Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 15
Capítulo Quinze - Seus motivos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, por favor perdoe os erros, não betado. Esse capítulo ficou pequeno, estou mantendo os padrões dos outros, então desculpem.

Boa leitura.



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Capítulo 15 - Seus motivos

  Ukitake conhecia aquele caminho, mesmo que nunca o tenha percorrido todo. A sua raiva ainda não sumira e Nanao estava com medo daquele olhar. O doce e meigo taichou, agora, havia abandonado aquela personalidade.

  A mansão do Kuchiki já podia ser vista e o coração de Ukitake foi a mil, obrigando-o a pensar coisas sem sentido. Da porta, Byakuya olhava-os, sabia que mais cedo ou mais tarde esse dia chegaria. Não iria barrar a entrada deles.

  - Aguardava sua chegada. - disse o Kuchiki recepcionando-os. - Vou levá-lo até ela, mas não exija demais. - adentrou a mansão acompanhado por eles. Deixou-os a frente do quarto onde Kazume estava de repouso. - Nanao, esta conversa é particular.

  - Hai. - seguiu-o.

  Ukitake levou a mão à porta e a deslizou, entrando. Um sorriso bobo dançou em seus lábios ao vê-los descansando tranquilamente, mas não esquecera seus reais motivos. Aproximou-se, parando ao lado do futon, ajoelhado. Retirou alguns fios negros de cabelos que caíam sobre a face da moça, com a ponta dos dedos.

  - Ukitake... San? - a moça perguntou ao abrir os olhos, sentindo o toque suave. Achava que estava sob o efeito do sono.

  - Kazume-san, sei que ainda é cedo, mas precisamos conversar. - apesar de séria, sua voz mantinha a mesma doçura. - Creio que já saiba o motivo. - olhou docemente para seu filho.

  - Hai... Mas, não tenho nada para falar. - sentou-se.

  - Tem sim. Por que escondeu que estava grávida? - olhava-a sério, por sua cabeça passou milhares de situações. - Sabe como fiquei esse tempo todo? - tinha um pouco de amargura em sua voz.

  - Hai, Nanao-chan contou-me a situação. - hesitou. - Você não tem o direito de saber de nada. Acha que esqueci aquele dia? - lágrimas inundaram seus olhos. - Eu abri mão de uma vida que nunca tive e...?

  -... Ao lado de Aizen? - atropelou a frase dela, com o ciúme aflorado. - Foi disso que abriu mão?

  Kazume via a mágoa e indignação naqueles olhos castanhos. Jamais culparia Nanao, afinal, fora ela que pedira segredo.

  - Não. Meu lugar não é ao lado de Aizen, é aqui. Ukitake... - baixou a cabeça.

  - Ainda não respondeu a minha pergunta. Por que escondeu a gravidez? - novamente aquele olhar frio caíra sobre si. Era a primeira vez que o via assim, e preferia que isso nunca tivesse acontecido.

  - Acha mesmo que ficaria com você depois daquilo? - as lágrimas contornaram seu rosto. - Você não sabe o que senti, não sabe o quanto sofri!

  - E você, sabe o quanto sofri? - devolveu visivelmente irritado. - Kazume, estou tão feliz por ter um filho com você. - sorriu triste. - Não foi justo o que fez. Eu poderia ter desfrutado dessa felicidade há tempos, mas a privou de mim. Em todo o tempo que ficou longe, não teve um dia em que não tenha pensado em você!

  Mais lágrimas contornaram o rosto de Kazume. Ela também nunca o esqueceu, mas perdoar era algo que não sabia fazer. Em toda a infância suportou todo tipo de humilhação, agora, não aceitaria fácil um pedido de desculpas.

  - Posso segurá-lo? - Ukitake perguntou, olhando fixamente para o menino.

  - Claro.

  Ukitake pegou-o com extremo cuidado, analisando as feições e admirado por ver tamanha semelhança com Kazume. Permitiu-se sorrir, seu coração tranbordava felicidade.

  - Como se chama? - perguntou sem tirar os olhos do menino.

  - Toushirou. - respondeu.

  Kazume observou-os atentamente, emocionada. Tinha uma família feliz, tudo o que uma mulher deseja na vida e, agora, no momento, negava. "Por que não aceita coração?" Perguntou a si mesma. Sorriu ao ver que o menino segurava o dedo do pai, inconscientemente.

  - Kazume-san, responda-me. - ainda embalava o menino nos braços. - Ainda me ama?

  - Muito. - não mentiria. - Sempre o amei.

  - Então, o que te impedi? - notou a hesitação, mas aguardou paciente a resposta.

  - Meu coração. Ele recusa-se a abrir. - olhava-o nos olhos, vendo um brilho de confusão.

  Ukitake devolveu o bebê ao futon e aproximou-se de Kazume, que permanecia no mesmo lugar. Tomou o rosto dela entre as mãos, perdendo-se naqueles olhos.

  - Ainda não acredita em mim? - aproximou-se mais, sentindo a respiração alterada em seu rosto. - Mesmo eu dizendo o contrário?

  - Por que sempre faz isso? - ansiava por experimentar o sabor daqueles lábios, novamente. - Por que faz minhas dúvidas sumirem com um simples olhar? - queria beijá-lo, mas controlou-se respirando fundo. - Não. Quero que me prove a verdade.

  - Muito bem. - afastou-se e se levantou. - Provarei a você, se assim deseja. - deu as costas, deixando o quarto.

  Foi para a sala, encontrando Nanao e Byakuya. Tentava manter-se indiferente, mesmo notando que eles sabiam o resultado da conversa.

  - Obrigado por cuidar dela, Byakuya-taichou. - recebeu como resposta um aceno positivo de cabeça. - Nanao, vamos voltar.

  - Acompanharei-os até à porta. - seguiu caminho e os dois foram atrás.

* * *

  - Ukitake-taichou, perdoe-me. - Nanao sentia-se péssima escondendo a verdade por quase um ano.

  - Tudo bem, você não teve culpa de nada. - sorriu-lhe gentil. - Bem, vou parar por aqui, tenho que ir a um lugar.

  - Hai. - aquela expressão preocupou Nanao. - Com-licença.

  Quando viu-se sozinho, Ukitake usou o shumpo parando a frente do Quinto Esquadrão. Aquela história estava mal contada. Levou a mão à porta e a deslizou, fixando seus olhos nos de Aizen.

  - A que devo sua visita, Ukitake-taichou?

  Continua...



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Notas finais do capítulo

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