White Knight escrita por Insane


Capítulo 5
Capitulo 4 - Perdão ao Traidor


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, quase perdi a senha da conta do nyah!. Maior droga e talz. Espero que gostem. Vou começar a postar de duas em duas semanas por causa de um outro projeto em andamento aqui.



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Subsolo do Prédio da Central da Liga das Nações e Humanidade 19 de março (Dia anterior a Entrevista Exclusiva com o Presidente)

19:17

A jovem representante da Liga das Nações de Cingapura caminhava apreensiva pelo corredor branco repleto de portas também brancas ao lado de dois homens vestidos de terno preto e óculos escuros. Ela ainda não sabia por que estava visitando o subsolo do prédio da Central da Liga, mas enquanto caminhava ao longo do corredor percebeu que começava a escutar os cochichos de uma voz conhecida que chegava cada vez mais perto a cada passo que ela dava e que aumentara consideravelmente quando ela parou em frente a uma das portas brancas. Na plaquinha de ferro da porta se lia: “Quarto 15”.

Um dos homens de terno teclou alguns números em um aparelho crivado ao lado esquerdo da porta e essa se abriu rapidamente mostrando em frente aos olhos de Cristhina um homem loiro deitado em uma confortável cama de solteiro que conversava consigo mesmo alguma coisa sobre um humanóide móvel branco.

- Apenas algumas horas ai dentro e ele já ficou desse jeito... – Brincou um dos homens enquanto mostrava Imannuel Sieghard como se fosse uma aberração de circo.

A menina olhou feio na direção do homem e deu um passo na direção do quarto.

- Tio Sieghard?

O homem olhou na direção dela como se não a estivesse reconhecendo, mas logo um sorriso enorme apareceu em seu rosto e ele se levantou da cama. Quase que no mesmo instante os dois homens de terno tiraram pequenas pistolas de dentro do paletó e apontaram na direção dele.

- O que está acontecendo? – Perguntou Sieghard com um sorriso cínico no rosto.

- Quem gostaria de saber o que está acontecendo sou eu, Immanuel! O que você fez dessa vez? – Ela tentava parecer séria em sua postura, mas a única coisa que conseguia era ficar cada vez menos a vontade com a situação.

- Pergunte a eles que me prenderam aqui! – Sieghard apontou para um dos homens de terno preto que ainda mantinha a arma apontada para o quarto.

- Ele é acusado de trair a Liga das Nações e Humanidade e passar informações confidenciais para terroristas, senhorita Yurozaki. – Disse o homem a esquerda da moça.

Hina levou uma das mãos a boca e arregalou os olhos como se tivesse visto algo realmente espantoso. Eu juro que se conseguir tirar esse homem daqui vou mandar meus seguranças darem uma surra nele! Seu rosto foi tomado totalmente por uma expressão de frustração e raiva.

- Você fez isso mesmo?!

- Bem... Foram apenas algumas poucas ligações que eu dei e... – Ele parecia totalmente sem graça ao demonstrar sua culpa na frente dela.

- E como é que você acha que eu vou livrá-lo dessa, Sieghard?! Pelo amor do Santo Deus! O que você pensou que estava fazendo?!

- Bem, Hina-chan... Você tem seus contatos especiais, não é? – Ele deu uma piscadela para ela. – Tenho certeza que logo estarei livre novamente e...

Antes que ele pudesse concluir a frase, Cristhina Yurozaki saiu dali para o corredor branco sem falar mais nada e apenas ouviu um baque seco quando a porta do Quarto 15 se fechou e depois os passos dos homens de terno atrás dela.

- Eu quero falar com o Peter agora! – Ordenou ela enquanto caminhava para a saída daquele corredor sinistro.

---

Nova York

[Mesmo dia.]

19:38

No subsolo de um bordel clandestino a jovem ruiva Olivia Deriviere se espreguiçava na enorme cama de casal de forma arredondada. O corpo nu envolto do lençol branco deixava à mostra as pernas e parte dos seios para o homem de terno preto parado na porta de madeira com adornos em prata. O homem não parecia se importar muito com o ‘estado’ em que a moça se encontrava, pois olhava para ela sem vergonha por detrás dos óculos escuros. A moça também não pareceu nem um pouco envergonhada ao acordar e ver o homem observando-a da porta.

