A Morte não é tão Ruim escrita por brenna_coimbra


Capítulo 6
O6. Amargo.


Notas iniciais do capítulo

espero qe gostem



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"Eu te dou meus lábios, prove-me quando quiser"

O sangue amargo queimava na garganta de Sakura, era tão delicioso quanto mortal. Ela jogou o corpo dele para longe com um grunhido. Maldito seja, abençoado pelo signo do fogo que tinha um sangue tão picante. Mas ao mesmo tempo Sakura agradeceu, ela tinha bebido o suficiente para sua perna ficar curada, e não o suficiente para matá-lo.

Quando ficou completamente sob controle a menina arrastou o corpo inerte de Sasuke até um quarto qualquer e o jogou em cima da cama, ele parecia mais pálido do que o normal mas ainda respirava.

Graças a Deus.

A menina então se sentou em uma cadeira e ficou olhando pelo janela a chuva cair, logo ela ia parar, mas Sakura adorava chuva. Era como se fosse um choro de anjos, algo que ela amava. Por que ela afinal tinha que ter aceitado o "dom" da bruxa? Sua mãe...

Sua mãe agora era uma quase humana. Quase, por que ela apesar de se mexer, tinha o corpo de um cadáver. Ela vivia como Sakura, com sangue. A menina sabia que muitos já haviam sido enganados pela bruxa, as criaturas eram chamadas pelos humanos de "vampiros" e diferente do que todos achavam, não eram bonitos nem incrivelmente sexis. Na verdade eram monstros terríveis.

Um murmúrio fez com que ela se virasse, ela sorriu quando o moreno começou a piscar compulsivamente. Mas seu sorriso morreu, o que aconteceria quando ele acordasse? Como ela iria explicar tudo que havia acontecido? Ela precisava de uma desculpa, e rápido.

O menino apoiou os braços na cama e sacudiu a cabeça, se sentia terrivelmente tonto e com uma dor de cabeça dos infernos. Os acontecimentos anteriores rapidamente vieram à tona e ele gemeu enquanto caia no travesseiro.

- Sasuke? – Sakura chamou, preocupada, ela se aproximou chorosa.

O moreno a encarou, ela não parecia nada com o monstro que o atacara instantes antes. Os olhos agora tinham o tom verde familiar, e ela parecia estranhamente triste. Ele rapidamente se lembrou que ela talvez não tivesse culpa. O que ele estava pensando? Ela não tinha culpa nenhuma!

- Sakura... – sua voz saiu arrastada e bêbada, ele pigarreou e fechou os olhos com sono – Sakura... o que aconteceu?

Que pergunta mais estúpida! Ele viu como ela abriu a boca, mas então a fechou como se mudasse de idéia, como se não tivesse coragem.

- O que você se lembra? – ela perguntou.

O que aconteceria se ele dissesse que se lembrava de tudo? Ela o machucaria? O chamaria de louco? Ele era tão inconseqüente, que falou:

- De você exorcizar uma raposa do signo de fogo e sugar meu sangue – ele viu o espanto passar pelos olhos dela – Como eu sei sobre o exorcismo e o signo de fogo? – dando um sorriso torto ele tentou se sentar na cama – Bom, minha família é abençoada pelo fogo também, então eu tenho meio que saber.

Sakura apertou os olhos. Droga! Ia ser mais difícil do que ela imaginou. Agora ela teria que dar uma explicação completa e implorar para o menino para que ficasse com a boca fechada. Mas sera que o fato de ele saber o que era ela não melhorava tudo?

- Bem... então eu não tenho que explicar coisa alguma certo? – ela já estava andando até a porta quando seu pulso foi agarrado por Sasuke.

- Bem, eu acho que já que servi de almoço eu mereço algumas respostas.

Sakura bufou e cruzou os braços no peito.

- Pergunte. – ordenou.

- Você é uma exorcista certo? Como isso aconteceu?

- Sim, eu sou e... – ela engoliu em seco – Bem, para se tornar uma exorcista tem que se fazer um pacto com uma bruxa, e foi o que eu fiz.

- A troco do que? – ele então se aconchegou nas almofadas – Eu sei pelo que eu li que ela te da uma coisa em troca.

- Na época... – Sakura pensou bem em suas palavras, ela se sentia tão a vontade falando disso. Aquilo foi tudo tão difícil, e ela nunca podia contar a ninguém – Bem, minha mãe morreu de tuberculose e a bruxa me prometeu ela de volta.

O silêncio tomou conta do quarto.

- E então? – perguntou Sasuke.

- E então o que?

- Sua mãe voltou?

- Sim, mas não como antes – Sakura se sentiu desconfortável e trocou de perna – Ela tem o corpo de cadáver e vive de sangue humano.

- Como um vampiro, certo?

A menina confirmou com a cabeça.

- E você também. – não era uma pergunta.

- Só depois que eu exorcizo algum... – ela olhou pela janela – um espírito, assim pode-se chamar.

Mais uma vez o silêncio permaneceu no quarto, Sakura voltou seus olhos para Sasuke ele parecia pensativo.

- Deve ter sido difícil – ele disse – Com a descoberta.

- Sim, eu fui amaldiçoada.

- Eu entendo.

Não segurando, Sakura gargalhou.

- Você entende? – ela perguntou sarcástica, Sasuke sorriu torto para ela.

- Sim, lembra que disse que me mudei por causa da família? – a menina confirmou – Bem, como abençoados pelo fogo nós temos certos poderes, e meu irmão meio que usou isso de uma forma um pouco errada.

- O quanto errada? – Sakura perguntou, subitamente interessada.

- Matando toda a minha família menos eu e fugindo.

A boca da menina se abriu pasmada, Sasuke ainda sorria.

- Eu sinto...

- Não sinta – ele disse – Eu também sou amaldiçoado, pelo fogo, e um dia eu terei minha vingança.

- Entendo – Sakura se virou e voltou a olhar pela janela. Ela achava Sasuke um quanto tolo por buscar vingança, ela também havia buscado isso no começo, mas agora a bruxa parecia só um fantasma do passado – Então, você não vai contar para ninguém sobre mim, certo?

Sakura parecia meio chateada, ela fitou com seus olhos verdes os de Sasuke. Pareciam mais quentes agora.

- Desde que me responda uma ultima pergunta. – falou brincalhão.

- Qual?

- Por que você não me matou?

Sakura sorriu.

- Você não é saboroso.


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Notas finais do capítulo

OIE! *-*

To toda feliz hoje, meu cosplay está completo FINALMENTE! Me matei para fazer tudo mas consegui, me inspirei tanto que finalmente terminei a fic - ou seja - talvez eu poste mais rápido, vai depender dos meus cursos (teatro, espanhol e alemão) e também das minhas notas que estão lá em baixo QQQ



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