A New Beginning escrita por lalys


Capítulo 10
Sparks




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Eu havia tido quase cinco meses para me preparar psicologicamente para este momento. Porém, mesmo que eu passasse dez anos fazendo terapia não estaria preparada para as chuvas de emoções que haviam se apoderado de mim, no momento em que os meus olhos encontraram, com os seus olhos castanhos claros.

Chuck Bass havia mudado radicalmente. Suas feições másculas, não lembravam em nada o garoto recém-formado em Harvard que eu havia conhecido, há seis anos. Se ele já era incrivelmente lindo e charmoso, agora eu não tinha palavras para defini-lo. Seus cabelos escuros – cortados baixo-, faziam o contraste perfeito, com a sua pele branca e os seus inesquecíveis olhos castanhos claros. O seu corpo haviam ganhado formas perfeitas – talvez pelo tempo da academia. Suas costas largas, e os seus músculos eram bem visíveis através de sua camisa branca.

O seu perfume de colônia francesa estava por todas as partes, me deixando embriagada e imaginando como seria beijá-lo novamente. Balancei a cabeça negativamente, voltando para os tão comuns olhos da minha filha. Era mais seguros encará-los.

- Papai! – Valentina falou correndo em direção ao Chuck, ela segurou a sua mão e puxou-a, fazendo uma força absurda para que o seu pai caminhasse em minha direção. Chuck fez uma careta de desgosto, mas se aproximou de mim, parando a alguns centímetros em minha frente.

- Chuck! – a minha voz saiu um pouco abafada, devido ao meu nervosismo.

- Blair! – o meu nome foi pronunciado de maneira fria, pelos seus lábios. O seu hálito de hortelã, pairou pelo meu rosto me deixando tonta.

Eu não deveria me sentir assim. Chuck Bass havia acabado com a minha vida, não fazia sentido depois de seis anos de sofrimento, me sentir abalada com a sua presença. Ele só era o pai da minha filha, o cara que havia me ajudado a crescer, com toda a dor e sofrimento que ele havia me causado.

- Como vai, Chuck? – perguntei cordialmente. Nós podíamos ser civilizados, ou pelo menos tínhamos que ser pelo bem da Valentina.

-O que você está fazendo aqui, Blair? – a sua voz suou rude, me fazendo recuar um pouco.

- Vim buscar a minha filha! – tentei manter a minha voz firme o observando atentamente, em seus olhos eu vi uma fagulha de ódio.

- Nossa filha! – corrigiu em um rosnado – E você não vai leva-la para canto nenhum! – falou seguro.

- Como é? – tentei controlar a minha voz.

O que ele estava pensando? Chuck havia por acaso pirado? Ou ele estava usando alguma droga ilícita? Ele sabia desde o princípio que eu voltaria para buscar a minha filha. Que só ficaria com ela, por algum tempo. Ele não tinha nenhum direito sobre ela e se dependesse de mim ele nunca teria.

- Eu não quero ir! – a voz de protesto de Valentina fez com quer o meu mundo desabasse. Era isso que eu mais temia. Valentina não poderia ter se envolvido com Chuck, em apenas alguns meses de convivência.

- Você não vai querida! – Chuck desviou a sua atenção para Val.

- Não! – neguei prontamente – Vá pegar as suas coisas, Valentina! – ordenei – Sua avó está nos esperando, para o almoço de Natal! – mamãe me mataria se eu não chegasse a tempo para o seu famoso jantar na Califórnia, me mataria mais ainda se soubesse que a Valentina passou todo esse tem com o pai, que ela nunca virá na vida, ao invés de sua casa.

- Mãe! – a voz de Val soou manhosa e eu revirei os olhos.

- Eu estou mando Valentina! – assegurei.

- Você não vai, querida! – Chuck assegurou carinhosamente para Valentina – Porque você não vai até a cozinha, vê se a tia Serena está precisando de ajuda, enquanto eu converso com a sua mãe! – sugeri.

- Saquei! – Val falou – Conversar de adulto! – falou abraçando as minhas pernas – A senhora, vai está aqui quando eu voltar? – questionou com os seus olhinhos suplicantes.

- Sempre, Valentina! – assegurei e ela sorriu. Seu sorriso era igual ao de Chuck, que sempre marcavam as covinhas das suas bochechas – Saquei? – falei irônica assim que supus que a Valentina, estivesse longe o suficiente para me ouvir – Desde quando uma criança de cinco anos fala “saquei”? – exclamei irritada.

O que ele havia transformado minha filha?

- É uma gíria, Blair, caso você não saiba! – lembrou irônico.

- Crianças não falam gírias, Bass! – rebati irritada – Meu Deus! O que mais você ensinou a ela?- perguntei temendo a resposta.

- Ensinei a comer com as mãos, você não sabia que é última moda em Paris! – falou com escarnio – É só uma merda de uma gíria, Blair, não é como se eu estivesse a ensinado a roubar algum mercadinho! – exclamou irritado. Eu quase tive a certeza, que se ele tivesse uma arma na mão, provavelmente eu estaria morta naquele momento.

- Desculpe! – murmurei incerta.

- O que você achou? Que eu não seria capaz de cuidar da nossa filha? – ele exclamou irritado, sua voz estava tão alta que provavelmente Valentina estava escutando em qualquer lugar daquele apartamento. 

- Chuck! – tentei me manter calma, não seria bom para ninguém, principalmente para nossa filha se nós nos alterarmos daquela forma.

