Eu estava nervosa, era a minha primeira visita a assistente social, e eu não parava de sorrir, eu ia conseguir ser mãe novamente, é tão incrível, nessas horas que eu queria o Matthew comigo, - esse seria o nome do meu segundo filho. – eu tenho certeza que ele ia rir de mim, era um bebê ativo, mesmo quando pequeno. Até o Ian sente saudade do irmão, ele fez questão de colocar em um porta retrato no seu quarto, eu grávida, e ele abraçando a barriga do meu lado.

- Bella você está tremendo. – Alice disse pra mim, enquanto eu estava conferindo o novo estoque.

- Eu sei Alice é que eu vou ter outro filho.

- Nem parece que foi o Edward preparou tudo. – Mesmo depois de dois anos ela não vai com a cara dele. É engraçado que ela fecha o sorriso ao vê-lo.

- Nem eu, foi ele mesmo que disse “Nós temos o Ian, já está bom”

- Devo admitir que ele cresceu, a ponto querer ser pai.

- Alice, Alice segura a boca.

- Tudo bem.

- Quer saber de uma coisa muito curiosa? – Ela estava usando um tom de indignação.

- O que?

- Mary Jane diz que gosta do Ian, eu fiquei devastada, até a minha filha quer um homem.

- Alice tenta se relacionar com uma mulher.

- Tá doida?

- Ué os homens são repulsivos pra você.

- Isabella Cullen.

- Alice Brandom.

- Engraçadinha, mas eu sei do que eu gosto.

- Um dia você acha um cara que te ame e te valorize.

- Olha Bella se for pra ser uma história como a sua eu to fora, o Edward é um canalha.

- Larga de falar mal do meu marido. E eu apressei as coisas no namoro, faculdade é um fogo.

Nós continuamos a conversar então no horário de almoço eu fui até o escritório do Edward, nós temos uma hora de diferença no almoço. Eu entrei em sua sala e ele sorriu ao me ver, me beijando em seguida.

- Vamos que está na hora de encontrarmos a assistente.

- Edward você sabe que nosso tempo separados pode prejudicar o processo.

- Sei meu amor, o advogado falou pra respondermos o que ela perguntar.

E dito e feito, a assistente social era mal encarada, e fez mais perguntas sobre a nossa distância do que como vivemos agora, ela chegou a insinuar que eu queria adotar pra repor o filho que eu perdi. Eu sai daquele encontro chorando, ela criticou tanto, uma maneira pesada, e eu tenho certeza que não vai aprovar                                                                                                                                                       

Cheguei em casa, e os Cullens estavam lá, ao ver minha cara de choro, ficaram até meio sem jeito. Mas eu teria que seguir em frente. Eu já tenho o Ian e se isso que é permitido a mim, eu aceitarei de bom grado.

~~

Na semana seguinte, a carta resposta chegou. Li todo a estrutura da carta, o que é sempre a mesma coisa ‘destinatário, local, data, assunto, etc.’ Mas o que me impressionou foi a frase final: ‘Se lutaram pelo amor dessa forma, então é claro que são aptos a adotarem uma criança, quem dera todas as histórias de vida fossem assim.’

Novamente eu chorei, mas era de emoção, eu poderia ser mãe. Fui ao quarto do Matthew.

E me sentei na poltrona, agarrei a almofada que eu mandei fazer com a minha foto grávida.

‘Meu filho.’ Um arrepio percorreu, e aquela sensação de paz me inundou. ‘Eu vou conseguir ser mãe de novo, mas eu nunca vou esquecer você. Eu te amo do mesmo jeito’

Adormeci no quarto do Matthew imensamente feliz, a vida me deu uma chance de ser feliz, uma chance que há certo tempo eu a considerei inexistente.