Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 19
Capítulo 19 - Coração Partido


Notas iniciais do capítulo

Olá, perdão pela demora!
O capítulo ficou pequeno, mas é de coração!
Boa leitura!



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Entre o amor e a mentira

Capítulo 19 – Coração partido

  Nenhuma palavra era dita, nenhum olhar era trocado. A sala estava em profundo silêncio. Era extremamente irritante aquela situação. Se Kazume não fosse tão teimosa ao ponto de preferir acreditar em suas suposições sobre Aizen do que em suas palavras, poderia até tentar alguma aproximação. Mesmo ela se mostrando bem longe dele, não podia deixar de admirá-la, de imaginar a sorte que teve quando seus sentimentos foram correspondidos.

  Por falar, agora, não sabia mais o que Kazume sentia por si. Antes de ela se afastar de Seireitei, viviam um romance estável, nenhuma briga... Mas, depois disso, ela voltou totalmente diferente e, como se não bastasse tudo isso, estava sob a proteção de Kuchiki Byakuya. Pensava seriamente em desistir. Não havia mais motivos para bater sempre na mesma tecla. Por mais que tentasse, Kazume sempre acreditaria nela mesma.

  O som da cadeira se arrastando o fez despertar. Observou Kazume se aproximar de sua mesa e colocar uma pilha de relatórios organizados sobre ela. Seus olhares não se encontraram, mas pôde ver que ela ainda tremia em sua presença. Por dentro sentia-se feliz... Mas, por quanto tempo ficariam assim?

  – Kazume-san...? – chamou-a, não agüentando mais aquele silêncio. – Você não me deu nenhuma notícia de Toushirou. – foi o que lhe veio à mente.

  – Ele está bem, Ukitake-Taichou. – disse de costas mesmo, não queria manter contatos a mais que Fukutaichou e Taichou. – Com-licença, tenho que ir a um lugar.

  A situação estava pior do que pensou. Sem dizer mais nada a deixou ir, mesmo que fosse para sempre.

* * *

  Mesmo depois do tempo que esteve fora, ainda recordava perfeitamente o caminho para o Quinto Esquadrão. Seu coração estava aos pulos, ansiava por rever Aizen e lhe dar alguma explicação. Sim, ele merecia, afinal, fora ele quem cuidara dela por longos e cansativos anos.

  Um passo na frente do outro e o esquadrão se tornava cada vez mais perto. Não queria demorar muito, já que o horário do expediente estava quase chegando ao fim. Não queria fazer Byakuya e Ukitake ficarem cara-a-cara. Estava a par de toda situação, e agora, aquele tipo de comportamento não seria nada bom. Por Byakuya, tinha que se decidir de uma vez.

  Parou em frente à porta do Quinto Esquadrão e deslizou-a. Surpresa... Estava vazio. Desapontou-se, mas continuou adentrando a enorme sala. Tudo estava como sempre, no fundo, esperava isso de Aizen. E também, provavelmente, sua Fukutaichou não o deixaria mudar nada. Sorriu ao lembrar-se do imediato ciúme que sentira da primeira vez em que a vira.

  Alisou a enorme mesa, com os relatórios organizados impecavelmente. Subitamente, sentiu um jato quente percorrer-lhe o pescoço e um braço envolver sua cintura. Ah, aquele calor... Jamais o esquecera. Virou-se para ele, encontrando os belos olhos castanho-escuros de Aizen Sousuke.

  – Finalmente voltou Kazume-san... – disse com tom terno, como sempre falava com ela. Seu jeito único de tratá-la. – Achei que nunca mais a veria.

  – Desculpe-me por ter sumido sem avisar nada. – pediu envergonhada. – Mas, eu precisava disso. – segurou-lhe a mão e o levou até o sofá. Acomodou-se e o fez fazer o mesmo. – Como você está Sousuke-kun?

  – Sousuke-kun... – repetiu baixo. – Adoro quando me chama assim... – sorriu. – Estou bem. Soube que teve um filho.

  – Já está sabendo? – entristeceu-se um pouco. – Eu queria lhe contar.

  – Novidade chega rápido... – acariciou-lhe o rosto, sentindo a maciez de sua pele. – Senti sua falta...

  – Eu também. – sorriu, envolvendo o pescoço do moreno com os braços. – Muito, Sousuke-kun.

  – Amo-te. – ele sussurrou, mas foi o suficiente para que ela ouvisse e se afastasse dele, fixando seus olhos.

  – O que disse? – piscou os olhos um par de vezes.

  – Amo-te. – repetiu devagar. Segurou o rosto dela entre as mãos e aproximou-se. – Há muito tempo que guardo esse sentimento, Kazume-san.

  – Isso...? – levantou-se abruptamente, encostando-se a parede. – Impossível! – recusava-se a acreditar, apesar de achar que as ações e reações dele durante o tempo que esteve com ele confirmavam.

  – Não é, Kazume. – levantou-se e aproximou-se. – Apaixonei-me por você. Foi por isso que fiz todas as coisas.

  – Então, era verdade o que Ukitake-san me disse? – uma lágrima escorreu. – Por quê? Por que não me disse antes? – explodiu, afastando-o de si.

  – Porque o homem que você amava e ainda ama não sou eu. – respondeu magoado. – Nunca fiquei tão cego de amores por alguém, por isso não hesitei uma única vez ao tentar separá-los. Mas, agora você está com Kuchiki-Taichou, o que significa que está confusa.

  – Nunca pensei que faria isso... – mais algumas lágrimas escorreram. – Eu confiei em você, Aizen! Como tem a cara de pau de olhar nos meus olhos, dizer que me ama e confessar tudo isso?!

  – Diga-me, o que sente por mim? – perguntou sério, ignorando a explosão dela. Encurralou-a na parede, para que ela não tivesse a chance de escapar.

  – Nada! – gritou. – Deixe-me ir, Aizen! – empurrava-o, mas ele parecia uma muralha, imóvel. – Por favor...

  – Não. – seu tom de voz estava ameaçador. – Não deixarei.

  – Deixará sim. – uma terceira voz soou pela sala e os olhos acinzentados do Kuchiki pairaram em Aizen. Sentiu a ira subir-lhe, mas soube se controlar. – Solte-a, Aizen. Agora.

  – Kuchiki-Taichou... Não bate na porta antes de entrar, não? – provocou, com um sorriso debochado.

  – Deveria? – usou o shumpo, parando atrás de Aizen. – Estou falando sério, solte-a agora, Aizen.

  – Está realmente apaixonado. – sorriu, virando-se rapidamente para acertar-lhe um golpe, mas o Kuchiki foi mais rápido, desviando facilmente.

  Com a confusão, Kazume pôde se distanciar de Aizen. Recebeu um aceno do Byakuya para que deixasse a sala e esperasse-o em outro lugar e, foi o que fez. Não acreditava ainda que tudo isso estivesse realmente acontecendo. Aizen era culpado sim, Ukitake estava certo. Mesmo assim, ainda não queria voltar para ninguém. Tudo o que queria era colocar os pensamentos em ordem e esperar por Byakuya.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Eve-chan, espero que esteja gostando da fic!
Beeeeijos



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