Assim que Rosalie foi embora, dei um jeito de ir também.

- Ian, Bella, vocês já vão?

- Já.

- Papai pode ir brincar com você? Estou com muitas saudades.

- Deixa mamãe? – Ian pediu com olhos implorativos.

- Só um pouquinho. – Afinal ele tem que dormir.

Eu fui sozinha no meu carro e Ian atrás com Edward. Logo chegamos à minha casa.

- Não sabia que tinha se mudado. – Ele disse assim que Ian disparou pra trocar de roupa.

- Não tinha o porquê de viver lá. Com licença.

Ian não quis tomar banho, então coloquei o pijama dele e fui comer algo. Eles estavam juntos no quarto do Ian, jogando vídeo game.

- Ian se precisar eu estou no quarto meu amor.

- Tá bom mamãe.

Fui tomar um longo banho, em seguida coloquei uma camisola e fiquei em minha cama com meu computador vendo meus emails.

“Filha,

Tudo bem com você? E meu netinho?

Estou com tantas saudades de vocês dois. Mas seu pai desconfia que eu fui ver vocês da última vez.

Ian já está de férias não é? Pode vir em Seattle qualquer dia com ele? Nós nos encontraremos. Eu digo que é pra associação.”

Quando eu disse que estava grávida, meu pai me forçou a abortar, é claro que eu não dei ouvidos, então ele não me reconhece como filha, mas, proibiu a minha mãe de me ver e minha irmã Ângela também.

“Espero realmente que estejam bem, e tem noticias sobre o Edward?

Eu estou com muitas saudades querida, agora preciso ir.

Com muito amor Renée.”

Ao fim daquele email eu estava chorando.

Era doloroso demais saber que eu abri mão da minha família por ele e ele me deixou. Não me arrependo nada relacionado ao Ian, é que dói muito não ter uma família completa.

- Bella? – Ele estava lá perto.

- O que foi? – Limpei as minhas lágrimas.

- Estava chorando? O que foi?

- Nada, o Ian precisa de algo?

- Ele já dormiu. Mas e você?

- Não é nada.

- O que foi?

- Eu recebi um email da minha mãe, só isso.

- Ahh.

Ele se sentou de frente pra mim. E limpou meus olhos.

- Sinto muito mesmo.

- Tudo bem, é só saudade.

Ele me abraçou. E seu cheiro me invadiu trazendo as lembranças de quando ele me acalmava. Quando eu estava com medo. Ele era meu porto.

- Calma Bella.

E eu fiquei lá chorando por incontáveis minutos, quando cessei olhei diretamente para o seu rosto.

- Hm. Obrigada. – Olhei para o seu rosto, estava com um olhar distante, vazio.

Ele beijou o topo da minha cabeça, do mesmo jeito que fazia.

- Você já falou com ele?

- Não quero falar mais sobre isso.

- Tudo bem, eu preciso ir, está tarde.

- Ah. – É claro que ele vai embora, ele não me pertence, não mais. – Vou te acompanhar até lá fora.

Fizemos o pequeno trajeto em silêncio, ele ficou parado na porta sem saber como se despedir e eu não tinha idéia melhor.

- Até mais Edward.

- Amanhã, almoça na casa dos meus pais? Quero que você leve o Ian.

- Melhor não, acho que não é apropriado, e é bom ele desenvolver uma afinidade com a Grace, comigo perto ele vai achar que está me traindo.

- Grace não vai, mamãe deixou claro que você é a única nora que ela vai ter da minha parte.

- Leve a Grace eu não vou, um dia ela tem que se acostumar com a idéia de que não demos certo.

- Tem certeza?

- Toda.

- Passo dez e meia pra pegar o Ian, tudo bem?

- Já o avisou?

- Já.

- Ok. Boa noite Edward.

- Boa noite Bella.

Fui para a minha cama mal dormi a noite toda. Senti aquele vazio ao meu lado.

Ian acordou cedo e eu o arrumei, era o primeiro domingo que eu passava sem os Cullens.

Ficamos um curto espaço de tempo na sala.

- Mamãe, você não vai?

- Não meu bem.

- Porque, se todo domingo você vai?

- Tenho um compromisso com tia Tanya.

- Ah.

- Me promete uma coisa. – Eu lhe disse séria.

- Qualquer.

- Seja gentil com a Grace. E se ela não for legal com você, apenas ignore tudo bem? Volte quando quiser.

- Sim senhora

A campainha tocou. Edward veio até a porta sozinho.

- Eu te amo meu filho. Qualquer coisa liga pra mamãe.

- Tudo bem.

- Edward qualquer coisa que acontecer você me liga, entendeu?

- Arrã.

- E deixe-o descansar porque ele foi dormir tarde.

- Tá bom.

- Não o deixe comer muito doce que ele passa mal depois.

- Tá Bella, eu sei tudo isso.

- Ian abraça a mamãe mais uma vez.

Ele me apertou forte.

- Te amo bebê.

- Mãe, eu sou um mocinho.

- Tudo bem.

- Te amo mamãe, agora preciso ir.

E eles foram.

Fui para o shopping andar a toa, comi fast food e depois mandei a resposta pra minha mãe.

Passei o resto do dia em casa. Eu não posso ficar sem o Ian, me dá um vazio.