White Knight escrita por Insane


Capítulo 4
Capítulo 3 - Entrevista Exclusiva


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meus caros amigos... É que eu to gripada e ontem e antes de ontem tava com uma gripe e febre insuportavel demais pra postar aqui qualquer coisa...

Vai aí um capitulozinho c-ú que só serve pra encher a história... D: Tomara que gostem... :)



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  - Albion, missão cumprida. Alvo líder derrotado. – Himeri suspirou ao ver a pequena fogueira que antes era a unidade humanóide móvel do líder inimigo. Acho que vou receber bronca por matar logo o líder... Será que eu matei mesmo ele? – Aguardando próximo comando.

 O comandante da missão, o homem desleixado, apareceu na tela. Agora ferrou... Ele continuava com a mesma cara de poucos amigos de antes e olhava diretamente para ela como se quisesse lhe enforcar com suas próprias mãos.

 “1ª tenente Himeri Hikaru... Você matou aquele homem?”

 Ela engoliu seco antes de responder:

 - Eu não sei... Não prestei atenção em nenhum sistema de ejeção durante ou depois da explosão. Você quer que eu vá conferir?

 “Você acha que será possível?”

 - Ahn... Não, acho que não. – A garota se lembrou de que sua identidade deveria ser mantida em segredo, tanto por ela ser uma estudante do secundário quanto por não revelar que a Liga havia contratado uma ‘criança’ para pilotar uma arma tão poderosa. – Então... O que eu devo fazer agora?

 “Achamos melhor você voltar para onde deveria estar. A uma distancia de 30 minutos daí e ficar esperando por ordens para voltar à base. O resto será deixado por conta do exército da Liga.”

 - Entendido. – Ela desligou o Canal de Comunicação e saiu dali em disparada para seu ‘posto’ e enquanto passava pelo lado leste do Palácio recebia olhares curiosos, surpresos e agradecidos e também sentia que um helicóptero a seguia até ela sair do limite da Central da Liga das Nações e Humanidade. É assim que deve ser? O modo como as pessoas vêem o seu novo super-herói?Fugindo depois de ter matado o inimigo...

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Gabinete da Representante da Liga das Nações e Humanidade de

 Cingapura

19 de março, 2096

10:13

O secretário da Representante da Liga das Nações e Humanidade de Cingapura entrou apressado no enorme e colonial escritório com um aparelho de celular na mão. A jovem Cristhina Yurozaki se assustou ao ver a pressa e a angustia nos olhos do homem quando ele tapou o telefone e sussurrou para ela em uma voz ofegante e tremula.

 - S-Senhorita Yurozaki...eu...

 - Se acalme, Austin-san! O que aconteceu para você vir aqui correndo?! 

 - A CIA prendeu o seu tio... Immanuel Sieghard foi preso pela CIA da Liga das Nações e Humanidade em Washington.

 A jovem entreabriu os lábios em um momento de surpresa. Mas o que foi que ele fez dessa vez? Immanuel Sieghard sempre trouxera problemas para a família Yurozaki desde que ela o protegera de ser preso por estar filmando sem permissão uma reunião particular entre os representantes da Liga na Ásia e naquela época ela era apenas uma menina do fundamental. Mesmo eu conseguindo para ele virar representante chefe do maior canal de noticias do mundo... Ele é um homem que nunca está satisfeito.

Cristhina Yurozaki dava o maior apoio possível para o homem que amigavelmente chamava de tio Sieghard, mas ele era um homem incontrolável e com uma sede de poder que a deixava aterrorizada quando ele entrava em seus modos de “eu quero o que quero e vou conseguir o que quero”. E Sieghard decididamente sujava a reputação dela que com apenas 17 anos de idade se tornara a mais jovem e sociável representante da Liga das Nações e Humanidade.

 - Pelo o quê ele foi preso? – Ela perguntou em um sussurro.

 O secretário apenas deu de ombros.

 - O Presidente é que quer falar com você. – O secretário, Austin Gandor, que sempre parecia inseguro tremia visivelmente.

 Cristhina ergueu a mão na direção do aparelho de celular e fez um sinal para que o secretário lhe passasse o objeto. Assim que ele o fez, com as mãos tremendo, a jovem deu um suspiro e colocou o celular ao ouvido.

 - Alô, aqui quem fala é Cristhina Yurozaki... Representante da...

 - Senhorita Hina? É um grande prazer falar com a senhorita, mas... – O homem utilizara o apelido dela, uma abreviatura de parte de seu primeiro nome que muitos de seus amigos e familiares usavam.

 - Presidente... – Ela ficara meio chocada quando ele a interrompeu no meio de uma apresentação, mas logo recuperou o tom calmo e decisivo que um representante deveria ter. – Eu tenho um grande respeito pelo senhor, mas eu preciso saber o que Immanuel Sieghard fez contra a Liga das Nações e Humanidade.

