Herois do Olimpo - a Profecia. escrita por whitesparrow, Equipe Os Imortais


Capítulo 19
XIX - Ládon


Notas iniciais do capítulo

Hey !
Como estão vocês ?
Mas um capitulo com a nossa Manu !
Espero que gostem ! :D



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Manuella Grace Di Ângelo.

Esperamos pelo por do sol. Ficamos algum tempo lá, observando o sol descer lentamente. Eu desejei que Apollo fosse mais legal e sumisse depressa, apressando-se para o Oriente. Papai havia voltado a cidade com Gabriella e Alexander, na intenção de conseguir MacLanches e Coca-Cola. No final, eles haviam conseguido sanduíches de sardinha com alface e suco de laranja. Não era grande coisa, mas aquilo nos sustentaria por algum tempo.

Finalmente, quando o sol começou a sumir e o céu ficou manchado de laranja e rosaportões de ouro branco tremulizaram a nossa frente.. Conforme nos aproximavamos, os portões se abriam como se houvesse detectores de movimentos. Primeiro foi Perseu, que parecia ter conhecido o lugar antes. Depois foi Alexander, Lendon, Gabriella e eu. Por último, tomando conta da retaguarda, estava papai, parecendo completamente desconfortavel.

— Quais são as chances delas não mandarem aquele dragão para cima de nós? – papai perguntou a Perseu, seus olhos semicerrados.

A nossa frente, Perseu deu de ombros, parecendo tranquilo. — Eu sei lá. Só vamos ser educados.

Nesse momento, já haviamos entrado no jardim, que era terrivelmente encantador. Havia arvores de todos os tipos e formas, com frutos de todas as cores e flores de todos os perfumes. E conforme nos aproximavamos mais e mais de uma arvore que era carregada de frutos dourados, sentia-me desconfortavel.

— Uau! – Gabriella disse, a minha frente, quando paramos.

A primeira coisa que vi foi a macieira carregada de maçãs douradas, como eu falei. E digo, douradas de verdade. Eram brilhantes, e a fragância parecia ser a melhor do mundo. Eu dei um passo a frente, tentada a seguir em frente e comer uma.

— As maçãs da imortalidade. – Perseu disse, as sobrancelhas franzidas. — O Presente de casamento de Zeus para Hera. Ou pelo menos foi isso que Thalia me disse há alguns anos atras. – ele deu de ombros.

— O que aconteceria se algum de nós comessemos? Afinal, já somos imortais. – Lendon perguntou, dando de ombros.

— Essa é uma pergunta da qual não quero saber a resposta. – papai disse ao meu lado, seus olhos sérios.

Então, antes que qualquer um pudesse dizer mais alguma coisa, ele apareceu. Um enorme dragão enrolado no tronco da macieira. Certo, alguém deveria ter me dito que não era um dragão qualquer. Estava mais para dragão-serpente ou algo assim. Seu corpo era grosso e as escamas de cobre brilhavam com a luminosidade do pôr-do-sol. Ele tinha tantas cabeças que não me ocupei em contá-las – era como milhares de pítons unidos, fazendo-me brevemente lembrar-me de uma hidra, embora nunca tenha visto uma. Eu encarei um pouco mais e percebi que o pobre dragão dormia. Seu corpo se apertou um pouco mais a arvore, mas suas cabeças estavam estiradas na grama, algumas em cima das outras.

— Assustador! – Alexander disse sem desviar os olhos do dragão e das maças.

A nossa frente, sombras começaram a se mover. Primeiro pensei que fosse papai, mas tudo o que ele estava fazendo era olhar fixamente para a movimentação enquanto mantinha seus braços cruzados. Uma música deprimente começou, e ela parecia incrivelmente bonita, mesmo que o som fosse de milhares de pessoas cantando ao mesmo tempo. Por instinto, dei um passo para trás enquanto Alexander e Gabriella moviam as mãos para suas armas. Perseu os deteve com um olhar rápido.

— Não se movam! – papai garantiu.

As sombras começaram a ganhar vida. Elas tremulizaram, tornando-se cada faz mais concreta. Agora eram quatro sombras tomando forma, organizadas em uma fila única horizontal. Eram quatro garotas, todas usando quítones grego branco. A pele delas era cor caramelo e eram incrivelmente parecidas. Tinham cabelos negros e sedosos que caiam ao redor dos ombros. As Hespérides – foi assim que Perseu disse que elas se chamavam – eram tão bonitas quanto eu acreditava que seriam, mas eu ainda me sentia desconfortável em estar tão próxima delas.

— Perseu Jackson e Nico Di Ângelo. – Número dois disse, mas todas as quatro se curvaram. — É bom ve-los novamente, embora estejam... Imortais.

