I Hate You, I Love You escrita por AkYA


Capítulo 2
Capítulo 2 – Fim de Semana com Sereia e Baforento


Notas iniciais do capítulo

segundo capítulo para ser lançado!
3... 2... 1... LANÇOU! (afe)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/131611/chapter/2

  O fim de semana chegou rápido para Jane e Harry. Era um sábado chuvoso e frio... Jane estava trancada no quarto fazendo as lições de filosofia e história, tendo como fonte de luz o sol fraco e a luz de seu computador pois, estava com preguiça de ligar a luz do seu quarto.

  Na casa 65, a televisão estava ligada com um videogame a funcionar e dois garotos jogando, o de olhos verdes e os de olhos cor de âmbar. Harry e seu primo, Henrique Ryan Goodair, um garoto alto e magro, com cabelos loiros bem arrumados, jogavam:

  - E sua amiga, Jane, como ela está? – perguntou Henrique, sobre a amiga.

  - Está bem... Eu acho – respondeu o primo, ainda focado no videogame.

  Pelo o que parece, ao contrário de Harry, Henrique gostava de estudar e se dava muito bem com Jane. Todos os fins de semana que ele vinha, os dois se encontravam e ficavam horas conversando.

  Os meninos jogavam um jogo de tênis de mesa no Wii de Harry... Um a zero para Henrique:

  - Ryan, você quer ir visitar a sere... Digo, a Jane?

  - Olha, eu aceito! Mas estranho você estar oferecendo isso – o telefone toca.

  Os primos se entreolharam e fizeram uma corrida para o telefone, Harry era mais ágil e mais rápido que Henrique:

  - Alô? – perguntou, olhando vitorioso para o primo, que estava púrpura de raiva.

  - Alô? Ah, é você Baforento – respondeu uma voz feminina e inconfundível...

  - Sereia! Quanto tempo!

  - Vê se cala essa sua boca! A gente se viu ontem, não é o bastante? – ela já fumegava de raiva – O Rick está aí?

  - Está sim – disse com desgosto e entregou ao primo, que sorria.

  - Jay! Quanto tempo! – saudou (Nossa, que intimidade, hein Ryan! – debochou Harry).

  - Rick! Você realmente sumiu da casa desse chato... Tudo bem?

  - Tudo sim, minha flor. E com você?

  - Somente terminando um trabalho básico de história, mas bem. Aposto que o seu primo não fez... Avisa para ele que eu não vou emprestar o meu para ele, e que se ele roubar eu vou prestar queixa na polícia! – eles dois riram do comentário da morena.

  - Pode deixar – avisou e deu o recado ao primo, que deu um sorriso amarelo – quando eu vou poder ir aí?

  - A qualquer hora! Somente tenta deixar o Baforento aí, por favor.

  - Não vai dar, ele vai me seguir de qualquer jeito, eu tentei da outra vez...

  - OK... Estou esperando vocês, só vou terminar esse trabalho! Falta uma linha do limite, mas ainda tenho tanto a escrever! – o garoto riu, se despediram e desligaram.

  “Vamos para a casa dela daqui a pouco”, falou Henrique. Mas, seu primo já estava com o casaco e abrindo a porta, a ideia de encher a Jane era ótima.

  O primo colocou seu casaco, pegou dois guarda-chuvas, ficou com um e deu o outro para o Harry.

  Saíram às presas da casa vazia (os pais de Harry estavam viajando a trabalho, então ele ficou guardando a casa com a ajuda do primo, que tinha chegado um dia antes para se despedir dos tios). Eles foram pelo caminho do bosque do condomínio, a casa da menina ficava logo depois do mesmo... A casa de número 197 era habitada por Jane, sua irmã de um ano, seus pais e um labrador preto – dois anos – que se chamava James (em homenagem ao avô paterno de Jane, que morreu quando ela ganhou o cão).

  Dizem que os cães se parecem com os seus donos, isso a família Nowater não pode negar: a cor da pelagem de James era a mesma da cor dos cabelos de Jane, seus olhos eram praticamente idênticos (tirando o fato dos olhos dele serem olhos de cão), e uma característica marcante do cachorro era que ele também odiava Harry Goodair.

