Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 10
Turn It Off


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo está pronto há séculos... Eu esqueci de postar!! --'
Eu sei, eu sou uma idiota. Me desculpem mesmo, eu abri o word pra escreevr agora e só lembrei disso quando passei por ele! Desculpa, não me matem por favor!!
Espero que gostem, e de novo: Desculpa!!
Beijos,
Lii..



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E a pior parte, é que antes de melhorar,

Somos levados a um abismo,

E na queda livre, eu vou perceber que estarei melhor quando atingir o fundo 

- Turn It Off, Paramore



PDV Damon Stark


Eu estava sentado na praia pensando nessa porcariada toda que virou minha vida, quando uma garota se sentou chorando do meu lado. Eu me senti mal na mesma hora, eu podia ser durão, mas uma das poucas coisas que me balançavam era uma mulher chorando. Pigarreei.

- Desculpa. – falou a menina, com a voz quebrada. – Eu vou sair daqui, desculpa.

Eu me senti mal por ela e disse: - Não, pode... Hã, pode ficar.

Ela abaixou a cabeça de novo, e continuou fungando. Só pra ser educado, perguntei:

- O que houve?

- Você não quer saber.

- Eu perguntei, não é?

Ela ficou um tempo tentando parar de chorar e depois olhou pra mim. Percebi que se ela não estivesse com o rosto vermelho, os olhos vermelhos, os lábios vermelhos, e com o cabelo bagunçado, ela seria bonita.

- É... Ah, não acredito que estou contando isso. É meu namo... Ex-namorado. Eu ainda gosto dele, mas ele parece que me odeia. – reclamou.

Eu não sabia o que dizer, então fiquei quieto. Não acho que eu poderia dar conselhos bons nesse departamento.

Ela ficou calada novamente, e sem minha permissão, aquelas imagens voltaram para minha cabeça novamente. Balancei a cabeça para afastá-las, ao mesmo tempo que ouvi uma voz me chamando.

- Damon!

Olhei para trás e vi aquela garota... Nunca lembro o nome dela. Enfim, ela estava lá.

- Que foi?

- Arena. Treinamento. Nico está chamando. – falou pegando folego.

- Treinamento? Que tipo de... Tá, tá, tô indo.

Me levantei e olhei de novo para a garota.

- Melhoras.


* * * * *


Entrei correndo na floresta, tentando não perder o trequinho de vista. Já estava suado e cansado, e aquela droga daquela armadura batia de um lado parar o outro, tinindo contra a espada que eu não sabia segurar.

De repente tropecei em alguma coisa e caí de cara no chão. Nem me incomodei em tentar levantar. Dane-se o bicho. Eles deviam ter aquilo aos montes.

- Bebum. – falou a garota. Reconheci a voz.

- Bruxa. – falei, a chamando pelo apelido também.

- Não gosto desse apelido, e você sabe. Meu nome é Lyra. – ela reclamou.

- Nem eu gosto de bebum. – retruquei. Ela calou a boca.

- O que você está fazendo? Não devia estar treinando com Nico?

Me levantei com esforço e sentei no chão encostado numa árvore.

- Estou. Ele ligou um negócio, que saiu voando por aí, e me mandou seguir, porquê minha velocidade e minha respiração estavam muito ruins.

- Culpa do álcool. – sorriu fingidamente cordial.

- Algo sobre ver uma tal de Talita. – continuei.

- Thalia.

- Tanto faz. E você, o que está fazendo aqui? Não devia estar prevendo alguma coisa sinistra e maligna que vai acabar com a vida de alguém?

- Cale a boca. – resmungou. – Aquilo não foi minha culpa.

- Claro. – murmurei.

- Olha, por mais que eu te ODEIE, eu nunca desejaria mal para você, tudo bem? E tente usar sua pequena cabeça para pensar, nós dois estamos aqui. Nesse Acampamento. Por algum motivo.

- Você nunca foi normal. – concordei. – Esses olhos seus... Me pergunto porque eu era o único a ver eles assim.

- Nico disse algo sobre isso... Algo sobre nave... Neve...

- Névoa.

- Tanto faz. – revirou os olhos. Sorri.

Ela franziu: - Eles... Eles estiveram falando coisas estranhas sobre mim, sobre meu pai. – falou, como se não acreditasse. – Meu pai morreu. E eles só ficam perguntando coisas como ‘’Quem é seu pai??’’ e ‘’Qual o seu chalé?’’.

- Eles fizeram isso comigo também. Me botaram no chalé roxo. É maravilhoso, parece uma adega por dentro, mas é estranho ver aquele monte de gente estranha lá.

- Dionísio. – falou.

- O quê?

- Seu chalé. Dionísio. Deus do vinho. E da loucura. E de mais alguma coisa que eu esqueci agora. Acho.

- Eles me disseram que eu sou filho de um deus. Desse tal aí. O cara do vinho. – falei sem acreditar.

- Mas seus pais... Desculpe. – sussurrou. A fuzilei com o olhar. – Será que é possível? Será que somos filhos de deuses??

- Não sei. Eu não sei em que acreditar. – falei.

- Nem eu.

- Porquê você começou essa conversa?

Ela corou: - Eu... Eles só ficam me fazendo perguntas que eu não sei responder, e perguntando meus ‘’dons’’, e...

- Já contou que é uma bruxa? – interrompi. – Podia te deixar mais popular.

Ela me ignorou e continuou: - E... Você é a única pessoa que sobrou. A única pessoa que não faz parte de tudo isso, e que pode ao menos entender como eu me sinto agora.

Olhei para ela surpreso.

Eu queria perguntar mais coisas sobre o suposto pai dela, mas apenas a menção da palavra fez meu peito se apertar de uma forma estranha. Não, eu não precisava entrar naquilo, não ali, não naquela hora. Não com ela.

- É, você é a única que sobrou pra mim, também. Que trágico para nós dois. – zombei. Ela esboçou um sorriso fraco.

E o pior que era verdade. Eu não tinha percebido, mas eu precisava falar disso com alguém. Não alguém que fosse me contar mais e me enfiar mais e mais naquele mundo. Eu precisava de alguém... Normal. E ela era a única que havia.

E eu me senti bem contando para ela. Por mais que eu não demonstre isso na mascara indestrutível de Damon Stark, eu estava confuso. Eu não sabia o que diabos estava acontecendo ali, e tudo que eles diziam só me confundia mais.

Naquele momento eu decidi que sim, mesmo com tudo que tinha acontecido entre nós dois, mesmo com o ódio, mesmo com as brigas, mesmo com a dor, eu ia falar com ela. Eu ia esquecer o passado, por mais difícil que fosse, e ia me focar no presente.

Eu precisava dela. E ela precisava de mim.

Por mais difícil que fosse.




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