Beautiful & Dirty Rich escrita por Abbey B


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Bom, depois da pausa, aqui está um capítulo novo *-* O Cam é tãããão fofo, OMG.



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XV. Ajudar uma garota a escapar de uma roubada é uma ótima maneira de conquistar sua confiança. Ou despertar sua desconfiança.

  Cam procurava por Noah, os pequenos olhos castanhos vasculhando o salão de jantar. Ela estava sentada numa mesa mais ao canto, conversando com Nikki. Hesitou. Se a parada do trote era uma tradição – e o Maryon era conhecido por ter trotes bem criativos – seria ruim se ele contasse. Mas ele não queria deixar de contar. Noah não parecia ser muito do tipo que leva os trotes numa boa. Não que ficasse brava ou algo do tipo, mas daquela que, depois da zoação, ficasse quieta e encolhida.

  Ela parecia tão inacreditavelmente indefesa que perturbava Cam. Ele observou a garota ruiva se levantar e sorridente, caminhar com a amiga para fora do salão. Mantendo distância, esperou que Nikki se distanciasse antes de se aproximar.

- Noah – chamou.

  Noah estacou, sentindo o coração acelerar ao ouvir seu nome dito com aquele sotaque britânico incrível de Cam. A pronúncia saia diferente, mas ela não sabia onde. Ou talvez fosse coisa da cabeça dela. Ela colocou um sorriso amarelo no rosto e virou-se para Cam.

- Oi – cumprimentou.

- Hey – ele sorriu de leve – Eu... Eu preciso falar com você.

- Mas eu tenho que ir pegar meus... – Noah tentou arrumar uma desculpa, mas foi interrompida por Cam, que avançou e segurou sua mão e puxou-a, procurando por um lugar onde pudessem conversar sem correr o risco de serem ouvidos pelas veteranas. Cam abriu a primeira porta que viu, que dava para uma sala de aula ampla e bem iluminada. Noah protestou, mas foi silenciada por Cam, que a colocou contra a porta e pousou o indicador sobre os próprios lábios, pedindo por silêncio.

- Shh – fez Cam – É rápido.

  Noah ofegou, meio assustada. Cam ainda segurava sua mão e estava muito, muito próximo – tão perto que ela conseguiu identificar o perfume que Cam usava, Boss Bottled, do Hugo Boss. Mas ela só sabia disso porque seu irmão, Johnny, adorava.

  Tentando acabar com aquilo logo, Noah murmurou

- O que você quer, Cam?

- Eu ouvi umas... Garotas conversando. Sobre o trote das garotas novas.

  Noah ignorou a vontade de sair correndo e abriu bem os ouvidos. Ela tinha visto alguns trotes bem, hum, criativos que os alunos do Maryon davam todos os anos nos novatos. Cam continuou:

- Vão dizer que vão dar uma festa só para garotas, se não me engano. Foi tudo o que eu ouvi. Então... – ele respirou fundo – Fique atenta.

- Hum... Obrigada, Cam – disse Noah, realmente agradecida. Talvez ela e Cam pudessem ser amigos. Um dia. Talvez quando ela deixar de lembrar-se da imagem de Cam pelado no dia em que confundiram os quartos.

  Ela olhou para baixo, vendo que Cam ainda segurava sua mão. Ele notou seu olhar e a soltou. Noah pigarreou e agradeceu mais uma vez.

- Isso foi muito gentil de sua parte, mas eu preciso ir – ela disse, apressada, tentando se esquivar, mas Cam bloqueou seu caminho e a impediu de fazer qualquer movimento, segurando seus braços.

- Por que você foge de mim? – ele perguntou, olhando no fundo de seus olhos. Noah teve a impressão de estar sendo sugada por um buraco negro, sem conseguir se mover ou pensar. Demorou a perceber que na verdade, o buraco negro era, na verdade, os olhos de Cam. Voltando à tona, tentou se livrar das mãos de Cam, e, sem querer, acabou se dando um passo em sua direção, fazendo seu corpo colidir com o dele.

- Eu... – ela gaguejou.

  O rangido da porta de entrada do professor se abrindo os interrompeu. Assustados, os dois olharam para a fonte do barulho ao mesmo tempo. O professor que entrava carregando livros e uma caneca com o brasão do Maryon, arregalou os olhos e berrou:

- Mas o que está acontecendo aqui?

  Cam soltou os braços de Noah e os dois de afastaram.

  Oh, não!, pensou Noah, De novo não.

*

- É impressão minha – Nikki disse, dando uma colherada em seu Phish Food derretido. Ela se jogou na cama de Noah e abocanhou a colher, continuando a falar de boca cheia: - Ou você é Cam adoram entrar numa fria juntos?

  Noah fez uma careta.

- Não é isso. É – gaguejou – Só coincidência. Uma estúpida série de coincidências ridículas que eu espero que nunca mais aconteçam – discursou agarrada ao travesseiro – A diretora até que foi boazinha e disse que não contaria nada para a minha mãe. Ainda bem, pois se minha mãe soubesse de uma coisa dessas, eu estaria morta e sendo enterrada neste exato momento.

