I Can Deal With Fate escrita por TheFênixy


Capítulo 5
O motivo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de me desculpa pelo imenso tempo sem postar nada, aos poucos que estão acompanhando, meu muito obrigado pela paciência comigo rs, e ao meu mano Ks que não me deixou desistir ô/.
Enfim. Mas um capítulo de I Can Deal With Fate.
Como havia dito no capítulo anterior... "O que será que a tal mulher misteriosa que dos TriBear? Será que o problema é com eles?" Vocês vão ter mais uma evidencia do que está acontecendo nesse capítulo.
Enjoy ^^



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Capítulo 5
O motivo.


Ao entardecer, Allice assistia ao pôr-do-sol acomodada no degrau da varanda da antiga casinha. Refletia sobre o que os três gêmeos haviam conversado. Mal sabia ela que uma grande revelação estava por vir. Enquanto todos estavam ocupados pensando em como iriam inocentar Ks, esqueciam o real motivo que o levou a entrar nessa grande confusão. Ks estava sendo usado como bode expiatório.
Seus pensamentos são interrompidos pela aproximação de Kn que parecia um tanto preocupado com a distância que Allice formara entre ela e os demais. Logo ele senta-se ao lado dela e a analisa com o olhar. Ela, um tanto incomodada, sorri timidamente e o questiona com um tom de voz calmo.
– O que tanto olha? – Seus olhos fixam-se nos dele procurando uma resposta.
– Nada! –Disse Kn sorrindo e desviando o olhar para o pôr-do-sol. E então continua – Por que de repente você saiu e veio sentar-se aqui?
– Gosto de me isolar quando estou refletindo. – Respondeu Allice calmamente enquanto volta seu olhar para o belo acontecimento da natureza. Um longo silêncio seguiu, durando até a entrada de Ks, que mesmo nas piores situações conseguia fazer todos riem.
– O que as comadres estão a fofocar? – Disse ele sentando-se entre Allice e Kn que dão uma breve risada. – É sério. Vocês, juntos aqui, falando baixinho, compenetrados... Só podem estar falando de mal de alguém. – Concluiu com ar de quem sabe das coisas.
– Ah! Que pensamento maldoso de uma pobre jovem indefesa. Eu não sou fofoqueira, ursinho. Sou uma santa. - Ela acaba por fazer um breve biquinho fazendo Kn e Ks rirem.
– Indefesa? Santa? – Perguntou Kn arqueando uma sobrancelha com a expressão duvidosa. Em resposta ela apenas acena positivamente com a cabeça. Os rapazes se entreolharam e caíram na gargalhada. Kl acaba aparecendo abocanhando um belo pedaço de um sanduíche e levando uma latinha de coca à mão. Allice levanta-se e corre em passos leves e graciosos na direção do recém-chegado e com um doce sorriso angelical pergunta. – Maninho não sou santa? – Kl se engasga teatralmente e começa a tossir. Allice o olha preocupado achando que aquela ceninha era real, até que ele começa a rir junto com seus irmãos e responde.
– Não me faça perguntas difíceis, Allice! – Com essa, Allice bate no braço dele e rouba-lhe a latinha de coca, mostrando a língua para ele como uma criança de cinco anos de idade. Bebendo, ela volta a se aproximar de Kn notando que Ks havia roubado seu lugar e sem pensar duas vezes senta-se no colo de seu irmão preferido, Kn, deixando-o sem reação. A naturalidade com a qual ela agia não o deixa intimidado. Ela toma a coca enquanto observa os três conversarem como se estivessem sozinhos.
***
Já havia anoitecido. Allice tinha se recolhido para descansar um pouco. Os três irmãos não tinham nada para fazer e cada um estava em seu canto pensando. Apesar de estarem juntos e saber que no fim iriam arrumar uma saída para a confusão na qual Ks se metera, eles não tinham ânimo para fazer nada. Como sempre, o caçula, que não gostava de ver seus irmãos calados demais e estava acostumado a infernizá-los, decide animar um pouco há situação. Ele levanta-se de um pulo, chamando assim a atenção dos outros dois. Quando ele faz menção de dirigir-se para o corredor que levaria ao quarto onde Allice estava descansando, Kn o olha de lado e questiona.
– O que vai fazer? Allice está descansando. – Avisou. Ele conhecia perfeitamente seu irmão mais novo e imaginava que Ks fosse aprontar algo.
– Nada. Só vou ver se ela está bem acomodada. – Responde o mais novo com um sorriso inocente no rosto.
Pela primeira vez em anos, Kn cai na conversa do caçula, voltando assim sua atenção para seus pensamentos. Ks então segue pelo corredor e com cuidado abre a porta, adentrando com passos leves o aposento de sua mais nova irmã. Com um sorriso faceiro no rosto ele olha para os lados, porém, não encontra nada que pudesse ser usado. A oportunidade era perfeita de mais. Ele tinha que aprontar algo para “batizar” a garota. Com a mão no queixo, ficou observando sua irmã respirar lentamente enquanto pensava no que faria. Por fim, lembra-se de seu celular. Pegando-o no bolso da calça, procura o toque mais assustador e o deixa no volume máximo, programando o despertador logo em seguida. Ele deixa o aparelho bem ao lado da cabeça de Allice. Prendendo o riso, deixou o quarto.