- Você veio cedo demais, não é? – A voz melosa parecia mais sensual e convidativa quando sonolenta.

- Eu vim passar as informações sobre Imannuel Sieghard.

A lembrança do homem que ela ajudou a prender apareceu na sua mente.

- Imannuel Sieghard... – Ela disse ao passar a mão pela perna de uma maneira sensual. – Eu definitivamente gostei daquele homem... O que vocês fizeram a ele?

- Sieghard ainda está vivo. – O homem sorriu na direção da mulher que já estava quase nua na sua frente. – Ele só foi preso no subsolo.

- E... ?

Ele suspirou longamente antes de responder.

- A senhorita Cristhina Yurozaki veio de Cingapura negociar sobre Immanuel Sieghard com o Presidente da Liga das Nações como a senhora previra. – O homem ajeitou a gravata e tossiu nervosamente.

Olivia se levantou levando consigo o lençol branco que cobria a parte da frente de seu corpo e se sentou em uma confortável poltrona vermelha, afundando na mesma e suspirando pesadamente.

- Você quer saber se eu permito a soltura de Imannuel Sieghard, não é?

- A senhorita é... – O homem ajeitou a gravata novamente com nervosismo.

- Ele é um traidor, mas... – Ela suspirou novamente. – Não há muita coisa que se possa fazer com a prisão desse homem... Eu permito que ele seja liberto e que as acusações nunca tenham existido... E também o terrorista está morto, não é?

- Na verdade... Roberto Pallezi conseguiu ativar o sistema de ejeção antes que fosse abatido por Albion. Ele está bastante machucado e conseguimos deixá-lo inconsciente. O que devemos fazer com ele?

Assim que ouvira a primeira frase que o homem de terno preto falara, Olivia já ficara atônita. Está vivo? Mas eu não vi nada saindo daquela unidade móvel quando o Albion atacou!

- Mate-o! Mas não coloque a culpa no piloto do Albion... Invente alguma justificativa sobre a morte dele... – Ela colocou as mechas dos cabelos que teimavam em ficar na frente do rosto para trás com um movimento brusco. – Mais alguma coisa?

O homem pareceu visivelmente perturbado com a mudança de humor da mulher ruiva e pareceu pensar antes de fazer a ultima pergunta.

- O Presidente quer saber se ele ainda está no mesmo estado... – A voz saiu de uma maneira cadenciada como se ele estivesse falando uma silaba de cada vez.

- Sim. Ele está... – Antes que ela pudesse perceber o homem já tinha saído dali.

Olivia Deriviere se levantou da poltrona e deixou o lençol cair pelo seu corpo até o chão, mostrando seu corpo nu para a pequenina câmera de segurança presa em um dos cantos daquele ‘quarto’. Pegou o robe de seda azul que estava no braço da poltrona e vestiu-o, amarrando em volta da cintura um lenço de seda púrpura para fechá-lo, deixando apenas, como antes, as pernas e parte dos seios a mostra. Ela foi em direção a uma porta de aço escondida por um véu vermelho na parede leste do quarto e abriu-a, fazendo com que aparecesse a sua frente um enorme laboratório iluminado por uma forte iluminação esverdeada e revestido de paredes de alumínio.

No centro do laboratório havia um grande tubo de vidro reforçado preenchido totalmente por um liquido estranho que absorvia a luz esverdeada do lugar e abrigava um homem adulto, por volta de seus 35 anos, com cabelos e barba compridos e cujo corpo era coberto pela metade com algum tipo de ‘maquina’ ligada a tubos que ficavam presos em algum lugar acima do homem. A mulher sorriu ao passar a ponta dos dedos por sobre a superfície lisa do tubo.

- Sim... Ele está muito bem e logo estará pronto para sua missão. – Ela tamborilou com as unhas por sobre o vidro fazendo um barulho irritante. – Não é verdade, Anthony? – A mulher levantou os olhos para o homem desacordado e abriu ainda mais o sorriso malicioso e atraente.

