Uma Luz no Fim do Túnel escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark


Capítulo 15
Capítulo 15 - University of Oxford


Notas iniciais do capítulo

Amores, eu acho que não demorei muito, demorei? Se sim, me perdoem, minha vida anda uma loucura total! Mas aí vai um capítulo pra vocês, ele não está muito grande, mas eu prometo que o próximo vai ser maior. Se preparem que irão acontecer várias coisas no decorrer da história, não percam! Beijos!!!



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Capítulo 15 – University of Oxford (Universidade de Oxford)

"Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos junto, por uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução." (Beatrice Bruteau)

Entrar para a faculdade tinha sido uma das melhores coisas que tinha me acontecido. Claro que a melhor coisa fora Edward, mas de pensar que agora eu era de certa forma “independente” era incrível. Eu ainda dependia dos meus pais, assim como Edward dependia dos dele, mas só de pensar que eu estava morando só com ele, sem ter regras de horário para chegar em casa, sem ter que pedir permissão para ir e vir era um avanço quilométrico. Eu estava dormindo tranquilamente quando senti beijos subindo desde a base das minhas costas até minha nuca, me fazendo ficar completamente arrepiada. Sorri e me virei, encontrando dois lindos olhos verdes olhando para mim.

- Bom dia meu amor.

- Bom dia lindo. – falei esticando meus braços, me espreguiçando.

- Já são seis e meia e temos que estar na faculdade às sete e meia. Consegue se arrumar a tempo?

- Claro que consigo, não sou igual a Rose e Alice.

- Graças a Deus que não, não sei como Emmett e o seu irmão aguentam.

- O amor opera milagres.

- Sem sombra de dúvida. – disse ele pegando minha cintura e me colocando por cima dele. Suavemente ele passou a mão em meu rosto, da minha têmpora até o meu queixo. Fechei os olhos, apreciando o carinho.

- Eu te amo tanto, Bella. – Edward falou intensamente.

- Também te amo muito, Edward. – falei beijando seu peito nu. Com delicadeza ele puxou meu rosto pra cima e beijou meus lábios. Seu beijo era gentil, mas ousado e quente, me fazendo ficar com vontade de ficar na cama o resto do dia com ele. Quando o ar nos faltou e tivemos que nos separar voltamos para a realidade.

- Amor, temos faculdade, já são quinze para as sete. – lembrei.

- Você tem razão, vou tomar um banho. Quer tomar comigo?

- Só se for apenas banho, se formos nos divertir vamos ficar o dia inteiro debaixo do chuveiro.

- Sim senhora, capitã. – falou Edward batendo continência. Ri de sua palhaçada e me levantei, puxando-o comigo. Rapidamente tomamos nosso banho e nos arrumamos para a faculdade.

Chegando lá conferimos o horário para saber as aulas da manhã. Tínhamos uma matéria por turno, ontem tivemos Biologia Molecular pela manhã e Bioquímica I de tarde, hoje teremos Bioquímica I de novo de manhã e Histologia e Embriologia Básicas à tarde. Como fazíamos parte da mesma turma, Edward e eu tínhamos as mesmas aulas e nos mesmos horários, o que nos permitia passarmos o tempo inteiro juntos.

Obviamente nos segurávamos durante as aulas, fazendo o máximo para não nos agarrarmos, mas nos permitíamos carinhos e atitudes discretas, como mãos dadas debaixo da mesa, o braço de Edward por cima de meus ombros ou em volta da minha cintura, minha cabeça encostada em seu ombro, etc. Isso era bom, demonstrava o amor que sentíamos um pelo o outro e, além disso, mantinha longes garotas e garotos interessados em nós, ou pelo menos diminuiu consideravelmente. Um ou outro ousava se aproximar, normalmente durante o curto espaço de tempo que estávamos separados, como quando um de nós estava no banheiro ou coisas do tipo, mas sempre contornávamos bem a situação, sem escândalos e vexames.

