I Can Deal With Fate escrita por TheFênixy


Capítulo 3
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Queria primeiramente me desculpar pela demora na freqüência de postar, pós como sou péssima em ortográfia e gramática peço auxílio a meu irmão *-*Mas vamos ao que interessa... Hoje acompanharam mais um pouco da história de nossa personagem mais amada e odiada do mundo Allice rs Com vocês o capítulo 3 de nossa viagem à um outro mundo ô/



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Capítulo 3

Revelação


Allice mantinha o olhar fixo no rosto de seu tio enquanto este contava-lhe sobre seu segredo. Ela tentava entender o motivo de tudo ter mudado tanto em tão pouco tempo. Coisas que à pouco ela jurava não existir, agora ela não apenas sabia que existiam como também agora faziam parte de sua vida.

Ela não mais escutava o que Oráculo falava. Sua mente estava focada em suas dúvidas e incertezas. Não sabia mais o que realmente estava acontecendo, o porquê de tudo ter mudado e suas visões de quando humana. Ter encontrado com o rapaz, Jasper Lúcifer, fez com que essas visões viessem à tona.

"Por qual motivo meu caminho se cruzou com o de Kl e o de Jasper?"

A garota parecia tão distante que seu tio acabou por tocá-la no braço, tentando assim trazer a atenção da garota de volta para si, e recebeu em resposta uma expressão vazia juntamente com um olhar vago.

– O que está havendo, minha linda? - questiona ao notar que pouco à pouco o foco voltava aos olhos de Allice.

– Não é nada. Retruca a garota automaticamente. - Eu preciso ir agora. - Diz ela pondo-se de pé num salto. Por reflexo, seu tio a segura pelo braço.

– Você irá retornar? - Allice acena com a cabeça, então ele lhe beija a testa e solta seu braço. - Esteja onde estiver, estarei aqui. Te esperando.

– Sim. - Ela começa emocionada ao sentir o quão verdadeiras eram as palavras de seu tio. - Prometeu deixando a casa logo em seguida, como se a visita nunca tivesse acontecido. Apenas seu perfume no sofá e um delicado lenço esquecido sobre a almofada provavam o contrário.

***

Na rua semi-deserta, ela caminha lentamente, deixando que os pingos de chuva caíssem e molhassem seus cabelos e roupas. Tentava compreender o que mais faltava naquele quebra-cabeça de sua nova vida, quando uma vaga e distante lembrança invade sua mente. Ela havia marcado de ajudar sua melhor amiga no trabalho de biologia. Mudando sua rota, Allice segue para a casa de Isabelle, esquecendo-se momentânea e completamente que provavelmente, aos olhos da amiga, estaria diferente, sem contar o fato de que Isabelle ainda seria humana.

Allice para à frente da casa da amiga e fica a fitar atentamente a porta. Ela suspira e segue, pé ante pé, para o portal e toca a campainha, ouvindo em seguida os passos a apressados de Isabelle dentro da casa. Por um momento ela gira a cabeça para o lado, notando uma garota saindo de casa e entrando no carro.

A lembrança do que havia lhe acontecido a 4 dias atrás invade sua mente. Ela lembra nitidamente da dor e trinca o maxilar. É quando sua amiga abre a porta e fica um tanto surpresa. Isabelle fica parada apenas olhando-a, então Allice suaviza sua expressão e suspira. O cheiro de Isabelle faz com que a garganta de Allice fique em chamas por conta da sede. Ela engole em seco e sorri tentando disfarçar. Isabelle, ignorando completamente dos olhos rubros, para a total surpresa de Allice, a abraça com ternura. A outra, com cuidado e carinho, enlaça sua amiga com os braços e apoia o queixo no ombro da mesma.

– Nem acredito que você está bem e viva! - Diz Isabelle com lágrimas nos olhos saindo do abraço de Allice mantendo as mãos firmas nas da amiga. A vampira em resposta abre um meio sorriso, já ciente que teria muito a explicar para a amiga humana, e tinha medo, por motivos plausíveis, que Isabelle se afastasse dela. Isabelle, indiferente às reflexões de Allice, limpa as lágrimas dos olhos e continua. - Você tem muito a explicar mocinha. Mas vem, vamos entrar. Minha mãe já saiu para o trabalho e eu não tenho aula.

