I Hate You, I Love You escrita por AkYA
Notas iniciais do capítulo
segundo capítulo para ser lançado!
3... 2... 1... LANÇOU! (afe)
O fim de semana chegou rápido para Jane e Harry. Era um sábado chuvoso e frio... Jane estava trancada no quarto fazendo as lições de filosofia e história, tendo como fonte de luz o sol fraco e a luz de seu computador pois, estava com preguiça de ligar a luz do seu quarto.
Na casa 65, a televisão estava ligada com um videogame a funcionar e dois garotos jogando, o de olhos verdes e os de olhos cor de âmbar. Harry e seu primo, Henrique Ryan Goodair, um garoto alto e magro, com cabelos loiros bem arrumados, jogavam:
- E sua amiga, Jane, como ela está? – perguntou Henrique, sobre a amiga.
- Está bem... Eu acho – respondeu o primo, ainda focado no videogame.
Pelo o que parece, ao contrário de Harry, Henrique gostava de estudar e se dava muito bem com Jane. Todos os fins de semana que ele vinha, os dois se encontravam e ficavam horas conversando.
Os meninos jogavam um jogo de tênis de mesa no Wii de Harry... Um a zero para Henrique:
- Ryan, você quer ir visitar a sere... Digo, a Jane?
- Olha, eu aceito! Mas estranho você estar oferecendo isso – o telefone toca.
Os primos se entreolharam e fizeram uma corrida para o telefone, Harry era mais ágil e mais rápido que Henrique:
- Alô? – perguntou, olhando vitorioso para o primo, que estava púrpura de raiva.
- Alô? Ah, é você Baforento – respondeu uma voz feminina e inconfundível...
- Sereia! Quanto tempo!
- Vê se cala essa sua boca! A gente se viu ontem, não é o bastante? – ela já fumegava de raiva – O Rick está aí?
- Está sim – disse com desgosto e entregou ao primo, que sorria.
- Jay! Quanto tempo! – saudou (Nossa, que intimidade, hein Ryan! – debochou Harry).
- Rick! Você realmente sumiu da casa desse chato... Tudo bem?
- Tudo sim, minha flor. E com você?
- Somente terminando um trabalho básico de história, mas bem. Aposto que o seu primo não fez... Avisa para ele que eu não vou emprestar o meu para ele, e que se ele roubar eu vou prestar queixa na polícia! – eles dois riram do comentário da morena.
- Pode deixar – avisou e deu o recado ao primo, que deu um sorriso amarelo – quando eu vou poder ir aí?
- A qualquer hora! Somente tenta deixar o Baforento aí, por favor.
- Não vai dar, ele vai me seguir de qualquer jeito, eu tentei da outra vez...
- OK... Estou esperando vocês, só vou terminar esse trabalho! Falta uma linha do limite, mas ainda tenho tanto a escrever! – o garoto riu, se despediram e desligaram.
“Vamos para a casa dela daqui a pouco”, falou Henrique. Mas, seu primo já estava com o casaco e abrindo a porta, a ideia de encher a Jane era ótima.
O primo colocou seu casaco, pegou dois guarda-chuvas, ficou com um e deu o outro para o Harry.
Saíram às presas da casa vazia (os pais de Harry estavam viajando a trabalho, então ele ficou guardando a casa com a ajuda do primo, que tinha chegado um dia antes para se despedir dos tios). Eles foram pelo caminho do bosque do condomínio, a casa da menina ficava logo depois do mesmo... A casa de número 197 era habitada por Jane, sua irmã de um ano, seus pais e um labrador preto – dois anos – que se chamava James (em homenagem ao avô paterno de Jane, que morreu quando ela ganhou o cão).
Dizem que os cães se parecem com os seus donos, isso a família Nowater não pode negar: a cor da pelagem de James era a mesma da cor dos cabelos de Jane, seus olhos eram praticamente idênticos (tirando o fato dos olhos dele serem olhos de cão), e uma característica marcante do cachorro era que ele também odiava Harry Goodair.
