Quinn's POV

Estava vendo tv na sala ontem quando minha mãe chegou gritando.

- Quinn!

- Que é mãe?! - Estava irritada por causa da gravidez.

-Você ja está grávida a 4 meses. 

- E...

- Já pode saber o sexo do bebê!

- Jura? E pra que eu vou me importar como porcaria que só me trouxe infelicidade, me fez perder toda a minha reputação e me faz parecer um hipopótamo? ME DIA, PORQUE?! Ah! - Senti algo em minha barriga, que agora estava maior.

- O que foi Quinny? - Se ajoelhou perto de mim.

- Senti alguma coisa na minha barriga. Tomara que esse pesso morto tenha morrido!

- Não fale assim! O bebê deve ter apenas chutado. É melhor ir dormir e amanhã iremos no médico.

Muito relutante me deitei, mas tive o sonho mais estranho da minha vida. Eu sonhei com aquela noite, com o Puck.

FLASHBACK On

Não acredito que tinha me entregado a ele. Era meu primo! Tinha acabado de sair daquela casa xexelenta onde ele morava com a vaca da minha prima. Estava escuro na rua exceto pelos postes de luz sinistros. Estava me sentindo imunda. De repente caí na calçada.Ele tinha me dado uma bebida importada que não me fez muito bem, mesmo eu só tendo tomado uma taça.

- Quinn! – Senti uma mão segurando meu braço. Me virei e vi Puck ajoelhado. – Você ta bem?

- Ótima. – Me levantei e tirei poeira do meu vestido. – É que bebi um treco que não me fez bem.

- Você ta bêbada?

- Não, só tonta. Eu só bebi uma taça. Aquele treco é horrível. – Me virei pro lado e “Blargh”. Acabara de vomitar.

- É melhor você ir pra casa.

- Concordo. – Dei um paço e tropecei nos meus próprios pés.

- Você pode não estar bêbada, mas não esta bem. Venha. – Pôs a mão no meu braço e me guiou pela rua. Estava cansada demais pra descordar.

Andamos pela rua escura e amedrontadora. Paramos em uma casa de teto vermelho e pintura laranja. Passamos pelo jardim, ele enfiou a chave na porta e nós entramos. Logo na entrada tinha um corredor com a escada.  Do lado esquerdo tinha um buraco na parede. Olhei e vi que dava na sala. Vi alguém sentado no sofá de costas para nós.

- Quem é?

- Minha mãe. – Respondeu.

- A sua mãe é...

- É, é ,é. – falou impacientemente. - Agora vem. – Me puxou pra escada pelo braço.

Me levou até um cômodo no fim do corredor. Era seu quarto. Tinha apenas uma cama, um armário e vários pôsteres com foto de mulheres nuas.

- Que cheiro de mofo aqui.

- Minha mãe nem liga pra mim, acha que vai ligar pro meu quarto?

- Ah é. Esqueci quem é sua mãe.

- Pode dormir aqui. Eu durmo na sala.

- Nossa, nem vai tentar nada. Esse não é o Puck que eu conheço.

-Estou tentando amadurecer. Acho que estou me apaixonando de verdade Quinn.

- Conta outra. Quem é a felizarda?

- Promete não contar pra ninguém?

- Ta!

- É aquela menina do coral.

- A Berry?! – Berrei assim que ele disse.

- Shh! Minha mãe pode ouvir!

- Aff, não sei o que vêem nessa anã dos infernos!

Fui indignada até o banheiro do quarto. Joguei água no meu rosto e escovei os dentes com o dedo.

Saí e vi Puck olhando o armário só de cueca.

- Ah oi. – Olhou para mim. Estava muito constrangida. – Estou me trocando. Vou dormir no quarto de hóspedes. – Pegou um pijama e se vestiu em meio minuto.

Ele ia sair pela porta quando eu o chamei.

- Puck. – Ele se virou. – Fica até eu dormir?

- Ok.

- Porque não jogamos verdade e desafio?

- Claro. Mas espera aí.

Ele entrou no banheiro e voltou com duas taças na mão, além de uma garrafa de vinho.

Ele se sentou na minha frente. Eu já tinha sentado enquanto esperava ele.

- Espera. – Eu tirei meu colar e usei uma técnica que tinha aprendido com a irritante da minha prima Gwen.O hipnotizei. – Você vai escolher sempre verdade.

- Vou escolher sempre verdade.

