O sangue de Damon curou Juliana, e como agradecimento a moça deu-lhe um beijo apaixonado e de reconciliação.

- Agora eu preciso ir ali ao banheiro trocar de roupa, não quero ficar nem mais um segundo nesse hospital! Disse Ela interrompendo o beijo.

- Uh! Eu posso ir com você? Posso te ajudar a se vestir, ou melhor, despir... Disse o vampiro com cinismo inconfundível.

Juliana abriu a boca, ia começar a falar alguma coisa quando foi interrompida por Damon.

- Já sei, já sei: “Damon seu descarado, sem vergonha, safado...” Disse ele sentando na poltrona do quarto insatisfeito.

- Na verdade eu ia dizer... Disse Juliana sensualmente colocando seus braços sobre os apoios da poltrona e aproximando seu rosto do dele. -... Que você podia ir até lá e me ajudar a desabotoar essa camisola, eu soube que botões hospitalares são tão difíceis de se livrar! Disse ela agora no ouvido dele.

- Sério, quer que eu vá lá com você? Perguntou ele com uma voz sensual.

- Claro que... Não! Exclamou Juliana rindo e tirando sarro dele.

- Você é tão cruel! Disse ele abaixando o fogo, enquanto ela ria mais e andava na direção da porta do banheiro.

- Não faço nada que você não mereça... Disse ela rindo.

Damon rapidamente levantou da poltrona e bloqueou Juliana contra a parede.

- E eu mereço ser maltratado? Perguntou ele com os lábios próximos dos dela.

- Você quer mesmo a resposta? Disse ela mordiscando seus próprios lábios.

- Garota, não brinque comigo... Estou começando a ficar louco. Disse Damon.

- Que bom, a intenção é essa! Agora me deixa trocar de roupa MAD MAN! Disse Juliana dando umas batidinhas nos braços de Damon que a aprisionavam na parede do Hospital.

Damon riu e a soltou, ele gostava de ser provocado exatamente do jeito que ela provocava, era instigante e ao mesmo tempo estranho, estranho por perceber a semelhança que às vezes a personalidade dela tinha com a dele. Era como se o sangue dele dentro dela conversasse com ele do lado de fora numa sincronia inexplicável.

Mas não eram pelas semelhanças que ele gostava de Juliana, eram justamente as diferenças que o cativava, a fragilidade dela, sua castidade, sua beleza humana, talvez se ela pudesse ser transformada isso acabaria? Que bom que ele não tem que se preocupar com isso. Mantê-la viva e feliz é a sua nova meta de vida.

Minutos depois...

            Damon e Juliana atravessaram a porta do quarto de mãos dadas, para a surpresa de John (Que descanse em paz... rsrs’) que aguardava do lado de fora. Como era possível? A filha dele, a pouco moribunda, andando saudável e corada para fora do quarto.

- O que aconteceu? Como isso é possível? Gaguejava ele incrédulo.

- Por favor, John! Você já ressuscitou dos mortos, é a última pessoa do mundo que deveria ficar surpresa com a recuperação ‘milagrosa’ da sua filha! Disse Damon acompanhando Juliana até a saída.

- Você a transformou em vampira seu patife! Exclamou John decepcionado e tentando ofender Damon.

- Calminha aí, Tio John! Não é porque agora você virou meu sogrão que eu não posso mandar você pro além de novo se gastar minha paciência... Abaixa seu tonzinho porque eu não toquei em um fio dela, não por falta de tentativa, confesso, é porque sua filha sabe ser bem escorregadia quando quer! Disse Damon.

- Chega, vocês dois! Damon não precisa mandar ele pro além, e John ele não me transformou apenas me deu um pouco do seu sangue para que eu me curasse...

Damon sorriu para John mostrando-se sobre seu feito.

- Vocês vão pra onde? Perguntou John entendendo a situação.

- Para casa ora! Disse Juliana.

Chegando à residência Gilbert...

Elena estava sentada no sofá amparada por Bonnie e Caroline, enquanto Stefan estava na cozinha preparando uma sopa para tentar forçar a namorada que estava de jejum desde a notícia sobre a doença de Juliana.

As meninas foram surpreendidas quando eis que de repente surge na sala de estar Damon e Juliana com uma aparência completamente saudável.

- Juliana o que você está fazendo aqui? Perguntou Elena surpresa pulando do sofá junto com as amigas.

- Eu melhorei! Exclamou ela.

- Mas como isso é possível? Perguntou Caroline.

- Acho que nós já deveríamos estar acostumadas com o impossível há muito tempo! Disse Bonnie.

- Mas o que aconteceu aqui? Perguntou Stefan entrando na sala. – Juliana! Disse ele surpreso.

- Acho que todo mundo esperava mais a notícia que eu estou morta do que a de que estou curada... Disse ela.

- Não fale isso! Disse Elena abraçando-a.

- Por que a Elena é tão EMO? Perguntou Damon se virando para Stefan.

- Piedade Damon! Seja sensível pelo menos uma vez na vida! Disse Caroline indo abraçar Juliana.

- Mas como você se curou? Perguntou Bonnie indo abraçá-la também.

- Damon... Disse Juliana.

- Obrigado, eu sei que sou demais! Disse ele.

- Você a transformou? Perguntou Bonnie virando-se para Damon com a ira nos olhos pronta para provocar um aneurisma no vampiro.

- Calma, calma, Bonnie! Disse Juliana segurando os braços da bruxa colocando-se entre ela e Damon. – Ele não me transformou apenas me deu seu sangue para que eu melhorasse, ou seja, ainda não estou completamente curada.

- É, e agora vamos começar uma nova saga: “Em Busca Da Cura!” Disse Damon.

- Credo! Parece até nome de filme trash de drama! Disse Juliana rindo e sendo acompanhada por Damon.

- Como vocês podem fazer graça com uma coisa tão séria como essa? Perguntou Elena pasma.

- Eu vou indo, você já está entregue e pelo visto tem umas pessoinhas aqui sem senso de humor que estão acabando com meu bom humor... Você vai jantar lá hoje? Perguntou Damon beijando a testa de Juliana.

- Desde que não seja sangue de vampiro com gosto de ferrugem o prato principal! Brincou ela.

- Não, dessa vez eu prometo que cozinho alguma coisa! Disse ele rindo.

- Tchau. Disse ela recebendo uma piscada de Damon de volta.