 - Também possuo um grande respeito pela senhorita e por sua família. Mas acho melhor que falemos sobre isso pessoalmente. Mandarei uma unidade ir pegá-la e...

 - Não é necessário, Presidente. Agradeço sua oferta de transporte, mas eu prefiro ir com a minha própria unidade se o senhor não se importar.

 Ela escutou uma risada carregada do outro lado da linha.

 - É claro que eu não me importo! Eu adoraria poder ver sua nova unidade! Como ela se chama mesmo?

 - Euphemia. A unidade humanóide móvel mais avançada já criada na Ásia. Então eu o verei mais tarde, Presidente. Partirei agora mesmo.

 - Então até mais tarde senhorita Yurozaki. – A linha caiu.

 Hina fechou o aparelho e o devolveu para o secretário enquanto se levantava de sua confortável cadeira com uma reação determinada. Você realmente deve ter feito algo muito ruim, tio Sieghard.

- Prepare a minha unidade pessoal para partir em meia-hora. – Ela ordenou.

 - A nave ou Euphemia? – Perguntou Austin olhando em duvida para a jovem.

 - Ambas... Conecte a Euphemia com a nave e arrume suas coisas para partir junto comigo. - O secretario aquiesceu e foi em direção as portas duplas de madeira do escritório, mas antes que pudesse sair porta afora ela o interditou com mais uma ordem. – Ah, Austin! Mande dois dos melhores seguranças daqui nos acompanharem para Washington... Alguma coisa está me dizendo que dessa vez o tio Sieghard deveria tomar uma surra bem dada.

 - Sim, senhora. – Disse o secretario antes de sair em disparada para o corredor.

 Ela soltou um suspiro ao ouvir os passos apressados do secretário pelo chão do corredor até que eles sumissem por completo. Ora, porque será que eu estou cercada por malucos?

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Washington.

Subterrâneo do Prédio da Central da Liga das Nações e Humanidade.

20:17

(18 de março)

Immanuel Sieghard nunca poderia imaginar que abaixo do prédio mais importante dos Estados Unidos haveria um subsolo secreto com celas de segurança reforçada onde ficavam os acusados presos dentro do território da Liga das Nações e mesmo que seus olhos visualizassem as centenas de portas brancas que passavam por ele e pelos homens de preto no enorme corredor onde eles estavam agora, o representante chefe da JCI inda não tinha ‘engolido’ toda aquela história. Como eles descobriram o que eu fiz? E quem era a puta daquela mulher ruiva?

Enquanto ele pensava sobre como era estranho tudo aquilo nem percebeu que tinha parado na frente de uma das portas brancas do corredor. Assim como todas as outras ela tinha uma plaquinha de ferro e um ‘olho-mágico’. Na plaquinha podia se ler claramente: “Quarto 15”. Então eu sou o prisioneiro 15 de uma prisão que parece mais um hotelzinho sinistro de quinta? A porta do quarto foi aberta e Sieghard só pode ficar de boca aberta ao ver que o quarto era bem mais arrumado do que o quarto de sua própria casa. Havia uma cama que parecia macia demais para uma cela e que era coberta por um edredom listrado de azul-marinho e branco, havia também uma mesinha com uma televisão de tamanho médio de tela colorida que passava as ultimas noticias do canal JCI e um frigobar em um dos cantos do fundo. Isso era para ser irônico? Pensou ele esboçando um sorriso para um dos homens de preto.

 Em poucos segundos tiraram-lhe as algemas e o ‘jogaram’ para dentro do quarto, fechando a porta em seguida sem que ninguém lhe falasse nada.

 - Ei! Quando é que vai ser o meu julgamento?! – Gritou ele para a porta no mesmo instante em que ela se fechava.

 - Aproveite sua cela, traidor. – Disse um dos homens de preto antes da porta se fechar completamente.

Vou aproveitar mesmo seu babaca. Quando Sieghard olhou para a televisão a imagem do desconhecido humanóide móvel branco aparecia com toda a força enquanto destruía o inimigo, mas naquele momento ele conseguiu ver algo que ninguém tinha notado até agora. É... Estou definitivamente ferrado.

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Sala de Reuniões do Conselho da Liga das Nações e Humanidade

Entrevista Exclusiva com o Presidente Peter Hawley sobre os acontecimentos na Central da Liga das Nações e Humanidade no dia 18 de março.

20 de março

07:58

“Em menos de dois minutos começará a entrevista exclusiva com o então Presidente da Liga das Nações e Humanidade, Peter Hawley. E nós da JCI fomos os convidados especiais entre as outras unidades de comunicação internacional para passar ao vivo esse evento onde o Presidente irá falar sobre os estranhos acontecimentos de 18 de março deste ano onde um misterioso e poderoso humanóide móvel branco e seu piloto sem rosto que se auto-denominava White Knight destruiu por completo forças terroristas que atacaram a Central da Liga na noite de seu aniversário de 100 anos.”