- E se não for verdade vai me dizer a verdade.

- E se não for verdade, vou dizer a verdade.

Nós jogamos e eu arranquei vários segredos dele. Um deles era que ele gostava da Berry. Gravei todos.

(N/R: Foi com esses segredos que ela fez ele entrar no Glee Club)

- Sua vez! – Disse já muito bêbado. Ele tinha bebido praticamente a garrafa toda sozinho. Eu por outro lado estava muito sóbria e me divertindo com ele, não parava de me sentir suja por ter transado com meu próprio primo. Olhei pra ele e minha carência falou mais alto.

Eu fiquei olhando bem pros olhos dele, aproximei meu rosto e o beijei. Nos levantamos e andamos até sua cama. Minha perna bateu na cama e Puck se inclinou me deitando. Ficou por cima de mim. Ele começou a beijar meu pescoço suavemente enquanto eu me contorcia. Tirou minha blusa das cheerios e enquanto me beijava, tirava meu sutiã. Eu me virei ficando por cima,tirei meus sapatos com um pé enquanto nos beijávamos calorosamente.Foi descendo os seus lábios enquanto tirava a minha saia junto com minha calçinha.

FLASHBACK Off

Acordei com meu irmão pulando do lado da minha cama me chamando.

- Você vai perder o ônibus. Se é que ainda cabe você lá dentro.

-Lucas, eu vou te matar. – Abri uma gaveta da mesinha de cabeceira do lado da minha cama e tirei de lá uma tesoura enorme como ameaça.

- AH! Mamãe! – Saiu correndo.

 Estava com uma dor de cabeça. Que sonho foi aquele? Porque se lembrar disso agora? Estava gorda com uns quatro meses de gravidez sem ninguém pra me dar apoio, Puck era o menor dos meus problemas agora.

Me levantei da cama. Andei até a porta, coloquei a mão na maçaneta e um segundo depois ouvi uma voz.

- Por que você sempre quer fugir de mim, Quinn?

Me virei e vi Puck sentado na minha cama.

- Ah! – Caí prá trás e bati na porta.

- Quando você vai perceber que – se levantou da cama e veio até mim, falando – eu sou o homem perfeito pra você. – Estava na minha frente, com as mãos sobre meus cabelos.

- Quinn. – Minha mãe bateu na porta. – Você vai perder o ônibus.

Me virei pra porta e abri uma frechinha.

- Já vou! – sussurrei e fechei a porta, me virando para Puck.

Ele estava com uma perna pra fora da janela do outro lado do quarto.

- Puck...

- Tchau Quinn! – Pulou da janela.

- PUCK! –Berrei e corri até a janela.

Coloquei a cabeça pra fora e não havia ninguém. Foi só uma ilusão causada pela dor de cabeça. Vesti um vestido florido para grávidas e saí.

O resto do dia,  não pensei em anda se não Puck. Na aula de matemática, sentei ao lado dele e cochichei em seu ouvido.

- Depois da aula, eu vou à médica, saber o sexo do bebe. Quer ir comigo?

Ele me encarou com frieza e depois de um tempo falou:

- Não. – E se virou pro quadro negro.

Depois de um tempinho, no intervalo das aulas, vi ele se pegando com Santana em um dos armários e senti uma dor na barriga que me fez cair no chão.

- Quinn você ta bem? – Mr. Schue veio me levantar.

- Vou ficar.

Me levantei e fui falar com Puck. Fiquei olhando ele e Santana que pararam o que estavam fazendo o olharam pra mim.

It's always been about me myself and I
I thought relationships were nothing but a waste of time
I never wanted to be anybody's other half
I was happy saying that our love wouldn't last
That was the only way I knew till I met you

You make me wanna say I do, I do, I do, do do do do do do doo
Yeah, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Cause every time before it's been like
Maybe yes and maybe no
I could live without it, I could let it go
Ooh, what did I get myself into

You make me wanna say I do, I do, I do, I do, I do, I do

Tell me is it only me
Do you feel the same?
You know me well enough to know that I'm not playing games
I promise I won't turn around and I won't let you down
You can trust I never felt like I feel it now
Baby there's nothing, there's nothing we can't get through

So can we say
I do, I do, I do, do do do do do do doo
Oh baby, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Cause every time before it's been like
Maybe yes and maybe no
I won't live without it, I won't let it go
Wooh can I get myself into

You make me wanna say
Meet my family, how is your family
Ooh, can we be a family?
And when I'm many years old and sitting next to you
And we'll remember when we said

I do, I do, I do, do do do do do do doo
Oh baby, I do, I do, I do, do do do do do do doo

Cause every time before it's been like
Maybe yes and maybe no
I won't live without it, I won't let us go
Just look at what we got ourselves into

You make me wanna say I do, I do, I do, I do, I do, I do
Love you

            Todos estavam cantando com a minha cantoria. Fiquei tão entretida com o publico que comecei a dançar. Quando acabou a musica, olhei para Puck e vi que ele estava saindo do corredor com Santana.

