A New Beginning escrita por lalys


Capítulo 11
Conversations




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– Eu conheço a tradição, mamãe! – falei ao telefone, na parte hotel na qual estava hospedada - Prometo que estarei ai para o ano novo! – falei incerta.

– Eu preparei tudo com tanto carinho... – mamãe resmungou – Até o seu pai está na cidade, com a nova família dele e você simplesmente diz que não vem!

– Me desculpe! – pedi – Mas estou enrolada com o trabalho! – menti.

Mamãe não precisava saber que eu havia deixado a Valentina, com um completo estranho, mesmo que ele fosse o seu pai. Ela praticamente surtiria, e me mataria no momento que soubesse que a Valentina estava na casa dele naquele momento e havia passado o seu primeiro Natal longe de mim.

– Espero você aqui no Ano Novo! – suspirei aliviada – Mas da próxima vez, organize bem essa sua agenda louca! – aconselhou – Agora, cadê a minha neta? Não falo com ela desde a minha quinta Lua-de-Mel...

– Ela está dormindo! – menti – Depois que ela acordar, eu ligo para senhora...

– Certo! – falou – Tenho que desligar, seu padrasto está querendo atenção agora! – ela falou animada e eu revirei os olhos – Eu te amo querida!

– Eu também, mamãe! – falei antes que ela desligasse o telefone e me jogasse na enorme cama do Hotel, contendo algumas lágrimas.

A minha vida havia se tornando um inferno e não sabia como iria fazer para lidar com toda essa situação. Eu teria que voltar para a Washington, era lá onde eu morava. A minha vida estava toda estruturada lá, não podia simplesmente permanecer em New York. Se eu não ficasse, teria que enfrentar o Chuck e todo o seu poder em algum tribunal. Ele havia deixado isso claro e eu tinha a absoluta certeza que se fosse a julgamento a guarda da Valentina eu perderia imediatamente. Ele era Chuck Bass, sempre ganhava todas.

O que eu iria fazer? Com esses pensamentos acabei adormecendo.

POV Chuck

– Eu não quero ir para a casa da mamãe, em Wasghton! – Valentina falou manhosa em minha cama, havíamos acordado há alguns minutos, mas permanecemos juntinhos na cama, brincando com a Felícia.

– É Washington, querida! – a corrigir e ela deu de ombros– Sua mãe não vai leva-la para longe de mim! – garanti, fazendo carinho em seus cabelos.

– Você ainda gosta dela? – Valentina perguntou, fazendo os meus olhos se arregalarem de surpresa. Eu nunca imaginaria que a Valentina perguntaria uma coisa dessas tão diretamente.

– Gosto! –respondi prontamente – Não tem como não gostar dela, sua mãe me deu você, Val! – dá maneira mais errada possível, mas isso eu não diria isso a Valentina. Ela ainda era uma criança, mesmo que às vezes parecesse madura de mais para a sua idade.

– Você a ama a mamãe? – Valentina refez a pergunta, provavelmente não satisfeita com a resposta – Como vovó e vovô se amam? – insistiu me encarando com os seus olhos castanhos amendoados.

Encarei-a, por alguns segundos, desde que a Blair se fora, ninguém nunca havia me perguntado se eu ainda a amava. As pessoas estavam mais interessadas em me arrumar novas companhias, novas garotas para sair e me divertir e talvez, encontrar a certa para me casar e prosperar a fortuna da minha família.

Nem mesmo a Serena – que nos primeiros meses esteve sempre ao meu lado, tomando conta das minhas coisas e tendo que tomar as decisões da minha vida-, havia tentado ter essa conversa comigo. Talvez, ela supunha que eu não queria conversar sobre Blair. Ou talvez, ela soubesse dos meus sentimentos e não queria que eu me magoasse, ainda mais.

– Amo! – admiti sinceramente.

Eu tinha que admitir para alguém, que não havia conseguido superar a Blair. Talvez, assim eu conseguisse me libertar de vez, do seu feitiço.

– Então vocês vão se casar? Feito a tia Serena e o tio Dan? – Val perguntou inocentemente, como se as coisas fossem tão fáceis, para Val eram. Ela não estava presa ao mundo do adulto, crianças eram mais fáceis em perdoar e assumir os seus erros.

