Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 18
Capítulo 18 - É hora de voltar


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, tava sem criatividade para este capítulo. Mas, consegui escrevê-lo e espero que gostem.
Boa leitura!



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Entre o amor e a mentira

Capítulo 18 – É hora de voltar

  A manhã estava normal, as pétalas de flores de cerejeira desprendiam-se e decoravam o gramado do enorme jardim. A brisa refrescante levava para trás os longos cabelos negros e os prateados. Nesses dias que se passaram, Toushirou estava mostrando-se bem esperto, seus olhos turquesa expressão a curiosidade com o local e, digamos, era lindo. Qualquer um que pudesse ter a oportunidade de estar ali ficaria bestificado.

  Um braço enlaçou sua cintura, conhecia bem aquele calor. Encostou a cabeça no peito do Kuchiki e olhou-o de esguelha, abrindo-lhe um sorriso. Seus olhos dançaram nos acinzentados e ele, levemente, retribuiu o sorriso. Acariciou os cabelos do menino e em seguida o da mãe. Sentia a pessoa mais feliz do mundo. Kazume tornara alguém muito especial.

  – Não acha que está na hora de voltar ao trabalho? – o Kuchiki perguntou, indo para frente dela. Observou por alguns momentos a expressão estarrecida.

  Voltar significaria ver Ukitake e Aizen, e no momento, queria organizar seus sentimentos, cuidar de Toushirou e dar felicidade ao homem que viu seu filho nascer. Baixou os olhos para os pés, e logo os voltou para o enorme jardim. Deu um passo, e depois outro, logo estava caminhando pelo gramado. Ouviu os passos de Byakuya logo atrás.

  – Por que quer que eu volte? – ela perguntou, de costas. – Estou tão bem aqui, Byakuya...

  – Porque nada vai adiantar enquanto ficar fugindo da situação. – ele disse, segurando o braço da jovem e a girando para si. – Kazume, eu sei perfeitamente que não me ama, ao contrário de mim. – a frase soou triste. – Não me importa com quem fique, apenas quero que seja feliz. Preciso que volte para Seireitei.

  – Você é tão gentil, Byakuya... – sorriu-lhe. – Farei isso... – levou a mão ao rosto dele e o acariciou. – Por você.

  Byakuya segurou o rosto de Kazume entre as mãos, e aos poucos, foi aproximando o seu. Seus lábios lentamente se tocaram e em seguida um beijo teve início.

(...)

    Olhava-se no espelho, prendendo os longos cabelos negros numa trança de lado. Analisou por alguns segundos sua imagem. Nada tinha mudado, continuava com a mesma aparência de sempre, pode-se dizer que está mais bonita. Suspirou, não achando boa a ideia de voltar. Em Seireitei reveria todos os seus momentos ruins, mas mesmo assim iria ver o homem que devolveu a ela a vida. Aizen Sousuke.  Sentia saudades dele, e nunca escondeu isso de ninguém. Nem mesmo de Ukitake.

  – Está pronta? – a voz grave soou pelo quarto e Byakuya aproximou-se dela, enquanto embalava Toushiro.

  – Estou. – volveu-se para ele. Alisou os cabelos do filho e em seguida sorriu gentil para Byakuya. – Acho lindo quando está com ele. Quem olha, pensa que é seu filho.

  – Gostaria que fosse... – disse com um ar triste. Realmente, estava começando a gostar mesmo de Kazume. – Não precisa se preocupar. Irão cuidar muito bem dele aqui. – um ar terno pairou em sua voz e Kazume não pode deixar de sorrir.

  – Eu sei que sim. – sorriu. – Vamos, não quero que se atrase. Aliás, já ficou fora de seu esquadrão por muito tempo.

  – Não acho que foi muito tempo. Renji sabe cuidar das coisas por lá. – colocou Toushiro no futon. – A pessoa que irá cuidar dele está aqui.