Na sala Kn e Kl não haviam se movido. Ks com as mãos no bolso e com a expressão mais levada do mundo se aproximou e sentou ao lado de Kl no sofá.
– Não acredito que vamos passar a noite inteira brincando de encarar. – Disse dramaticamente rolando os olhos. De repente, um grito estridente ecoa pela casa. Kn se levanta para ir ver o que aconteceu quando Allice praticamente se materializa na sala com o celular na mão. A garota tinha uma expressão mortífera no rosto. Seu olhar estava focado em Ks. Ela agora conseguia facilmente distinguir dos três.
– Eu vou te matar pirralho! – Gritou avançando na direção dele, mas sendo interceptada por Kl que a segura pela cintura. – Me solta! Agora!
Ela irradiava fúria e Ks não resistiu, caindo na gargalhada com a cena. Kn se vira para o mais novo e questiona um tanto irritado.
– Você fez isso?
– Claro! Mais alguém nessa casa faria isso? – Falou entre gargalhadas. – Bem vinda maninha. – Concluiu com dificuldade.
– Vai se... – Começou a garota.
– Allice, calma. – Interrompeu Kl puxando-a para fora da casa. Allice se debatia tentando escapar dos braços de Kl, mas todas as tentativas eram em vão. Já fora da casa, ele encostou-a na parede. Allice fecha os olhos e respira fundo tentando se acalmar do recente acesso de fúria. Fechando a mão transforma o celular do caçula em sucata, deixando o aparelho completamente amassado. Ao ver a garota soltar o que restou do celular do caçula, Kl riu, sabendo que seu irmão iria pirar ao ver em que seu precioso e muito caro celular tinha se transformado. Allice abaixa a cabeça e suspira. Kl então segura seu queixo e levanta a fazendo encara-lo, perguntando em seguida. – Está mais calma?
– Estou. – Respondeu ela soltando outro suspiro. Kl encosta seus lábios na testa de Allice dando um demorado beijo. Ela fecha os olhos e envolve seus braços ao redor da cintura do loiro e encosta o rosto no peito dele, que começa um carinho nos logos cabelos dela. Nesse momento Kn aparece na porta e vê que agora Allice estava mais calma. Assim que ele dá um passo para a varanda, Ks que o seguia aparece. Seus olhos deslizam pelos dois abraçados até encontrar o que restava de seu celular.
– Ah! Cara! Não acredito que você fez isso! Poxa, Lice! – Ele leva as mãos aos cabelos, os bagunçado um pouco. Allice ergue a cabeça e observa a reação do loiro caçula. Se afastando de Kl, segue até Ks.
– Que isso sirva de lição caçulinha – Disse cutucando o peito do rapaz e seguindo para dentro da casa. Escutando a gargalhada que Kn e Kl dão em uníssono, ela ri brevemente.
Forks – Washington.
Isabelle estava deitada em sua cama fitando o teto pensando em sua melhor amiga, que já não era mais a mesma de antes e estava ausente demais. Aquilo a entristecia, pois Allice era a única amiga que Isabelle tinha, e perder essa amizade deixava um vazio imenso em seu peito. Uma lágrima escorre no rosto dela que limpa imediatamente e suspira. Com uma expressão determinada, põe-se de pé e sussurra para si mesma.
– Não vou deixar que essa amizade acabe só porque agora ela é uma vampira! - Com as mãos em punho, ela reflete por um longo minuto e pega seu celular, saindo do quarto em seguida. Ela sabia que era inútil, pois não tinha idéia de onde sua amiga estava, mas não podia ficar de braços cruzados. Ela tinha de fazer algo para tentar ajudar. Descendo as escadas o mais rápido que podia, encontra sua mãe que saía da cozinha enxugando a mão.
– Aonde vai há essa hora, moçinha? – Ela pergunta surpresa.
– Esqueci de pegar o caderno de uma amiga para por a matéria em dia, mãe. Posso ir buscar? –Perguntou calmamente tentando conter o desespero que sentia.
– E por que não pega amanhã? – Rebateu sua mãe desconfiada.
– Porque amanhã a professora de matemática vai corrigir o caderno e o meu está atrasado. Por isso. - Respirou profundamente e soltou o ar antes de prosseguir. – Agora, se quiser que eu tire nota baixa tudo bem. – Virou-se fazendo menção de subir novamente as escadas quando sua mãe com um suspiro pesado disse.
– Tudo bem. Você tem 20 minutos para ir e voltar. Qualquer coisa me ligue.
– Ok, mãe! – E dizendo isso saiu de casa.
O tempo estava frio com uma leve garoa. Ela coloca o capuz do casaco sobre a cabeça e segue pela rua deserta. Apertando os olhos para tentar enxergar por entre a neblina, caminha decidida para o endereço do senhor Oráculo, tio de sua melhor amiga.
