O Retorno do Guarda-roupa. escrita por gabriel_mello


Capítulo 5
Capítulo 5 - O Vilarejo De Humanos.


Notas iniciais do capítulo

Disse que não ia demorar pra postar o próximo capitulo, mas acabei demorando ;/ Mas já está ai. Espero que gostem:



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Enquanto isso, no acampamento dos narnianos: Alguns anões começaram a trabalhar duro, fazendo espadas e escudos para todos. Centauros, faunos e outras criaturas, estudavam a melhor maneira de atacar. Korian, Esmeralda, Lumnus, e Maria, foram até o vilarejo de humanos ali perto para contá-los a história que se passara e convidá-los a juntar-se ao exercito. Já Gabriel, ficou descansando em uma cabana, pois depois teria muito de andar, e lutar. Também foi oferecida uma cabana a Maria, mas esta não aceitou, disse "Quero mesmo é ir com vocês! Quando voltar eu descanso."

– Sabe... – disse Korian no caminho – Muitos Filhos de Adão deste vilarejo já tentaram acabar com a opressão dos narnianos maus de Cair Paravel. Achavam que só por serem Filhos de Adão, poderiam vencer a batalha no castelo. Mas a palavra de Aslam já havia sido dita: Apenas Gabriel é capaz de nos salvar. Todos eles morreram – falava tão sombriamente que deu medo em Maria, e a garota estremeceu ao pensar que talvez acontecesse o mesmo com o sei irmão – Não era que Aslam não gostasse deles, mas se Aslam escolheu Gabriel, é porque tem um propósito para ele.

Maria ficou pensativa até o fim da viajem. Não demorou muito. Foi bem mais rápido que a viajem do Ermo do Lampião a Caverna dos narnianos. O vilarejo tinha um ar sofrido. As pessoas caminhavam sem vontade. Quase não se via água. As crianças não brincavam, mas eram as que pareciam mais animadas.

Logo que entraram em vista, todos se esconderam. A maioria entrou em suas casinhas, outros se esconderam no que viram pela frente, e um até se escondeu atrás de um coqueiro que não lhe escondia nem a metade do corpo. Achavam que eram guardas do rei.

– Viemos em paz! – disse Lumnus em voz alta.

Foi meio difícil de convencer, mas depois de feito, várias famílias se juntaram no centro do vilarejo para ouvi-los, todos muito desconfiados. 

Korian, então, contou tudo o que acontecera a noite passada. Contou também dos planos que tinham. 

– E onde está o garoto agora? – perguntou alguém na multidão.

– Está descansando no acampamento – respondeu Korian. – Pobrezinho, ainda não dormiu nada desde a noite passada, apesar de não estar tão cansado, teve de ir deitar, pois a caminhada não vai ser fácil.  Mas Maria não vai conosco para a batalha, então veio até esta vila. Maria, a futura rainha de Cair Parevel.

Não sei o que deu em Maria nesta hora, mas depois de tudo o que passou neste mundo, não acreditava que duvidavam deles. Queria mostrar a verdade de alguma forma! Sentiu-se muito infantil porque não sabia o que fazer, mas então assumiu uma postura tão madura, tão certa do que fazia, que parecia uma adulta falando:

– No meu mundo, não existem faunos, centauros, animais falantes, nem qualquer tipo dessas coisas. Eu tenho que admitir, que senti medo ao chegar aqui. Medo do que encontrar, e medo do que poderia acontecer a mim ou ao meu irmão. Mas depois de conhecer este povo tão maravilhoso, vi que o importante é fazer o que Aslam nos enviou para fazer. Livrar vocês dos bárbaros anões. Eu peço a ajuda de vocês.

Maria conseguiu a atenção de todos, e rostos admirados surgiam ao ver que ela falava como uma verdadeira rainha. Korian sorriu para ela. 

– Não podem ver? – disse ele. – Ela está com Aslam. Nós estamos com ele. Juntem-se a nós. E se querem mais uma prova, podem ir até o Ermo do Lampião, onde a árvore do Lampião está caida no chão agora.

– Eu acredito neles – disse um homem.

– Estão falando a verdade! – gritou outro.