 A repórter loira que apresentara a festa de 100 anos do aniversário da Liga das Nações há dois dias, estava bem séria diante das câmeras naquela manhã e até parecia uma profissional de anos de carreira. Pelo menos ela está fazendo direitinho até agora... Pensou o representante substituto da JCI, Jim Harris, que entrara provisoriamente no lugar de Immanuel Sieghard enquanto este ainda estava detido pela CIA da Liga das Nações. Eu só queria saber por que aquele homem está preso... Eu vou meter uma bala na cabeça dele! Eu não quero estar aqui!  Ele suspirou fundo antes de ir se sentar de frente para a grande mesa de onde o Presidente daria a sua ‘coletiva’. Comece logo com esta droga...

Como que por ‘magia’, assim que o homem acabara de expressar sua ansiedade em pensamentos, o Presidente se sentou na grande cadeira de couro e o secretario ao seu lado pediu que as câmeras começassem a filmá-lo. Todos ficaram em silencio quando Peter Hawley entreabriu os lábios para começar a falar.

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“Bom Dia para todos. Eu, o Presidente da Liga das Nações e Humanidade, Peter Hawley, estou perante vocês para dar uma explicação sobre o ocorrido do dia 18 de março deste ano. Mas antes de falar sobre esse misterioso dia, preciso revelar algumas coisas a toda a humanidade.” O homem pareceu reconsiderar algo antes de continuar o comunicado. “Há sete anos foi criada uma unidade governamental de inteligência ligada fortemente com a Liga das Nações e Humanidade, mas esta unidade de inteligência ficou no escuro até agora. Esta unidade é chamada de Liga de Salvação da Humanidade.” Os ‘Ohhh’ e ‘Ahhh’ da imprensa dominaram o som da televisão com um ruído irritante. “Essa Liga de Salvação, como podemos chamá-la, foi criada para terminar com conflitos internos entre países, raças e religiões utilizando, se fosse conveniente, a intervenção armada de humanóides móveis e maquinas de combate avançadas. É também dever dessa Liga de Salvação a proteção, em primeiro lugar, de civis que moram nas áreas de guerras e se possível resgatá-los do local para colocá-los nas colônias recém formadas nos principais países de apoio.” A expressão ‘países de apoio’ se devia a nações subdesenvolvidas que não estavam em conflito interno e que se encontravam sob o poder da Liga das Nações. “O principal trabalho da Liga de Salvação é trazer paz e estabilidade ao mundo em que vivemos. E no dia 18 de março eles fizeram exatamente isso quando mandaram sua unidade móvel especial Albion para parar os terroristas que estavam atacando uma de nossas principais centrais de Washington. O piloto que se identificou como White Knight é o novo herói do mundo e apesar de não poder mostrar sua verdadeira identidade em publico é uma pessoa honrada e justa que eu conheço pessoalmente e admiro. Então espero que a imprensa e a humanidade sejam gentis com esse novo herói que salvou centenas de vidas humanas no Palácio da Justiça há dois dias. Agradeço a atenção de todos. Tenham um Bom Dia.” O que se seguiu foi um amontoado de perguntas para o Presidente.

 - Finalmente o mundo vai nos conhecer. – Sussurrou a voz de um homem em meio a um gole de bebida.

 Vincent colocou o copo vazio de whisky encima de uma nota de dez dólares e levantou-se do banco em frente ao balcão de madeira do bar de esquina. O comandante da operação contra-terrorista do dia 18 de março era, como falado antes, um homem alto e desleixado. Ele tinha cabelos compridos e negros, barba por fazer, olhos cinza gentis apesar da aparência e vestia-se com um casaco negro e pesado sobre os ombros largos, caça preta e sapatos marrons escuros.

 Quando saiu do bar clandestino e o sol forte do México tocou sua pele moreno-clara, Vincent olhou para os céus a tempo de ver Albion em seu ‘reconhecimento de território’ enquanto passava pelo céu azul em uma velocidade considerável. Pela primeira vez em anos o comandante da Liga de Salvação da Humanidade esboçou um sorriso.

 - Eu acho que estou feliz.


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Notas finais do capítulo

Explicação de conteúdo que não foi explicado:

A Liga das Naçoes e Humanidade de Cingapura faz parte da Liga das Naçoes da Ásia. A maioria dos representantes dessa Liga são japoneses corruptos (menos a Hina) que querem prestigio, poder, dinheiro e é claro, se tornar o próximo Presidente da Liga das Nações e Humanidade, o que é meio impossível já que a LNH (Liga das Nações e Humanidade) está pouco se lixando pros países Asiáticos que são apenas mais 'um em sua lista'.

A CIA ainda existe (até hoje o-ô), mas é só para prender o pessoal politico que vai contra A Liga ou que arma contra ela (o que é o caso de nosso repugnante jornalista).

Sieghard Immanuel não é tio da Yurozaki-chan deverdade, mas isso já deu pra perceber isso, né? e_ê

E sim! todos os jornalistas dessa história são repugnantes xD (?)



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