Herois do Olimpo - a Profecia. escrita por whitesparrow, Equipe Os Imortais


Capítulo 18
XVIII - Invasão # Parte II


Notas iniciais do capítulo

Meio atrasado o capitulo dessa semana, mas tá aí ! HAHA
Espero que gostem.
Beijos campistas !



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Polixene.

      Quando Annamar correu para a floresta – depois de dar um intenso olhar em nossa direção –, não demorou muito tempo para um garoto a seguir mancando. Quill me disse que aquele era Mateus, mas mesmo olhando-o atraves da chuva, ele me parecia incrivelmente familiar. Ignorei isso e voltei a pensar no meu plano, a ponto de evitar erros.

      — Se eles te pegarem... – Quill estava sentado na arvore, bem ao meu lado.

      Eu encontrei sua mão e apertei do jeito mais carinhoso que eu conseguia naquele momento. Virei meu rosto para o dele, olhando-o seriamente.

      — Vai dar certo. Eu só quero pegar as armas delas. Se conseguir, elas ficaram desabilitadas por algum tempo. E tenho que pegar os remédios do garoto. Talvez assim a recuperação dele vá demorar mais ainda. – eu disse, apertando os labios.

      — Espero que Réia esteja certa sobre os poderes delas. Espero que não possam conseguir outras. – ele soltou um longo suspiro. — Não quero que esse risco seja à toa.

      Eu ainda o olhava, e delicadamente, ele me beijou. 

      Fiquei olhando-o enquanto descia da arvore com as nossas mochilas e atravessava a rua. Não tinha portão para bloquear a entrada no terreno do internato, então Quill se moveu agilmente, passando pelos prédios e pelo gramado. Eu o vi pisando na borda da floresta e olhando em duvida para as arvores, mas rapidamente entrou na floresta, tomando cuidado por onde pisava. Quando a escuridão o engoliu, eu sabia que estava na hora.

      Abrir a janela foi a parte fácil. A dificil seria entrar sem acordá-los. 

      Eu desci do peitoral lentamente, amaldiçoando os ginchos que meu tênis fazia, graças à chuva. Não parecia haver problema alguma quanto às bolsas. Elas estavam dentro do armário, e como previsto, as armas também – duas lâminas, uma espada disfarçada – um relógio e um par de pulseiras, todos no bolso de fora. Eu tirei as pulseiras e o relógio – porque aquilo não seria de nenhuma utilidade –, colocando-os delicadamente sobre o armário. Joguei as mochilas por cima dos ombros, lembrando-me mais tarde para ser mais cuidadosa, já que os remédios estavam li, mesmo cobertos por roupas.

      Quando cheguei perto da janela, a mesma estava fechada. Tentei puxa-la, mas definitivamente, ela estava trancada por mágica. Atravessei o quarto, tentando destrancar a porta, e infelizmente, ela não se moveu um centimetro. Comeceia ficar desesperada e quase claustrofobica.

      A loira, cujo nome eu não conseguia me lembrar graças ao pânico que começava a dominar minha mente, se moveu em sua cama, virando o rosto em minha direção. Eu vi a porta que levava ao banheiro e me apressei em entrar lá. Abri o box rapidamente e, soltando um suspiro de alivio, vi a pequena janela. Não era grande, mas era grande o suficiente para que até uma garota de vinte anos se espremesse para fora dali.

      Primeiro joguei as mochilas, mas ainda morrendo de medo de quebrar os frascos. E depois, pedindo a Cronos e Réia que me ajudassem, me impulsionei para cima, e me segurando na cortininha, joguei minhas pernas para fora. Por alguns minutos, fiquei apenas pendurada, minhas mãos agarradas na beirada da janela e meus tênis escorregando pela parede em busca de apoio. Eu sabia o que tinha que fazer. Sabia que tinha que me soltar, mas eu só tomei essa decisão quando escutei o barulho dos cavalos e tive o vislumbre do cabelo de Annamar em meio aos relampagos. 

      Era a hora.

      Eu me soltei, e um segundo depois, eu senti a queda. Minhas costas pousou nas mochilas, mas minha cabeça foi de encontra a grama molhada. Antes que alguém me visse, levantei-me ainda tonta e agarrei a mochila, indo em direção a floresta e esperando que Quill estivesse ali, e não em outro país.

      Quando cheguei na borda da floresta, dei passos de um em um, tomando cuidado com os lugares nos quais pisava. Quando estava a cinco arvores de distância, Quill apareceu em cima de uma arvore. Ele me ofereceu uma mão e me ajudou a subir. Depois disso, tirou as mochilas das minhas costas e as colocou pendurada no galho de cima. Eu queria brigar, mas minhas costas doiam e meus pés reclamaram.

      — Por onde você saiu? – Quill perguntou, abraçando-me.

      Eu peguei folego. — Pelo banheiro. A janela... A janela estava enfeiti-... Enfeitiçada. 

      — Eu avisei. – mas ele beijou o topo da minha cabeça e me abraçou, esfregando meus braços cobertos pela blusa.

      Ficamos algum tempo assim até ele me afastar e lembrar o motivo pelo qual estavamos aqui: vigiar e atrasar o grupo de meios-sangues; e depois disso, eu só tinha que capturar o garoto. Ele estendeu os braços e as pegou, passando-me uma e ficando a outra. A que eu fiquei era de Annabeth, já que seu nome estava escrito em uma das alças.

