Obsession escrita por Li_VA, Lyra Black Pevensie


Capítulo 11
Deuses E As Malditas Responsabilidades


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoas! Primeiro capítulo sem uma música. Me sinto incompleta. Espero realmente que gostem, e temos uma surpresinha que só pra reforçar, eu vou explicar no final.

Enfim, é isso, e espero que gostem!



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               PDV Perseu Jackson

     Já faziam 6 dias desde o ‘’acidente’’ de Thalia. Ela passou os quatro primeiros na enfermaria, e só tinha sido ‘’liberada’’ anteontem. ‘’Liberada’’ porquê ela não podia fazer nada. Ela tinha que passar o dia inteiro deitada, e eu não preciso dizer que ela odiava isso.

     Eu passava os dias quase inteiros com ela. Às vezes Nico visitava, e Annabeth também, mas quando ela entrava eu saía. Não queria ficar perto dela. E então ela ia embora e eu voltava para as perguntas e risadas que pareciam aparecer sozinhas quando conversávamos.

     Quando ela estava dormindo, ou quando Annabeth decidia ficar por um tempo mais longo, eu ficava com Ryuu. Ficar perto dele me lembrava inevitavelmente do Olimpo, e eu me perguntava o que Hades eu tinha vindo fazer aqui. Não que não fosse bom ver o Acampamento de novo, mas eu queria voltar pra casa. E na verdade, não havia nada que me impedisse de fazer isso.

     A não ser a imagem de Thalia deitada na cama com um buraco na barriga. Essa era a única coisa que me prendia aqui.

     E me assustava também. Às vezes ela tinha uns ataques, e de repente parava de falar e de se mover, e só se concentrava em respirar. Eu me remexia na cadeira, desconfortável, até ela melhorar. Quase sempre ela dormia logo depois. Nessas horas eu percebia o quanto ela se esforçava para parecer bem.

     Foi depois de um desses ataques que eu saí do quarto dela, e quase imediatamente um garoto qualquer veio me chamar. Era bem formado, sem querer parecer gay, mas os olhos azuis pendendo para o roxo me deram a impressão de que era filho de Dionísio. Estranhei a falta de... Fofura.

     - Senhor Perseu!

     - Sim?

     - Quíron quer falar com você na casa Grande. Agora. – falou.

     - Obrigado, vou pra lá agora. – sorri. Ele não retribuiu o sorriso. – Escuta, quem é seu pai?

     Ele olhou para mim e mexeu no cabelo, como se não quisesse falar sobre isso.

     - Eles me botaram no chalé com uvas na porta.

     - Ah, então Dionísio é seu pai. Deus do vinho. – falei. Ele suspirou com raiva e botou a mão no bolso.

     - Você não tinha que falar com alguém? Vai cuidar da sua vida e deixe a dos outros em paz.

     Semicerrei os olhos: - Cuidado, garoto, sabe quem eu sou?

    - É, é, Perseu, deus dos tornados e dragões, herói do Olimpo, tanto faz. Não adianta ser um deus se você for idiota.

     - Nossa, foi mal! Eu só perguntei quem era seu pai, ok? Não vem dar um chiliquinho pra cima de mim.

     Agora ele realmente parecia ter ficado com raiva: - O que você vai fazer sobre isso?

     Ele estava pedindo pra apanhar. Pisquei, meu solhos se tornando meu elemento primordial. Ele percebeu, pois vi um leve franzir passar por seu rosto, junto com um pouco de medo. Mas ele era orgulhoso demais pra desistir, lógico.

     Eu levantei a mão e a fechei em punho, pronto para jogar uma bola de água comprimida nele, mas ouvi uma voz me impedindo: - Se você fizer isso, se prepare para visitar seu avô.

     - Ah, que lindo, o pai veio defender o filho. – falei, relaxando a mão e olhando para Dionísio.

     Ele parecia surreal, parado no meio de uma quase briga, com a barriga numa camiseta roxa, e os tênis fluorescentes. Ele revirou os olhos.

     - Eu preciso falar com você, Perseu. – É, nada de Pedro. Agora eu sou um deus, ele tem que me respeitar também. – Deixe o menino ir embora e venha logo.

     Olhei para o garoto, que não parecia nada confortável.

     - Você parece ser orgulhoso. Não achei que fosse deixar alguém ganhar suas brigas, ainda mais seu pai. –

     Ele me mostrou o dedo do meio e saiu andando. Dei uma risada em descrença.

     - Você tem coragem, garoto!!

     Ele continuou andando e mostrou o dedo sem ao menos olhar para trás.

     - Vai se fuder!

    Olhei para Dionísio. – É assim que educa seus filhos?

     - Você mereceu. Ande logo, precisamos conversar.

     - Me responda uma coisa antes. Qual o nome daquele garoto?

     - Se você fizer algo com ele...

     - Não foi isso que eu perguntei.

     - Damon. Damon Stark.

     Um nome forte. Com certeza eu me lembraria dele depois.

     * * * * *

     Me encostei casualmente na cerca da varanda, e olhei para Quíron. Ele parecia preocupado.

     - O que foi?

     - O senhor D. e eu precisamos ir ao Olimpo. – falou.

     Olhei para ele: - E eu com isso??

     Ele suspirou: - Com nós dois fora, o Acampamento fica sem uma pessoa... Responsável. - seu olhar me escaneou, como se decidisse se eu era responsável. E sinceramente? Eu não era.

     Eu levantei a mão, o interrompendo. Percebi aonde ele queria chegar.

     - Não.

     - Percy, é só por um dia! Sairemos amanhã de manhã, e voltamos de noite.

     Me levantei: - Não, Quíron! Aliás, porquê vocês vão demorar tanto?? Um dia?? O que vocês vão fazer lá??

     - Zeus pediu que fossemos dispostos a passar o dia. Não sei porque.

     - Esquece, Quíron. Não vai rolar!

     - Infelizmente vai. Sinto muito que não queira fazer isso, mas você precisa.

     - Preciso? – perguntei ironicamente.

     Ele olhou para mim como se pedisse algo com o olhar: - Não me faça dizer, Percy.

     - Por favor, se pronuncie. – pedi.

     - Você sabe que precisa... É sua obrigação... – ele olhou para mim, me dando outra chance. – Como deus dos heróis.

     Eu só o encarei. Ele se mexeu, seus cascos fazendo barulho no chão de madeira.

     - Percy, você sabe disso. Um dia a punição do Senhor D. Vai acabar, e você vai precisar vir para cá. Não adie isso.

     Ele estava certo. Eu era o deus dos heróis. E eu teria que ir para lá, eventualmente. E a punição do Senhor D. Tinha diminuído, eu me esqueci disso... Que tipo de deus eu seria se ignorasse minhas responsabilidades?

     E então eu soube o que fazer.

     - Ok. – falei, e desci os dois degraus calmamente.

     - Então você vai tomar conta do Acampamento?

     Eu ri: - Claro que não!


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Notas finais do capítulo

E aí? Nosso filho de Poseidon é deus dos heróis! *-*
É uma coisa que eu decidi desde o começo da fic, mas resolvi esconder até agora.

Espero que tenham gostado do capítulo! Espero reviews.

Beijos,
Lii..