I Can Deal With Fate escrita por TheFênixy


Capítulo 4
A armadilha.


Notas iniciais do capítulo

Galerinha do meu brazil que amo tanto, com vocês mais um capítulo de nossa história, pós se não fossem meus leitores fies o que seria de mim?
Espero que gostem *-*



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Capítulo 4

A armadilha.

Na mansão, Allice e Jasper surgem no meio da sala. Allice parecia um pouco atordoada com o que havia acontecido. Jasper analisa sua expressão e diz:

- É assim mesmo. Com o tempo você acaba se acostumando.

Ele se afasta indo em direção ao bar, pegando uma garrafa de whisky e servindo duas doses. Allice permanecia parada, tentando fazer sua cabeça parar de rodar. Jasper retorna até ela e toca em seu braço. Ela pisca duas vezes. Sua visão está embaçada. Consegue perceber apenas uma penumbra ao seu redor. Ela pega o copo e de um gole só toma toda a bebida. Jasper se apóia na cauda do piano e fica a olhá-la por cima do copo enquanto bebe tranquilamente

- O que você quer descobrir realmente, Allice? – Pergunta numa voz tranqüila.

- Como disse antes, eu fui deixada na porta da casa do meu tio... – Jasper a escuta atentamente, enquanto volta a beber e ao mesmo tempo raciocina o que poderia fazer por ela. – Quero descobrir quem são meus pais verdadeiros. Agora eu entendo que as imagens não eram de algum filme que eu havia visto e sim visões do passado. – Terminou enquanto mexia impaciente na bolsa. Jasper assentiu deixando o copo sobre o piano e então se aproxima da garota.

- Vou te ajudar a achar seus pais. – Disse o Anjo com firmeza.

- Obrigada! – Agradeceu ela surpresa por ele concordar em ajuda-la tão rápido.

- Começaremos amanhã de manhã. Hoje tenho um compromisso. – Disse ele de forma incisiva.

- Tudo bem. E como poderei te encontrar?

- Eis meu cartão. – Responde ele puxando um cartãozinho de bolso e entrega a ela. – Agora vamos voltar à entrada. Você tem para onde ir?

- Tenho.

Ele assentiu e então ambos desapareceram e surgiram em frente à mansão. Allice agora não sentira nenhum mal estar como esperava acontecer. Constrangida, notou que ainda segurava o copo e o entregou a Jasper, que o fez desaparecer, e então a relembrou.

- Amanhã de manhã, okay?

Allice apenas confirmou com a cabeça e girando sobre os calcanhares, deu as costas ao rapaz e à casa, seguindo pela rua deserta. Jasper a observou se distanciar por um tempo e então desapareceu novamente para dentro de casa.

***

Allice estava pensativa enquanto caminhava. Sentindo-se sozinha mesmo rodeada de pessoas. Ela, pela primeira vez na história, era uma recém-nascida que conseguia se controlar e se manter próxima de humanos, mesmo sendo difícil para ela.

Sem saber o que fazer e precisando de um lugar para colocar as idéias no lugar, acaba por se lembrar de La Push, onde seu tio a levava para brincar quando ela era menor. Fazia anos que não pisava naquela praia. Allice pega o caminho em direção há La Push completamente esquecida que agora era vampira e as coisas haviam mudado

O que ela não sabia era que em La Push existe um grupo de lobos que protegem as pessoas da cidade e do vilarejo próximo à praia. Assim que cruza a fronteira, Allice sente que algo ou alguém a está observando.

Ela para no meio do caminho e olha ao redor, porém, não encontrando nada de errado. Prossegue em sua caminhada até a praia onde se senta na areia e fica apreciando o mar, imersa em pensamentos. Ela se esforçava para dar fim à sua confusão interna, mas algo dentro dela gritava que só era o começo e que cada vez mais sua nova vida iria sufocá-la.

Foi então que imagens turvas surgem em sua mente, a deixando atordoada. Por reflexo, ela leva as mãos ao rosto o cobrindo, tentando assim afugentar aquelas imagens que vinham acompanhadas de uma forte pontada em sua cabeça. Quando as imagens entram em foco, ela pode ver um jovem rapaz de cabelos loiros e olhos azuis. Seu rosto era assustadoramente familiar. Allice de relance lembra-se de que Kl comentara algo sobre um terceiro irmão enquanto arrumava as malas. Mas será que aquela imagem tinha a ver com o tal Ks? Essa era a pergunta que predominava na mente da garota. A imagem finalmente ficou completamente em foco e Allice percebeu que Ks não estava sozinho, Kl e Kn estavam com ele, em um ambiente escuro e silencioso, como um galpão abandonado. Quando o silencio é rompido, uma voz rouca e vibrante que vinha de lugar nenhum, mas ao mesmo tempo reverberava por todo o lugar.

