A Lenda de Jamie Carter escrita por Live Gabriela
Notas iniciais do capítulo
Capítulo narrado por Ryan Campbel e narrado por Mateus Scofield.
Olho para o vale a nossa frente, sinto a mão dele pousar sobre o meu ombro. Blase estala o pescoço frio como sempre.
- Hora de partir Campbel, não temos tempo a perder.
O sol começa a se por.
Agora uma pequena pausa para perguntas, que diabos eu fazia com Daimmem? Pra ondeiríamos? Bom, vamos voltar um pouco no tempo, até a grande batalha no castelo de Londres.
- O que veio fazer aqui Deimmem? Pensei que não se importava com os jogos de poder aqui instalados? Por que ajuda os Franceses no embate? Qual é o desafio em uma emboscada comauxiliares?
Ele sorriu.
- Não vim pelo desafio Campbel, vim por você...
- Já lhe disse que não faz o meu tipo Blase.
- Tu e teus gracejos Campbell, acho que preciso calar a sua boca depois de uma bravata como esta. - disse ele levantando o arco e apontando para a minha cabeça.
- Pode vir, FRANCÊS - enchi a boca pra ultima palavra.
Ele abaixou o arco e permaneceu me olhando com o ar mais frio e sem emoções possível, aquela sala era mais fria com Blase dentro.
- Quero que parta ao meu lado Campbel.
- O quê?
- Quero que abandone esse lugar, venha comigo, preciso de você.
- Alguma razão em especial?
- Você é o único digno de presenciar as minhas façanhas.
- Devo me sentir lislongeado?
- Deveria parar de gracejar e me ouvir.
Súbito ouvimos um barulho.
- Blase...
- Calado.
- Eu cuido disso.
Ele ficou em silencio, nesse momento pude ver um vulto saindo das trevas:
- Jamie! - gritei ao ver a pequena e magra garota disfarçada saindo das sombras e avançando sobre Blase.
Não pude fazer nada, assim que olhei para a minha aprendiz Blase rodou a mão no ar e a encravou no peito com um flecha.
- JAMIE! JAMIE! JAMIE!!!
Me ajoelhei próximo ao corpo de minha aprendiz como que se eu tivesse desabado, segurei a sua mão e então olhei nos seus olhos.
Sua pele branca se destacava sobre o chão de pedra, segurei a sua mão, ela ainda tinha pulso, mas este estava fraco, seus olhos estavam fechados.
- BLASE SEU DEMÓNIO DESGRAÇADO!!!
Avancei sobre Deimmem com um soco direto no nariz, ele não se mexeu.
- Reaga monstro!
Mais um soco, dois, três, quatro... Meu corpo se mexia por impulso, meus punhos se mexiam sozinhos, o rosto de Blase começou a se encher de manchas vermelhas, por fim desabei no chão.
- Por que fez isso? - perguntei a Blase furioso.
- Fiz o que?
Olhei para trás, na direção de Jamie.
- Por quê?
- Olhe para ele novamente Campbel.
O fiz.
- O que foi?
- O que vê?
- Jamie.
- Vê a flecha?
- Vejo.
- Vê o sangue?
Olhei novamente
- Como?
- A flecha estava sem ponta, tem apenas um erva que o fará dormir. Sei que este é seu protegido, o devo dizer, protegida?
- Blase...
- Não se preocupe, não a machucarei, preciso que parta comigo, é de seu interesse.
- O que quer dizer com isso Blase?
- Ainda quer derrubar o sistema Ryan? Acho que sei como eu posso te ajudar, desde que você me ajude.
- Eu... Como?
- Como eu disse, preciso que me acompanhe, você é o único que acredito ser capaz de me acompanhar e permanecer vivo, preciso de alguem que possa seguir-me e registrar os meus feitos.
- E como isso me ajudaria a derrubar o sistema?
- Não tenho meios para explicar-lhe aqui, preciso que viaje comigo a uma terra fora desses cantos, a outro lado do mar, você precisa ver com seus próprios olhos.
- Onde pretende me levar Blase?
- Te levarei onde o príncipe dessas terras lutou, próximo ao reino de Castela e de onde viviam os Gauleses, vamos a um reino chamado de Portugal, lá encontrara o que precisa para derrubar os reis.
