Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 9
Losing Grip


Notas iniciais do capítulo

Ei, gente!! Tudo bem com vocês?? Então, aí está o capítulo de hoje, que eu consegui terminar graças à Lyra, que ficou enchendo o saco o dia inteiro (te adoro, Lyra ♥). E de novo, voltamos com Avril, diva!

Música: ''Losing Grip'' - Avril Lavigne
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=LOcKckBLouM
Letra e tradução: http://letras.terra.com.br/avril-lavigne/63723/traducao.html

Espero que gostem!



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                PDV Nico Di Angelo

     - Quíron, eu não quero treinar essa menina, droga! Eu quero ver Thalia! – reclamei pela não-sei-quantésima vez.

     - Nicolas. – ele falou. Odiava quando me chamavam de Nicolas. – Isso não é um pedido.

     Saí bufando da sala, e murmurando coisas que provavelmente me dariam uma semana de suspensão. Fui em direção ao chalé de Hermes e abri a porta sem regalias.

     - Lyra Fortune!! – chamei. Ninguém respondeu. – Lyra!! Hora do treinamento!

     - Vai lá, Lyra! – disse alguém – Mal chegou e vai ter a chance de ver o tanquinho de Nico Di Angelo. Não perca a oportunidade!

     Revirei os olhos, uma garota mais ou menos da minha idade saiu aos tropeços do meio do chalé como se tivesse sido empurrada. Ela tinha cabelos negros meio lisos meio ondulados que batiam no meio das costas, e lábios vermelhos, mas o que chamou minha atenção foram os olhos. Eram coloridos, com várias cores diferentes que pareciam borbulhar.

    Meu queixo caiu. Ela podia ser minha irmã, se não fosse pelos olhos. Os olhos de um filho de Hades nuca seriam tão coloridos. Talvez fosse filha de Íris. Mas eu já vi vários filhos dela, e nenhum tinha olhos assim.

    - E o queixo dele caiu. Você tem sorte, menina! – ouvi pessoas rirem.

     Olhei para Travis: - Ao invés de ficar enfiando espadas nas pessoas, você devia mudar essa garota para o chalé de Afrodite.

     Ele pareceu envergonhado: - Eu já pedi desculpas, Nico, eu não sei o que deu em mim...

     - Tanto faz, só não queira falar comigo se eu tiver uma espada na mão. – falei. Olhei para a garota – Você. Vem.

     Ela olhou para os lados, assustada, e veio atrás de mim.

     - Feche a porta. – ordenei.

     Ouvi o barulho da porta se fechando, e ela tentou me alcançar. Eu tentei não olhar para os olhos dela, mas não consegui impedir umas duas olhadelas. Eram muito... Incomuns. E isso porque eu sou um semideus.

     - Você não vai falar nada? – perguntou.

     Eu não respondi, só continuei andando.

     - Se vamos fazer isso, você precisa falar comigo.

     - Nós não estamos fazendo nada, garota.

     Ela deu uma risada falsa: - Bem, nesse caso eu vou indo.

     Eu parei e olhei para trás. Ela me encarava.

     - Ótimo. Vá embora, eu nem queria estar aqui mesmo.

     - Ótimo. – falou. Dava pra ver que ela estava morrendo de raiva.

     Ela saiu andando, e eu só fiquei olhando. Eu podia ver Thalia agora, mas me senti mal por ter largado a menina. Olhei para a enfermaria e para ela, que andava mais devagar, como se quisesse que eu a chamasse. Suspirei.

     - Espere!!

                PDV Perseu Jackson

     Eu estava indo ver Thalia de novo, depois de ter dormido um pouco. Nas noites que eu fiquei lá, eu mal dormi, pensando se ela ficaria bem. Quando ela acordou e falou comigo foi como se o céu tivesse sido tirado dos meus ombros, e acredite, ele pesa.

     Quando eu entrei na enfermaria ela estava acordada, e parecia melhor que da última vez, o que me deixou feliz.

     - Ei, Tha. Tudo bem?

     - Mais ou menos. – falou

     - O que foi?? Você está se sentindo muito mal?? – perguntei, me sentando no banco do lado dela.

     - Não... Mentira, eu me sinto péssima. Esse machucado dói. – falou.

     - Eu posso pedir a enfermeira para pegar alguma coisa... – falei, só aí percebi que ela não estava aqui ainda. – O que é que tem nesse acampamento, uma convenção de fotossíntese? Deuses.

     - Tudo bem, Percy, eu não preciso de nada. – falou.

     - Sabe... Como isso ao menos conseguiu passar pela armadura?

     - Percy, eu não acho que estava usando uma.

     Pisquei: - Mas.. Você... O quê??

     - Eu só... Não achei que precisava.

     Suspirei. Olhei para baixo e vi que a blusa dela estava machada de vermelho, e parecia molhada.