  Chegaram à casa da morena e quem os atendeu foi sua mãe, Giovana Nowater era loira dos olhos verdes, alta e magra, muito bonita, e segurava a irmã de Jane: Jamie, que era a réplica da mãe (Jane tinha o cabelo e os olhos do pai, mas belos e grandes como os da mãe):

  - Olá Harry e Henrique! – saudou os garotos – a Jay está esperando vocês... E Harry, o James está com ela.

  Quando a mãe falava isso, quer dizer que a filha levara o cachorro para cima, que era como se ela dissesse: “mãe, pai, o idiota do Harry está vindo com o fofo do Henrique, então eu estou levando o James para ficar comigo lá em cima!” ou somente “eu quero ficar com o meu cachorro”, a resposta sempre vinha de cinco a dez minutos depois.

  Eles subiram juntos e já começaram a ouvir a música “Fireflies” vindo do quarto da garota.

  Bateram na porta e James levantou a cabeça que estava deitada no colo da dona. Ouviram um “entrem, mas Harry se quiser, pode ficar aí fora, é melhor”. Henrique sempre ria desse comentário.

  Abriram a porta lentamente e viram a morena usando um vertido básico branco e um casaco azul escuro, que dava contraste com a sua pele clara, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo baixo e duas mexas de seu cabelo caiam sobre sua cara acompanhados de sua franja:

  - Jay! – comemorou o loiro, correndo até a morena e o cão, dando um abraço caloroso na mesma.

  - Rick! – respondeu na mesma animação, retribuindo o abraço.

  Harry estava pasmo, não com a ação dos dois, mas como Jane estava bonita naquela roupa. Quando James notou a presença dele, começou a rosnar:

  - Cala essa boca, James! – mandou Harry, e o cachorro levantou furioso.

  Os dois se separaram e Henrique sentou ao lado de James, que separava ele da garota. Começou a fazer carinho no labrador enfurecido para o mesmo não pular em cima do seu primo.

  Jane levantou da cama, a música tinha parado (mais precisamente, a luz piscou). Foi até Harry e o puxou para dentro, sabia que se o deixasse fora, sua mãe a obrigaria a deixar o menino entrar – defensora dos direitos iguais – , então prefere obrigá-lo a entrar e não tocar mais no assunto. Fechou a porta do quarto, James já dormira, por enquanto Harry estava a salvo, era sua deixa:

  - A sereia me puxou ao mar... – começou.

  - E o Baforento me intoxicou com o seu bafo! – respondeu, caindo dramaticamente para trás, Henrique deu uma risadinha.

  - Nunca vi ninguém se odiar tanto quanto vocês – os dois riram com o comentário – duvido ficarem um dia sem discutir.

  - Não posso aceitar, discutir com ele é a única coisa que posso fazer quando ele puxa assunto, e coisa que ele não consegue é ficar quieto – disse Jane, quase avançando em cima de Harry.

  Henrique levantou e ficou no meio dos dois, “Eu gosto dos dois, tentem não se matar!”, pediu e os dois assentiram, mesmo que Jane tenha pensado “por enquanto...”.

  A tarde deles foi basicamente assim: Jane e Henrique conversando alegremente, Harry interrompendo sempre que tinha uma deixa e, quando James acordou, foi a farra pois, ele acordou quando Harry estava acidentalmente muito próximo de Jane (ela tropeçou no sapato jogado do garoto, e caiu em cima dele):

  - Ai, ai – reclamou Henrique, levantando e acordando James que os olhos se encheram de raiva – deixa que te ajudar com isso – e levantou Jane.

  Nesta hora, James já estava em cima de Harry latindo para ele:

  - Isso mesmo, James! Pisa ai mesmo! – incentivava Jane, agora sentada na cama com Henrique examinando o seu pé, olhando o trabalho do labrador vingativo – mesmo todos sabendo que Harry era inocente nesse caso – , que agora pisava nas “partes baixas” do garoto, que gemia de dor.

  - Vem cá, James, vem cuidar da sua dona – pediu Henrique, para ajudar o primo.

  O cachorro o obedeceu e pulou na cama (dando impulso na barriga de Harry), indo para perto da dona:

  - Sereia sádica, essa sua dona viu!