- Você não está exagerando um pouco?

  Noah riu amargamente.

- É porque você não conhece a minha mãe. Sabe Hitler? Então. Minha mãe foi ele na vida passada.

  Nikki riu.

- Ok. Mudando de assunto – ela raspou o fundo do pote de sorvete – O que você e o Cam estavam fazendo sozinhos na sala de aula? – Nikki arqueou as sobrancelhas sugestivamente. Noah, ao ver a cara da amiga, atirou o travesseiro nela.

- Não é o que você está pensando, sua mente poluída!

- Eu não estou pensando nada! – Nikki se defendeu, não convencendo Noah – Ok, sem brincadeiras agora. O que vocês estavam fazendo?

- Nada de mais – murmurou Noah – Ele só me avisou sobre o trote desse ano.

- O que vai ser?

  O telefone de Nikki tocou. A morena pulou da cama e pegou o aparelho, que estava debaixo do travesseiro, sem ouvir Noah dizendo “Elas vão dar uma fes...”. Na tela, estava escrito Mãe. De repente, Nikki sentiu pterodátilos espancarem as paredes de seu estômago. Deixou tocar até cair na secretária eletrônica. Voltou para a cama de Noah, que estranhou, pois Nikki estava branca.

- Por que não atendeu? – Noah quis saber.

- Não... – gaguejou Nikki – Não era importante.

  Depois de uma longa pausa silenciosa, Noah disse com certa urgência no tom de voz:

- Era a sua mãe.

  Querendo mudar de assunto, Nikki fingiu ultraje e perguntou:

- Estava espiando por meu ombro?

- Não. Você acha que esses óculos são para que, Nikki? Enfeite? – por um segundo, Nikki suspirou de alívio, por ter feito Noah esquecer sobre sua mãe. Mas estava redondamente enganada, não demorou muito para a ruiva ficar séria e exigir: - Mas não mude de assunto. Por que não atendeu sua mãe?

- É complicado – murmurou Nikki.

- Ah, sim – fez Noah – Código mundial para: “não estou a fim de falar sobre isso” – ela fez aspas com os dedos finos e longos.

- Exato – Nikki sorriu de lado, dando um tapinha carinhoso no joelho de Noah – Mas não pensa que eu esqueci o Cam, mocinha!

  As duas riram, deixando de vez o papo “mãe da Nikki” de lado.

- Sei lá – Noah encolheu os ombros – Por que ele faz tanta questão em me ajudar, hein?

- Talvez queira só ser gentil, Noah. Por que essa desconfiança toda, menina? Eu, hein!
- Porque eu tenho quatro irmãos cafajestes e conheço muito bem a estratégia.

- E eu já conheci caras extremamente adoráveis que são gentis e fofos com as garotas sem querer nada em troca – Nikki disse – Nunca ouviu falar em amizade entre menino e menina?

- Já, claro – Noah fez, emburrada.

- Então, sua tonta! Vai ver ele quer ser seu amigo.

- Que tipo de amigos nós seremos, uma vez que eu já o vi... – Noah não conseguiu completar a frase, mas Nikki sabia exatamente o que ela queria dizer. E gargalhou.

- Amigos íntimos – disse, entre gargalhadas – Super íntimos.

- É – Noah bufou – Super, mesmo. Eu sequer vi um dos meus irmãos assim...

- Viu? Olha que coisa linda – zombou Nikki. Noah lhe atirou o travesseiro mais uma vez.

- Cala a boca, Nikki.

- Tudo bem – ela suspirou, levantando da cama e vasculhando seu armário. Tirou de lá roupas esportivas e, de baixo da cama, um taco de hóquei. Noah então se lembrou repentinamente dos testes para o hóquei e perguntou:

- Passou no teste?

- Por um triz. Estou na reserva, acredita? – Nikki levou as mãos à cintura, injuriada – Se eu não tivesse acertado Kathryn Mackounsil no estômago com o taco, acho que eu teria virado titular. E adivinha quem é a capitã do time?

- Não faço idéia – confessou Noah.

- Lauren – Nikki pronunciou o nome da garota de nariz arrebitado e cabelos loiros farmácia como se fosse um palavrão - Namorada do Blake – completou, revirando os olhos.

- Não acredito.

- Nem eu. Aquela vagabunda me colocou na reserva! – Nikki murmurou furiosamente - Eu fui uma das melhores no teste! Vamos treinar agora, depois da aula. Mal vejo a hora que acertar o taco naquele narizinho perfeitinho.

  Noah não conseguiu conter a risada. Gargalhou.

- Boa sorte – desejou à morena – E bom massacre, quero dizer, treino.

  Nikki fez um biquinho, como se Noah tivesse dito a frase mais meiga e fofa do mundo.

- Aaawn – fez – Obrigada, N. – sorriu e fechou a porta, correndo para o treino.


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Notas finais do capítulo

Ansiosas para o massacre, digo, treino de hóquei? Quinta-feira tem mais! Beijão :*

P.S.: Ah, e já tenho a Season Finale já toda planejada. Só falta passar do papel pro Word ;D