– Não querida! – respondi, evitando encarar os seus belíssimos e idênticos olhos, castanhos amendoados de Blair.

– Porque não? – questionou curiosa.

– Porque as coisas não são tão fáceis, Valentina! – falei.

– Os adultos complicam tudo! – falou inocentemente, cruzando os seus bracinhos em altura do estômago, em sinal de contrariedade – Eu não quero ter que ir embora, mas eu também quero ficar com a mamãe! – Valentina falou com a voz embargada, e os seus olhos estavam rasos de água.

– Querida, as coisas são mais difíceis! – falei acariciando os seus cabelos, observando com um aperto no coração as suas lágrimas começarem a deslizar por suas bochechas rosadas.

– Eu não queria que fossem! – falou manhosa se aconchegando em meu peito. Apertei contra mim, absorvendo toda a sua colônia infantil.

– Nem eu! – admitir entre os seus cabelos macios.

– Eu te amo, papai! – falou ainda com o seu rosto escondido em meu peito.

– Eu também! – respondi.

***

– Você devia conversar com a Blair! – Serena aconselhou suavemente ao telefone, pela terceira vez, desde que havia contado com detalhes da minha conversa de logo cedo com a Val – Valentina, não merece ficar nesse fogo cruzado! – pontuou suspirando com pesar.

– Eu não tenho escolha! – murmurei a contra gosto – Ela não pode levar a Valentina de mim!

– Ela não vai! – Serena garantiu – Mas para isso, vocês têm que conversarem, feito pessoas civilizadas e de preferencia que a Valentina não esteja no local! Só vocês dois...

– Eu tenho consciência disso, Serena! – a interrompi.

Eu achava que Serena, havia se formado em Decoração e Artes Plásticas, não em Direito Civil ou Psicologia Infantil, para ficar dando concelhos a todos sobre filhos. Ou talvez, isso fosse umas das qualidades que ela adquiriu quando se tornou mãe.

– Então, posso ligar para a Blair e marcar um encontro para vocês? – questionou em tom de ordem, como ela sempre usava quando os gêmeos estavam começando a aborrecê-la por uma coisa tão simples.

– Estava pensando, eu podia deixar para resolver isso depois do Ano Novo! – expliquei – Nós havíamos combinados em passar a virada do ano no Rio de Janeiro, e a Valentina estava animada para isso, não queria estragar a sua festa...

– Deixa de ser covarde, Bass! – Serena me interrompeu irritada – Ligue para a Blair, vocês precisam conversar, a felicidade de sua filha não pode esperar até o ano novo!

– Eu estou com medo, Serena! – admiti, sentindo o meu rosto corar, agradecendo silenciosamente que a minha irmã estaria do outro lado da cidade e não poderia me vê naquela situação.

– Medo de que, Chuck? Por Deus, meu irmão! – exclamou irritada – Blair não é uma bruxa, que vai roubar a sua filha e sumir do mapa com ela! Eu sei aonde ela vive, onde os pais dela vivem...

– Não é nada disso! – a cortei me jogando no sofá, passando as mãos impacientemente pelos meus cabelos – Eu estou com medo de estragar tudo! De me entregar novamente e acabar me machucando, eu não posso passar por aquilo de novo, eu tenho uma filha! – exclamei exasperado – Como eu posso amar a Blair mesmo depois de tudo que ela fez comigo? Eu sou masoquista!

– Talvez, você sabe... – Serena falou pausadamente, como se ela estivesse escolhendo as palavras certas – O fim do relacionamento de vocês foi complicado! – pontuou – Houve muitos disse me disse – pausou – E se tudo, não passou de um mal entendido? – sugeriu como se concordasse com a sua ideia absurda.

– A Blair me traiu! Eu vi as fotos! – falei convicto.

Admitir este fato alto em bom som fazia com quer toda a dor do passado voltasse com força total.

– Aquelas, que a Jenny te entregou? – Serena questionou, mais para checar a informação, do que realmente estivesse acreditando na minha explicação – Você já parou para pensar que essas fotos, podem ter sido manipuladas? – questionou incerta.

– Eu vi as fotos, Serena! – garanti – Não tem como não ser verdade! Era a Blair, será que eu não conhecia a mulher que eu havia namorado por quase um ano? Eu sei distinguir as coisas Serena! – falei e a minha irmã suspirou indignada – E outra, a Jenny nunca iria fazer isso comigo, ela apoiava o meu namoro com a Blair!

