Preguiça, Gula e Vaidade escrita por Diego Lobo


Capítulo 17
Capítulo 16 - Neve


Notas iniciais do capítulo

(O NYAH NÃO DEIXA O CAPITULO FICAR DIREITO AQUI) Capitulo bem pequeno, mas o próximo é conjunto então aguardem :)



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Luca observou os flocos de neve caírem lentamente no quintal da casa. Estava em cima de uma arvore.

— Ano passado não nevou, quer dizer, não como de costume — falou Muriel com uma de suas amigas

— Odeio neve!— Doem os ossos — comentou a velha ao seu lado.

Muriel estava dando um de seus famosos encontros de amigas. Essas trouxeram seus netos para brincar nos arredores da casa, mas Luca estava escondido a um tempão e duvidava muito que alguém o encontrasse.Ele viu um carro se aproximando e abriu imediatamente um sorriso. Deslizou o tronco da árvore e começou a gritar:

— MIKE! — derrubou a bandeja de café que Muriel trazia, e a mesa que senhoras jogavam algum jogo.

— ESSE PIRRALHO DOS INFERNOS! — berrou Muriel ao longe.

Ele correu o máximo que pode, tentando se esquivar das outras crianças. Mike saiu do carro e cumprimentou alguma das senhoras, não precisou se virar para saber que viria um ataque de Luca.

Com apenas um braço ele pegou a criança no ar e a deixou pendurada pelos pés. Luca soltou uma gargalhada animada

.— GRANDÃO! — disse em alegria, mesmo pendurado.

Mike jogou a criança para cima e o pegou em um abraço apertado.Para ele Luca era algo especial em sua vida. Sentia muito afeto pela criança e sabia como ela precisava de carinho e amor. Mike cresceu rodeado da atenção de seus pais, até Cherry cuidou dele do seu próprio modo. Não era justo que Luca crescesse sem isso.

— Você cuidou da Muriel? — perguntou ele, o garoto tentava abraçá-lo com forças, mas seus braços mal chegavam à metade.

— Sim, como um nobre guerreiro! — respondeu animado — Promete que não vai mais viajar e ficar longe?

Mike não poderia prometer aquilo, principalmente depois das semanas que passaram no mosteiro e todas as coisas que aprendera. Teria que voltar em pouco tempo.

— Não posso prometer Luca, mas quer saber? — colocou ele no chão e ajoelhou para olhá-lo — Toda vez que eu voltar vamos aproveitar o máximo!

Luca não parecia muito satisfeito, mas resolveu aceitar a proposta. Muriel apareceu na surdina e apanhou o garoto pelas orelhas cerrando os dentes nervosos. A criança rapidamente começou a gritar e conseguiu sair correndo.

— Oi — falou Mike, não conseguia deixar de sorrir e Muriel capítulo o seu sucesso.

— Seu moleque! — ela o abraçou, pegando Mike de surpresa — Eu confesso que tive minhas duvidas, mas sempre soube que conseguiria!

— Não posso dizer que foi fácil, mas...— O que importa!

— Muriel deu um tapa nas costas dele empurrando-o para frente — Meu sobrinho! Uma virtude!

Mike ficou meio envergonhado, mas estava gostando dessa nova Muriel demonstrando afeto. Ele contou para ela que não haviam definido uma virtude especifica para o jovem, mas aquilo não diminui a alegria da velha. Naquele dia a mulher usava uma roupa engraçada de bolinhas e seu cabelo estava mais bagunçado do que de costume.

Havia uma mesa arrumada no jardim, tinha bastante comida e ele sabia que Muriel roubara seu caderno de receitas. Era uma manhã gelada e com neve, mas Mike se sentia completamente aquecido. As outras senhoras cochichavam alegremente. Sua atenção prendeu em Sophie que surgiu com uma garrafa de suco de cor bem forte. Estava com um bordado na tampa da jarra para que os flocos de neve não entrassem.

— Ei Mike! — acenou ela. Sophie não usava roupas de frio, só uma bota meio surrada. Usava seu costumeiro rabo de cavalo, e seus cabelos negros tinha uma fina cama de neve no topo — Me ajuda a pegar alguma coisa pra proteger a comida?

