Aventura Celestial. - Capítulo 17. - Transformação.

– Mr. L... Nós fomos teleportados para cá com o intuito de realizar alguma missão que possa fortalecer os nossos poderes. - Afirmou Richter fitando-o. – Agora só precisamos saber o que é...
Imediatamente, o chão fez um forte abalo tremendo tudo, parecia que algo se movia por baixo de seus pés. 

– Um ataque inimigo? - Perguntou Mr. L. – Eles querem nos pegar de surpresa atacando por um ponto que não possamos vê-lo!

– Há! Nós é que o pegaremos de surpresa... - Disse o homem girando o martelo no ar.

– O que você vai fazer Richter? - O jovem estranhou os movimentos que o mais velho fazia. 

– Terremoto! - O maior bateu o martelo no chão com uma grande força. Ao colidir com o chão, o martelo causou um grande impacto, fazendo o mesmo se arrebentar todo, fazendo uma enorme fenda no meio do deserto. E lá estava o inimigo... Duas minhocas gigantes se moviam pelo solo, agora ambas estavam a vista. – E ai! São vocês que estão querendo nos pegar desprevenidos? 

– Agora você parece outra pessoa! - O moreno estapeou o maior.

– Eu sou Twin! - A criatura se apresentou.

– E eu sou Rolwa! - A outra fez o mesmo.

– Juntos somos... As minhocas gêmeas: Twinrolwa! - Disseram ambas em coro. – As guardiãs do Egito!

– Interessante. - Sorriu de canto. – Então guardiãs emprestem-nos os seus poderes! - Bradou estralando os braços. – Preciso fortalecer os poderes desse jovem aqui. - Apontou para o Black Power.

– Não fale como se você fosse perfeito! - Gritou o moreno irritado.
Então Richter e Mr. L partiram para a batalha contra as duas minhocas gigantes. Por último, vejamos o que houve com Orange e Cobal. Os dois restantes foram trazidos para o templo da luz. É uma enorme fábrica cheia de máquinas onde funcionam apenas com a energia da luz, porém, todos os usuários deste elemento consumiram toda a sua energia para fazê-la funcionar e acabaram por fim perdendo as suas vidas. 

Os nossos dois heróis são os últimos restantes que podem usufruir do elemento luz, pelo menos ali, no templo da luz. As máquinas precisavam de energia para manter o equilíbrio dos poderes de um elementalista da luz. Orange e Cobal acabam de acordar e vêem que estavam presos em um enorme casulo feito de vidro e aço. O lugar estava todo escuro, seus corpos brilhavam na escuridão, por isso, conseguiam ver um ao outro.

– Cobal! - Falou o menor batendo no vidro que o prendia. – Raios! Onde estamos?

– Não sei. Por que está tudo escuro? - Questionou o guerreiro sem entender.  

– Olá meus queridos. - Chegou um pequeno monstro, mais parecia um globin. Usava um vestidinho branco, e tem a aparência de um animal. – Sejam bem vindos ao templo da luz. Há muito tempo não recebemos visitas.

– Uma fuinha! Que belezinha! - Exclamou Cobal querendo pegá-la. – Podemos levá-la para casa Orange? Diz que sim? - Seus olhos brilhavam mais que o seu corpo.

– Idiota! - O menor interrompeu a forte emoção do jovem, batendo uma bengala no vidro que este estava preso. – Eu não sou uma fuinha, e não irei para suas casas! Vocês que vieram para a nossa! - Balançou a bengala de um lado para o outro, e parou fitando o nada por alguns minutos.

– Como assim? - Perguntou Orange.

– Não me interrompa quando eu estiver falando! - Gritou o animal irritado.

– Mas você já tinha parado de falar! - Retrucou o cientista.

– Eu preciso de tempo para poder me concentrar, ok? - O bichinho deu uma reboladinha e se apresentou. – Meu nome é Excalibur! Sou o elemento luz em forma de carne e osso.

– Certo entendi, agora tira a gente daqui. - Resmungou o menor já irritado.

– Idiota! Quem disse que é para vocês saírem daí? - A pequena criatura virou-se para trás e começou a lhes explicar. – Precisamos dos seus poderes para fazer com que essa fábrica volte a funcionar. Apenas aqueles que têm o elemento luz podem fazer isso, entretanto... - Agora se virou para eles com um olhar aterrorizador, seus olhos ficaram vermelhos, pareciam estar sedentos de sangue. – Todos que foram dar um pouco de luz para a fábrica, acabaram morrendo de perda total da energia!

