela.

Quando olhei de novo me vi sentada na cama ainda segurando a cabeça e com Jennifer ao meu lado. Aquilo em qualquer outra ocasião me perturbaria, mas não naquele dia, eu queria e iria salvar Violet custasse o que for.

Levantei-me com muito custo até chegar à porta, Jennifer me puxou e eu pendi derrotada na mesa, não agüentava nem comigo, mas se era esse o preço a pagar por ter Violet comigo então eu pagaria.

-Você não vai a lugar algum, eu já não te disse isso?-Jennifer perguntou parecendo que tinha tomado uma decisão.

Ela me conduziu a força até a cama e ela sentou-se em meu colo, eu estava tão fraca que não consegui nem gritar, não tinha nem forças pra isso.

-Sam, vem logo que não tem jeito!- ela gritou e eu gritei de volta.

Olhei pra porta e pude ver Sam com uma seringa na mão e pentatol aplicável, ele tentou sorrir amigável mais aquilo me pareceu um predador se preparando pra me fazer de jantar. Eu sabia o que aquilo fazia e com certeza não gostava do efeito; aquilo fazia que a pessoa que o tivesse em sua corrente sanguínea ficasse sem ação, consciente mais sem a capacidade de falar ou de se mover.

Eu estava tão fraca que o peso de Jennifer me pareceu insuportável depois de algumas tentativas débeis de movimento, aquilo era perturbador demais pra ser verdade. Olhei de novo e vi Dean chagar perto e me segurar pelo braço imobilizando-o. Tentei puxar, mas não consegui de modo algum.

-Acredite, assim é melhor- Dean sussurrou pra mim.

Senti a agulha penetrar no meu braço e eu me sentir mole e sem ação nenhuma, aquilo era como uma lobotomia temporária; usávamos isso em pacientes com alto risco de periculosidade.

Olhei de novo e todos estavam ali, tentei me mover, mas não tive resultado algum. No rosto de cada um deles um pedido de desculpas evidente, no meu eu só expressava raiva. Fechei meus olhos tentando esquecer aquela visão, me sentia torturada ali, impotente e desesperada.

-Ela está bem?- Hellen perguntou.

Senti um puxão de leve no meu rosto e abri os olhos, Dean me encarava sério.

-Ela está bem, só está grogue com esse negócio. Não dava simplesmente pra manter ela longe dali?- ele perguntou.

-Não a conhece não é?Quando ela mete algo na cabeça pra tirar é impossível!Não daria mesmo!- Jennifer explicou.

Então tinha sido aquela vaca que tinha feito aquilo, que condenara minha Violet a morte?!Se acontecer algo a minha raposa pode apostar que ela pagará!

Fechei meus olhos novamente e inspirei fundo, tentando me lembrar de algo importante, de como sair daquele estado o mais rápido possível. Ela tinha razão, eu não desistia quando queria alguma coisa. Respiração; é isso!Respiração é a chave pra sair do efeito do pentatol. Uma respiração pausada e forte corta o efeito até sua total dissolução!

Sorri com a idéia e comecei a respirar o mais forte que podia concentrada em tirar aquilo de mim. Inspirei e expirei com tudo o que podia e pude me sentir cada vez mais perto de minha lucidez!

-O que ela está fazendo?- Ouvi Emmet perguntar.

Aquela voz me fez respirar mais forte e mais rápido quanto julguei ser possível agora que eu queria sair dali o mais rápido possível!

-Dean, ela não me parece bem- disse Jô.

Senti alguns chacoalhões, mas não abri meus olhos em momento algum, continuei respirando assim até conseguir sentir o gosto amargo do pentatol na minha garganta e sorri largamente.

Minha irmã tinha razão. Eu quando queria uma coisa não desistia.


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