Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 20
Capítulo 20 - Quem de nós dois?




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Entre o amor e a mentira

Capítulo 20 – Quem de nós dois?

  Ainda era difícil acreditar que realmente Aizen, o homem que salvara sua vida, fosse mesmo o autor de sua separação com Ukitake e confusão de seus sentimentos. Tudo agora fazia sentido em sua cabeça, mas ainda tinha algumas coisas a acertar, como por exemplo: Byakuya Kuchiki. Não podia simplesmente ignorá-lo, afinal, ele viu seu filho nascer no lugar de Ukitake, com certeza tem um lugar especial em sua vida. 

  Agora, o Kuchiki estava lá sozinho com Aizen, não pôde deixar de se preocupar. E como parte de seus pensamentos, ouviu um barulho alto. Volveu-se na direção do Quinto Esquadrão, mas não havia sinais de qualquer luta. Sentiu o coração apertar.

  No meio do silêncio, uma mão tocou-lhe o ombro e isso foi o suficiente para que um grito escapasse de seus lábios. Volveu-se, abruptamente, deparando-se com os olhos castanhos de Ukitake. Aliviou-se, deixando um suspiro escapar.

– Que barulho foi esse? – o taichou perguntou, vendo os olhos abalados de Kazume. – Kazume...?

– Aizen e Byakuya estão sozinhos na sala do Quinto Esquadrão. Graças a Byakuya, estou bem. – sabia perfeitamente que impacto aquela frase causaria nele, mas não esconderia mais nada. Por hora, bastavam as mentiras.

– O que Aizen fez a você? – a irritação fora sentida em sua voz.

– Nada... – baixou o olhar. Subitamente afastou-se de Ukitake e tomou a direção do Quinto Esquadrão.

  Não muito longe pôde ver os dois taichous afastados do outro, mas com as expressões enraivecidas. Era impossível dizer que nenhuma luta fraca tinha acontecido ali. As coisas estavam fora do lugar e quebradas, gotículas de suor pairavam na testa de ambos. Não queria causar tudo isso, mas já era tarde demais para voltar atrás. Tudo, talvez, dependesse dela. Sacou sua zanpakutou, mas não avançou. Fazer o que tinha em mente requeria coragem e, no momento, isso se tornava algo distante.

  Os olhos de Aizen pairaram na jovem a porta e um sorriso dançou em seus lábios ao ver Ukitake atrás dela, com a mão na bainha da própria zanpakutou. Kazume era uma mulher de sorte, mas infelizmente seu coração gentil e mole a fizeram optar as escolhas erradas. Por que ela preferia Ukitake e Byakuya a ele? Apontou a zanpakutou para ela, Kazume deu um passo para trás esbarrando em Ukitake.

– Está com medo? Você nunca sentiu isso... – Aizen disse num tom calmo, adorando ver a expressão dela. – É por causa dele...? – apontou, com um gesto de cabeça, Ukitake. – Ou por causa dele...? – redirecionou a zanpakutou para o Kuchiki. – Responda-me, Kazume-san, ou ainda está confusa demais para isso?

– Deixe disso, Aizen... – sussurrou, os olhos fixos nele. Não queria que ninguém se machucasse por sua causa. Andou um passo, mas teve que recuar com o golpe da katana de Aizen. Por pouco não a acertara.

– Ukitake, leve-a com você. – a voz grave de Byakuya se fez presente. Não entendeu o olhar do taichou do decimo terceiro esquadrão. – Eu cuido de Aizen.

– Eu não irei a lugar nenhum. – Kazume disse, segurando com mais força a zanpakutou. – Não deixarei que Aizen machuque-os. – voltou os olhos para Kuchiki. – Eu entendo sua vontade Byakuya, mas não posso deixar essa história seguir adiante. Você foi envolvido nisso sem ter a menor parcela de culpa. Desculpe-me. – sorriu gentil.

  – Isso é o que eu mais odeio em você. – Aizen pronunciou, fazendo os olhos da moça voltarem-se para si. – Sempre gentil demais, preocupada demais... Mas, nunca vê quem realmente se importa com você. Eu dediquei minha vida a você e o que recebo em troca? – deu um passo, mas Byakuya ergueu a zanpakutou a sua frente, impedindo-o de continuar. – Por isso, você vai ficar querendo ou não.

  – Não, Aizen... Não ficarei. – andou na direção dele, fazendo um sinal para que Byakuya abaixasse a zanpakutou. – Não há necessidade disso, Byakuya... – para o espanto dos dois taichous, Kazume envolveu Aizen em um abraço, ainda com a zanpakutou em mãos. – Eu sei que viveu por mim, sou grata a você por tudo o que fez. Nem Ukitake e Byakuya seriam capazes de fazerem o que fez.

  – Palavras de consolo? – Aizen perguntou indiferente.

  – Sabe que não faria isso. Só estou dizendo a verdade. Aizen... – seus olhos marejaram e, com as mãos trêmulas, ajeitou a zanpakutou em direção as costas do taichou. – Arigatou...

  – Vai mesmo fazer isso? – Sousuke achava algo impossível, mas não dispensou a possibilidade de Kazume ter mudado repentinamente.

  – Estou com medo... – disse num fio de voz. – De você. – sentiu-o tremer perante a frase. – Talvez não tenha nada haver, mas não quero arriscar mais um de seus planos. Ameaçou as pessoas mais importantes da minha vida e isso será impossível perdoar.

  – Não está fazendo isso por eles. – afirmou, erguendo a zanpakutou. – Nem por mim... – ajeitou a zanpakutou em direção as costas de Kazume. Já havia machucado-a uma vez, fazer de novo não seria nada. – Por quem?

  – Por quem mais seria? Quem você acha que é mais importante para mim? – moveu a katana, trazendo-a para mais perto do taichou. Aizen fez o mesmo. – Pensou certo Sousuke-kun. Toushirou é mais importante do que tudo, ele é meu filho. Você se esqueceu desse detalhe. – sentiu a lâmina de sua espada encostar as costas de Aizen, mas em troca a katana do taichou encostou-se em si.

  Os dois taichous ali presentes não se moviam, apenas observavam ansiosos pelo próximo movimento de ambos. Estavam cientes que em nenhum momento Kazume pensara neles e sim em Toushirou e, isso era algo que apenas ela poderia resolver.

  Byakuya sentiu o peito apertar, estava mais do que comprovado que Kazume não retribuía o mesmo sentimento que nutria por ela, que quem a jovem fukutaichou amava e passava dias pensando era o homem que estava a sua frente, olhando com a expressão mais atônita que já vira. Do mesmo jeito que ele, esperava o próximo movimento.

  Seus pensamentos foram cortados por gemidos abafados. O primeiro contato com a lâmina acontecera, em ambos, mas mesmo assim, Kazume ainda estava abraçada a ele. Como era possível Aizen ter tal tratamento depois de tudo que fizera? Não fora a toa que se apaixonara.

  – Se não fizer primeiro, eu farei. – Aizen disse, cortando o silêncio. – Não aguento mais te ver amando outra pessoa. – enfiou mais um pouco a zanpakutou no corpo de Kazume e a mesma agarrou-se um pouco mais a si. – Se eu não tê-la, ninguém terá.

  – Sousuke-kun... – o sangue havia machado boa parte do shuhakushou da moça, que lutando contra as primeiras pontadas de dor, adentrou a espada no taichou, da mesma forma como ele fez.

  Com agressividade, uma das zanpakutous adentrou os corpos e um grito de dor tomou a sala do taichou do quinto esquadrão.

Continua...


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