Os dois improvisaram um arranjo para proteger a mesa com comida. Mike não teve dificuldade de carregar as coisas enquanto Sophie arranjou uma espécie de lona. Com as mãos livres ela acertou uma bola de neve mal feita nas costas do rapaz.

— É como jogar uma bola de papel em uma rocha — disse ela quando percebeu que Mike não havia notado o ataque.

As velhas conversavam sobre os teatros de Newcastle e perguntavam para Mike se sabia das peças que estavam passando, algo que ele jamais se quer se interessara na vida.

— Os teatros da nossa cidade são muito famosos, meu filho — disse uma delas e ele só pode sorrir e concordar.

Sophie terminou de servir as crianças e deu uma piscada para ele que o deixou desconcertado.

 — Gostaria de entender esse seu interesse nesse lugar — falou ele, se aproximando sorrateiramente. 

— Gosto daqui, parece uma casa que nunca tive — ela deu de ombros e olhou para Muriel conversando alegremente com as amigas — Ela é uma figura.

Mike ficou paralisado onde estava, observando Sophie e suas maçãs do rosto geladas. Ela percebeu que ele a olhava e riu, deixando-o mais desconcertado.

— Então, como foi lá? — perguntou.

— Eu consegui... Foi muito difícil, mas estou no caminho — ele admitiu.

— Aposto que está — ele de repente percebeu algo horrível.

Sophie sabia muito bem o porquê de Mike ter se ausentado. Ela sabia sobre as virtudes, o que significava que tinha a noção do que ele estava treinando para fazer. E quem era seu alvo principal.

— Sophie eu...

— Você quer ir comigo ao parque? —Sophie o interrompeu — Eu prometi ao Luca que iria levá-lo, sabe, fica uma maravilha coberto de neve.

— Vou ao meu quarto trocar de roupa e já volto — disse ele.

— Sem pressa.

Mike foi até seu quarto apreciando cada canto da casa que ele sentia saudades. Subiu as escadas e assim que viu sua cama ele arremessou sua mochila surrada, deixando cair varias coisas, mas ele não deu importância. Retirou sua camisa e observou a enorme cicatriz em suas costas.

Era fina, mas tomava boa parta em forma de uma gigantesca cruz. A lembrança invadiu sua mente.Mike estava no chão ofegando com grama em seus lábios. Sebastian tinha a perna pressionada nas costas do garoto.


— É impossível te acertar! — reclamou Mike — Você se transforma em luz o tempo inteiro!

— Que vida injusta — riu o jovem.

Mesmo magricela Sebastiam parecia que uma perna de uma tonelada estava em cima de Mike. Ele brandia uma espécie de espada transparente, que se encheu de luz em suas mãos. A lâmina ardente rasgou a blusa de Mike e rasgou a pele.

Aarg

— Estou te dando a nossa marca, pode conferir — Sebastian apontou para Lena.

A garota se virou e deixou à mostra suas costas com uma cicatriz em forma de cruz, era clarinha na pele da garota.Ele continuou cortando até que a cicatriz estivesse no formato certo.Foi engraçado naquele dia, apesar da dor ele se sentiu integrado no grupo. Os quadros de seu quarto estavam no mesmo lugar de antes.

Alguns deles Luca aproveitou para fazer sua própria arte. Ele riu.Da sua mochila rolou uma esfera de ferro até o chão de madeira fazendo um barulho enorme. Ele apanhou o objeto pesado, para ele não pesava nada. Aquilo era outra lembrança do seu tempo no mosteiro.Estavam todos dentro da árvore gigante.  Lena e Caleb sentados no chão observavam Mike olhar a esfera de ferro sem entender. Sebastian dormia tranquilamente em um amontoado de raízes mais a cima.

— Não consigo! — admitiu frustrado — Já tentei mil vezes!

Lena sorriu com os olhos. Estendeu sua mão delicada e flexionou os dedos lentamente.

De repente a esfera começou a rolar como se estivesse presa por fios invisíveis, seguindo o percurso dos dedos da garota. Mike suspirou desapontado com sigo mesmo.

