Estavam todos olhando para eles abismados. Como eles podiam ser Negados?Pelo menos agora fazia sentido o quê aconteceu com Dani.

-Eu tenho que fazer uma pesquisa... Travis e Conor venham comigo. – Eu disse baixinho. Nós saímos correndo para o chalé de Atena.

-Ta trancado! Annabeth e suas manias irritantes... – Eu disse rolando os olhos. –Mas... Pra isso que serve a força sobre humana. – Eu disse sorrindo. Eu forcei a maçaneta e ela quebrou... Não é a primeira vez que acontece isso. Uma vez, minha mãe não estava em casa e eu fui tentar abrir a porta, mas o espelho de ferro em volta da maçaneta saiu! Junto da maçaneta!

-Uau! Da próxima vez que eu for arrombar um chalé, eu te chamo. – Travis disse. Nós reviramos o chalé de Atena até eu achar o que eu queria. Um livro velho, gigante e empoeirado sobre os titãs.Procurei em todas as páginas, mas não encontrei registros sobre os feitos dos outros titãs, profecias de Febe ou qualquer coisa do tipo.

-E agora, é hora do plano B. – eu disse para mim mesma – Se eu tivesse um... – Eu sai com os Sollts do chalé dos nerds e concertei a maçaneta. Eu fui para a fogueira, onde todos estavam.

-Quíron, eu tenho que te fazer uma pergunta. – Eu disse enquanto todos iam embora para seus chalés.

-Faça.

-Os negados, eles vão ficar no chalé titânico? –

-Sim, sim. Pode levá-los hoje, se quiser.

-Valeu Quiron. – Eu disse antes de sair correndo. Eu fui até o chalé 6, o chalé de Demetre. Eu bati e Katty atendeu.

-Oi Hannah.

-Oi Katty, posso entrar? – ela assentiu com a cabeça e me deixou entrar. Eu fui até o beliche onde Clara estava deitada lendo. –Arrume suas coisas, você vai pro chalé 21.  

-21? Mas só são 20.

-Não, tem mais um na floresta. O meu.

-Você tem chalé?

-Não, eu tenho um barco. – eu disse rolando os olhos – Claro que eu tenho um chalé! Onde você achou que eu fosse ir dormir? Vou passar aqui daqui a pouco ta? – Ela assentiu e eu fui para o chalé de Atena. Annabeth me atendeu assim que eu bati na porta.

-Oi Anni. Posso entrar?

-Claro. 

-Ah, e me desculpe pela maçaneta.

-O quê? – Ela disse franzindo a testa.

-Deixa pra lá... – Eu disse entrando.

-Oi Hannah. Veio pegar algum livro? – Malcon me perguntou. Eu sempre passava no chalé de Atena para pegar livros, mapas antigos e mapas astrológicos e para bolar planos para o capture a bandeira com os filhos de Atena quando estávamos no mesmo time.

-Não. Eu vim levar o Andrew pro chalé 21. Cadê ele? – Eu perguntei dando uma olhada no chalé. 

-Ele foi falar com o Percy.

-Diz pra ele que eu volto daqui a pouco. – Eu disse me virando para ir embora. – E Malcon, vocês tem As brumas de Avalon volume único? – Eu perguntei por cima do ombro.

-Não sei... Eu vou ver e te falo amanhã. Não se esquece do capture a bandeira depois do jantar de amanhã em!

-Não vou esquecer. – Eu disse indo embora. Fui para o chalé de Hefesto e bati na porta de metal. Meu primo atendeu. Ele estava todo melado e sujo de algo preto.

-Oi Hannah.

-Oi.Eu vou ter que...

-Me levar pro chalé 21. Eu sei. Já arrumei as coisas. – Igor disse saindo,então ele hesitou e virou para trás. – Gabi, você ta no comando! – Ele gritou para uma morena baixinha que estava soldando algo. Ele apertou um botão na sua mão e ele ficou limpo. É isso que da ter um primo nerd em robótica. Depois eu fui para o chalé de Hades.Eu bati a porta e Nico atendeu.

-Oi. – Ele disse dando um sorriso envergonhado. –Você veio levar a Dani, né? 

-Como você... – Eu comecei a disser então eu parei. – Sombras. –Eu me lembrei. Nico tinha descoberto esse ano que além de viajar e se esconder nas sombras, ele podia ver pelas sombras.

-Dani! Eles chegaram! – Ele gritou. Dani apareceu com a mochila nas costas. Depois que nos passamos nos outros chalés, nós fomos para os quartos dormir. E eu não tive um sonho legal...

Eu vi uma menina da minha idade (doze pra treze anos) vestindo um manto negro com uma armadura prateada. Ela tinha uma coroa na cabeça junto de um véu negro que cobria seus cabelos cacheados que iam à cintura. Ela era praticamente minha cópia, tirando o cabelo, que ia até a cintura, e os olhos, que eram cinza chumbo, como nuvens de tempestade. Além de que ela irradiava um brilho estranho como os deuses.  Ela estava em um barco e chorava muito abraçada a um homem muito parecido com ela. De repente eu percebia uma coisa. Aquela era eu, e o homem era meu pai, Atlas. Havia outras cinco pessoas lá. Um menino de cabelos castanho claro e olhos dourados (provavelmente Bruno), uma menina um ano mais velha que eu de cabelos castanhos dourados e olhos azuis marinhos (Bia), todos os dois irradiavam o mesmo brilho fraco. As outras três pessoas pareciam minha mãe, a mãe da Bia e a mãe do Bruno.

-Você vai pagar Cronos! – Meu pai gritou erguendo um punho para o alto. Atrás deles eu pude ver uma cidade sendo submersa por ondas gigantes. Então eu acordei e dei uma olhada no relógio. Ainda eram cinco e meia da manhã, e eu não estava com sono. Coloquei uma calça, meu all star roxo e uma blusa qualquer e subi para a cobertura para treinar um pouco sozinha.