---

Escritório do Presidente da Liga das Nações e Humanidade, Peter Hawley

Washington D.C

20:18

O extraordinário escritório do Presidente da Liga das Nações e Humanidade abrigava grande parte de quadros famosos e estatuas de Deuses gregos da antiguidade. As peças foram trazidas dos museus por todo o mundo por ordem do ex-presidente da Liga 20 anos antes. Quem entrava na grandiosa sala dava logo de cara com a Mona-Lisa original com seu sorriso misterioso e com os olhos brancos da estatua do busto de César. E, apesar de parecer nunca ter se importado, a Representante da Liga das Nações de Cingapura tomou um susto desconcertante ao dar de cara com César assim que entrara no escritório de Peter Hawley.

- Yurozaki-sama! Tome cuidado com o nosso nobre imperador... – Brincou o Presidente. – Apesar de tantos anos ele ainda é muito precioso.

- Me desculpe Presidente... – A jovem suspirou fundo antes de ir em direção ao centro do escritório onde um conjunto de poltronas a esperava junto à mesa do Presidente. – Eu não costumo me assustar dessa maneira, mas hoje foi um dia realmente ruim.

- A senhorita é sempre muito atenta... Por acaso o motivo de toda a preocupação que vejo em seus olhos é por causa de Immanuel Sieghard? – Ele indicou as poltronas e uma caneca de café com leite fumegante para ela. – Sinceramente... Eu não acho que ele necessite de toda a sua atenção e de suas lágrimas...

Hina sentou-se em uma das poltronas e tomou a caneca de café em suas mãos. Ela sentia os olhos do homem sobre si, estudando seus movimentos enquanto ela sorvia um gole da bebida quente.

- Senhor... – Ela olhou na direção dele com seriedade. – Eu vim rogar pela vida de Sieghard Imannuel...

- Rogar pela vida? – O homem deu uma risada carregada. – Não é como se ele estivesse pronto para ir para a forca!

- Eu estou pedindo que o senhor solte Imannuel. – Ela suspirou fundo e colocou a caneca na mesinha ao lado. – Pela nossa amizade e...

- A senhorita sabe que aquele homem está preso por traição, não é?

- E o senhor sabe que eu tenho meios para soltá-lo mesmo sem a sua ajuda e sabe-se lá o que ele vai relatar para a imprensa depois disso tudo... Ele apenas passou informações para um pequeno grupo terrorista, mas se o senhor quiser aumentar as coisas então assim faremos... – Ela suspirou fundo antes de encará-lo.

Peter Hawley pressionou os lábios um contra o outro até eles formarem uma linha fina e seus olhos estavam vidrados na direção da jovem. Mas antes que ele pudesse dizer-lhe alguma coisa o telefone tocou alto no espaço fechado do escritório. O aparelho do seu lado esquerdo tremia enquanto tocava seu ‘trim trim’ constante.

- Com licença... – Disse ele ao pegar o fone e levá-lo ao ouvido. Uma voz grave e masculina saiu do outro lado com ordens expressas que o deixaram de olhos arregalados. – Sim... Eu também estou de acordo. – Ele olhou na direção da jovem que voltara a beber o café com leite. Ela ganhou de novo sem nem mexer um dedo. – Amanhã às 8:00. Entendido... – Peter colocou o fone no gancho novamente e se virou para Hina. – Bem, parece que não precisamos mais desta conversa... Imannuel Sieghard será solto amanhã e com todas as acusações retiradas. O terrorista está morto e não temos provas contra o representante da JCI. Espero que a senhorita fique feliz com essa noticia... 

- Eu fico muito agradecida pelo seu apoio, Presidente... – A moça se levantou e fez uma mesura na direção do homem, mas antes de sair virou-se novamente na direção dele. – Quem matou o terrorista foi aquele humanóide móvel branco?

Peter hesitou.

- Não. – Ele negou com um gesto. – Antes que aquele humanóide pudesse atacá-lo o terrorista utilizou-se do sistema de ejeção, mas acabou caindo em um terreno ruim e mesmo dentro da cabine acabou morrendo de ferimentos graves.

- E o que era aquela maquina branca? Um terrorista rival? Um aliado?

- A senhorita saberá em breve. Está dispensada, senhorita Cristhina Yurozaki... – Ele viu quando, com relutância, a Representante da Liga de Cingapura saiu pela grande porta de madeira e se embrenhou no corredor escuro. Eles vão me trazer problemas em um futuro não muito distante.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: Missão Incompleta

Vou começar a fazer isso aqui, falar o nome dos próximos capitulos só para dar gostinho de 'quero mais' ;D



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