- Eis aqui os trigêmeos do famoso TriBear... Em minhas mãos. – A voz transbordava de sarcasmo e ao mesmo tempo de prazer.

A visão vai se desfazendo, e aos poucos Allice volta a enxergar o mar que estava a sua frente. Seu coração, que agora não batia, estava angustiado. Ela sabia o que devia fazer. Levantando-se da areia, ela olha ao redor e vê várias pessoas, quando seu olhar se depara com um rapaz.

Ela o analisa por alguns minutos, notando sua pele bronzeada, seu rosto sereno com traços bem desenhados, mas o que mais chama sua atenção nele é sua forma de se vestir. Ele trajava uma camiseta regata e uma bermuda. O tempo não parecia estar quente ao ponto de permitir que qualquer ser humano pudesse vestir roupas mais leves, e aquilo a deixa intrigada. Porém, Allice tinha coisas mais importantes a fazer do que analisar o modo de se vestir daquele rapaz desconhecido.

Ela se encaminha na direção da pequena rampa com o intuito de chegar à parte superior podendo assim pegar o caminho da floresta há qual levaria de volta para casa.

AEROPORO DO PANAMÁ – TOCUMEN

Kl e Kn desembarcam e após passarem pelos procedimentos alfandegários padrões, vão recolher suas malas. Kl nota que Kn estava distante, com um semblante pensativo.

- O que ta pegando, mano? – Pergunta o mais velho, chamando a atenção do outro.

- Nada... Só preocupado com a Allice. Sinto que algo pode acontecer a ela. Você não deveria ter deixado ela lá não, mano. – Retrucou Kn num tom de acusação.

- Relaxa, Man... -Disse Kl tentando acalmar seu irmão. – Allice sabe se cuidar. Nossa preocupação agora é o Ks. Ele está precisando de nós.

- Verdade. – Afirma Kn agora focando no motivo da ida deles ao Panamá.

- Então vamos nessa.

Após pegarem as malas, os irmãos se encaminham para a saída. Algumas pessoas olham desconfiadas para eles. Era perceptível para qualquer um que eles não eram humanos comuns, mas seus tamanhos e formas físicas avantajadas ajudavam a afugentar qualquer um.

Logo à frente, uma garotinha que brincava distraída no salão do aeroporto corre tentando chegar à parede de vidro querendo ver o avião terminar de decolar e acaba esbarrando em Kn.

Ela levanta a vista enquanto ele parado a olhava. A garotinha parecia um tanto assustada, mas Kn abre um breve sorriso de covinhas fazendo a menina sorrir em resposta. E então ouve-se uma mulher ao longe chamar pela garotinha, Mary. Ela corre na direção da mulher e acena para Kn, que faz um aceno rápido e logo volta até seu irmão que tinha parado para observar a cena.

- Pegou o número dela? – Questiona Kl com um grande sorriso zombeteiro no rosto ao ver Kn se aproximar.  O outro responde dando um soco no ombro do mais velho. – Qual é man? Rolou o maior clima entre você e a baixinha ali.

- Cala a boca, Kl. – Retrucou Kn rindo.

Saindo do aeroporto eles trocam um olhar.

- Em que o Ks se meteu dessa vez? – Perguntou Kn olhando o movimento da rua.

- Não sei. Ele apenas disse que está enrascado até o pescoço e que não dava para falar por telefone, mas é coisa séria. Prometeu que nos contaria tudo quando chegássemos.

-Beleza. Mas onde ele está?

- Lembra da casa que nossa mãe tinha comprado quando ainda éramos humanos? Pouca antes daquele ataque? – Kn apenas assentiu. – Então, ele está morando lá.

- Ah... então vamos correndo. – Falou Kn sorridente, mas mudou de idéia ao ver a cara do irmão. Um táxi talvez? – perguntou já indo na direção de um que estava parado a alguns metros deles, mas Kl o puxa pela mochila. – O quê?

- Esqueceu que nosso irmão está com um problema? Não podemos nos arriscar a correr nem nos dar ao luxo de pegar um táxi. Vamos roubar um carro. – E ambos trocaram um sorriso.

Eles seguem a pé até a Avenida e lá roubam um carro preto, potente, mas que não chamaria tanta atenção. Já dentro do carro, Kn revira a mochila atrás do celular e liga para a casa, enquanto isso, Kl que dirigia o observa.

- Para onde está ligando? – Pergunta o mais velho.

- Allice. – Responde o outro como se fosse óbvio.

Kl se cala, porém, em sua mente, se questionava o porquê de Kn estar tão próximo da garota. Ele começa a achar que é por que estava interessado nela e um sorriso brincalhão surge em seu rosto. Kn que estava mais preocupado com a ligação não percebe a expressão de seu irmão, e desliga assim que é encaminhado para a caixa postal e apoiando o cotovelo na janela, segura o queixo pensativo.