Isabelle arrasta Allice para dentro de casa, mantendo sempre sua animação constante. Juntas, elas seguem até a cozinha onde Allice senta-se na cadeira e fica observando enquanto Isabelle prepara café da manhã, para então, começar a questionar.

– Por onde esteve nestes últimos 4 dias?

– Na casa de um rapaz... - Começou Allice, porém se interrompeu ao ouvir a risadinha de Isabelle. - Não é isso amiga! Eu... - Allice recomeça e então se levanta indo até a porta da cozinha e se apoia no portal. Sem olhar para Isabelle, Allice conta seu relato, desde o encontro com o rapaz ensaguentado enquanto ia para a escola, passando pela transformação e Kl. - ... Eu não sei como explicar. Kl parece intimidador quando sério, mas tão doce quando abre um sorriso. A expressão que eu vi em seu rosto quando ousei abrir os olhos no final da transformação... - Allice não encontrou uma boa palavra para concluir o raciocínio.

– Parecia solidário com sua dor? - Arriscou Isabelle, que até aquele momento não dissera uma palavra.

–Muito mais que isso! Parecia que ele se sentia responsável por mim. Só me lembro de ser largada e cair naquele asfalto frio e duro. De resto, apenas imagens turvas e nebulosas. Lembro do toque frio da mão de Kl até a dor ficar menos intensa, nos minutos finais da transformação.

– No que você se transformou exatamente, Allice?

– Vampira. - Respondeu ela da mesma forma vazia e seca que Kl disse. Isabelle assustada dá um passo para trás e ambas ficam se encarando até que Isabelle suspira.

– Eu imaginei que fosse algo assim quando vi a cor de seus olhos. Mesmo assim, fico feliz que você esteja aqui agora. - Sorrindo largamente, Isabelle desata a contar a Allice tudo que ela perdeu nos últimos dias enquanto esteve sumida.

De repente, uma visão domina completamente a mente de Allice a deixando sem reação. Ela vê imagens turvas de um casal. A moça estava grávida. Houve uma mudança. Agora a moça carregava em seus braços uma criança que tinha apenas horas de vida. A noite era escura e chovia muito. Ela deixa o bebê sobre o capacho na entrada de uma mansão, deixando um bilhete e uma correntinha com um pingente que era um pentagrama. Ela parte antes mesmo de a porta se abrir, e é neste momento que Allice volta ao presente e se depara com Isabelle que está com uma expressão apavorada.

– O que houve? - Pergunta ansiosa.

– Eu não posso explicar agora. - Allice responde bruscamente se levantando. - Tenho que ir. - Ela parte deixando uma brisa suave e uma Isabelle confusa no meio de uma pergunta.

– Mas você volta? - Pergunta ela para o nada.

***

Allice corria por entre as árvores. Se perguntava qual era o significado daquelas imagens. Ela chega na casa de Kl e Kn rapidamente, porém, para de chofre ao notar a movimentação dos irmãos pela casa.

– O que está acontecendo? - Pergunta ao se deparar com Kl arrumando uma mala.

– Já arrumei sua mala. Vamos para o Panamá. Nosso irmão mais novo, Ks, está precisando de ajuda. - Responde Kl terminando de arrumar a mala. - Vamos Allice! - Concluiu ao ver que a garota não havia se movido.

– Mas eu não posso ir. Não agora.

– Incrível! O que foi agora? - Questionou Kl irritado fechando o zíper da mala.

– Nada! Vai resolver o problema do teu irmão. Eu estarei aqui quando vocês voltarem. - Ela se aproxima e o beija no rosto sussurrando. - Boa sorte...

– Tem certeza? - Questiona Kl segurando brevemente a mão de Aliice quando ela faz menção de se afastar.

– Sim. Preciso descobrir uma coisa. - Kl assente e a solta, deixando o quarto logo em seguida.

Allice suspira e logo vai para o próprio quarto, e lá chegando se esparrama na cama. Fica a fitar o teto, tentando entender as imagens e descobrir o que está para acontecer. Pensando em quem poderia ajudá-la, acaba por se lembrar de Jasper. Mesmo sabendo que não o conhecia, sentia que ele era a única saída para descobrir o que as visões queriam dizer. Ela rapidamente se levanta e sai pela janela.

Esperando encontrá-lo novamente naquele bar, ela corre até as redondezas do local, passando a um caminhar tranqüilo quando chega próxima ao local. Apesar de estar contente por ter encontrado o bar, para sua frustração, Jasper não está lá. Ela senta-se pensativa em um banco. Ela estava sozinha, assim como o bebê em sua visão.

