Vinculo Completo Parte 2: agora ou Nunca escrita por Fernanda Melo


Capítulo 3
Capítulo 2 - Um dia diferente




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        Mamãe me chamava na sala, eu estava atrasada para ir para escola, peguei minha mochila e saí correndo. Estar no colégio é tedioso, mais matéria do que o normal, mas esse não é o problema o problema é você já estar na escola há três meses e não ter nenhum amigo. Cheguei à sala e me despedi da vovó e fomos em direção ao porsche da mamãe, desta vez era meu pai que ia dirigir.         - Pensei que você não iria sair mais de casa. Meu pai disse arrancando com o carro.         - O que eu posso fazer se eu acordei tarde.         - O que houve com você? Pelo que me lembre você é sempre pontual.         - Estava tendo um ótimo sonho. Minha sorte é que meus pais são vampiros e podem dirigir mais rápido e sem preocupações.         - Até onde não tenha ninguém.         - Ótimo. Eu disse entusiasmada, eu adorava quando meu pai ou minha mãe andavam com o carro em alta velocidade. Por um instante fiquei pensando nas coisas do colégio, era horrível ir ao colégio sem ter algum amigo.         - O que aconteceu? Você está pensativa. Perguntou minha mãe.         - Problemas no colégio.         - O que houve?         - 3 meses no colégio novo e nada de amigos, ao contrário já arranjei muita gente que me chame de estranha. Cruzei os braços e comecei a me lembrar das idiotices que eles pensavam mentalmente.         - Vai melhorar você verá. Meu pai disse me vendo no retrovisor e estacionando o carro.         - Eu espero. Eu disse, minha mãe desceu do carro e eu fui logo em seguida, sempre que chegávamos com um carro diferente na escola um público enorme parava para ficar nos encarando e admirando o carro. Encostei-me ao Porsche, minha mãe normalmente detestava quando eu fazia isso então eu sai antes que ela falasse alguma coisa. Logo bateria o sinal havíamos chegado tarde, mas não tanto, então decidi já ir para dentro da escola, mas queria o máximo de distância da minha sala. Minha mãe e meu pai foram juntos comigo. Ficamos no corredor da escola, parados, enquanto eu jogava alguns livros dentro do meu armário, o sinal bateu logo em seguida e eu fiz uma cara de desanimo.         - Ânimo Kris, ficar com essa cara não vai adiantar nada. Disse meu pai tentando colocar meu astral pra cima.         - É fácil pra você dizer né? Você tem aula com a ma... Dei um suspiro e fingi que nada aconteceu. - sua namorada agora. Fechei meu armário, mamãe me deu um beijo no rosto e fui para minha sala, sentei no mesmo lugar de sempre, isolada e quieta no meu canto. Debrucei-me na minha mesa e fiquei ouvindo os pensamentos medíocres das pessoas sobre mim. Aquilo me deixava louca, até que isso tudo foi interrompido quando o professor chegou na sala.         - Algo te incomoda Kristin?         - Não. Na verdade sim, tem várias coisas me incomodando em principal todo mundo me encarando e pensando no quanto eu sou esquisita, está bem, não vou mais ligar pra isso.         - Bom temos um novo aluno na sala ele se chama Luka ele veio de Mississipi. Ótimo um aluno novo ele não tinha impressões ruins de mim, até agora. Ele veio se sentar na cadeira ao meu lado, tinha dois lugares para ele se sentar e porque ele tinha que escolher justo a do meu lado?         - Olá, meu nome é Luka como o professor já disse e como você se chama? Assustei-me quando ele veio conversar comigo, mas percebi que ele tinha uma voz tão doce e seus olhos verdes eram lindos.         - Oi me chamo Kristin Hale. Eu disse sem querer muito papo.         - Belo nome. Dei um sorriso e me virei para frente antes que o professor me chamasse à atenção. A aula foi tediosa mais foi bem melhor que todas as outras. O sinal bateu e eu sai da sala, pressenti que ele vinha logo atrás de mim. Hei espere, parece que você está fugindo de mim.         - Me desculpa, não queria causar essa impressão. Eu disse abrindo meu armário.         - Tudo bem com você?         - Tudo, porque a pergunta?         - Te achei um pouco chateada.         - É comum. Eu disse fechando meu armário e logo em seguida encostando nele.         - Está bem, não vou ficar te enchendo.         - Hei você não está me incomodando, é só que eu acho estranho.         - O que é estranho?         - Nunca ninguém conversou comigo nessa escola e você chega aqui no primeiro dia já conversando comigo eu estranhei.         - Entendo, sabe o que você precisa? De si distrair um pouco, deixa-me adivinhar você tem cara de ter sido uma menina popular na sua escola, mas sua família teve que mudar e você não gosta disso. Ele disse enquanto nós íamos para o ginásio.         - Como você sabe disso?         - Eu sofro do mesmo problema, vi você com aquele rostinho bonito triste se escondendo no meio dos outros, então como já aconteceu comigo eu soube de cara o que era.         - É bom ter alguém de confiança no colégio agora além dos meus irmãos.         - Que legal você também tem irmãos, quantos?         - Não se assuste, mas são oito.         - Oito? Ele disse com os olhos completamente arregalados.         - Somos todos adotivos. Sabe não gosto de mencionar nesse assunto, mas tenho orgulho da minha família.         - Que bom que você não é como as outras garotas, você tem um brilho especial dentro de si, uma coisa muito especial. Soltei alguns risos. Porque você está rindo.         - Porque nenhum menino da nossa idade falaria alguma coisa dessas para uma garota e muito menos se ela estudasse na mesma sala.         - Ser diferente também é ser normal.         - Então se é assim. Eu disse dando de ombros e saindo de perto dele para minha educação física, a professora me colocou para jogar vôlei, eu nunca havia jogado mais adorava assistir. Até pra quem só jogou uma vez fui bem, antes eu jogava apenas queimada e era tedioso sempre a mesma coisa.         - Oi qual o seu nome? Perguntou a professora meio entusiasmada.         - Kristin. Eu respondi meio sem querer conversa.         - Kristin, eu sou sua professora e técnica do time de vôlei feminino, estava vendo você jogar, você já fez aula ou algum tipo de treino?         - Não, mas gostava de ver as garotas do meu antigo colégio jogarem.         - Você joga com uma precisão, você tem jeito para ser uma jogadora profissional.         - Eu não sei se devo.         - Você pode pensar e perguntar seus pais traga a resposta para mim o mais rápido o possível.         - Está bem. Eu disse logo ela saiu e eu fiz o mesmo. Quase na hora do intervalo fui para a mesa de sempre esperar meus irmãos para conversarmos sobre o dia. Logo se ouvia o sinal e aos poucos meus tios e primas iam chegando, meus pais chegaram por ultimo.         - Vocês demoraram. Eu disse voltando meu olhar para meus pais.         - Tivemos um probleminha no meio do caminho. Respondeu minha mãe.         - Você está com um sorrisinho no rosto o que aconteceu? Meu pai perguntou.         - Consegui um amigo hoje.         - Você o subornou? Meu tio Emmett disse tentando dar um pouco de graça a conversa.         - Não ele é novato, deve ser por isso que conversa comigo e também por outros motivos. Eu disse enquanto olhava para minha maçã.         - Você disse ele? Quer dizer que é um garoto? Minha mãe disse olhando por outro ponto de vista, vi que meu pai não gostou nada, mas ele soltou um sorriso eu revirei meus olhos.         - Eu não tenho idade pra isso.         - Como ele se chama? Perguntou Mary.         - Luka, ele veio de Mississipi.         - Mississipi? Perguntou minha mãe com uma expressão estranha. Esse lugar me soa familiarmente. Não dei importância, ela talvez já morasse lá com minha família ou algo assim. Logo após de muita conversa tivemos que voltar cada um para sua perspectiva sala e logo iríamos embora. Passaram-se mais três horários e chegou a hora de ir embora, Luka me acompanhou até a saída.         - Nos vemos amanhã?         - Claro. Vou indo meus irmãos estão me esperando.         - São aqueles naquele Porsche?         - Sim, dois deles pelo menos.         - Cara esse carro é maravilhoso.         - É eu sei, ele é da minha irmã, a de cabelos curtos, Cada um tem seu carro na família. Tenho que ir te vejo amanhã tchau.         - Tchau. Ele disse também saindo do local onde estávamos. Fui em direção ao porsche e entrei nele iríamos direto para casa. Chegando lá eu fui direto para meu quarto para descansar do dia um pouco corrido que tive.

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Notas finais do capítulo

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