— A imortalidade lhes caiu muito bem. – Número quatro disse, mas sua expressão era neutra.

— Obrigado... Eu acho. – Perseu disse.

— Então, o que desejam? – A número três disse, uma sobrancelha arqueada.

— Precisamos dar uma olhadinha em Atlas. – papai disse, sua expressão ainda séria.

Número um sorriu, mas havia algo de estranho naquilo. — Não acredito que seja possível. Na última visita que fizemos ao nosso pai, ele nos deu ordens. Não é possível que subam até lá.

Perseu deu um passo a frente. — Você não entende. Precisamos saber o que está acontecendo lá.

— Como minha irmã disse, Perseu Jackson, não é algo que seja possível. – número dois disse. — O que acontece lá em cima não são problemas de meio-sangues, imortais e deuses. – eu a percebi dando um olhar enojado para nós quatro.

Papai apertou os lábios em uma linha fina. — São questões do Olimpo. Questões que nenhuma de vocês tem haver.

— Nosso jardim está envolvido na situação, então temo que também estejamos envolvidas nisso, deus dos mortos. – número um disse.

— Sabe que se não nos deixar passar, passaremos a força, certo? – Perseu disse. — Sei que Réia está lá em cima. E nós vamos detê-la.

— Detê-la, Perseu Jackson? – número três sorriu, como se a idéia lhe parecesse idiota.

— Ela tem nossa amiga, Isabella. Ela é filha de Artémis, e não vamos sair daqui sem ela. – para minha surpresa, foi Alexander quem tomou a frente.

Número quatro quase sorriu. — Creio que em poucas horas Isabella Devon não estará mais entre nós. Seu destino foi selado. Ele terminou.

— Errado! As parcas não cortaram seu fio da vida. – papai disse, parecendo um pouco impaciente.

Número dois franziu o cenho. — Não estamos falando desse tipo de fim, Nico Di Ângelo. Sendo quem é, você deve ter percebido do que estamos falando.

— Percebi sim. E é por isso que nos deixarão passar ou passaremos a força.

A minha frente, Gabriella deu um passo atras e ficou um pouco atrás de mim. Eu me movi de um jeito protetor a frente dela, agarrando sua mão.

— Creio que não! – disseram juntas, de um jeito muito assustador. — LÁDON!

E então todos os olhos do dragão se abriram. Seu corpo desenrolou da arvore enquanto se mantinha em pé. Quando todas as cabeças colocoram as línguas para fora em perfeita sincronia, eu sabia que estavamos mortos.


Eu agarrei minha espada quando outras cinco apareceram. Com uma rápida olhada para o jardim, não havia nenhum sinal das irmãs. Tudo o que indicava que elas estiveram ali, era o dragão se movendo pesadamente em nossa direção. Quando ele se aproximou de nós, pensei que iria morrer apenas por inalar seu hálito.

— Se escondam! Rápido! – Perseu gritou enquanto ele e papai atraiam a atenção de muitas cabeças.

Nós quatro nos movemos atraves do dragão, usando as espadas para desviar algumas cabeças do nosso caminho. Embora parecesse fácil, não era. Corremos cegamente em meio as arvores, afastando-nos por completo da luta. Assim que parei de correr, meus joelhos cederam e cai no chão.

— Estão todos bem? – perguntei sem folego. Não houve resposta. — Alexander? – mas quando me virei, não havia ninguém, apenas arvores.

Lentamente, percebi que não havia mais som de dragão e espadas. Não havia movimentação, vozes ou ruídos. O lugar todo cheirava a flores frescas e o único som era do vento correndo pelas folhas.

— Gabriella? Lendon? – minha voz subiu alguns tons, e comecei a andar em meio as arvores. O sol estava quase sumindo, então fiz a única coisa na qual ainda era uma opção: eu corri.


Três... Cinco... Oito minutos e meio. Esse foi todo o tempo que corri até entrar nos arbustos aparados em forma de labirinto. As paredes cobertas de folhas e espinhos pareciam mortais sob os ultimos minutos de luz do sol. Os espinhos pareciam crescer conforme o sol descia, as folhas ganhavam um tom brilhante de cobre, e as paredes do labirinto tornavam-se cada vez mais estreitas.

Foi quando eu escutei. Pareciam milhares de cobras chiando ao mesmo tempo, vozes sussurradas e alarmadas, e, finalmente, um grito que fez meu coração gelar e minhas pernas travarem.


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Notas finais do capítulo

Bem,por hoje é isso !
Deixem comentários, dúvidas, idéias e etc..
Beijos e até a próxima.



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