Pedi para que Hermione me lembrasse quando estivesse no dia certo. Os dias passavam, eu me esquecia do que pensava, mas sempre ela anotava no diário. Não podia ler aquele diário, por mais que tivesse curiosidade. Não sabia porque tinha de revelar meus pensamentos e os esquecê-los.

Levantei-me numa noite chuvosa, olhei adiante a janela e vi Draco Malfoy e Snape conversando na floresta de Hogwarts. Pensei logo em pegar minha capa, mas estava sem ela. Tinha que agir rapidamente, antes que eles conseguissem trazer de volta os grandes feiticeiros de Hogwarts. Por mais que quisesse conhecer Godric Grifinória, não queria por em risco a vida de tantos alunos. Peguei o diário, li os planos de Voldemort e, com ira, quis esclarecer as coisas para Malfoy.

Desci rapidamente até o jardim com minha varinha e esperei Snape deixar Malfoy sozinho ali. Então peguei minha varinha e, apontando para ele usei Expelliarmus para desarmá-lo e atirá-lo para longe, encostando-o em uma árvore e após usei Sectumsempra para cortá-lo o tórax. Seu sangue-puro imundo estava sendo derramado em vão.

- Então quer dizer que agora você um comensal da morte, não?

- O que? Do que você está falando? Deixe-me sair daqui.

- Deixe-me ver a marca. Tal pai, tal filho. Era de se esperar. Não vou deixar realizar a missão de invocar os quatro feiticeiros.

- Ah, não? Tente me impedir.

- Você que pediu.

Tomado de ódio e ira, tentei usar Cruiciatus, uma maldição imperdoável em Malfoy, mas ele pegou sua varinha rapidamente e usou Expelliarmus, desarmando-me. Então entramos na floresta em uma batalha. Peguei minha varinha e usei Sectumsempra, mas ele também usava. Escondíamos por entre as árvores naquela noite sombria. Então, ele estava na mira perfeita, então usei Petrificus Totalus e o deixe petrificado.

- No duvides mais de mim.

Então arranquei um fio de seu cabelo e guardei para usar como mistura da poção polissuco. Deixei-o petrificado, escondido entre árvores onde o sol nunca amanheceria. Ele ficaria perdido por muito tempo.

Antes de ir para meu quarto, aproveitei a tensão para visitar a sala de poções do Snape, mas a porta estava trancada com chave comum. Usei Alorromora para abrir a porta e peguei várias poções. Voltei rapidamente para o quarto sem fazer barulho para que ninguém percebesse. Seriam dias difíceis os que estavam por vir.

Entrei discretamente no quarto, onde ninguém estava acordado. Não aguentaria conversar com Ronny depois de uma noite como aquela, mas na verdade, ao olhar para a cama dele, parecia que havia se levantado, pois ele não estava. Mas naquela noite, ainda caia chuva, causando uma neblina que enbaçava a janela do quarto. Estava nervoso ao saber que estava me envolvendo com forças além das que eu podia combater sozinho, mas esperava não ter que por a vida de meus amigos em risco, principalmente nessa batalha que estava por vir. Me sentei um pouco, estava esperando Ronny voltar, mas estava demorando e acabei dormindo.

- Harry Potter não poderá evitar os planos futuros. Salazar Sonserina ir renascer.

- Mas Milorde, Harry Potter está tentando impedir Malfoy de cumprir sua missão.

- Harry Potter não vai mais interferir quando souber que seu melhor amigo virou refém de mim. Eu o conheço, ele virá até mim.

- Por favor, não faça mal ao Harry.

- Cruccius. Harry Potter terá o que merece.

Ao acordar, estava nervoso com o que tinha visto. Chamei o Ronny, mas ele ainda não estava em sua cama. Já eram 7:30 e ele ainda não tinha voltado, então logo pensei que meu sonho não era mais um sonho, mas sim real. Logo fui procurar Hermione, pois talvez ela soubesse onde ele estaria, mas ela não sabia. Decidimos parar por um tempo. Não sabiamos mais onde procurar, então fomos para a biblioteca, pois Hermione queria pegar um livro. Fiquei sentado, pensando e refletindo no sonho, a esperando, mas decidi procurar algum livro que pudesse explicar esses sonhos que tenho, até encontrar Gina. Ela estava preocupada.

- Harry, você viu o Ronny por ai?

- Não, Gina. Eu iria fazer a mesma pergunta.

Gina saiu preocupada por não saber onde estava o irmão. Eu via Hermione voltando com um livro grosso com título de Poções e Feitiços, autor, T.R.J. Achava que já tinha visto aquelas siglas antes, mas não quis generalizar. Então, aflito, disse a Hermione.

- Ronny está como refém de Voldemort!

- Harry, como você sabe disso?

- Eu tive esse sonho.

- Mas Harry, você no acha que Você-Sabe-Quem está manipulando os seus sonhos para que você veja o que ele quiser?

- Hermione, eu não posso ficar aqui parado para descobrir.

- Mas como iremos atrás dele? E onde ele estaria?

- Nós vamos aparatar. Para o cemitério. É o único lugar que via em meus sonhos.

- Mas aparatar não é permitido em Hogwarts. Vamos ser expulsos.

- Eu já fiz isso uma vez. Só precisamos estar como professores para quebrar o feitiço. Só temos que tomar cuidado de não nos verem, pois não estou com a capa. Ah, e preciso que me prepare a poção Veritaserum com urgência.

- Mas Harry, você sabe para que serve essa poção?

- Sei sim, afinal, eu preciso que alguém revele seus segredos.

Eu então, peguei o livro sobre sonhos que procurava, mas não encontrei o que queria. Então o deixei lá e, ao sairmos da biblioteca, pedi para Hermione me explicar mais sobre a poção. Ela então abriu seu livro de poções que estava nas mãos e procurou no índice. Então, disse-me que essa poção não estava descrita no livro, apenas dizia que a poção tinha sido criada pelo mesmo autor do livro, mas quem realmente era esse autor?

- Harry, eu acho que esse livro é encantado.

- Como assim, Hermione?

- Eu não sei, mas parece que há coisas nele que só podem ser vistas através de feitiço. O índice está cheio de capítulos, mas no livro só tem alguns feitiços de ensino inferior ao nosso em vários graus.

- Quem sabe isso não seja uma pegadinha? 

Se o livro realmente guardava algum secreto, era a hora de descobrir. Puxei minha varinha pronunciando o feitiço Revelium, então palavras começam a formar uma grafia:  O LIVRO DE FEITIÇOS E POÇÕES, APRESENTANDO, T.M.R.J. 

JURAMENTO SECRETO: NUNCA APRESENTAR OU USÁ-LO EM PRESENÇA DE PROFESSORES E AUTORIDADES DE HOGWARTS.

BOM PROVEITO!

- Harry, isso é assustador. Esse livro é a obra prima de de Você-Sabe-Quem.

- Mas, como assim, como sabes que ele escreveu o livro?

- T.M.R.J, Tom Mavolo Riddle Junior! Não devemos usar.

- Claro que devemos, quem sabe esse livro não nos ensine feitiços desconhecidos, que possamos usar em Voldmort. Temos que ficar com ele.