Estava compenetrada em suas reflexões internas quando a barwoman toca seu ombro e por algum motivo não se incomoda com a pele dura e fria. Allice demora para compreender o que a mulher estava dizendo.

– Desculpe. O que disse? - Perguntou confusa.

– Perguntei se está bem e se vai querer algo para beber.

– Não vou querer nada, obrigada. - Disse Allice se levantando e seguindo em direção a porta.

– Acho que sei como ajudar. Aquele rapaz mora em uma mansão que fica à uma hora daqui. É fácil de encontrar. É a única da redondeza. Espero que você consiga. - Disse a moça às costas da garota. Allice em resposta acenou com a cabeça e, sorrindo de lado, saiu.

– Obigada. - Foi o sussurro que a Barwoman ouviu antes de a porta se fechar.

***

O tempo esfriara. Uma leve chuva começara a cair, mas Allice ignorava. Ela caminhava calmamente pelas ruas agora desertas. A chuva encharcara seu cabelo e suas roupas, mas isso não importava para ela. A fala da moça martelava em sua cabeça: “... aquele rapaz mora à uma hora daqui em uma mansão, é fácil de você encontrar, é a única mansão nas redondezas...”

Por fim ela acaba seguindo a indicação da Barwoman e chega a um grande portão onde é atendida por uma voz masculina ao tocar o interfone:

– Quem é?

– Meu nome é Allice. Desculpe incomodar, mas... poderia me informar se aqui mora alguém chamado Jasper? – A voz hesita por um momento e então suspira.

– Só um minuto jovem.

Allice fica lá esperando. Momentos se passam e, vendo que não iam atende-la, Allice faz menção de se virar para ir embora. É quando sente um toque quente e suave em seu braço. Ela se depara com Jasper, sem compreender como ele surgiu tão rápido. Ela fica a olhá-lo perplexa, ele, então, recolhe sua mão e pergunta:

–Em que posso ajuda-la? – Ao ver que a garota não respondia, Jasper ergue uma sobrancelha e pergunta novamente. – Em que posso ajuda-la, moça?

– Preciso da sua ajuda! – Responde Allice por fim, limpando a água da chuva que agora diminuíra. – Meu nome é Allice. Allice Johnson. – A voz da garota tremulava e ele percebeu o nervosismo dela.

– Calma, eu te ajudo. – Disse erguendo as mãos. – Mas vamos sair dessa chuva primeiro. – Completou indicando a mansão. Porém Allice sacudia negativamente a cabeça. – Okay então. Onde vamos?

– A qualquer lugar!

– Okay! – Jasper assentiu e começou a caminhar, esperando que Allice o acompanhasse. Ela o segue em silêncio e ele torna a falar. – Por que no bar você olhou para mim como se já me conhecesse? Até meu nome você sabia...

Allice apenas suspira.

– Desde pequena eu tenho visões. São Flash’s em minha mente que me mostra um futuro próximo, ou distante. Às vezes é exatamente como eu vejo. Outras vezes ocorrem mudanças. Eu havia te visto em uma dessas visões... – Ela se interrompe meio pensativa e continua. – Não me lembro mais de quase nada de quando humana. Minhas lembranças estão turvas demais.

– É assim mesmo, Allice. Com o tempo melhora... ou piora... – Ele a olha de lado e então volta a olhar para frente. Allice coloca as mãos no bolso do casaco e suspira.

– Lembro que meu tio falou que fui deixada na porta da casa dele com um bilhete que dizia apenas “Cuide bem dela. Ela é especial”. – Allice puxa de dentro da blusa um cordão preto com um pingente de prata em formato de lua minguante. Jasper para de caminhar e se vira. Analisa atenciosamente o pingente e olha para Allice. – Hoje, enquanto conversava com uma amiga, minha única amiga, Isabelle, tive uma visão...

– Precisamos de um lugar reservado para conversar. – Jasper a cortou bruscamente e, segurando no ombro dela, ambos desaparecem. Uma brisa suave leva consigo folhas caídas no chão.



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Notas finais do capítulo

É isso aí... Espero que estejam gostando u.userá que agora as coisas vão começar a ficar mais claras ou ainda está longe de se revelar os mistérios da origem da nossa jovem vampira?Aguarde o próximo capítuloAté mais



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