– Deixa de ser idiota, Chuck! – Serena me interrompeu dois tons mais alto – A vadia da Jenny, sempre gostou de você! – pontuou irritadíssima – Garanto que ela seria capaz de tudo para ficar com você! Só você é que não consegue enxergar isso!

– Jenny não faria isso! Às vezes, ela pode ser inconsequente, mas ela não faria isso, eu a conheço!– a defendi.

Jenny podia agir como crianças às vezes, mas ela não chegaria ao ponto de manipular fotos de Blair com um cara em Londres, só para fazer com quer o meu namoro chegasse ao fim. Ela era minha melhor amiga e dava a maior força na minha relação com a Blair, na realidade ela foi uma das poucas que ficou ao meu lado quando assumi a minha relação com a Blair, meus pais só faltou morrer do coração, principalmente a mamãe.

Por isso não fazia sentido, uma coisa desse tipo.

– Só pense nisso! – Serena falou misteriosamente – Eu sei que você vai pensar, quando estiver na sua cama, indo dormir! Eu te conheço.

– Eu tenho mais coisas para pensar do que ficar remoendo o passado, Serena! – falei – A Valentina é a única coisa que importa, nesse momento!

– Só pense! – falou mandona, me fazendo revirar os olhos– Agora me autorização telefonar para a Blair, vocês precisam juntos decidir a vida da filha de vocês! – aconselhou – Está bom para você amanhã? Logo após o almoço? Eu posso ficar com a Valentina, quando você precisar é só traze-la aqui!

– Espere um momento, Serena – a interrompi, atinando um detalhe que até agora eu não tinha percebido – Você tem contato com a Blair? Pensei que você estivesse tão surpresa quanto eu quando ela apareceu, em sua casa no Natal!

– E estava! – falou em tom defensivo.

– Você não me respondeu, Serena! – insistir impaciente – Você mantinha contato com a Blair?

– Claro que não! – negou rapidamente – Eu tenho o número dela!

– Como você conseguiu o número dela? – a interrompi, fazendo-a suspirar irritada.

– A Vanessa me deu! – respondeu - Acabou o interrogatório? Por que se o acusador for prosseguir com o interrogatório, vou chamar a minha equipe de advogados! – falou irônica e tenho certeza que ela estava revirando os olhos.

– Por enquanto, eu estou satisfeito! – respondi irônico.

– Então, como eu sou uma irmã boa, vou ligar para a mãe de sua filha e marcar uma hora para vocês conversarem! – falou – Agora, por favor, tente não se matarem, ou melhor, tente não acabar transando com a Blair! – falou divertida e eu bufei irritado.

– Não sonhe irmãzinha! – murmurei e eu ouvi a sua risada.

– Converse com a Blair! – aconselhou – Tente se entenderem, e eu não estou me referindo somente à situação da Valentina, mas sim a relações de vocês!

– O que importa é a Valentina! – repeti, mas para convencer a mim mesmo, do que a Serena – Minha relação com a Blair terminou há seis anos! – afirmei tentando soar convicto.

– Só pense no que te falei as coisas não ficou explicado...

– A única coisa importante é a Valentina! – afirmei novamente e Serena suspirou frustrada.

– Tudo bem! – falou contrariada – Vou ligar para a Blair e depois lhe mando uma mensagem, lhe dizendo a data e o local do encontro! – explicou.

– Obrigado, Se! – falei agradecido e nós nos despedimos, logo depois de lhe garantir que qualquer novidade iria lhe manter atualizada.


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Notas finais do capítulo

Meninas, eu sei que estou sempre em falta com vocês, e sinceramente espero que não tenham me abandonado, muita coisa aconteceu na minha vida durante esses meses, que fizeram abandonar vocês. Sei que não mereço ser desculpada, mas mesmo assim estou tentando me redimir. Sinceramente, só foi por causa das mensagens que vocês me mandaram, pedindo para que eu continuasse, que não me fizeram excluir a história. Queria agradecer a todas vocês pelos comentários do capítulo anterior, desejar boas vindas as leitoras novas e principalmente agradecer quem recomendo a fic.
E por fim... Prometo que o próximo capítulo sai no final de semana que vem, ou antes disso e se vocês não me abandonarem