Teve um que tirou Edward do sério, se chamava Mike Newton do curso de Psicologia. Aquele dia foi inesquecível de várias formas possíveis. Ele também era calouro como nós dois, porém era um ano mais velho, pelo que soubemos não teve créditos para passar em Medicina no ano passado e tentou esse ano para Psicologia que era mais fácil e acabou conseguindo uma das últimas vagas. Edward tinha entrado do banheiro e eu fiquei encostada na parede ao lado da porta do banheiro, esperando. Escutei a porta sendo aberta e me virei, pensando ser Edward, mas me deparando com o dito cujo. Ele se entusiasmou, pensando que fosse com ele e começou a fazer perguntas com segundas intenções. Eu respondia secamente, com uma cara do tipo “dá o fora”, mas o cara não se mancava. Finalmente Edward saiu do banheiro e percebeu o que estava acontecendo e, vendo meu olhar de súplica para que me livrasse daquele encosto veio me ajudar.

- Ele está te incomodando, meu amor? – perguntou Edward enquanto passava o braço por minha cintura e me aproximando de seu corpo possessivamente.

- Está sim, meu lindo. Já perdi a conta de quantas vezes eu recusei seu convite pra sair, disse que tenho noivo, mas esse chato é insistente.

- Cara, você não sabe ouvir um não de uma garota?

- Não quando seus olhos querem dizer sim. Noivo é apenas um empecilho fraco para o que realmente queremos.

- Esse cara está delirando Edward! – falei exasperada.

- Completamente! Nem precisa ser formado em Medicina para saber disso. – falou Edward para mim. – Cara, vou repetir pela última vez o que minha noiva já lhe disse várias vezes: ela não aceita sair com você e não quer sair com você!

- É o que veremos! – disse Mike desafiando.

- Você não é o primeiro e nem será o último que tentará se colocar entre nós. Não tenho medo de você! Nunca conseguirá me separar da Bella, ela é minha e de mais ninguém! – falou Edward ameaçadoramente. Enrolei meus braços ao redor de sua cintura e encostei minha cabeça em seu peito, como se para confirmar tudo que ele tinha dito. Pode ser meio louco da minha parte, mas adorava aquele lado possessivo e ciumento dele, fazia eu me sentir importante. Mike finalmente se sentiu ameaçado e recuou e, sem dizer uma palavra, saiu e seguiu andando pelo corredor.

- Pode parecer loucura minha, mas eu adoro você todo ciumento e possessivo. – falei em seu ouvido, logo depois mordendo levemente o lóbulo de sua orelha.

- Você gosta de me ver possessivo, é?

Assenti com a cabeça. Sem falar nada Edward pegou meu braço e me puxou gentilmente para dentro do banheiro masculino, que estava completamente vazio.

- O que você está fazendo???

- Mostrando meu lado ainda mais possessivo. – falou me puxando para a primeira cabine que ele viu, fechando a porta atrás dele. Assim que ele assegurou que estava fechada se virou para mim e me imprensou na parede e beijou vorazmente meu pescoço, com certeza deixando marcas de chupões e mordidas visíveis. Um prazer me tomou por completo, minhas mãos automaticamente foram para seus cabelos, agarrando e puxando, do jeito que ele sempre gostou que eu fizesse. Suas mãos entraram por baixo da minha blusa e foram em direção aos meus seios. Chegando lá ele os apertou levemente, me fazendo soltar um gemido alto, que logo foi abafado por sua boca na minha. Sem o controle de minhas mãos elas foram parar no cós do jeans dele, mostrando de uma forma explícita que eu o queria demais. Desabotoei seu jeans e abaixei-o um pouco, junto com sua boxer. Percebendo o que eu queria Edward desabotoou o meu jeans e o abaixou com a minha calcinha também, só que tirando-o completamente. Seu corpo se juntou mais ao meu e ele me olhou nos olhos, procurando minha autorização, que logo foi concedida sem ser necessária uma palavra sequer. Edward pegou as minhas pernas e enlaçou sua cintura com elas, logo depois entrando com tudo em mim. Nosso movimento era frenético, mas apesar da loucura toda era repleto de carinho, amor, devoção e afeto. A cada segundo ele me beijava e eu prontamente correspondia. Logo chegamos ao ápice, juntos, como quase sempre acontecia, mostrando nossa inigualável sintonia.

- Essa foi a melhor loucura que já fizemos. – sussurrei, sem fôlego. Mantínhamos a posição, demasiadamente ofegantes para mudar.