Oráculo estava acomodado em sua velha poltrona de couro, com um livro na mão e uma xícara de chá na outra. Seus olhos liam concentrados aqueles textos sem vida. Enquanto bebericava o chá, a campainha toca. Ele olha para a porta e coloca a xícara na mesa de centro, fecha o livro o colocando ao lado da xícara e levanta-se. Ao abrir a porta, depara-se com Isabelle tremendo de frio com o casaco molhado.
– Madonna Achiropita, menina! O que faz aqui há esta hora e neste tempo? Vamos entre! – Ele a puxa gentilmente para dentro da casa fechando a porta logo em seguida. Ele conduz Isabelle até a poltrona onde estava sentado antes, acomodando-a ali. Oráculo puxa o edredpom que estava sobre o sofá e o estende sobre a garota, que sorri em agradecimento. Ele nada diz e puxa a mesa de centro para mais perto e senta-se sobre o móvel. – O que faz aqui, Isabelle? –Perguntou ele confuso. A garota estava com muito frio, seu queixo tremia e ela não conseguia dizer absolutamente nada. Oráculo com toda calma do mundo seguiu até a cozinha de onde voltou com outra xícara de chá, que foi entregue para a garota.
Passado alguns minutos o frio cede e então Isabelle começa a explicar.
– Desculpa ter aparecido assim do nada. É que já faz muito tempo que não vejo a Allice, e estou muito preocupada com ela. Sei que ela pode se cuidar sozinha já que é... – Hesita por uns instantes antes de prosseguir. – Uma vampira. Só que não posso ficar de braços cruzados esperando que um dia ela retorne. Quero saber notícias dela e pensei que o senhor pudesse me dizer.
– Infelizmente não tenho nenhuma noticia de minha amada sobrinha. Allice está sumida e não faço idéia de onde esteja.
O silêncio reina no ambiente quando os dois se silenciam, imersos em pensamentos.
Panamá
Allice já estava completamente calma. Estava acomodada no sofá com uma expressão vazia e sua atenção focada em algo. Os irmãos conversavam sobre os prováveis interesses da tal mulher que havia metido Ks nessa confusão, quando de repente Allice inclina-se sobre seu abdômen e cobre o rosto com as mãos, sussurrando algo estranho, chamando assim a atenção dos três que se aproximam dela. Kl a toca no ombro e pergunta.
– O que está acontecendo Allice? – Seu tom voz denotava sua preocupação. Allice, sem tirar as mãos do rosto, começa a explicar.
– Alguém... Um homem... Alto de olhos verdes... Está observando a casa de meu tio. Não consigo identificar quem é, mas sinto desejo maligno nele. – Num rompante, Allice se levanta. Empurrando Ks e Kn para os lados, segue até uma mesa de canto, pegando o celular que lá estava logo discando um número.
– Allice... – Começou Kn, mas a garota apenas levantou a mão, como que pedindo para que ele esperasse. Uma voz rouca atende ao telefone.
– Olá... – Não era a voz de seu amado tio, e aquilo fez o estômago de Allice revirar.
– Quem é você? Onde está meu tio?
– Quem sou não interessa... Mas deve saber que seu tio está comigo e... Sua amiguinha também. – O estômago de Allice deu outro solavanco. - Se quiser salva-los, faremos uma troca. Anote o endereço.
– O que você quer comigo?
– Não se faça de boba, pequena Allice. Tudo estava planejado. Desde o ataque que te transformou até este momento. O nosso* alvo sempre foi você. Agora, se quer salvar a todos, siga exatamente o que vou te dizer...
O homem dita um endereço para Allice, que anota num bloquinho de papel com certa dificuldade, pois está tremendo. Seu desespero preocupa ainda mais seus irmãos, que esperam impacientemente. Assim que ela desliga, abaixa a cabeça e lágrimas escorrem por seu rosto. Kn a puxa para si e envolve-a em seus braços tentando confortá-la enquanto Ks e Kl a questionam.
– O que aconteceu Allice? Quem era? – Disse Kl preocupado.
– Allice, o que ele disse que te deixou assim? Vamos! Somos teus irmãos. Temos o direito de saber. – Falou Ks.
– Eu não sei! Eu não sei. Eu não sei... – Falou entre os soluços de seu choro. As lágrimas molhando a frente da camiseta de Kn. – Só disse que quer a mim. Eu sempre fui o alvo...
– Como assim? – Perguntam os três em uníssono. Ela nada responde.
Eles trocam um olhar confuso, enquanto Allice chora desesperada, se culpando por tudo que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

E então? Por que será que sequestraram o tio e a amiga de Allice e será mesmo que estão com eles?
Vocês só descobriram nos próximos capítulos. Continuem lendo *-*
Bjus!
Criticas, elogios e ideias deixe uma Reviews .
Afetuosamente: Allice Delcroxs



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