— Para as virtudes existem dois tipos de força — falou Caleb com dificuldade — A força do corpo e a força da mente.Lena rolou a esfera até os pés descalços de Caleb.

Ele levantou seus dedos compridos e ossudos e controlou também o objeto. Mike tentou fazer o mesmo, mas não sentia absolutamente nada.

— Parece algo idiota, mas o segredo é esvaziar a mente e focar na esfera — disse Lena.

— Talvez a mente dele seja vazia demais — disse Félix em algum canto da árvore.

Caleb levantou um pouco a mão movendo o pulso. A esfera de ferro deixou o chão e começou a flutuar de pouco em pouco. Os dedos do jovem moviam-se devagar, elevando mais e mais o objeto. Mike tentava esvaziar a mente, mas realmente nada acontecia.

Estava bem a sua frente e ele não conseguia sentir. Apanhou a esfera e a ameaçou imediatamente zangado.

— A força do corpo — falou Caleb baixinho.

— Vamos arranjar outra — falou Lena.


Ele não obteve nenhum sucesso com a nova esfera. Ele a guardou dentro da gaveta e trocou de roupa. Sophie estava a sua espera e Luca tentava abrir a porta do carro mesmo que Mike e a garota estivessem longe. Avisou Muriel que iria sair e ele se surpreendeu que ela já estivesse afetada com o vinho tão cedo.

O parque era uma área extensa. Havia brinquedos, pontes, patinação e muitas crianças.

Mike teve dificuldade em estacionar o carro, principalmente com Luca tão agitado por sair e correr por aí. As arvores cobertas por gelo criaram um túnel branco. Como estava nevando pouco a população toda de Newcastle pareceu optar por se divertir com a família no parque.

Estava realmente cheio.

— Ano passa não nevou nem a metade disso — disse Sophie observando Luca correr até suas pernas não agüentarem mais.

Dessa Vez a garota parecia estar com frio. Esfregava as luvas constantemente, seu nariz meio vermelho.

— Você vai sobreviver?

Ela riu e apanhou sua mão, fazendo o corar instantaneamente.

— A sua luva esta mais quentinha que a minha — disse a garota e em pouco tempo estava colada no braço do garoto.

Seus olinhos negros reluziam.

— Droga não consigo vê-lo mais — disse Mike aborrecido, Luca já desaparecera de vista.

— Mas consegue senti-lo? — perguntou Sophie. 

Mike esqueceu que podia fazer isso, deixando se distrair pela imagem de Luca desaparecendo, sem se focar na sua presença. Não estava tão longe, na verdade a criança estava correndo em círculos.

Caminharam por meia hora.

— O que ela tem? — perguntou Mike de repente.Sophie não entendeu.

— Qual o problema da Muriel? — continuou ele, os dois continuavam caminhar — Sei que você gosta da gente, mas não vem nos visitar só por isso.

Sophie ficou um pouco chateada e pensativa. Sem encará-lo ela disse:

— Muriel tem câncer Mike — falou.

Aquilo atingiu o jovem direto em sua cabeça fazendo o caminho a sua frente perder o foco por um segundo. Ele desviou do caminho e adentrou nas árvores até onde estava vazio e coberto de neve.

Mike sentou e passou a mão na cabeça.

— Que droga! — soltou nervoso — Porque ela não me disse?

— Mike...ela teve os seus motivos —

Sophie sentou ao seu lado, parecia ter encarnado a maneira de falar do médicos.

Sabia que era algo ruim, e estava amenizando na voz.

— É muito ruim Sophie?O olhar da garota foi à resposta e Mike ficou estático.

— Já esta muito avançado, ela convive com isso há muito — Sophie fungou — Existe o tratamento, mas se tivesse sido feito com maior antecedência...

Muitas coisas passaram pela cabeça de Mike. Ele sentiu o toque de Sophie em seu ombro, aquilo lhe deu a certeza de que a coisa era extremamente série. Muriel já tinha certa idade e coisas assim não eram fáceis com pessoas novas quanto mais em idade avançada. Ele a amava. 

Levou cerca de uma hora para digerir a notícia e querer dizer qualquer outra coisa. Sophie ficava em completo silencio ao seu lado.

— Droga — disse mais uma vez.