– Não pode ser! - Clamou Cobal com lágrimas nos olhos. – Como vamos escapar dessa Orange?

– Espere um pouco! - Disse o mais jovem tentando bolar algum plano. – Preciso me concentrar.

– Idiota! Não te darei tempo para pensar! - O monstrinho passou a dançar e cantar. – A máquina já foi ligada, enquanto ela suga a energia de vocês lentamente, eu irei encerrar o velório de vocês com a canção da Excalibur!

Será que Orange e Cobal vão conseguir se libertar das máquinas que os prende? E por que o Excalibur mata todos os elementalistas da luz? Voltemos nossa atenção para a dupla da escuridão: Hankaruko e Gabriel. Ora, vejam que estes aprenderam a trabalhar em equipe. O músico coloca toda a sua força de vontade e juntamente com os seus poderes sombrios no órgão da catedral, fazendo com que a energia de Hankaruko que era finita, torna-se infinita. Podendo derrotar todos os milhares de inimigos sem se cansar.

– Excelente Gabriel. - A sombra das trevas colocou as mãos sobre os ombros do menor. – Já pode parar. Você e seu parceiro tiveram melhores resultados, muito mais do que imaginei. - Sorriu.

– Entendo. - Enxugou o suor e parou de tocar a música. – Finalmente terminamos. 

– Quem disse que a gente terminou? - Ambos escutam um estrondo vindo da porta da catedral, e vêem o elementalista das trevas bufando, enquanto segurava a costela de uma caveira. – Shadow! Vou te dar uma lição por ter me feito lutar até agora! 

– Acalme-se, você não perdeu energia. - Retrucou o mestre da escuridão para o ceifador. – E Gabriel, você já pode transformar seu instrumento musical em sua própria arma. Antes disso, vamos partir para o verdadeiro treinamento... - O chão se abriu e uma lança saiu, indo até a sua mão.

– Era o que eu estava esperando! Gabriel! Vamos lá! - Ambos os elementalistas da escuridão partem para cima de Shadow, que defende o ataque com sua lança. Parece que agora que eles aumentarão os seus poderes.

Quanto a Saya e Diddy. Ambas tiveram que travar uma intensa batalha contra o dragão em cima de um vulcão, que entrara em erupção. No momento que o dragão soltou as labaredas de fogo, a morena usou este fogo para jogar contra o próprio inimigo. Apesar de não surtir efeito nenhum, pelo menos serviu de distração para que a loira acertasse as suas costas, visto que este estava distraído, com sua katar. 

– Desculpe-me por subestimá-las jovens guerreiras. - Disse o tirano que havia caído com o golpe. – Era esta força que eu estava procurando, a coragem que há em seus corações! - Soltou mais fogo flamejante pela boca e se recompôs, levantando-se lentamente. – Excelente! Vou treiná-las a aperfeiçoar os seus poderes e sempre que precisarem da minha ajuda basta me invocar elevando seus poderes ao máximo. 

– Viva! Conseguimos! - Ambas se abraçaram emocionadas. 

Então, as duas companheiras ficaram treinando com o dragão Volvagia. E as respostas de Naty e Jack? Será que já encontraram? Não se sabe... Muita pancadaria aconteceu, e encontramos os dois elementalistas do ar caídos no chão, completamente derrotados.

– É impossível vocês vencerem um mestre do elemento ar. - Afirmou o garoto fitando-os seriamente. 

– Droga! Por que isso está acontecendo? - O médico esmurrou o chão furioso. 

– Todos os nossos golpes os atravessam... E não surte efeito? - Desanimou a atiradora.

– Vão embora. - Apontou para longe daquela ilha flutuante. – Vocês não conseguiram encontrar as respostas. 

– Nós não podemos! Precisamos ajudar nossos amigos! - Exclamou Jack fuzilando-o com o olhar. 

– Jovens tolos! - Airness estapeou o ar, fazendo uma rajada cortante atingir ambos os nossos heróis. – Deveriam se preocupar com si mesmos!

– Nós vamos conseguir! - A morena se pôs de pé novamente. – Todo mundo está dando o seu melhor e nós não ficaremos atrás! - O sabre de ambos os jovens começou a brilhar. 

– Isso é... - O menor arregalou os olhos.

Então, aquele fluxo de ar que estava preso nas garras douradas no centro da cidade se solta e cerca os sabres de ambos os heróis. O sabre de Naty se torna um cristal de cor púrpura envolto de uma cobra dourada. Já o de Jack, se torna um cetro estelar, e duas asas enormes cheias de penas abre em suas costas. 