  – Deixará meu filho sozinho aqui? – arqueou uma sobrancelha incrédula.

  – Não. Assim que sairmos ela entrará. – segurou a mão dela, enquanto uma mão deslizava a porta.

  Uma moça de cabelos negros e olhos castanhos adentrou o quarto extremamente tímida. Cumprimentou Kazume com um sorriso e Byakuya com uma leve reverência. Vestia um kimono casual, mas próprio para tarefas.

  – Está é Toshima Naru. – o Kuchiki a apresentou. – Ela cuidará de Toushiro enquanto estiver fora.

  – Tudo bem. – sorriu de volta para a moça. – Cuide muito bem dele, viu?

  – Claro que sim senhora. – a moça respondeu tímida. Observou o casal sair do quarto e voltou à atenção ao menino.

(...)

  Era bom rever Seireitei, apesar de saber que as coisas estavam como sempre foram. Quando ficamos muito tempo fora achamos que tudo está diferente, mas para Kazume tudo estava normal. Uma nostalgia a abateu e teve vontade de sair correndo e procurar Aizen, mas teria que controlar a saudade.

  – Byakuya... – volveu-se para ele. – Voltarei para o meu esquadrão? – não escondeu o receio.

  – Sim. – respondeu rápido. – Não fuja mais. Como disse preciso que se acerte.

  – Byakuya, e se...? – ele a calou com o dedo indicador.

  – Não sou homem de me lamentar, aguentarei uma rejeição. – poderia estar calmo por fora, mas por dentro desejava que Kazume nunca tivesse conhecido Aizen e muito menos Ukitake. – Vou para o meu esquadrão e você para o seu. Ao final do expediente, venho lhe buscar.

  – Obrigada. – sorriu, enquanto os lábios quentes encostavam-se aos seus.

  Via-se sozinha, lutando entre a vontade de ir ou não. Byakuya tinha razão, ela não podia ficar fugindo da situação. Byakuya precisava de sua resposta e não queria, de forma alguma, magoá-lo. Devia muito a ele, até mais do que devia a Aizen.

 Um passo na frente do outro, logo estava caminhando decidida a assumir as responsabilidades e medos. Seu esquadrão não estava longe, dava para ver a porta principal. Parou, por um breve segundo, queria analisar o local onde se entregou a Ukitake. Sem dúvida jamais esqueceria. Voltou a caminhar, parando a frente à porta. Pôde ouvir vozes, e uma delas, reconheceu de imediato. Também quem não reconheceria aquela voz divertida do Taichou da Hachi Bantai?

  Respirou fundo e deslizou a porta, vendo os olhares voltarem para si instantaneamente. Ficou um pouco sem graça, mas logo adentrou a sala, olhando fixamente os dois taichous firme nos olhos. Não sabia muito bem o que dizer, sua volta foi inesperada. O silêncio se fez, mas logo Kyouraku o quebrou:

  – Seja bem vinda de volta, Kazume-san! – alegrou-se, indo até ela e lhe dando um abraço. – Bem, está na hora de eu ir para meu esquadrão. Até logo! – abandonou a sala, fechando a porta.

  – Voltou mesmo? – Ukitake perguntou indiferente, não dando muito importância aquele fato.

  – Sim. – respondeu no mesmo tom que ele, sentindo uma vontade louca de descobrir o que o deixara assim. – Algum problema? –aproximou-se de sua mesa, onde tudo estava como sempre. Sentou-se, encarando-o desafiadora.

  – Nenhum. – voltou a fazer seus afazeres, sem mais olhar Kazume. Apesar de querer muito tê-la nos braços e tomar-lhe os lábios, sabia que agora ela devia pertencer a outro. Precisamente a Byakuya Kuchiki.

  Não era esse tipo de recepção que esperou, mas agora poderia tirar todas as suas dúvidas, principalmente, o que dizia respeito a Aizen Sousuke.

  Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Aguardo sua opinião!
Beeeijos



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