Deitou na neve e ficou de olhos abertos. Sophie deitou também e apanhou sua mão.

— Ela não quis te preocupar — Sophie olhava para ele — Muriel adora você e Luca.

Ele fechou os olhos. Permaneceram em silencio por vários minutos até que Sophie continuasse.

— Como você deve saber, eu sou uma virtude também. E apesar de ter a habilidade de curar pessoas, estranhamente isso só é possível se for algum tipo de ferimento e não doença.

— Por isso resolveu ser médica? — perguntou, ainda sem tirar os olhos do céu branco.

— Pode-se dizer que sim — ela massageou os dedos do jovem. Mike se moveu para o lado e observou a garota.

Sua mão livre tocou o rosto de Sophie.

— Você parece um anjo — disse baixinho — Como se não pertencesse a um mundo como esse.

Ela fechou os olhos e sentiu o toque do rapaz.

— Gosto de passar o tempo com você — falou ela como um sussuro.

Mike se aproximou dela e a abraçou. A garota não recuou, muito pelo contrário, ela se aconchegou sem seus braços.

Ele beijou o seu pescoço gelado.

— Sophie quero ficar sempre com você, mas sinto que vou te magoar — ele não conseguia para de pensar em Richard, o namorado dela. O pecado da ira.

Teria que matá-lo.

— Então faça logo de uma vez... Antes que não seja mais possível — Sophie levantou o rosto alguns centímetros.

Não precisou mais do que isso porque os lábios de Mike encontram os seus rapidamente.Sophie era um território jamais explorado por ele. Cada toque, cada beijo, uma novidade. Extremamente diferente da energia incessante de Lena, algo carnal.

Sophie era a extrema pureza.Era único, mágico, hipnótico e pela primeira vez em sua vida. Não era clichê. Sophie estava entregue para ele, mas Mike sentia-se muito pequeno diante dela, como se o tesouro mais precioso estivesse ali na sua frente, mas o jovem precisaria se mostrar digno.Sophie era uma mulher.

Não havia provocações, brincadeiras ou segundas intenções. Sophie era a simplicidade do sentimento, sem complicações, mas ao mesmo tempo cheia de barreiras para ele, que sempre fora tão inexperiente em enxergar a realidade das coisas. A garota poderia sim ser possuída. Sua pele era o absurdo da delicadeza e os lábios derretiam-se a cada investida de Mike.

Ele não se sentia mais um garoto, porque ela era muito mais. Aquilo tudo era muito mais.Sophie não pertencia a sua juventude. Não. Ela era um passo muito maior em sua vida. Não tinha conflitos adolescentes, ou pensamentos conflituosos. A jovem era completa, e livre de duvidas.

Ele se sentia fraco, como se não houvesse equilíbrio entre eles. A intensidade da garota parecia o devorar. Mike era menor que aquilo tudo. Despreparado.

— O que foi? — perguntou ela quando reparou que Mike não a beijava mais.Ele sentou.

— Desculpe, não consigo — falou ofegante, apesar de seu corpo demonstrar outra coisa. Ele se sentia temeroso, como na sua primeira vez.

No mosteiro com Lena ele não teve dificuldade alguma, não havia nenhum desafio para ele. O desejo que tinha na hora era o bastante e não havia nada de novo. Mas com Sophie ele não tinha o controle, ainda não.Como sempre a garota conseguiu milagrosamente fugir do clima esquisito.

— Espero que Luca não tenha ido muito longe, não tenho certeza se ele estar agasalhado o bastante — Mike não sabia como ela conseguia fazer aquilo.

Para ela não era uma coisa tão importante para se preocupar quanto para ele. Exatamente por isso Sophie estava tão a frente dele

— Veja começou a nevar novamente.Mike levantou sem saber o que falar.

— Muriel vai precisar de ajuda pra guardar aquelas mesas — disse ela, e Mike retornou a realidade.De repente ele pensou ter visto passar andando ao longe. Não conseguiu ver direito, mas parecia uma garota com um vestido azul. Mike levantou e concentrou na presença de Luca, que dessa vez estava bem longe dali.

— Vou buscar Luca, você pode ir pro carro — disse ele. — Quero tentar uma coisa.