            Fui atrás deles. Entraram em um laboratório de ciências. Sei que era estranho me interessar por Puck do nada, mas ninguém me segura quando eu quero alguma coisa.

            Entrei no laboratório escancarando a porta.

            - É assim que você agradece a minha prova de amor?

            - Que prova de amor? Dês de quando você esta apaixonada por mim?

            - É uma história complicada...

            - Eu vivia me arrastando por você, agora que eu não quero mais nada você vem atrás de mim? Sabe o que você é Quinn? Uma menina caprichosa e mimada. Vamos Santana. – Puxou ela pela mão.

            - Se não se importa comigo, se importe com a sua filha!

            - Ora, pelo amor de deus! Você deve estar muito desesperada né Quinn?

            - Não se meta Santana!

            - Você fingiu pra todos que o filho era do Finn e agora vem se fazer de pobre mãe coitadinha? Quantas vezes você já rejeitou o Puck? Agora só porque ele desistiu de você, você vem atrás dele? A fila anda!

            - Não se mete! Você já estragou minha vida demais esse ano! Agora sai daqui! – Empurrei ela pra trás.

            Ela veio correndo até mim, mas Puck a segurou pela cintura.

            - Calma Santana. Minha filha não merece a mãe que tem. Eu vou no fim da aula com você até a médica.

            Eles saíram e eu caí ajoelhada no chão chorando. Essa historia de ir ver o sexo do bebê foi idéia da minha mãe. Eu não vou ficar com o bebê.

            ...

Estava na sala de espera do médico com a minha mãe. Ele não chegava.

- Srta. Quinn Fabray. – O medico chamou.

Quando nos levantamos ele chegou correndo.

-Vamos Quinn? – Perguntou minha mãe.

-  Posso ir com ele, mamãe?

- Claro. – Disse um pouco decepcionada.

Nós entramos na sala.

- Por favor deite-se. – Disse o médico.

Deitei na maca e ele passou o gel na minha barriga recém descoberta pelo vestido. Apertei a mão dele com todas as forças, o radio estava tocando. Estava muito nervosa.

Ele passou o rolo sobre a minha barriga, que fazia cócegas . A TV mostrava alguma coisa. O médico se virou e viu.

- É uma menina.

Senti uma gota cair na minha mão. Olhei pra cima e vi que Puck estava chorando.

- A gente vai ter uma filha. Uma filha! – Se abaixou e me beijou.

Depois de separar nossos lábios, ficou com uma cara que parecia que estava prestando atenção em alguma coisa.

- Esta ouvindo essa musica?

- Beth do Kiss?

- Beth. É o nome da nossa filha!

Sorri. Não tive coragem de dizer pra ele que não ia ficar com a garota. Contanto que ele ficasse ao meu lado, tudo tava bem. Eu acho, né.

O radio trocou de musica e eu comecei a cantar baixinho.

(n/r: Gente, imaginem que no meio da musica eles estejam cantando no coral)

Picture perfect memories,
Scattered all around the floor.
Reaching for the phone 'cause
I can't fight it anymore.

Ele começou a cantar comigo.

And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

Another shot of whisky,
can't stop looking at the door.
Wishing you'd come sweeping
in the way you did before.
And I wonder if I ever cross your mind.
For me it happens all the time.

It's a quarter after one,
I'm a little drunk,
And I need you now.
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.

oh ohhh...

Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all.
It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
And I said I wouldn't call
but I'm a little drunk and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now,
I just need you now.
Oh, baby I need you now.

            - Bravo! É tão bom poder ver você sorrir de novo Quinn. – Disse Mr.Schue

            - Obrigada Mr. Schue.

 - Ok pessoal, vejo vocês amanha.

Nós saímos e Santana veio andando do meu lado e cochichou no meu ouvido:

- Você me paga!