Olhei para Blase e depois para Jamie.
- Desculpe, mas tenho que cuidar de algo mais importante aqui.
Blase me olhou.
- Abandonaria o sonho de mudar o mundo por essa garota?
- Sem pensar duas vezes.
- Ótimo.
Ele retirou uma faca e se ajoelhou próximo a Jamie.
- Encoste nela e eu te mato Blase.
- Não se preocupe... - ele posicionou a faca sobre o braço - ela ficará melhor assim do que se você estivesse com ela - ele fez um corte no próprio braço e o sangue começou a se espalhar sobre ela. - a flecha tem meu nome, se você sumir e encontrarem-na viva e ferida por uma flecha minha ela será considerada uma heroína, a vida dela vai ficar mais fácil sem você.
- Você... Têm razão....
- Sim, mas temos que partir logo. A luta contra os franceses em breve irá findar, devemos partir antes que a festa tenha um fim.
- Sim... Mas... Antes preciso fazer uma coisa.
Me ajoelhei ao lado de Jamie e segurei a sua mão.
- Vá na frente Blase, te encontrarei depois está certo?
- No vale ao fim do jardim do rei, tem até o sol se alaranjar para comparecer.
- Estarei lá em menos tempo.
- Está dito.
Nisso Blase pulou por uma janela deixando a mim e a Jamie sozinhos.
- Vou sentir sua falta menina...
Olhei para a flecha em seu peito e a retirei, abri a sua blusa, retirei as suas faixas. Sobre o seio esquerdo havia um pequeno furo com pouco sangue escorrendo, o limpei e então a enfaixei.
- Me perdoe o atrevimento.
A vesti novamente e então olhei em seus olhos. Mirei a sua boca por um instante.
- Me perdoe por isso tambem.
Seus lábios eram quentes, exatamente como eu me lembrava, não admiti a mim mesmo relembrar nos dias que se passaram ao beijo roubado por Jamie, me apaixonar por uma garota cujo o futuro dependia parecer um garoto seria condena-la a morte ou a mim a uma penitencia auto infringida, por estas razões nunca me permiti ver Jamie como uma garota. Até agora.
- Adeus Jamie.
Me levantei e caminhai até a Janela.
- Ryan?
Olhei para trás.
- Leyla?
- O que está fazendo Ryan?
- Estou partindo. Mas que bom que apareceu, precisava falar com você
- Ah só pode estar brincando.
- Preciso que me faça um favor Leyla.
- Não Ryan, não vai partir de novo, não, não, não, não, demorei tanto a te achar, não lhe permitirei a partida, não perderei você novamente.
- Irei voltar Leyla.
- Você disse isso da ultima vez.
- E voltei.
- Depois de anos.
- Mas voltei não é? Olhe Leyla, por favor, te garanto que voltarei o mais breve possível.
- Ryan...
- Só me escute certo? Preciso que treine o garoto no chão.
- O que?
- Isso, eu te ensinei a se defender, preciso que treine o garoto ai no chão, irei assinar algumas coisas antes de partir, você ficará responsável por ele.
- Onde vai Ryan?
- Irei aprender coisas novas, mas se alguém perguntar parti para próximo do grande pai, agora tenho que ir Ly.
- Você é um grande idiota se acha que vou fazer um favor à alguém que não liga para mim.
- Talvez, mas sei que tem bom coração. Cuide dele para mim certo? Pelos velhos tempos.
Ela sorriu.
- Eu gostava dos velhos tempos... Hum... Talvez Campbel, ele até que é bonitinho, talvez de um bom trato quando for treina-lo "pelos velhos tempos".
- Ah... Aconselho não tentar isso.
- Hum... Pensarei no caso dele.
- Adeus Leyla.
- Cala-te, adeus nada, você vai regressar, e é bom que regresse, se não o fizer vou te buscar.
- Irei lembrar disso.
- Lembre-se.
- Então até mais Leyla.
- Até mais meu noivo...
E então saltei da janela.
...
- Campbel?
- Blase?
- Vamos, temos trabalho a fazer.
- Ok, vamos partir.
Vamos partir... Vamos... Par... Tir...
- Adeus Jamie...
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