- Concordo plenamente princesa. – falou Edward em meu pescoço.

- Eu te amo Edward. – falei um pouco mais alto.

- Eu também te amo Bella.

Quando nossa respiração voltou ao normal nos ajeitamos e saímos do banheiro, não antes de Edward olhar para fora e ver se tinha alguém olhando. Discretamente saímos do banheiro, como se nada tivesse acontecido.

- Gostou do meu acesso de possessividade? – sussurrou Edward em meu ouvido enquanto íamos para a aula.

- Adorei. Bem que poderia ser repetido algumas vezes... – sussurrei de volta.

- Quantas vezes você quiser, minha princesa. – falou mordiscando minha orelha, fazendo com que um arrepio prazeroso subisse desde a base das minhas vértebras até a raiz dos cabelos. Quando contei a Rose nossa pequena loucura ela quase pirou, dizendo que faria com que Emmett fizesse o mesmo com ela, o que eu não duvidava que ele aceitasse.

Conhecemos também pessoas agradáveis, amigos de curso, como Aidan Austin e Pam Harrison, um casal bem divertido que estava no mesmo ano que o nosso. Eles eram completamente loucos, faziam piada de tudo e de todos, adoravam sentar e falar das pessoas que passavam na frente, só por pura diversão. Quando soube que Edward e eu éramos noivos Pam deu um belo tapa em Aidan, fazendo que ficasse um vermelhão no local.

- Você me enrola desde os quinze anos e até agora não me pediu em noivado! Eles namoram há bem menos tempo que a gente e é mais fácil deles casarem e você ainda não ter nem me pedido em noivado! Por que você não se espelha no Edward? Ele é o homem perfeito! Bella, se ele não fosse seu eu largava esse aqui e agarrava o Edward pra mim! Agarra ele, amiga, e não solta mais! Homens como esse são mais raros que vacas voadoras!

Depois desse pequeno discurso de Pam não conseguimos evitar e caímos na gargalhada, sendo seguidos pela própria Pam e por Aidan.

Também, apesar de termos apenas poucos dias de aula, já tivemos que começar a estudar desde cedo. Professores pediam relatórios com prazo de uma semana, fora as aulas práticas que tínhamos que anotar tudo o que o professor falava, fazendo com que nossa letra ficasse feia e garranchosa devido a rapidez que tínhamos que escrever, o que nos obrigava a passar tudo a limpo quando chegávamos em casa, mas apesar disso adorávamos o que estávamos fazendo, definitivamente tínhamos nascido para a Medicina.

Nosso apartamento era amplo e arejado, tinha grandes janelas, o que permitia grande circulação de ar. Tinha uma grande sala de estar, com um grande e macio sofá branco de couro sintético e uma estante de cor tabaco, o chão com pisos de madeira encerada (não por mim, mas por uma diarista que vinha três vezes por semana) e entre a estante e o sofá um tapete branco felpudo, meticulosamente limpo pela diarista. O apartamento também tinha três suítes: uma era a nossa, com uma grande cama king size no centro e um closet imenso (obviamente Alice tinha influenciado Esme nesse quesito), com um banheiro com duas pias, um chuveiro e uma banheira jacuzzi, variando entre o mármore e o granito; outra um pouco menor foi feita um quarto de hóspedes, caso nossos pais ou Alice e Jasper resolvessem nos visitar e a última nós fizemos uma sala de estudos/biblioteca, onde ficavam nossos inúmeros livros, tanto meus quanto de Edward, em duas estantes de madeira rústica encostadas junto à parede, duas escrivaninhas do mesmo material e três pufes pretos perto da janela. A cozinha era relativamente espaçosa, apesar de realmente só usarmos ela nos finais de semana, era um dos cômodos que menos usávamos devido a grande carga horária da faculdade. A sala de jantar era praticamente junto da cozinha, eram divididas apenas por um balcão largo em granito, que usávamos como um bar. Nosso “apê” foi um achado e tanto, não iria ser fácil encontrar um daquele com tantas qualidades e tão próximo a faculdade.

E assim nossa vida acontecia, um dia após o outro, estudando, rindo, brincando e nos amando acima de tudo, agradecendo a Deus pela dádiva de sermos tão felizes.


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