Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 16
Capítulo 16 - Sabendo da verdade


Notas iniciais do capítulo

Olá, mil desculpas pela demora, mas é que tava sem ideias para este capítulo. Não ficou muito bom, mas é de coração.
Pois, bem ele está ai e espero que gostem!
Boa leitura!



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Entre o amor e a mentira

Capítulo 16 – Sabendo da verdade

  Ukitake adentrou a sala a passos lentos, porém decididos. Tiraria de vez aquela história a limpo. Sabia perfeitamente que Kazume o amava e para completar essa certeza ainda tinham um filho, prova do verdadeiro sentimento que existiam entre eles. Seus olhos fixaram-se nos castanho-escuros de Aizen e este não se intimidou com aquele olhar. Permaneceu imóvel, com o sorriso debochado nos lábios.

  – Então, Ukitake-taichou? O que veio fazer aqui? – alargou o sorrio. – Que eu sabia o senhor nunca teve afeto por mim.

  – Foi tudo culpa sua não foi Aizen? – foi direto ao assunto, não poderia prolongar aquela história por mais do que deixou que se estendesse. – Responda! – definitivamente, aquela personalidade explosiva não combinava com ele.

  – Do que está falando? – tinha conhecimento do que ele falava, mas queria ver até onde ele seria capaz de se controlar. – Explique-se melhor, Ukitake-taichou...

  – Você armou tudo. – aproximou-se mais de Aizen, ficando dois passos de distância. – Você fez com que Unohana me beijasse e preparou tudo para que Kazume-san visse. Francamente, e ainda tem cara de dizer que a ama?

  Por um instante o coração de Aizen falhou uma batida. Como ele sabia se nunca tinha dito nada? A única que sabia era Unohana e a própria Kazume, mas esta não seria louca de contar. “Está na cara.” Frase da última conversa que teve com Unohana, isso há dois dias. Poderia estar na cara, mas jamais confirmaria com suas palavras o que realmente sentia por Kazume.

  – Sabia que ela acabou de ter um filho? – um sorriso pequeno formou em seus lábios ao ver a cara de espanto de Aizen. – Não, né? Estava muito ocupado prestando atenção em me fazer separar dela!

  – Isso não me importa. – disse sério, ocultando os sentimentos que aquelas palavras fizeram surgir. – Kazume não é nada minha, e não tenho tempo para ficar pensando no meio de separá-los... Depois que já o fiz. – sorriu.

  – Ouça Aizen... – segurou-o pelo haori e o trouxe para mais perto, encarando firme o taichou. – Se mais alguma coisa acontecer com ela ou com meu filho, o matarei.

  – Não terá tanta coragem assim. – segurou os pulsos de Ukitake e os tirou de si. – Não terá chance.

 – Espere Aizen, você ainda não me conhece. – a raiva estava o dominando e já estava vendo a hora que faria alguma coisa fora de seus princípios. – Está avisado, Aizen. – em menos de cinco segundos deixou a sala de Aizen.

  Quando se viu sozinho, Aizen começou a pensar. Não poderia deixar que as coisas voltassem ao normal, pelo menos não por enquanto. Uma coisa martelou em sua mente e o fez abrir um sorriso. Se Ukitake queria guerra, ele a teria. E pelo meio mais doloroso.

(...)

  Estava se sentindo bem melhor depois de ter descanso. Ainda estava na mansão de Byakuya, razões que nem sabia. O Kuchiki sempre se mostrou distante e agora ele se encontrava o mais perto possível. Seria pelo fato de ter visto seu filho nascer. Conhecia bem a história daquele taichou, mas nunca se atreveu a comentar nada. Não queria provocar mais dores do que o tempo já provocou.

  Enquanto embalava Toushirou nos braços, a porta de seu quarto abriu-se. Os cabelos negros estavam totalmente soltos e o Kuchiki usava apenas um kimono normal. Estranhou ao vê-lo ali, há essa hora deveria estar comandando o Sexto Esquadrão. Kazume abriu um sorriso quando ele alisou os cabelos prateados do menino.

