"Começa com sangue, termina com sangue" Duas semanas se passaram. Era inacreditável como Sakura podia ser fria. Ela evitava o maximo possível falar ou ter qualquer contato com Sasuke, além do escolar é claro. Ino percebeu, e isso quer dizer que toda a escola também percebeu. E então eles não eram mais o casal fofo. Sasuke tentou falar com ela, uma, duas, três vezes! Todos os dias ele lutava por um pouco de atenção da mesma, e levava como brinde um grande toco para ele aprender a nunca mais confiar em alguém que tinha feito um pacto com uma bruxa. Mas ele continuava. Como poderia parar? Ele amava Sakura cegamente, e sabia que ela não era daquele jeito! Ela não podia ser. Mas daí as coisas ficaram estranhas. Quando as duas longas semanas se passaram, Sakura começou a ter uma série de desmaios. Começou com uma pequena tontura, uma cegueira momentânea, até o estado em que ela se encontrava agora. Desacordada desde o primeiro período até o fim do dia. O que diabos estava acontecendo? Sakura sabia ser cruel, mas seu tempo com Sasuke fez ela mudar. Fez ela pelo menos ter mais vontade de mudar. Ela não se alimentava desde o dia em que tinha dito para o menino "adeus" ela já estava consciente de que morreria. Mas quem se importava? Toda vez que pensava nisso seus pensamentos voavam para sua mãe em Paris, uma meio-humana que se alimenta de sangue e cheira a morte, como ela pode fazer aquilo com a própria mãe? - Senhor Uchiha, você pode levar o dever de casa para a Haruno na enfermaria? – perguntou o professor. Sasuke confirmou, ansioso, e voou para a enfermaria. A médica não se encontrava, e por trás de uma cortina leitosa se encontrava seu anjo de cabelos rosa-chiclete. Ela respirava alto, pela boca, suava e tinha constantes arrepios. Sasuke se perguntava que doença ela tinha. Por ser uma vampira não deveria ser imortal? Balançou a cabeça e pensou em acorda-la, mas a idéia fugiu de seus pensamentos, aquela era a única hora em poderia aproveitar a companhia da menina sem ser ameaçado por um daqueles terríveis olhares assassinos. Desejava toca-la, passar os dedos por suas bochechas... lábios. Mas isso poderia acorda-la e ele não desejava isso. Colocando o dever em cima da mesa ele a observou como se fosse uma obra de arte. - Por que Sakura? Mas ela não respondeu, só tremia na cama, sonhando com algo assustador demais para ser posto em palavras. O menino passou a mãos pelos cabelos confuso. O que ele havia feito? Ele a havia magoado? Virando-se para a janela encontrou um pequeno instrumento. Ele lembrava dele claramente, era uma chave que Sakura usava para eliminar os espíritos maus. A pegou e a analisou. Ela parecia diferente, a pedra em seu centro não tinha mais o vermelho sangue brilhante, era como se estivesse fosca, como se estivesse morrendo. O barulho na cama fez com que ele soltasse o instrumento e olhasse para a sua amada, ela parecia prestes a acordar, e a única coisa que Sasuke pensou foi: Eu tenho que sair daqui. Passando os dedos, folheando as páginas do seu antigo livro de contos chineses, ele buscava loucamente algo que fizesse sentido. Por que afinal a pedra parecia definhar? A pergunta não lhe saia da cabeça desde que ele a vira. Seus olhos se prenderam em um desenho a mão no livro. Ele reconheceu a cruz com um pedra de onde linhas surgiam em suas laterais até seu centro. Rubi de Sangue se lia no topo da página, ele começou a ler. Os olhos cada vez maiores devido as palavras, como um rito de fantasmas. O terror fez com que ele tremesse, tinha que achar Sakura! Não podia ser tarde demais! E correu em direção a porta. Rubi de sangue é a pedra localizada na foice dos exorcistas, é também o responsável pela amostra do tempo de vida de seu dono. Quanto mais escura a pedra, mais a morte se aproxima. O sangue faz com que o tempo aumente, mas ele continua correndo, não a nenhum exorcista que tenha chegado até os 25 anos.