– A resposta é ajudar e proteger os nossos amigos! - Exclamaram ambos em coro. – Fusão de ar! - Uma super onda de elementos que o ar compõe se expande por toda a ilha, dando vida as flores e árvores que estavam mortas e também restaurando as fontes de água que o local havia perdido. Logo, todo o templo do ar ganhou vida novamente.

–... - Airness fica sem palavras e completamente sem reação. – Parabéns. Vocês passaram no teste. - Sorriu de leve, ainda surpreso. – É agora que o treinamento começa.

– Hã? - Ambos entreolharam confusos.

Por último, vejamos o que houve com Cax e Joel. Ambos estavam naquele buraco dimensional, um enfrentando o outro, sem saberem. A batalha estava tensa, nenhum dos dois lados caia, e eram apenas golpes místicos para todos os lados. Todavia, eles estranharam que suas técnicas eram parecidas, e muitas vezes eles faziam coisas que já tinham visto um no outro, quando estavam na mansão ACD. Porém, não tinha como reconhecer, visto que um não entendia o outro, e também a aparência era diferente.

– O que será que eles quiseram dizer com “espelho”? - Questionou o moreno confuso. – Será que estou enfrentando a mim mesmo?
Joel se perguntava o mesmo. 

– Ele não cai... E por mais que eu use meus poderes psíquicos, parece não funcionar. - Retrucou o negro. – Desse jeito, minha energia vai se esgotar totalmente. 

– Espera... O Joel não veio comigo. - Raciocinou o construtor se afastando do inimigo à sua frente. 

– Ele está recuando... O que está fazendo? - Estranhou o cozinheiro. – Ele também tem poderes místicos! Suspeito...

– Espelho! Poderes psíquicos! - Bradou Cax batendo os punhos um no outro. – Já sei! Ele é o Joel! 

– Esses gestos... - Joel coçou a cabeça confuso. – Lembra muito o Cax... Será que é ele? - Arregalou os olhos. 

Nisso, o buraco dimensional se quebra, e ambos se vêem frente a frente em um templo abandonado. 

– Oh! - O cozinheiro surpreendeu-se.

– Então era isso mesmo! - Afirma o menor contente. 

– Vocês foram aprovados no teste místico. - Respondeu uma voz desconhecida que ecoou por toda a sala. – Ajudarei ambos a treinarem seus poderes psíquicos. 

– Quem é você? - O construtor revirava os olhos.

– Apareça! - Gritou o maior.

– Eu sou Uoy/You. - Se apresentou. – O templo deste lugar. 

– Um templo que fala... - Joel se sentou. – Como você fará isso?

– Primeiramente darei algumas armas pra você, e também despertarei a força oculta que Cax tem em si, visto que este é o herdeiro da espada mágica. - Respondeu a voz assustadora. Nisso, duas pedras, uma dourada e a outra avermelhada caíram do alto. – Joel. Estas são Ragna e Sol, passe ela em suas katanas e poderá usufruir de outros tipos de poderes psíquicos. E Cax... Seu poder será fortalecido conforme o treinamento ok?

– Ok! Estou ansioso para isso! - Bradou Cax sorridente.

Terminados então, voltemos ao início. Onde Richter e Mr. L enfrentavam as duas minhocas gigantes: Twinrolwa. Parece que eles a derrotaram com sucesso. Mr. L havia cravado uma pedra enorme na cabeça de Twin, já Richter afogou Rolwa na sua própria areia. 

– Vencemos. - Disse o arqueólogo colocando uma capa enorme que vai até o chão e vira-se com cara de pouco caso. – Vamos embora.

– Pare de imitar o Hankaruko! - Argumentou o menor irritado atirando-lhe uma pedra.

– É mesmo, não viemos aqui para brincar. - Nisso o homem vira-se para trás e dirige-se para as minhocas derrotadas. – Empreste-nos os seus poderes, guardiãs do Egito.

– Está certo. Eu Twin darei a Mr. L o treinamento que ele precisa. Vou ajudá-lo a ficar mais forte. - Afirma a minhoca confiante.

– Com quem você pensa que está falando? Você perdeu de mim! Como pode me treinar?! - O Black Power alterou a sua voz.

– E a você, Richter. - A outra minhoca jogou-lhe um livro, aparenta ser muito velho. – Este é o nosso tesouro, pode ficar com ele.