Chegaram à casa da morena e quem os atendeu foi sua mãe, Giovana Nowater era loira dos olhos verdes, alta e magra, muito bonita, e segurava a irmã de Jane: Jamie, que era a réplica da mãe (Jane tinha o cabelo e os olhos do pai, mas belos e grandes como os da mãe):
- Olá Harry e Henrique! – saudou os garotos – a Jay está esperando vocês... E Harry, o James está com ela.
Quando a mãe falava isso, quer dizer que a filha levara o cachorro para cima, que era como se ela dissesse: “mãe, pai, o idiota do Harry está vindo com o fofo do Henrique, então eu estou levando o James para ficar comigo lá em cima!” ou somente “eu quero ficar com o meu cachorro”, a resposta sempre vinha de cinco a dez minutos depois.
Eles subiram juntos e já começaram a ouvir a música “Fireflies” vindo do quarto da garota.
Bateram na porta e James levantou a cabeça que estava deitada no colo da dona. Ouviram um “entrem, mas Harry se quiser, pode ficar aí fora, é melhor”. Henrique sempre ria desse comentário.
Abriram a porta lentamente e viram a morena usando um vertido básico branco e um casaco azul escuro, que dava contraste com a sua pele clara, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo baixo e duas mexas de seu cabelo caiam sobre sua cara acompanhados de sua franja:
- Jay! – comemorou o loiro, correndo até a morena e o cão, dando um abraço caloroso na mesma.
- Rick! – respondeu na mesma animação, retribuindo o abraço.
Harry estava pasmo, não com a ação dos dois, mas como Jane estava bonita naquela roupa. Quando James notou a presença dele, começou a rosnar:
- Cala essa boca, James! – mandou Harry, e o cachorro levantou furioso.
Os dois se separaram e Henrique sentou ao lado de James, que separava ele da garota. Começou a fazer carinho no labrador enfurecido para o mesmo não pular em cima do seu primo.
Jane levantou da cama, a música tinha parado (mais precisamente, a luz piscou). Foi até Harry e o puxou para dentro, sabia que se o deixasse fora, sua mãe a obrigaria a deixar o menino entrar – defensora dos direitos iguais – , então prefere obrigá-lo a entrar e não tocar mais no assunto. Fechou a porta do quarto, James já dormira, por enquanto Harry estava a salvo, era sua deixa:
- A sereia me puxou ao mar... – começou.
- E o Baforento me intoxicou com o seu bafo! – respondeu, caindo dramaticamente para trás, Henrique deu uma risadinha.
- Nunca vi ninguém se odiar tanto quanto vocês – os dois riram com o comentário – duvido ficarem um dia sem discutir.
- Não posso aceitar, discutir com ele é a única coisa que posso fazer quando ele puxa assunto, e coisa que ele não consegue é ficar quieto – disse Jane, quase avançando em cima de Harry.
Henrique levantou e ficou no meio dos dois, “Eu gosto dos dois, tentem não se matar!”, pediu e os dois assentiram, mesmo que Jane tenha pensado “por enquanto...”.
A tarde deles foi basicamente assim: Jane e Henrique conversando alegremente, Harry interrompendo sempre que tinha uma deixa e, quando James acordou, foi a farra pois, ele acordou quando Harry estava acidentalmente muito próximo de Jane (ela tropeçou no sapato jogado do garoto, e caiu em cima dele):
- Ai, ai – reclamou Henrique, levantando e acordando James que os olhos se encheram de raiva – deixa que te ajudar com isso – e levantou Jane.
Nesta hora, James já estava em cima de Harry latindo para ele:
- Isso mesmo, James! Pisa ai mesmo! – incentivava Jane, agora sentada na cama com Henrique examinando o seu pé, olhando o trabalho do labrador vingativo – mesmo todos sabendo que Harry era inocente nesse caso – , que agora pisava nas “partes baixas” do garoto, que gemia de dor.
- Vem cá, James, vem cuidar da sua dona – pediu Henrique, para ajudar o primo.
O cachorro o obedeceu e pulou na cama (dando impulso na barriga de Harry), indo para perto da dona:
- Sereia sádica, essa sua dona viu!