  No fim, Jane não teve nada no pé e a noite, os garotos voltaram para a casa de Harry. No caminho, Harry comentou:

  - Ela é muito má, acha não? Por isso gosto de mexer com ela, é engraçado.

  - Eu acho ela muito fofa e boa, mas você faz para receber o que recebe Harry, se fosse legal com ela, talvez ela te tolerasse um pouco.

  Chegaram à casa de Harry, jantaram e foram para a cama, as visitas na casa da Jane acabam sempre por esgotar os dois.

  Jane, por outro lado, teve que cuidar da irmã enquanto a mãe ia buscar no pai no aeroporto. Colocou a menina já adormecida no berço e foi dormir. James sempre dormia com a dona.

  Todos dormiam calmamente pois o amanhã chegaria.

  E chegou, mais frio que o dia anterior. Os garotos usavam calças jeans e casacos leves. Como estava frio, as ruas estavam vazias, a maioria dos adolescentes estavam ora dormindo, ora no shopping, ora em suas casas, fazendo o que quer que fosse.

  Nos dias frios, Harry e Jane sempre vão para o bosque e sempre sentam em dois bancos que tem no fundo do mesmo. Eles eram que o conheciam melhor aquele bosque porque ficava realmente no meio das duas casas, logo depois dos quintais.

  Harry e Henrique entraram no bosque, Harry levava um Nintendo DS i XL e Henrique levava um livro sobre a mitologia grega. Chegaram aos bancos, já secos da chuva do dia anterior.

  Jane chegou uma hora depois, vestida em uma calça jeans preta – estilo leg – , uma blusa verde muito parecida com o  vestido do dia anterior, só que com uma estampa de onça-pintada prata e um sobretudo cinza-escuro. Segurava “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que lia pela décima vez, desde que perdera as contas.

  Foi muito bem recebida por Henrique e deu um “pedala” em Harry:

  - Toma vergonha na cara, e leia um livro – entregou para ele “Diário de Um Banana” – feliz aniversário adiantado, e não se acostume.

  - Eu não gosto de ler – retrucou folheando o livro.

  - Então vire logo um verme da sociedade, e suma – respondeu Jane, sentando ao lado de Henrique e começando a ler o livro.

  O fim de semana nunca era calmo quando se estava com aqueles dias, e Henrique era o que sabia melhor disso. Sem a proteção de James, Jane estava vulnerável a qualquer brincadeira de Harry mas, ela foi salva pelo videogame, mesmo tendo um certo trauma deles.

  Novamente, a morena e o loiro conversavam e liam, comentavam sobre “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”:

  - Parem de tricotar aí, eu estou querendo jogar – brincou Harry.

  - Espero que esse seu joguinho quebre, Goodair – Henrique olhou para Jane – não você Rick, o seu primo.

  Os meninos foram embora cedo, Jane lembrou a Harry sobre os trabalhos e ele arrastou o primo para a sua casa, mas antes ele conseguiu falar com Jane:

  - Até mais Jay, até outro dia – e deu um beijo no canto dos lábios da garota, que corou levemente.

  Harry achou aquilo realmente estúpido e puxou o primo, quebrando o olhar que Henrique e Jane trocavam.

  A morena ficou mais um tempo no bosque e no crepúsculo, voltou para a sua casa, tremendo de frio.

  Harry fez a lição de filosofia de qualquer jeito, e pediu ao primo para que lhe ajudasse com a lição de história... Este negou. Ligou para Jane, que atendeu rapidamente, pensando que era o Henrique:

  - Rick? – perguntou.

  - Não, é o Harry, sereia... – respondeu sedutor.

  - Ah, é o Baforento – sua voz ficou dura – o que você quer?

  - Me ajuda com o trabalho de história, por favor?

  - Ahn, não. E nem venha insistir, que eu sempre irei negar – e desligou.

  Harry ficou muito bravo em ter que fazer o trabalho sem ajuda. O primo, com pena, decidiu ajudar e, por fim, o trabalho ficou ótimo!

  Henrique foi embora naquela noite, e no caminho para sua casa, ficou pensando em Jane...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu amei escrever esse capítulo *-*
o que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Hate You, I Love You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.