– Obrigado Rolwa. - O arqueólogo analisou o livro. – Cuidarei bem dele.
O que será esse livro misterioso? E as minhocas vão conseguir ajudá-los a se fortalecerem, mesmo sendo mais fracas que eles? Vamos agora para a última dupla restante: Orange e Cobal. Ambos estavam presos naquelas máquinas que sugavam a sua energia.

– Cobal! Eu tive uma idéia! - Gritou Orange, depois de meditar a fundo na situação. – Vamos elevar os nossos poderes ao máximo! Se é isso que o Excalibur quer, ele vai ter!

– Entendi! Vamos apavorar! - Vibrou o guerreiro aumentando a sua energia.

– Idiotas! Só irão encurtar o seu tempo de vida! - Disse o bichinho rebolando novamente. 

– Eletro-Choque! - O cientista expande raios para todos os lados.

– Espiral de luz! - E o outro elimina toda a sua energia de uma vez.
Com tanta energia vinda de uma única vez, as duas máquinas não agüentam a pressão e explodem. Libertando os nossos dois heróis. 

– Isso não é possível! - Excalibur arregalou os olhos. – Era esse o plano de vocês?

– Perfeito! - Ambos fizeram um sinal positivo um para o outro. – E agora... - Os dois se viraram para o monstrinho. – Está preparado Excalibur?

– Idiotas! - Instantaneamente, o mestre da luz atravessou ambos os heróis na velocidade da luz, fazendo-os se curvarem. – É agora que o treinamento começa!

– O que? - Orange ficou boquiaberto, enquanto apoiava-se no chão. – Esse cara é tão forte assim?

– Da hora! - Bradou Cobal sorridente. – Quero essa Excalibur para mim!

– Aqui estão as tarefas que vocês precisam fazer para melhorar os seus poderes. - A criatura tirou do nada, um pacote de folhas cheias de regras. – Rápido! Rápido! Não percamos tempo!

Como será esse treinamento com o/a* Excalibur? E os nossos outros heróis, como será esse treinamento? E nquanto eles treinavam com os mestres dos elementos, Miruki também não descansou. Dia e noite, treinando suas habilidades com espada e protegendo o castelo. Graças a esse treinamento, ele pode se lembrar de algumas coisas em relação as suas técnicas. 

Passaram-se mais dois dias, o que para os nossos heróis foram mais dois meses, e então, finalmente, eles terminam o treinamento. O portal dimensional se abre e o espadachim corre dar-lhes as boas vindas, todavia se assusta ao vê-los saírem.

Diddy está usando um vestido preto e longo, cobrindo boa parte do seu corpo. Está usando botas e luvas. Saya está de cabelos mais longos, uma camisa preta desenhada um símbolo de duas cobras enroladas uma na outra. Uma branca e a outra preta. Calça jeans avermelhada e botas vermelhas combinando. Também carrega consigo um pendulum é tipo um cristal onde ela pode sentir a energia dos aliados e dos inimigos, podendo guiá-los até tal destino. 

Gabriel está vestido com um conjunto inteiro preto. Jaqueta aberta, mostrando o seu peito. Está usando luvas vermelhas, e seu cabelo está inteiramente branco. Joel está agora de cabelo preso com tranças, algumas pintadas de verdes e outras de preto. Usa uma faixa preta na cabeça e máscara de gás. Luvas enormes que deixam os dedos de fora, e uma regata preta com vários detalhes verdes. Suas calças são largas, escuras e também com detalhes verdes.

Os dois irmãos também mudaram bastante: Naty está usando um tampão no olho direito, seu cabelo espetado e há uma caveira como enfeite em cima de sua cabeça. Usa botas e uma enorme capa roxa que vai até os pés. Os cabelos de Cax também são espetados e pretos e usa uns óculos um pouco quadriculados na cabeça. Sua camisa está repartida, a parte de cima laranja e a parte debaixo de cinza, e um raio desenhado no meio. A parte debaixo é uma bermuda azul com a barra de cor amarela, cheia de bolsos. E usa uma jaqueta amarela. 

Jack se sentiu estranho de estar sempre usando aquele uniforme dos Anti-Randons sendo que agora ele era um membro da ACD e depois do duro treinamento, resolveu mudar também. Agora o médico usava um All Star, calça jeans, camisa branca, jaqueta de couro e óculos de sol.

Apenas Hankaruko, Richter, Miruki, Orange, Cobal e Mr. L não mudaram em nada. Pelo menos por enquanto. Todavia, não foi só na aparência que os nossos heróis mudaram, e sim nas forças também. Da para notar que todos aparentam estar mais fortes, tanto fisicamente quanto mentalmente, também possuem novas armas. Preparados então... Ao contra-ataque!