  – Como se sente, Kazume? – perguntou-lhe, redirecionando os olhos acinzentados a ela.

  – Bem... Obrigada Byakuya-taichou. – sorriu mais uma vez, antes de emendar: – Creio que já esteja na hora de eu voltar para minha casa, não quero dar mais trabalho para senhor.

  – Até agora você não deu nenhum trabalho, pelo contrário. – houve uma pausa, que Kazume temeu. Coisas passaram por sua cabeça, e novamente Byakuya viu-se pensando em suas atitudes, mas decidiu terminar o que iria falar. – Trouxe um pouco de alegria a esta mansão.

  Kazume sentiu o rosto queimar. Nunca imaginou que o sério e frio Byakuya Kuchiki pudesse ser tão amável e doce. Perdeu-se na nublação de seus olhos, por um momento pegou-se pensando como seria bom ser envolta por ele numa noite fria. Balançou negativamente a cabeça, tirando pensamentos desse tipo da mente. Onde estava Ukitake nessa hora? Só por pensar no Kuchiki desta forma, sentiu que estava traindo Ukitake.

  Byakuya analisou os traços do rosto de Kazume e perdeu-se nos olhos turquesa. O que afinal estava com ele? Jamais poderia acontecer o que estava pensando, ele prometerá para seu primeiro e único amor que não voltaria a amar, se dedicaria apenas para ela e para seu orgulho, nada mais. Baixou os olhos, levantando-se do futon.

  – Descanse um pouco mais, Kazume. – isso não foi um pedido. Saiu do quarto, encontrando Ukitake a sua espera. Lançou-lhe um olhar confuso.

  – Por favor, Byakuya preciso dizer algo a Kazume-san. – seus olhos tremeram ao encarar os do Kuchiki. O que exatamente estava vendo neles?

  – Ela está no quarto. – respondeu frio e seguiu para onde iria antes de encontrá-lo.

  Receosamente, Ukitake deslizou a porta e adentrou o quarto. Viu Kazume trocando o bebê e abriu um sorriso, esquecendo por breves momentos o real motivo que o trouxeram até a mansão de Byakuya. Pigarreou e imediatamente Kazume voltou a atenção a ele junto de um belo sorriso.

  – Ukitake-san! – vibrou, enquanto ele acomodava-se do seu lado. – O que veio fazer aqui? – terminou de vestir Toushirou e entregou-o a Ukitake.

  – Creio que não agradará o que irei lhe contar... – baixou o olhar, brincando com a mãozinha do menino.

  – Pela sua cara deve ser algo grave... – aproximou-se dele e alisou-lhe o rosto. – Conte-me.

  – Tudo o que aconteceu conosco fora obra de Aizen Sousuke.

  O sangue de Kazume congelou e não conseguia fazer outra coisa se não abrir e fechar os lábios. Parecia que havia se esquecido de como se falava, as palavras não se formavam e ficaram presas em sua garganta. Aizen Sousuke...? O mesmo Aizen Sousuke que a salvou e que lhe deu uma nova chance para viver? Não, isso ela não podia acreditar. Aizen por longos anos fora seu mundo, seu pilar... sua força, ele não faria uma coisa dessas.

  – Impossível! Aizen jamais... – lágrimas inundaram seus olhos e fazia um esforço para não derramá-las na frente de Ukitake. – Ele nunca faria algo assim comigo!

  Ukitake não acreditava no que escutava. Kazume não acreditava nele... Mas, sim em suas suposições sobre Aizen. Com carinho, devolveu Toushirou para o futon e lançou um olhar desaprovador a Kazume.

  – Como consegue ser tão cega? – sua paciência tinha acabado ali. – Não percebe que Aizen te ama e não queria se ver longe de você?

  – É mentira! – levantou-se, um pouco cambaleante. – Isso não pode ser verdade, Ukitake. – sentiu-se tonta e encostou-se a parede.

  – Kazume-san, o que houve? – deu um passo a frente, preocupado. Apressou-se em segurá-la antes que ela fosse ao chão.

   Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e aguardo sua opinião!
beeeijos



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