Na manhã seguinte o maldito jogo foi as dez da manhã. E Emmet me acordou com a buzina discreta do seu jeep. Ele tomou uma bronca de Esme e Bella e mal me olhou até a hora do jogo. O tempo estava chuvoso, meu clima favorito. Gostava de sentir o cheiro da chuva, se eu fechasse os olhos, por poucos segundos me sentia em em casa de novo.

Ficava afastada de todos, não gostava de ver Helena com Seth, e digamos que eu não era muito receptiva a todos os Cullens. Sentei no banco da frente do Jeep com todas as janelas e portas abertas, por causa do aroma a La Cullen.

Cochilei no banco até sentir alguem sentar no banco ao lado. Olhei pro lado e la estava ele. Nahuel. O cheiro dele era algo que eu nunca havia sentido antes. Por um lado, me dava vontade de beijalo, por outro, de machucalo. Beija-lo arranhando suas costas daria um bom equilibrio.

-Desculpe te-la acordado.- ele disse com uma voz...

-Não por isso.- responde engolindo a seco.

-Não vai jogar?

-Não.

Ficamos uns minutos quietos e ele começou a pegar algo no porta malas. Uma luva de basebol.

-Até logo.- ele me disse saindo do carro.

-Até.- murmurei.

-O que está esperando?- ouvi Emmet perguntar.- É você mesmo garota lobo.

-O que você quer?

-O jogo já vai começar.

-Eu disse que viria. Nâo disse que ia jogar.

Sabe quando você quer ficar sozinha, só pensando, sem falar com ninguém? E derrepente vem aquela pessoa indesejável ti atrapalhar?

-Bom dia Embry.- resmunguei.

-Bom dia.

Embry era essa pessoa.

-Estive pensando no que me disse noite passada.- ele disse derrepente.

-Disse muitas coisas ontem Embry. Seja mais espessífico.

-Sobre você não querer ser feliz.

-Embry, de novo não...

-Só me escuta tá legal. Pensei muito no que me disse, e cheguei a uma conclusão. Você não era feliz com seus irmãos, e por isso diz que não quer ser feliz. Porque uma pessoa não pode querer o que nunca teve.

-É talvez você tenha razão, mas isso não muda nada.- disse saindo do carro.

Embry veio atras de mim e me puchou pelo braço.

-Se afasta de mim. Qual o seu problema? Eu não quero nada com você e você sabe disso porque continua insistindo.

-Você tem muita coisa guardada. Da pra saber disso só olhando pra você.

-O que?

-Eu não sei o que é, muito menos explicar. Mas você tem algo que faz com que as pessoas queiram ficar perto de você.

Eu bufei e continuei a andar, até ele me puchar para trás.

-Tem algo que eu possa fazer pra você desistir?- ele pensou um pouco depois respondeu.

-Acho que sim. Talvez... Acho que isso vai sumir se você me beijar.- o olehi incrédula.- Pois deicharia de ser uma obsessão. O que me diz?

-Então isso é tipo uma obsessão?- disse com os olhos serrados.- Você me toca e ela desaparece?

-Acho que sim.- disse Embry fazendo o que nunca tinha feito antes, me olhando nos olhos.

-Por que isso?

-Assim o mistério acaba.

Fechei os olhos com força e respirei fundo várias vezes. Meus punhos estavam serrados. Não sei por que, mas quando abri os olhos o puchei pela camisa, e minha boca encontrou a dele.

No começo eu estava fria, com os lábios tensos. Seus lábios eram macios, e passientes, eles esperavam por uma resposta minha. Ele segurava minha cintura com força, e por suas mãos, eu sentia como se Embry tivesse medo que eu fugisse dele. Senti pena dele, e o beijei com a mesma delicadeza que tinha comigo. Doce e lentamente.

Quando nos afastamos ele colocou as mãos atras da nuca com os olhos fechados e um sorriso na boca. Tenho que adimitir que essa visão me agradou, mas não o bastante para me fazer sentir algo por ele.

-Acabou, certo?- perguntei, mas já sabendo a resposta.

-Poderia dizer que sinto muito, mas não sinto.- ele disse sério.- Não deu certo.

-Era de se esperar.- disse amarga.