Mais que Palavras escrita por Dark_Hina


Capítulo 2
Capítulo 2 - De volta


Notas iniciais do capítulo

Deixando claro: Fui, sou e se Deus quiser, sempre serei GSR. Por tanto, por mais que haja, E MUITO, Grillows e Kessom nesta fic, isso não muda em nenhum ponto meu Shipper, na verdade vai provar o motivo do GSR realmente ser perfeito... KKKKKKKKKK'



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Capítulo 2 - De volta

Eles se entreolharam, segurando as mãos e sorrindo como se cada segundo passado ao lado do outro fosse necessidade rítmica dos seus corações.

A morena segurou na barba do homem grisalho. Para ambos nada se comparava quando trocavam juras de amor e confessavam no silêncio de seus beijos que seu amor seria eterno.

No fundo do seu subconsciente Sara desejava que aquele momento durasse para sempre na ilusão dos seus sonhos, mas ele foi duramente interrompido pelo barulho do despertador que emanava do seu celular.

–Sara Sidle. – Disse sonolenta e com a voz quebrada.

–Sidle, Ecklie. – Nem nos seus mais aterrorizantes pesadelos se viu em uma situação tão inesperada, só isso que consiguia classificar o Ecklie lhe acordando.

–Aconteceu alguma coisa? – A voz não podia ser pior.

–Você está bêbada?

–Não, você que acabou de me acordar.

–Sinto muito, mas serei breve. – Era como se estivesse mastigando a própria língua a cada palavra que dizia percebia-se por inúmeros motivos que ele estava ligando por extrema necessidade. –Acabamos de perder seis CSI’s, quatro mortos, dois em coma. CSI’s competentes e que só podem ser substituídos após uma longa e demorada seleção, coisa que não temos tempo de fazer... Temos um terrorista a solta, e eu estou apelando para todos. Você é uma dele, uma das poucas esperanças de pessoal para o laboratório. – Ele parou engolindo a seco, depois de um profundo suspiro ele retornou a falar. –A carreira de todo do turno da noite está em jogo, a cabeça do Grissom também, e tenha certeza que é lhe pressionando, quem está em coma é o Stokes e o Sanders. Não pense que você é especial, é que é a única saída, realmente precisamos de alguém com urgência para suprir a falta de pessoal. Eu preciso de um sim, agora.

O suspiro de Sara ecoou pela linha.
–Você me acorda, menciona me chamar de bêbada, tenta fazer uma chantagem emocional comigo e ainda pede minha ajuda? - Ela sorriu irônica. –Eu vou, mas minhas passagens serão pagas pelo laboratório e eu quero algo do município que justifique minha ausência no centro de pesquisa.
–Já disse, estamos desesperados!... Venha para trabalhar e não para rever seus amigos. – Em seguida escutou-se um TUM TUM TUM na linha, Ecklie havia desligado o telefone.

Alguns segundos depois o celular da recém perita volta a vibrar, uma mensagem.

“Transferência de 450 dólares para sua conta. De: Número Confidencial.”

–Pelo menos o desespero é verdade.

Era impressionante o que tinha acontecido, ontem uma parte dos seus sentimentos foram estraçalhados, e de certa forma veio uma alívio ao saber que não precisaria mais se preocupar com tudo que havia acontecido em Vegas, mas hoje mesmo sabendo do que aquela lugar lhe causava quando abriria a boca para dizer “Vá se catar” saiu dela um “Eu vou”. Ela já criticou o masoquismo, mas no fundo sabia que era um das mais assíduas praticantes.

Por um minuto sua mente parou de criticar-se e se lembrou do que Ecklie havia falado, Stokes e Sandles estavam em coma. Sentiu seu coração apertar, Nick e Greg. “Por Deus o que aconteceu?”. Seu pensamento foi seguido de uma rápida preocupação, sentiu vontade de ligar para Catherine e perguntar, mas achou melhor não fazer alarde para ela própria, querendo ou não iria saber de tudo mais tarde.

Resolveu tomar um banho e preparar uma mochila com algumas coisas, afinal, quanto tempo seria “suprir a falta de pessoal”?

~♥~


Ela já tivera o desgosto de ver o aeroporto mais lotado e andar em um transito mais caótico. Ao pensar que seria uma grande falta de educação do Ecklie lhe telefonar cedo, viu seu mau julgamento ao ligar pedindo informações do horário de vôo. O que uma ida para cama conturbada no fazia com o senso de uma pessoa ao acordar?

Voltando a encarar seu relógio, percebeu que ainda faltava meia hora de espera nas confortáveis cadeiras acochadas do aeroporto. Sara passeou com o olhar pelo local, viu uma banca de revistas, não achava que algo ali fosse lhe agradar, mas fazia muito tempo que não parava para saber o que acontecia fora das paredes do centro de pesquisa e das dezenas de florestas desmatadas que visitava quase todo bimestre.

Com algumas prateleiras lotadas de revista de fofocas, outras de jornais e na sua minoria de gibis e bordados, uma revista em especial chamou atenção da morena, “Ciência em Foco”, ao ler a matéria principal um discreto sorriso esboçou-se no canto da boca, pediu o jornal do dia, pagou, e voltando a sentar.

Na parte em destaque da Revista uma matéria sobre o evento que prestigiou os maiores nomes da ciência da década. Um evento cordial bem simples, altamente burocrático que só servia para animar os investidores e mostrar o quão bem gasto estava sendo o dinheiro dos contribuintes. No título: “Quem fazem os mortos falarem?”, no olho da matéria: “As 10 pessoas que você quer que investiguem a sua morte”. Ela arqueou as sobrancelhas com um sorriso de desdém, abriu a revista na página e começou o que esperava que fosse uma 'leitura saudável'.

No decorrer da matéria sentiu seu cenho franzir quando viu as fotos da festa, principalmente quando leu as informações relacionadas a imagem.

“Não só encabeçando a lista dos dez melhores cientista, Gil Grissom, da cidade de Las Vegas, acabou  encabeçando também a lista de ex-solteiros, sendo acompanhado por um bela ruiva, moça desconhecida que roubou a cena, chegando a chamar mais atenção que os premiados, ele provou que no auge dos seus 50 anos e de uma bem sucedida carreira profissional ainda se há tempo para diversão e uma vida a dois.”

“Ela bem que devia ser desconhecida para os juízes quando precisávamos de um mandado contra ela.” Satirizou a moça quase perdendo a vontade de continuar a leitura.

Iria voltar a encontrar os olhos com as letras da revista, mas nos altos e roucos sons dos alto-falantes escutou o chamado do seu vôo. Seu encontro com o resto da matéria foi adiado, mas não cancelado. Engoliu a seco e se dirigiu ao embarque.

“Não, você me faz feliz”, aquela frase soou vagamente em suas lembranças.“Você está me fazendo infeliz agora, Grissom”, ela pensou dando um longo suspiro se sentando em uma das cadeiras do avião ao lado de uma janela, a viajem seria longa.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve KKK, talvez semana que vem ou esse final de semana mesmo!



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