Posicionou-se em uma direção, tento a certeza de que era a correta. Começou a correr e saltou.Seu corpo se impulsionou a muitos metros do chão. A neve rapidamente cobriu o corpo do garoto enquanto ele estava no ar. Seus braços agitavam e suas pernas se puseram de frente flexionadas para agüentar a queda. As arvores pareciam pequeninas, até que devagar foram ganhando proximidade.

 Mike aterrissou bem na frente na criança deixando uma nuem de neve levantar. Luca não entendeu o que aconteceu. Não fora uma aterrissagem bem sucedida, estava com o traseiro enterrado na neve.

— O que aconteceu? — perguntou Luca agitado.

— Eu caí — disse com a cara amarrada — Vamos embora.

O caminho inteiro de volta ele se sentiu extremamente desconfortável ao lado de Sophie, que parecia não se importar. Resolveu tentar se ater no seu ultimo dia no mosteiro. Era uma lembrança que ele precisava sempre ter em mente.


— Você me chamou?— perguntou Mike quando Sebastian abriu a porta.

Como sempre o jovem de cabelos loiros usava roupas brancas. Ele fez sinal para que Mike entrasse no quarto. Não havia mais nenhuma das virtudes ali.

— Aceita alguma coisa Mike? — perguntou o jovem, ele abriu um pequeno frigobar no fundo do quarto.

— Não obrigado — respondeu apreensivo.

— Você não precisa ficar eternamente com essa postura quando estiver entre nós. Mike, a provação acabou — ele pegou um refrigerante qualquer e atirou para ele — Você já foi aprovado.Tem uma marca nas costas para provar

.Ele sentou na cama extremamente bem arrumada e percebeu o olhar de Sebastian, como se tivesse receio que Mike deixasse tudo desarrumado.

— Gostando da vida no mosteiro? — não era a primeira vez que Sebastian perguntava aquilo.

— É bem simples, mas a gente se acostuma — respondeu ele dando de ombros.

O jovem loiro bebeu o refrigerante em sua mãe e se sentou em uma cadeira de frente a uma mesinha de xadrez.

 — Eu não consigo me acostumar — falou — É muito quieto e meus pensamentos me perturbam.

Mike não sabia o que comentar sobre isso. Queria que Sebastian fosse direto ao assunto e não ficasse tagarelando tanto.

— O que você fará quando retornar a Newcastle Mike?Ele deu de ombros novamente e respondeu:— Voltar pra escola, ajudar em casa...essas coisas.

— Nunca fui para escola — Mike se surpreendeu — Aparentemente os sábios sempre acharam que eu já sabia demais e que não havia necessidade para escolas.

— Isso é bem incomum — falou Mike.

— Verdade — Sebastian moveu mais uma peça do xadrez. Era o ultimo peão que não havia sido movido.

— Não gosta de usar as outras peças? — perguntou Mike curioso.

— Mas é claro que gosto — ele riu — Só que um bom estrategista sempre sabe que os peões vão primeiro, e esse ultimo será de extrema importância.

Ele notou que o adversário invisível já havia movido um bispo.

— Meu adversário precisou mover um bispo para conseguir o que queria — havia um peão faltando no lado de Sebastian, que Mike concluiu que fora graças ao tal bispo.

— Você não iria gostar da minha escola, seria chato demais — falou ele tentando puxar qualquer conversa.

— Mas é uma pena! — falou Sebastian desapontado — Eu e meus amigos já estamos matriculados.

Mike ficou completamente surpreso e não conseguiu esconder isso. Tentou dizer alguma coisa, mas também não teve sucesso. Sebastian parecia satisfeito.

— Fiquei sabendo que você é um mestre da culinária — falou o loiro — É verdade?

— Não.

— Que bom — riu Sebastian — Seria excelente se você preparasse um chá da tarde sabe, uma recepção para nós em sua casa. Precisamos ser bem recebidos em Newcastle.

Mike entendeu que fora pra isso que ele estava ali. Sebastian queria avisar que agora estariam em Newcastle também.

— E seria muito importante que sua irmã esteja nesse chá também — Mike o encarou — Muito importante para a nossa causa Mike.





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Notas finais do capítulo

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