- Cale-se! – ele gritou, apontando em direção ao meu rosto – Você é louca! – exclamou irritado – Como você ousa pensar, que eu iria fazer algum mal a Valentina? Você acha que eu a deixaria na porta da casa de um estranho, para sair viajando pelo mundo e pousando de mulher responsável! Você não tem do que falar! – ele exclamou segurando firmemente o meu braço, fazendo com quer nossos corpos se chocassem – Porque você foi embora, Blair? – questionou irritado, me balançando contra si – Vagabunda!

- Me solta! – gritei tentando me soltar – Me solta, Chuck! Você pirou de vez? – falou irritada.

- Não até antes você me explicar! – falou me empurrando contra a porta – Porque, Blair?

- Não tenho nada para explicar para você! – falei irritada, tendo me soltar dele sendo inútil – Eu só quero a minha filha, por favor, Chuck! – implorei vendo que seria difícil me soltar dele.

- Você não vai levar a Valentina! – falou seguro.

- Você poderá vê-la! – tentei negociar.

Eu não era burra, sabia muito bem que depois de ter deixado a Valentina na porta do apartamento de Chuck, naquela manhã, saberia que quando voltasse teria mais a sua presença em minha vida. Egoistamente, eu havia implorado a Deus que a Valentina o odiasse e nunca mais quisesse ficar perto dele, ou que simplesmente Chuck Bass, agisse da mesma forma de seis anos.

- Eu não confio em você! – falou categoricamente – Não vou deixa-la que a Valentina sai por essa porta com você, sabendo que você poder sumir com ela do mapa novamente! – gritou.

- Eu sou a guardiã legal dela! – exclamei.

- Por pouco tempo! – gritou irritado, me empurrando fortemente contra a parede, sentir as minhas pernas fraquejarem – Eu vou pedir a guarda dela na justiça!

– Ela minha filha, antes mesmo de ser sua! – gritei perdendo a cabeça.

Eu não poderia perder a minha filha, Valentina era a minha vida, foi por ela que eu lutei sozinha durante todos esses anos. Foi por ela, que eu havia aberto mal da minha boa vida na casa de meus pais. Foi por ela, que trabalhei até o dia do parto para nos sustentar. Foi por ela que passei noites e noites em claro. Para que? Para Chuck Bass se achar no direito de ter uma relação com a minha filha.

- Porque você foi egoísta o suficiente, para escondê-la de mim! – suas palavras foram proferidas de forma fria, funcionaram como se ele estivesse dado uma tapa em meu rosto.  

- Você é louco! – murmurei transtornada tendo me livrar de seu aperto, dessa vez ele me deixou ir para o lado oposto que ele estava– Extremamente louco! – murmurei novamente – A Valentina não fica mais um minuto aqui! – assegurei – Valentina, querida, pegue as suas coisas... – comecei a falar três tons mais altos, porém fui impedida por Chuck que puxou com força o meu braço.

- Cale a boca! – ordenou me puxando contra ele – Cale a merda de sua boca! Aqui não é a sua casa para você agir dessa forma, minha irmã está grávida, temos crianças em casa, meus pais estão aqui! – exclamou irritado – Pare de agir como se estivesse ofendida, como você fosse o centro do universo!

- Pare de agir como vitima seu canalha! – rebati, estendo a minha mão livre em direção ao seu rosto, porém ele me parou antes. Chuck havia extrapolado toda a linha da sanidade.

Chuck sorriu irônico.

- Eu odeio você, Blair! – falou seriamente.

Mordi o meu lábio inferior. Aquilo não deveria ter me abalado, Chuck Bass era passado – ou pelo menos era isso que eu tentava me convencer todos os dias. Eu não o amava mais, não depois de tudo que ele havia me feito, depois de todo sofrimento e desilusão.

- Eu também! – rebati – Odeio tanto você que... – não terminei de proferir a frase, pois os lábios frios de Chuck estavam sobre os meus.

Primeiramente eu estava em estado de choque. Chuck Bass não podia está me beijando, não depois de toda a cena que nós havíamos protagonizado há alguns minutos atrás, não depois que havia quase me recuperado de toda a minha dor. Porém ao sentir o seu gosto adocicado de hortelã com pêssego, me desarmou por completo, me fazendo entregar a sensação incrível que era está de novamente nos braços de Chuck Bass...


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Notas finais do capítulo

Meninas, eu sei que estou novamente em falta com vocês, espero que não tenham me abandonado, mas eu estava sem inspiração para continuar com a fic. Sinceramente, por ser o capítulo mais esperado da fic, eu tive algumas dificuldades em escrever e não gostei do resultado final. Queria agradecer a todas vocês que comentário o capítulo anterior, desejar boas vindas as leitoras novas e principalmente agradecer a bruniinha wild rose, que recomendou a fic.
Antes que eu me esqueça, eu postei uma one fofinha: http://fanfiction.com.br/historia/385086/Cappuccino/, queria que vocês dessem uma olhadinha lá. Estava pensando em fazer uma fic sobre ela, gostaria de saber a opinião de vocês.
E por fim... Prometo que o próximo capítulo sai no final de semana que vem, ou antes disso e se vocês comentarem bastante e me animaria mais ainda se tivesse alguma recomendação!!!
Espero que tenham gostado do capitulo, e comente para mim saber se devo ou não continuar!!!!
beijomeliga
xoxo
Lay



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