No fim, Jane não teve nada no pé e a noite, os garotos voltaram para a casa de Harry. No caminho, Harry comentou:
- Ela é muito má, acha não? Por isso gosto de mexer com ela, é engraçado.
- Eu acho ela muito fofa e boa, mas você faz para receber o que recebe Harry, se fosse legal com ela, talvez ela te tolerasse um pouco.
Chegaram à casa de Harry, jantaram e foram para a cama, as visitas na casa da Jane acabam sempre por esgotar os dois.
Jane, por outro lado, teve que cuidar da irmã enquanto a mãe ia buscar no pai no aeroporto. Colocou a menina já adormecida no berço e foi dormir. James sempre dormia com a dona.
Todos dormiam calmamente pois o amanhã chegaria.
E chegou, mais frio que o dia anterior. Os garotos usavam calças jeans e casacos leves. Como estava frio, as ruas estavam vazias, a maioria dos adolescentes estavam ora dormindo, ora no shopping, ora em suas casas, fazendo o que quer que fosse.
Nos dias frios, Harry e Jane sempre vão para o bosque e sempre sentam em dois bancos que tem no fundo do mesmo. Eles eram que o conheciam melhor aquele bosque porque ficava realmente no meio das duas casas, logo depois dos quintais.
Harry e Henrique entraram no bosque, Harry levava um Nintendo DS i XL e Henrique levava um livro sobre a mitologia grega. Chegaram aos bancos, já secos da chuva do dia anterior.
Jane chegou uma hora depois, vestida em uma calça jeans preta – estilo leg – , uma blusa verde muito parecida com o vestido do dia anterior, só que com uma estampa de onça-pintada prata e um sobretudo cinza-escuro. Segurava “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, que lia pela décima vez, desde que perdera as contas.
Foi muito bem recebida por Henrique e deu um “pedala” em Harry:
- Toma vergonha na cara, e leia um livro – entregou para ele “Diário de Um Banana” – feliz aniversário adiantado, e não se acostume.
- Eu não gosto de ler – retrucou folheando o livro.
- Então vire logo um verme da sociedade, e suma – respondeu Jane, sentando ao lado de Henrique e começando a ler o livro.
O fim de semana nunca era calmo quando se estava com aqueles dias, e Henrique era o que sabia melhor disso. Sem a proteção de James, Jane estava vulnerável a qualquer brincadeira de Harry mas, ela foi salva pelo videogame, mesmo tendo um certo trauma deles.
Novamente, a morena e o loiro conversavam e liam, comentavam sobre “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”:
- Parem de tricotar aí, eu estou querendo jogar – brincou Harry.
- Espero que esse seu joguinho quebre, Goodair – Henrique olhou para Jane – não você Rick, o seu primo.
Os meninos foram embora cedo, Jane lembrou a Harry sobre os trabalhos e ele arrastou o primo para a sua casa, mas antes ele conseguiu falar com Jane:
- Até mais Jay, até outro dia – e deu um beijo no canto dos lábios da garota, que corou levemente.
Harry achou aquilo realmente estúpido e puxou o primo, quebrando o olhar que Henrique e Jane trocavam.
A morena ficou mais um tempo no bosque e no crepúsculo, voltou para a sua casa, tremendo de frio.
Harry fez a lição de filosofia de qualquer jeito, e pediu ao primo para que lhe ajudasse com a lição de história... Este negou. Ligou para Jane, que atendeu rapidamente, pensando que era o Henrique:
- Rick? – perguntou.
- Não, é o Harry, sereia... – respondeu sedutor.
- Ah, é o Baforento – sua voz ficou dura – o que você quer?
- Me ajuda com o trabalho de história, por favor?
- Ahn, não. E nem venha insistir, que eu sempre irei negar – e desligou.
Harry ficou muito bravo em ter que fazer o trabalho sem ajuda. O primo, com pena, decidiu ajudar e, por fim, o trabalho ficou ótimo!
Henrique foi embora naquela noite, e no caminho para sua casa, ficou pensando em Jane...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
eu amei escrever esse capítulo *-*
o que acharam?