Pouco a pouco, um a um, a maioria dos homens do vilarejo juntaram-se aos narnianos. Iriam lutar também.

Estavam quase saindo, quando uma velinha os fez parar.

– Esperem, eu vou junto! – gritou ela com um punhal na mão.

Vestia uma capa vermelha que lhe cobria até os pés. Era de um vermelho vivo, e lhe aquecia muito bem. Só então, Maria percebeu que ali ainda nevava.

– Ora, vovó Almira – disse um homem. – Uma velha como a senhora...

– Opa! – interrompeu vovó Almira. – Ve-ve-velha? Cale esta sua boca, senhor! Está fedendo se quer saber. Sou filha de Aslam também.

– Me entenda, vovó – insistiu outro homem. A vovó não tinha filhos ou netos, mas todos ali gostavam tanto dela, que era como se ela fosse avó de todos, e todos lhe chamavam assim – Com que força a senhora vai lutar?

– Com a força que Aslam deu a mim.

Ficaram surpresos com a resposta da vovó. Depois de algumas discussões, deixaram-na ir junto. Mas ainda pensavam em um jeito de fazê-la desistir de ir a batalha.

Vovó Almira ia de mãos dadas com Maria, contando-a histórias que viveu.

– Uma vez, Aslam apareceu para mim – disse ela. – Ele me contou algo muito importante, mas ainda não pode ser revelado. Ele me dará o sinal quando chegar a hora.

– Esperem! – falou Esmeralda. – tem algo atrás daquela árvore.

Todos pararam. Não se escutou barulho algum, até que alguns arbustos balançaram, e de lá de trás saiu um leão.

Era meio esquisito na verdade: Não tinha juba, e era pequeno, apesar de já ser um leão adulto. Mas os narnianos o conheciam. Era Lincon, fazia parte do exercito.

– O que faz aqui, Lincon? – perguntou Esmeralda.

– Irmãos, me desculpem – pediu Lincon. – Vim atrás de vocês, porque acho que a rainha precisa conhecer melhor o lugar  onde ela ficará protegida, e protegerá a mochila. Não acham? Afinal, a coitadinha ficará sozinha lá. Temos de orientá-la do que fazer, ou como se esconder, enquanto estiver sozinha. E amanhã, não teremos tempo.

– Hmm... – pensou Esmeralda.

– Me parece uma boa idéia – disse Maria.

– É uma boa idéia sim! – confirmou Korian. – Faremos o seguinte: Esmeralda e Lincon, levem Maria até lá! Apresentem o lugar a ela. Eu e Lumnus levamos os humanos para o acampamento.

– Vou com a menina – disse a vovó.

– Minha senhora, temos de andar rápido, e a senhora não conseguiria nem... – Lincon foi interrompido por um tapa na boca que vovó lhe dera.

– Saiba que eu ando mais rápido que muita gente aqui!

– Adoraria que vovó Almira fosse também – disse Maria.

– Oh, querida! Eu vou sim, meu bem – vovó virou-se para Lincon, muito brava e disse: – Vamos logo! Andando rápido!

Realmente a vovó andava rápido. Não demoraram pra chegar e um ponto da floresta onde, onde enormes pedras faziam um círculo, como colinas.  Entre uma pedra e outra, haviam cortinas de folhas, por onde Esmeralda, vovó, e Maria passaram. Lincon? Nenhum deles sabia onde ele estava. Pareceu sumir antes mesmo que entrassem no círculo de pedras gigantes

– Onde será que este leão se meteu? – perguntou Esmeralda.

– Isso não está me cheirando bem – disse  vovó.

– Não fui eu – disse logo Maria, e pensou “Se não fui eu nem vovó, só pode ter sido...” e acrescentou em voz alta: – Esmeralda!

– Desculpem – disse Esmeralda, muitíssimo envergonhada.

– Que nojo, Esmeralda! – exclamou vovó – Mas não falo disso. Estou dizendo que não fui com a cara daquele leão desde que o vi. Acho que ele está aprontando alguma.

Enquanto discutiam o paradeiro de Lincon, Gabriel era acordado por uma nada boa visita no acampamento. 


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