     - Thalia, isso... Você está sangrando! – exclamei.

     - O quê?

     - Droga, droga, droga! – levantei. Procurei rapidamente os remédios necessários para trocar o curativo. Sentei do lado dela de novo e levantei a blusa dela. O sangue tinha começado a escorrer pela bandagem. Tirei-a devagar, para não doer.

     Antes de continuar, eu quero contar uma coisa. Eu nunca fui o tipo de cara que não tem medo de nada, nem mesmo depois de deus. Algumas coisas realmente me assustavam. E o que eu vi quando tirei o curativo de Thalia foi uma dessas.

     Era uma ferida pequena em diametro, mas muito profunda. Era irregular, como um rio com muitas afluentes, a espada parecia ter ido por um lado e pensado: ‘’Não, vou mudar de lado. Ah, mas quer saber, o outro lado é melhor que esse. Voltando.’’ A pele ao redor estava vermelha e inchada, e eu nem quero dizer o que tinha dentro.

     Não era uma coisa bonita, muito menos com sangue escorrendo. A primeira coisa que eu pensei quando vi aquilo foi ‘’Como ela não morreu?’’. Engoli em seco e continuei trocando o curativo.

     - Thalia... Eu acabei, mas eu não sei fazer isso direito. Eu vou chamar a ninfa, e... Thalia?

     Ela tinha dormido, ou desmaiado, eu não sei. Me levantei e fui para a porta, mas parei ao ver Annabeth parada me observando.

     Ela tinha uma aura verde ao seu redor, e eu podia quase tocar o desejo dela de possuir aquilo, de possuir a atenção que eu estava dando para Thalia. Mas eu não daria. Ela não merecia nada além de indiferença, e era isso que eu ia dar para ela.

     - Não é o melhor momento, Annabeth. – falei, tentando passar por ela.

     Ela segurou meu braço, mas eu puxei com força.

     - Percy, eu preciso falar com você. Agora.

     Respirei fundo e fui para o outro lado. Ela me acompanhou.

     - O quê, vai me ignorar agora? – perguntou com raiva.

     - Você é tão chata que não é possível te ignorar. Saia da frente, sim? Eu quero passar.

     - Percy...

     - Annabeth! Saia daqui, eu preciso chamar a enfermeira, Thalia não está nada bem.

     Ela saiu da frente e riu: - Thalia. Claro. Vamos todos nos certificar de que a pobre Thalia está bem. – disse.

     Apenas ignorei o que ela disse, e abri a porta.

     - Então você vai mesmo fingir que não existe nada?

     - Não existe o quê, Annabeth?

     - Entre nós.

     - Você não quer começar com isso agora. – falei, saindo do chalé e batendo a porta na cara dela. Um segundo depois eu ouvi a porta sendo aberta de novo, e a voz dela continuou:

     - Faça isso. Finja que eu não existo.

     - Você não existe pra mim. Não mais.

     - Fuja dos seus problemas. – continuou, como se nem tivesse me ouvido.

     - É isso que vou fazer, Annabeth. Fugir dos meus problemas. E você é um deles. Então me deixe em paz, vá fazer algo útil. Ah, espere. – falei, com a mão no queixo e uma expressão de ‘’Como não vi antes?’’. – Você não consegue fazer nada que não seja como você: inútil.

     - Sabe, sua tentativa de me substituir é tão patética quando óbvia.

     - Te substituir? Faça-me rir. O que eu mais quero é que você morra, e eu não estou só dizendo.

     - Claro. E Thalia? Você também quer que ela morra?? Não, não quer. O que ela tem que eu não tenho?

     Corri até ela numa velocidade sobrenatural e a imprensei na parede. Dei um soco que passou a centímetros dela.

     - Ela é real, droga!! E enquanto a falsa está aqui, enchendo minha cabeça com merda só porquê está com inveja, a real esta lá dentro desmaiada, com uma DROGA de uma hemorragia QUE VAI MATAR ELA SE VOCÊ NÃO CALAR A BOCA AGORA!!

     Ela piscou duas vezes e eu engoli em seco, arfando. A aura que a envolvia sumiu de repente, e ela continuou falando, mas diferente dessa vez:

     - Percy?? Eu.. Desculpa, eu não... Não era isso que eu queria, eu...

    Eu me afastei e dei as costas para ela.

     - Percy, me desculpa, não foi isso que eu quis dizer, eu não queria te magoar...

     Dei um riso sem achar realmente graça e comecei a andar.

     - Você nunca quer, Annabeth. E é esse o problema.


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Notas finais do capítulo

E aí?? Esperem revelações no próximo capítulo - parei, eu falando assim parece algo muito importante, nem é tão fodástico assim.
E eu espero reviews, viu??

Beijos,
Lii..