Logo Esme, minha mãe, meu pai, e familiares – até dos Cullens – me visitaram.

Eu passei semanas no hospital, mais que um mês. Depois viajei pra Miami, já que Edward se recusou a ficar longe de mim e Ian, que estava triste e desolado. Ele agia como meu marido, - eu descobri que ele mandou arquivar o caso do divórcio por todo tempo - então eu ainda era uma Cullen; ele me ajudava na recuperação, estava ao meu lado e até dormia comigo para me proteger de meus pesadelos, eu sei eu não devo me apoiar nele, eu posso me machucar, mas ele parece diferente, o que quer que tenha acontecido eu fico feliz.

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Agora que eu estava com a perna melhor, apenas manca, eu tinha uma consulta a minha médica. Edward foi comigo.

 - Bella, vejo que está melhor. – Ela sorria e abriu mais a porta para eu passar mancando. Odeio dó das pessoas.

- Estou sim.

Nos sentamos e ela pegou os meus exames recentes.

- Eu olhei seus exames; pra começar o do punho já está quase reabilitado, pode abandonar o gesso por tala. A perna é fisioterapia, assim como as costelas.

- Ainda bem. – Edward disse aliviado.

- Mas... – Ela respirou profundamente.

- O que? – Perguntei de uma vez.

- Sobre a perda do bebê. -  Não quero tocar no assunto. Dói tanto, mas quando eu penso no Matthew, sinto uma paz.

- Dra, o que tem isso? – Disse com a voz falha.

- Você ficou 75% estéril. Perdeu um ovário com a hemorragia e o impacto da batida, o outro está danificado.

Eu não tinha condições de esboçar alguma reação. Apenas me levantei e me pus a sair da sala, senti Edward ao meu lado, ele me levou pra fora, eu podia entrar em estado catatônico nesse instante, chorei e só chorei. Eu não posso mais ser mãe.

Edward voltou ao consultório para falar com a doutora enquanto eu esperei no carro, logo ele entrou e eu fui pra casa chorando. Ficamos em silencio no quarto.

- Nós já temos o Ian, é mais que o suficiente. – Ele disse, após um bom tempo.

- O que?

- Bella. Eu sei que errei muito com você, mas durante aquele tempo eu realmente precisava pensar, mas eu senti sua falta, do Ian, que chegava a doer, e eu não podia me dar ao luxo de errar com você. Eu sinto muito, mas se ainda me quiser estou disposto a continuar de onde paramos, por que eu amo você.

Eu o abracei e chorei mais um pouco.

- Então o que me diz?

Ataquei seus lábios de uma forma bem apaixonada e intensa.

- Sim, mil vezes sim.

Eu poderia me ferir novamente, eu poderia sofrer, mas naquele momento eu queria alguém que pudesse me abraçar quando eu precisase, me beijar em bons momentos e me proteger dos meus pesadelos, isso tudo é o que ele fazia.