***

A alguns quilômetros do aeroporto, em um bairro relativamente nobre, há uma casa um tanto antiga, mas mesmo assim muito bonita. Dentro dela, um rapaz loiro de olhos azuis andava impacientemente pela sala de estar. Era o último gêmeo. Ks.

Ele esperava apreensivo pela chegada de seus irmãos. Tinha receio que fossem confundidos com ele por serem tão parecidos. Já fazia horas que eles tinham se falado. Quando ouve o motor de um carro potente, ergue uma sobrancelha e segue até a janela. Com o indicador, puxa a persiana um pouco para baixo e dá uma espiada. Vendo que eram seus irmãos, ele respira aliviado e abre a porta. Do lado de fora da casa, Kl e Kn descem do carro e ao verem que seu irmão mais novo está bem, uma expressão de alívio surge no rosto de ambos. Os irmãos vão até Ks e o puxam para um abraço em grupo.

Passado o momento do reencontro, Kl, Kn e Ks estavam reunidos na cozinha tomando uma cerveja, quando Kl, mesmo contra vontade, acaba com a alegria do reencontro.

- A prosa está boa, mas temos algo a resolver irmãozinho. – Ks, que até então tinha conseguido deixar o problema de lado, olha para seu irmão mais velho e cobre o rosto com as mãos.

- Sim, temos...

- O que você aprontou dessa vez, cara? – Perguntou Kn agora impaciente. Ks levanta a cabeça, dá um longo suspiro e toma mais um gole de cerveja pensando em como vai começar a explicação.

- Tudo começou... –Uma batida forte na porta chama a atenção dos três, que se colocam de pé no mesmo instante, trocam um olhar e logo Ks decide atender, flanqueado por Kl. Ao abrir a porta se depara com um jovem de cabeça baixa, Ks não a conhecia, então perguntou num tom de voz calmo. – Oi... Er... Quem é você?

Allice levanta a cabeça para olhá-lo e fica espantada com tamanha semelhança entre o vampiro que a atendera e os dois que conhecia. Ks a fitava sem entender sua expressão de espanto. Com o silêncio que se sucedeu, Kl se aproxima preocupado e vê Allice.

- Allice? – Pronuncia o nome da garota com espanto. – O que faz aqui?

A garota olha para Kl por cima do ombro do mais novo e logo dá um passo para entrar, porém, Ks ainda barrava sua passagem.

- Com licença. – Diz o empurrando contra a porta e invadindo a casa. Ela tira o casaco e o joga sobre o sofá, e vira-se para os dois. Kn que surgia na porta da cozinha para espantado ao se deparar com Allice no meio da sala.

- Como... – Ele começa, mas Allice o interrompe com um aceno de mão.

- Tive uma visão de vocês. – Os três a olham agora ainda mais surpresos. – Exatamente isso que acabaram de ouvir, e como você Kl, praticamente me criou, não poderia deixar que caíssem nessa armadilha.

- Do que você está falando? – Perguntou Kn confuso. E então focou sua atenção no rosto do irmão mais novo. – Droga, cara! Dá pra contar o que ta rolando aqui?

- Calma man. – Disse Kl tentando acalmar seu irmão. – Vamos Ks, diga o que está acontecendo!

- Há duas semanas, conheci uma garota cujo nome era Evellyn, muito gata por sinal. - Acrescentou com uma expressão um tanto maliciosa e Allice pigarreou o advertindo. – Passamos a noite juntos e no dia seguinte quando acordei estava sozinho e havia um bilhete que continha um recado e no final um endereço. Como sempre fui curioso, fiz o que o bilhete estava informando e segui até o tal endereço. Lá encontrei a tal mulher, mas havia algo estranho nela. Conversamos por mais de meia hora. Ela queria saber onde estavam “As Escolhidas”. - Ks fez aspas no ar, enfatizando as palavras ao dizer Escolhidas. Aquilo fez Allice estremecer. Ela sabia que tinha algo de estranho naquela história. Ks prosseguiu. – Quando eu respondi pela vigésima vez que não sabia de escolhida nenhuma, ela aproximou-se rapidamente e tocou minha testa. Quando acordei estava empapado de sangue e com o corpo de uma mulher ao meu lado. Imediatamente eu vesti a roupa que estava espalhada no chão do quarto e saí de lá. Agora estou sendo procurado pela policia como assassino, mas eu juro a vocês, eu não fiz nada! Tem meses que não bebo sangue humano!

Allice nota o desespero na voz de Ks que a faz vacilar em sua postura rígida. Ela suspira e caminha para a janela. Enquanto isso Kl e Kn trocam um olhar, Ks segue até o sofá e senta-se com o rosto nas mãos. Todos ali preocupados em como livrá-lo da cilada que se meteu.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, pessoal... O que será que a tal mulher quer dos TriBear? Será mesmo que o problema é com eles?
Só descobriram se continuar a ler
Beijinhos
Até a próxima ( :



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