      — Roupas? – ele perguntou enquanto vasculhava dentro da bolsa de Annamar. Eu também fiquei confusa quando vi uma quantidade absurda de livros na mochila de Annabeth... E nenhum remédio. — E tem umas realmente... Hm, interessantes, devo dizer. – Quill disse, tirando um sutiã vermelho da bolsa e dando um sorriso malicioso enquanto o olhava, provavelmente imaginando uma das duas usando aquilo. O pensamento disso me fez dar um tapa nele.

      — Não entendo. Eu peguei justamente as duas para que não houvesse erro. – eu estava morrendo de raiva. — Droga! – eu gritei, mas um trovão rugiu.

      Eu não sabia o que fazer. Todo aquele tempo... Foi tudo a toa.

      Ainda furiosa, agarrei as bolsas e joguei-as debaixo da arvore. Atirei as armas em direção ao pátio – meu primeiro erro – e desci a arvore.

      — O que você vai fazer? – Quill pulou a arvore, logo atras de mim.

      Eu alcancei o esqueiro no bolso, e antes que eu pudesse pensar em algo, joguei-o nas mochilas. Rapidamente, as roupas pegaram fogo, engolidas por labaredas alaranjadas. A chuva, agora fraca, apagava a fumaça, mas não as chamas. Logo as roupas foram substituidas por uma pilha grande de cinzas cintilantes, mas aquilo não fez com que eu me sentisse melhor. Ainda frustrada, comecei a pular em cima dela, sujando tudo com as cinzas.

      — Ei, ei, ei. Calma! – Quill me puxou para um abraço, mas eu o empurrei para longe. Eu estava irritada e tudo o que eu poderia pensar era em como eu havia sido idiota em não verificar as mochilas.

      — Preciso bater em alguma coisa! – mas antes de Quill responder, eu escalei a arvore, peguei minha bolsa e pulei de lá. — Droga! Vem, preciso me aproximar mais da borda. Quando eles sairem, preciso estar de olho.

      Quill me seguia, mas parecia impaciente enquanto girava sua faca nas mãos. — Se eles sairem, você quer dizer.

      — Fala sério Quill, duas bolsas com roupas e duas armas desaparecidas não vão fazer com que eles fiquem aqui. Eles vão arranjar outras. Annamar Grace não é tão idiota assim. – eu disse entredentes, e me lancei em uma arvore que achei suficientemente boa.

      Quill me seguiu e eu o puxei para se sentar ao meu lado. Daqui, eu poderia ver facilmente a janela do quarto deles, surgindo do prédio branco, logo atras do cor-de-rosa.

      — Você vai dar um jeito. Você é incrivel! – ele disse, olhando a janela fechada. — Além disso, tenho que ir.

      Eu o olhei, assustada. A raiva fora substituida por um frio. — O que? Por quê?

      — Possessão. Não completa, só um teste. – ele disse, parecendo um pouco sério.

      Eu apertei os lábios. — Droga! Eu... Eu me esqueci completamente. – eu cruzei os braços e me inclinei um pouco para ele, deixando-o que me abraçasse. Mesmo que eu ainda estivesse furiosa por causa das mochilas, foi um pouco dificil não pensar a respeito do que Quill iria fazer agora. — Vai dar tudo certo. Vamos pegar o garoto e entrega-lo a Réia. Você não vai precisar fazer isso. Eu não vou deixar.

      — Eu espero que sim. Bem, eu tenho que ir agora Poli. Sinto muito! – ele disse, me olhando. — Boa sorte na missão. Não esquenta. Erros acontecem. Sempre. Toma cuidado ok? Não faça nada idiota, tipo o que fez agora. – ele me beijou, daquele jeito lento, como se para o momento durar mais. — Eu te amo.

      Eu encostei minha testa na dele, minhas mãos agarrando sua camisa enquanto as dele estavam pousadas na minha cintura. — Eu também te amo.

      Com um último beijo, ele desceu da arvore agilmente enquanto equilibrava sua mochila com uma das mãos. Quando ele começou a andar para dentro da floresta, não demorou muito para ser engolido por um dos portais que ele havia me dito.

      Eu não sabia muito a respeito da floresta, apenas o pouco que Réia havia me informado. Até onde eu sabia, Zeus e alguns outros deuses haviam enfeitiçado-a, colocando portais por toda parte. Outro ponto da história era que existiam apenas duas pessoas capazes de se guiar atraves dela: Joana D’Arc e Annamar Grace. Nem mesmo Zeus ou qualquer outro deus era capaz de fazer isso. O feitiço de espandia sozinho, assim como o Labirinto de Dedalo.

      Ainda observando a janela, bebi um gole de nectar, esperando que a dor nas minhas costas passasse. Do lado de dentro, não havia qualquer sinal de que alguém estava acordado, mas sendo Annamar a pessoa que Réia descrevia, todo cuidado era pouco. Comi um pedaço de ambrósia e tentei não pensar em Mateus. Por alguns segundo, olhando-o daquele jeito na chuva, eu vi nele alguém familiar. Era como se uma grande preocupação crescesse dentro de mim. Uma preocupação com ele. Eu quase vomitei ao pensar nisso. Por que eu estaria preocupada com o cara que eu, supostamente, deveria seduzir e atrair para uma armadilha? Resolvi não pensar a respeito disso. Eu tinha uma missão. Eu tinha que entrega-lo para Réia caso quisesse salvar Quill. Eu devia salvar Quill... De qualquer jeito.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo pessoal ! o



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